Euclides da Cunha




     Euclides da Cunha nasceu a 20 de janeiro de 1866 em Cantagalo, Rio de Janeiro. Filho de Manuel Rodrigues Pimenta da Cunha e Eudóxia Moreira da Cunha. Enquanto criança viveu em vários lugares: Teresópolis, São Fidelis, Salvador e por fim Rio de Janeiro. Aos 8 anos, em 1874, começou o curso primário no Colégio Caldeira, passando para o Colégio Bahia, em Salvador. Entre 1879 e 1884 cursou o ensino secundário nos Colégios Anglo-Americano, Vitório da Costa, Menezes Vieira e Aquino. Nesse último escreveu seu primeiro artigo num jornalzinho dos estudantes chamado "O Democrata".
Quis ser engenheiro. Fez exames de admissâo e em 1885 matriculou-se na Escola Politécnica (hoje Faculdade de Engenharia de UFRJ), mas nâo pode continuar o curso. Matriculou-se, entâo, na Escola Militar, onde permaneceu pouco tempo em virtude de um incidente disciplinar.
     Foi para São Paulo, onde passou a escrever artigos políticos violentos em "A Província de São Paulo". Em 1889 retornou ao Rio para fazer novos exames de admissão à Politécnica, entrando outra vez, mas vendo-se impossibilitado de continuar. A República foi proclamada nesse mesmo ano. Admirava os principais chefes políticos, militares e civis, retornando, assim, ao Exécito.
     Matriculou-se na Escola Superior de Guerra em janeiro de 1890, onde começou e concluiu os cursos de Artilharia de Estado-Maior e Engenharia Militar, bacharelando-se em Matemática, Ciências Físicas e Naturais, sempre com boas notas em todas as matérias.
     Nessa época, já estava desiludido com as lutas políticas, escreveu novos artigos contra a República, que não era a dos seus sonhos. Escreveu em "O Estado de São Paulo" artigos em defesa de Floriano Peixoto, certo de que defendia a ordem contra a desordem que ameaçava o país inteiro.
     Decidido a abandonar a agitações políticas, fixou-se na Engenharia Civil, dedicou todo o tempo aos estudos sobre o Brasil, deixou definitivamente a vida militar, passando a trabalhar como engenheiro da Superintendência de Obras do Estado de São Paulo.
     Entre 1896 e 1897 escrevia artigos sobre a derrota do General Moreira César nos sertões da Bahia, onde aconteceu a cruenta luta entre forças regulares e os sertanejos de Antônio Conselheiro. Os artigos deram origem ao convite do para seguir para o sertão com o Ministro da Guerra para assumir pessoalmente o comando das operações.
     Euclides relutou, mas foi. De lá, mandou para o seu jornal, a mais bela das coberturas jornalisticas. Ela deu origem a "Os Sertões", livro escrito, quando já de volta aos seus afazeres de engenheiro, reconstruía uma grande ponte na cidade paulista de São José do Rio Pardo, entre 1897 e 1901.
     Em 1904 Euclides partiu para o Amazonas, onde permaneceu durante todo o ano de 1905, chefiando missão demarcadora de fronteiras.Venceu com Farias Brito, o concurso de Lógica para o colégio Pedro II,mas só deu umas poucas aulas. Morreu com apenas 43 anos, em 15 de agosto de 1909.
 

Obras:

Os Sertões — 1902
Contrastes e Confrontos — 1907
Peru versus Bolívia — 1907
Castro Alves e Seu Tempo — 1907
À Margem da História — 1909
 





Página Principal|Romancistas|Livros|Perfil|e-mail|