O jardineiro

Há pessoas que se dedicam com tanto amor ao seu trabalho, seja ele qual for, que se entregam inteiramente ao mesmo, doando-se, integralmente.
Como executam o serviço com amor, fazem-no com prazer e destarte não importa o dia, seja ele útil ou de descanso.
Certo domingo, ao alvorecer, ao dirigir-me a padaria, e ao passar pelo jardim da pequena praça,admirado divisei velho japonês, alquebrado pelos anos, dedicando-se a limpeza do jardim, com muita dedicação.
Tal dedicação a flora e a limpeza da praça pública só poderia partir de uma pessoa bondosa, preocupada com o bem do povo e o amor aos vegetais. Pensei que tal iniciativa fosse despertar outras criaturas para tal empreendimento, mas isto não aconteceu.Decepcionado, constatei que ninguém se dirigiu ao jardineiro, nem mesmo para cumprimenta-lo e agradecer-lhe os serviço prestados a coletividade.
Mas o dedicado velhinho não se aborreceu com a frieza dos moradores do bairro, porque na verdade o que ele tinha em mente, era conservar aquele pequeno oásis a salvo do vândalos que o destroem e o emporcalham.Não estava preocupado em receber louvores da população beneficiada e sim embelezar o local de recreação.
Entretanto, se tivéssemos a vidência, perceberíamos a presença do Anjos do Senhor abençoando tão nobre criatura.
Presumimos, que ao findar seus dias, tal benfeitor elevar-se-a ao plano maior, através de caminhos de flores a cânticos de boas vindas. E ele, a chorar de alegria exclamará; "mas, o que fiz para merecer esta recepção! "E um coro de Anjos responderá; "Bem-aventurado sê, porque foste um fiel servidor de Deus:
embelezando, higienizando e preservando um valioso patrimônio da casa do pai, graciosamente cedido aos seus filhos!"
Extraido do livro Reflexões Doutrinarias.
Sentimentos