ProfessorMarcelo
Todos nós tivemos nossos professores esquisitões, daqueles que rendem uma boa estória. Comigo também não foi diferente. Sempre que o tema "professores" vêm à tona, o primeiro nome que me vem à cabeça é "Marcelo". Marcelo não era um mal professor, só não havia aprendido o que estava ensinando. Ele era biólogo, mas botavam o coitado para dar aula de química e física. Seu método de trabalho era bem simples: decorava a aula e qualquer explicação ou curiosidade era rebatida com uma resposta: -Isso não interessa a vocês. Ele era hipertenso, por isso tinha alguns tiques com gestos rápidos. Nós, alunos de sexta série, achávamos tudo muito engraçado. Antes do início da aula, Marcelo escrevia no canto do quadro o lema do dia, normalmente uma frase elaborada demais para entendermos, que ninguém anotava nem prestava atenção. Ganhou justa fama de mentiroso com alguns absurdos que relato a seguir: Sem contar que a mãe dele já morreu por três causas diferentes, só na minha turma: ataque cardíaco, fígado e câncer de pulmão. Antes de encerrar, me recordo de um acontecimento ocorrido há alguns meses atrás, quando eu estava na casa das gêmeas, Bia e Rachel, e era apresentado a dois amigos delas: Paulo Roberto e Arnaldo. Paulo começa me perguntando: -Você teve aula com um professor de ciências chamado Marcelo? |