Onde não existe alegria, dali foge o bem-estar, porém, o comportamento
deve revelar o amparo da moral evangélica, para a sustentação da harmonia
do coração, em se buscando a paz interior.
O homem de bem mostra alguns traços de alegria, que conforta os que com ele
travam conversações. Esse tipo de companheiro podemos chamá-lo de médium
da alegria, por transmitir com facilidade o aprazimento a todos que dele se
aproximam.
Essas criaturas devem cultivar mais esse dom extraordinário, por servir de
qualidade que leva a esperança para os sofredores.
Observamos o quanto a natureza é alegre! Se passarmos a observá-la, além
do contentamento encontraremos outros princípios elevados das leis
naturais, de onde podemos extrair modelo para o nosso dia-a-dia.
Ao acordar pela manhã, analise o seu íntimo; se a melancolia dominar o seu
coração, mude para a satisfação, passe os olhos no ambiente que está, que
encontrará alguns rastros de luz, que farão lembrar-se da alegria, e nesse
porte, desfaz-se a consternação, abrindo as portas para a luz do júbilo.
Se por ventura vai conversar com alguém em qualquer parte, não esqueça da
alegria, pois ela ajuda e faz crescer esperança nos que o ouvem. Se vi
começar algum trabalho, lembre-se primeiro da alegria, que faz o ambiente
melhorar para acertar com mais eficiência as suas obrigações. Se está
lendo, esforce-se para manter uma postura alegre, que nesse estado, o
entendimento surgirá com mais facilidade e terá maior compreensão da
página lida. Se está enfermo, não se entregue ao desânimo, pois ele
multiplica a doença; arregimente forças para o contentamento, que servirá
de canal para o restabelecimento e nessa condição, um copo de água fresca
lhe restabelecerá as forças.
Um médium em Cristo não pode ser triste, pois dessa maneira ele transmitirá
melancolia para os que ouvem a sua palavra, e as sementes produzirão de
volta as mesmas coisas ao mau semeador.
A primeira postura dos discípulos de Jesus, quando chegavam em um lugar,
era abençoar as criaturas e as coisas com a força da alegria Cristã, e no
ambiente daquele regozijo entregavam as sementes da fé, anunciando as
promessas cheias de esperança.
É com as promessas anunciadas pelo próprio Mestre,m que nos certificamos da
mensagem do Consolador e instrutor que ficaria conosco para sempre,
reconhecendo no Espiritismo a força que educa e que instrui. Para tanto, é
a mediunidade a serviço de Jesus, com a moral do mestre, que nos mostra o
que deveremos fazer para a harmonia da vida e paz da consciência~encia.
Ainda mais nos mostra a lei única da reencarnação, que explica as
diferentes posições dos homens, e porque ocupam diferentes lugares uns dos
outros, revelando os conceitos do Evangelho com a luz da verdade.
A mediunidade moralizada é portadora da alegria na sua pureza originada do
Senhor, porque nos ajuda a ser melhores, e passando a amar por amor, a tudo
e a todas as criaturas. O médium não pode ter desgosto; de que e por que,
se ele já limpou o coração pela caridade bem dirigida, pelo perdão, como
todo o esquecimento das faltas pelo trabalho honesto, pela fraternidade sem
jaca e pela alegria pura?
Em um mundo como a Terra, de provas e expiações, não existem médiuns
perfeitos, mas há os médiuns bons, que são poucos, porém existem.
E isso é um consolo para os iniciantes, que devem acompanhar esses
exemplos de fé, na coragem em Cristo.
Aqueles que carregam no âmago do coração a força mediúnica rogamos que
trabalhem com alegria, que falem com alegria, que olhem com alegria, que
doem com alegria e vivam com alegria, não se esquecendo de convidar Jesus,
todos os dias, para andar ao seu lado. Entretanto, o convite que haverão
de fazer é pela vivência evangélica: que as suas vidas sejam como a vida
do mestre!
Do livro: Plenitude Mediúnica / João Nunes Maia - pelo espírito Miramez.