lençóis, de carine helena
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Que de sonhos somos Do que os algodões tecelão Nos meus tornozelos Pedaços de pedras não valiosas Ociosas, a sugar meu sangue Minha pele fere e meus dedos flambam Não são os beijos que difamam Mas essas línguas todas loucas Que nos possuem e nos desarmam Em âmagos sem luas Nus, todos se condenam Nuances apenas me torneiam Fios que não tecem Mas se unem e me amarram Em camas sem sonhos. |
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