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  Quando você entra num carro,
Não é só você que vai.
São palavras a cem por hora,
São loucuras nos olhos de quem é cego agora.
Nem sempre se pode andar,
Nem sempre se pode cantar.
É importante botar pra fora essas cordas,
essas notas
De zero a dez
Nós temos  esse direito.
Rompem-se as cortinas.
Quebram-se os espelhos.
Minha vida eu escrevo sem tirar a caneta do papel.
Meu céu pode ser inferno pra vocês.
O que pra vocês é bom viver,
Pra mim melhor seria morrer
Enquanto  as curvas da estrada
Se diluem
E a tua força
Explode no primeiro poste

Não respeite a faixa de pedestre
Não respeite a faixa de contenção
Existem mil cabinas telefônicas pra você gastar o teu cartão
E cem milhões de tipos de número
Pra você perturbar o aconchego de alguém.
Vai agora.
Não perca tempo.
As cores pertencem a esta manhã.
Uma janela quando se fecha não vai abrir da mesma maneira
Seria besteira
Beijar a tua mão
Porque eu já sei
O sabor da tua língua

E a cem por hora,
Ela
Roça na minha.


André  Luís Pinto

Outro poema do autor

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