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SIGNIFICADO DA LENDA GEORGIANA
São Jorge
é, de longe, o santo mais caro à Tradição Teúrgica Portuguesa. Expressão terreal do celestial São Miguel, ocupa o lugar cimeiro da Hierarquia governativa do Paraíso Terreal como Chefe Supremo dos "Cavaleiros de Agharta" ou JINAS DA ARCA (Kshatriyas).Segundo pudemos averiguar pelas diversas leituras feitas a autores consultados, ainda que comumente se situe o nascimento lendário de Jorge, o Vencedor da Tarasca, na Capadócia, região do Mediterrâneo (ou "Meio da Terra", portanto, no Centro da mesma), estamos mais inclinados a aceitar a tese do nosso estimado Amigo Juan G. Atienza que situa o seu nascimento na Geórgia arménia, região do apostolado de Stº André e cantada devotamente pelos mais excelsos poetas da Latinidade. É o Homem da Geórgia, o Homem Primordial procedente de uma terra que já na altura era tão mítica em si mesma que mitificava quanto continha.
É a Terra de João Ninguém; a Terra do Norte como símbolo da AGHARTA mesma donde um dia, em manhã de nevoeiro, proveio
Vimara Peres, este o Orago e altar-ego da devoção das gentes da capital do Norte de Portugal, o Porto, sendo a ideoplasmação do mesmíssimo São Jorge, aqui, o "tripeiro"!...Jorge
, em grego Gorgê, provém de dois radicais igualmente helénicos: Ghea e Ergon, isto é, "terra" e "obra", indo dar na conjunção por extenso: O OBREIRO UNIVERSALComo Medianeiro entre a Hierarquia dos Mestres e a comum Humanidade,
São Jorge é o "Vale" ou Vau cabalístico, a âmbula evolucional vinculada a VÉNUS e à LARÍNGE (a "garganta", em francês gorge) manifestando-se através de MARTE e da LUA (a Silene ou Selene da lenda), pois que tem por apoio o gástrico e o esplénico, afinal, abrangendo a zona intestinal das "tripas"!...Por isso as Escrituras Orientais dizem que S. Jorge é Filho das Sete Pleiades ou Kritikas, das quais tomou o nome de KARTIKEYA - o Senhor de Marte ou da Morte como "Ceifador de Vidas", afinal, a Face da Justiça do Eterno como Anjo da Espada: MITRA-DEVA.
No Apocalipse de São João, lêmos sobre o Quinto Cavaleiro, o do Cavalo Branco (este símbolo zoomórfico da Cábala ou Tradição das Idades, como também da Cavalaria Celeste - a "Massenia" original ou primitiva Maçonaria Angélica do SANTO GRAAL), que virá um dia separar os justos dos injustos e instaurar à Face da Terra o "Reinado do Cordeiro" e da Jerusalém Celeste, o que tanto vale por despertar da visão etérica da vindoura Humanidade Cristina, ou de MAITREYA, o Cristo de Aquarius, à presença etérea da "Mansão do Amanhecer" - Shamballah.
Segundo o eminentíssimo Professor HENRIQUE JOSÉ DE SOUZA, quem visitar o Templo de Tjigad-Jé , no Tibete, ligado ao antigo "Retiro privado do último da série dos Trachi-Lamas", encontrará na sua galeria de
Bodhisattwas o derradeiro ou oitavo, "o futuro Buda Branco do Ocidente". Além da sua tez dessa cor, e não amarela, vem provar que "Ele se manifestará no Ocidente". O seu adorno alegórico, é uma ferradura de pedras preciosas. Para os leigos, nenhuma expressão possui a referida alegoria, mas para um Iniciado, a mesma significa a excelsa manifestação da 10ª Encarnação de VISHNU - equivalente ao FILHO no Cristianismo - que é a do Kalki-Avatara ou "Cavaleiro do Corcel Branco", o mesmíssimo MAITREYA conhecido como o CRISTO no Ocidente. Todos os Guerreiros que alegorizam a Redenção Humana cavalgam um corcel branco, este, tão só o tótem planetário em AQUARIUS.
Ora, como diziamos, a estátua desse
Oitavo Bodhisattwa na galeria do referido Templo tibetano, possui a tez branca, olhos azuis e cabelos loiros, enquanto as demais são escuras, como os nascidos no Oriente. Cerceia-a uma ferradura de oiro lavrado incrustada de riquíssimas pedras preciosas. Esta imagem sacra confirma a tradição transhimalaia do Kalki-Avatara e, além do mais, representa a Idade de Ouro ou Satya-Yuga, para a qual trabalharam, e trabalham, todos os Adeptos Verdadeiros do Mundo; do mesmo modo que todos os Movimentos de cunho verdadeiramente Espiritualista, sob a égide gloriosa da Excelsa Fraternidade Branca ou Grande Hierarquia Oculta.Na lenda do
Perseu mitológico, o referido Cavaleiro salva Andrómeda, acorrentada à porta do seu palácio, antes que o dragão a devorasse. Vêmos uma cópia fiel desta lenda mitológica na do S. Jorge cristão, que também salva uma princesa acorrentada à porta do seu palácio, na iminência de ser devorada pelo mesmo dragão da lenda anterior. A Igreja a interpreta como sendo o demónio da heresia, o dragão, e S. Jorge com o Inspirado divino. Ambas as lendas não passam de uma alegoria: a princesa acorrentada não é mais do que a Humanidade em evolução na Terra. E o dragão, neste contexto, a ignorância das Cousas Divinas, a da verdadeira Sabedoria Eterna. Sim, tal ignorância é que concorre para todo o sofrimento humano, pois, como dizem as Escrituras Orientais: "todo o sofrimento humano provém de Avidya", com o significado de "ignorância" ou não Vidya, que quer dizer: Conhecimento Perfeito, isto é, Iluminação Mental pela Iniciação nos Grandes Mistérios Divinos. "Prometeu acorrentado no Cáucaso", melhor dito, no cárcere carnal, à espera do Epimeteu Libertador, na Tragédia de Ésquilo, tem o mesmo sentido alegórico das duas lendas anteriores: a mitológica e a cristã, embora que na transhimalaia do "Guerreiro Kartikeya" (o mesmo Maitreya hindu) com o nome, entretanto, de AKDORGE (GORGE, GEORGE ou JORGE), é o CAVALEIRO DAS IDADES (Reitor dos Ciclos e simultaneamente acima deles representados pela Roda que, na lenda, não conseguiu retalhar-lhe o corpo...) como expressão dos Avataras cíclicos, como a Manifestação da Divindade na Terra.
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