e essa minha cara de tacho! É desgostoso
construir-se.
Não sei sorrir,
tinha que ficar treinando no espelho
que vergonha que dava.
Consegui entortar a boca muito feio.
Poderia
fazer daquelas perguntas que não existem:
- O que acham do meu sorriso?
Não
dava para sorrir na presença de estranhos
amigos
De
onde vem esta cara, que nem imagem de santa,
um joelho danado
que observa tudo
e
que passa o dia no banheiro,
e que adorável seria ter entre os dentes um pedaço de
feijão
e que vergonha nenhuma terá em sorrir.
caiu
o firmamento
Não
parou o trânsito, não cisou a grife, não furou a
imprensa
agora
podemos trancar as gavetas
agora podemos lavar os pincéis
temos pisos de madeira e mármore de peso de papéis.
ajoelhados
e ouvintes
ajoelhados e boca pendente - os braços desabando, ao som
ao som
do trompete com panela
Veio
uma brisinha, nem subindo, mas eriçando a poeira
umas letrinhas se esquadrilham
na coincidência
que
nos deixa.
olhos
irmãos
Procurei
meu gêmeo
as vezes o fiz até de verdade
Temia tê-lo perdido para uma esquina
na decisão esquerda, direita, esquerda, Meu deus, o lado
de casa
Descobri
que não quero um gêmeo
quero eu.
Quero eu me ver e olhar-me eu
me trocar tocar.
Me pedir em namoro
com a certeza, primeira certeza.
Mesmo
completo, só um espelho nos aposta
Queremos em dobro
Temos que viver sozinhos
que seja consigo.
sem
título
Por
favor, você têm horas?
Ah, isto é uma pulseira, me desculpe!!
Desculpe,
não tenho trocado.
Sabe,
não sei o que está acontecendo
mas é tanta gente na rua
e tudo se resume nisto
Meu
deus, você viu aquilo?
Vi, será que ele anotou a placa?
Passo
sempre pela garota
que me pediu em namoro na 3 série
ambos sabemos que lembramos,
e nenhum oi-tchau, educado
oi,
meu nome é amizade
Não!
Por favor, meu nome é amor eterno
Não!
aí vira a esquerda e segue toda vida,
meu nome é pedestre e te vi, me apresento
hipnose
Ouscutem
conjugados
mente[m
Pontaesvárzia bússola
Pólo
que a]trai aspira inspirador
inspira aspirador
O
quê que.. o quê que.. o quê que
pouse
hipnose
hipnose
sem
título
Precisaremos
de gênios.
Compreendo que nunca existiram.
Retomemos pela moldura, a lenda do cidadão comum.
Se
todos cegos, uma sociedade de cegos
se todos surdos-mudos, uma sociedade
sem palavra, uma publicidade
sem visão, uma bíblia.
CÉREBRO
SEU
CORPO
SEM
GUARDADO
NUM
VIDRO
NÃO
VOLTA
REFLEXOS
REPITO:
TOCA A
BLINDAGEM
ASCENTO:
REFLEXO
ABSORTO.
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