Balacobaco

Planeta Terra

Rio de Janeiro


 

Entrevista com Clemente Nóbrega

Palestrante em inúmeras empresas e seminários/congressos dentro e fora do Brasil. Fisico (1974) e mestre em Engenharia Nuclear(1976) pela UFRJ . Físico da Nuclebras( a empresa criada em 1974 para implementar o acordo Nuclear Brasil Alemanha ) durante doze anos dos quais quatro e meio trabalhando na Alemanha ( KWU-AG) Em 1987 muda 'radicalmente' de área aceitando um convite para começar a estruturar as atividades relacionadas à gerência da Qualidade na Amil Assistência Médica- um assunto até então inédito em indústrias de serviço no Brasil. Oito meses depois era Diretor, e um ano e meio após assume responsabilidades pela Propaganda e Marketing da empresa. De lá para cá fiz o MBA Executivo da COPPEAD-UFRJ e posteriormente o STRATEGIC MARKETING MANAGEMENT , da Harvard Business School. Atualmente Diretor de Marketing da Amil e ao mesmo tempo , Diretor da Promarket,uma House 'agency' do grupo,responsável por toda a comunicação e propaganda de suas empresas. Em Abril de 1996 lança " Em Busca da Empresa Quantica"- Bestseller na categoria Administração/Negócios. O livro chegou ao Brasil recomendado por sete dos maiores especialistas do mundo em Administração/Marketing: John Sculley, Regis MacKenna, Al ies,Stan Rapp, Ron Zemke, Claus Moller e Karl Albrecht

Os depoimentos deles foram usados como prefácio do livro e podem ser lidos no 'Web Site' do autor , onde também se encontram mais informações sobre seus livros , artigos, palestras e workshops (Veja abaixo)

Em Maio de 1998 lança "O Glorioso Acidente"- Em Novembro de 1998 Lança -"NewSchemata"- Uma Newsletter bimestral sobre ciência e negócios, escrita integralmente por ele e comercializada através da internet no website:

http://www.newschemata.com.br

endereço do seu site pessoal: http://www.quattro.com.br/clementenobrega

Balacobaco - Pode parecer idiota mas ...Você tem um faq com as perguntas mais frequentes. Qual a função deste faq?

Clemente Nobrega - É exatamente responder por entecipação a algumas perguntas mais comuns. Assim a gente abre espaço para um diálogo num nível mais profundo pois o leotor se sente estimulado pelas FAQ a perguntar outras coisas.

B - Dizem que não usamos a totalidade dos recursos do cérebro... Como seria a vida de um homem usando 90% de sua cabeça animal?

CN - Pra mim essa afirmação não tem sentido.É uma dessas coisas que se fala , fala..mas que ninguém consegue definir. Dizer que só usamos x% do cérebro pressupõe que saibamos o que venha a ser 100% dele. Isso é absurdo

B - Quais os recursos que usa pra tornar o seu texto mais leve e comunicativo sem perder a substância?

CN - Ler muito, muito, muito.. e prestar a atençao aos recursos que os verdadeiros escritores usam para prender o leitor

B - Quais as obras literárias que fizeram a sua cabeça?

CN - Muita coisa me influencia. Na literatura científica sou fã das idéias e estilo de Richard Dawkins. Admiro muito tnabém o poder de concisão do Luiz Fernando Veríssimo

B - Quem é o cientista brasileiro? O que um jovem deve saber antes de entrar neste caminho?

CN - Não posso falar legitimamente sobre ele,pois nunca trabalhei ligado ao meio universitário ou centros de pesquisa. Há gente de nível internacional entre os cientistas brasileiros e a chave para um jovem que queira seguir a carreira científica é ligar-se a um deles.

B - Deus é cientificamente plausível?

CN - A ciêcia não trata de Deus. Acho um equívoco enorme tentar colocar Deus na "equação " cintífica. Ciência só trata do que possa ser empíricamente observado. A ciência não pode provar nem que Deus existe nem que não existe

B - Muitas das idéias dos grandes cientistas acabam sendo usadas contra a própria raça humana. O que a sociedade e os cientistas devem fazer pra que este problema seja minorado?

CN - A cência é neutra-nem boa nem má. Através dela você pode chegar ao céu ou ao inferno. A sociedade é que tem de escolher.Ninguém , nada , é legítimo para fazer esse tipo de escolha

B - Você "anda estudando" empresas. Vai se tornar outro Lair Ribeiro?

CN - De jeito nenhum! Não acredito em gurus.

B - O que seus livros têm de novo? Quais as suas principais teorias?

CN - Não tenho teorias. Minha intenção ao escrever é chamar a atenção para aspectos interessantes das coisas que geralemente passam despercebidos. Na apresentação de meu último livro -"O Glorioso Acidente"- assumo que não sou um produtor de ciência , mas alguém que quer chamar atenção para o petencial de realização que a ciência tem-algo que gerlmente passa despercebido.

B - Qual o papel do cientista na sociedade? Em que ponto tangencia a do escritor?

CN - O cientista pode abrir um mundo de percepções novas sobre a realidade, baseada no tipo de entendimento que o seu método possibilita. Ciência é uma atividade limitada, no sentido de que não responde e atudo o que nós ,humanos, possamos a achar importante. Mas onde se aplica ela leva a um entendimento que nenhum esoterismo dá. Conduz a um senso de "wonder" , de poesia, de maravilhamento com o fato de podermos entender que, nenhum ET, nenhuma mágica, nenhuma "outra vida" pode dar.