Disclaimer: Esta ficção foi criada tão somente para o entretenimento dos fãs da série Arquivo X - não há nenhum pagamento ou remuneração pela fanfic. Os personagens que já conhecemos (AX e Ally McBeal) são de propriedade de seus criadores e da Fox. Qualquer semelhança com nomes e fatos, terá sido mera brincadeira.

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Sinopse: Ally McBeal conheceu o homem perfeito. Mas isso não existe. Só Mulder e Scully podem ajudá-la a desvendar este mistério. Ally também percebe o que os agentes sentem um pelo outro e resolve dar um empurrãozinho.

Notas da autora: Essa é a minha primeira fic cômica. Por isso, as reações dos personagens de Chris Carter (AX) estão imprevisíveis. Já os
personagens de David E. Kelley (Ally) estão como sempre foram: hilários!

Agradeço mais uma vez a Danielle, por ter me ajudado nas traduções das músicas e na verificação ortográfica. Sem contar a força que ela sempre me dá. Valeu, Miga!

Spoilers: Arcadia, The Unnatural, Millenium.

Estrelando:
DAVID DUCHOVNY como Agente Especial Fox Mulder
GILLIAN ANDERSON como Agente Especial Dana Scully
CALISTA FLOCKHART como Ally McBeal
Ator convidado:
DAVID BOREANAZ (Angel) como Eric
Estrelando também:
Mitch Pileggi como Diretor Assistente Walter Skinner
Nicholas Lea como Alex Krycek
Brian Thompson como o Caçador Alienígena
P eter MacNicol como John Cage
Portia de Rossi como Nell
Greg Germann como Richard Fish
Lucy Liu como Ling
James LeGross como Mark
Jane Krakowski como Elaine
Trilha sonora:
-Frank Sinatra: "I´ve got you under my Skin"
-Marvin Gaye: Sexual healy
-Paul McCartney, Barry White, Bryan Adams, Vonda Shippard, como
cantores convidados.


Ally McBeal caminhava pelos corredores do FBI, olhando para os números das salas. Ela estava um pouco agitada, na verdade não sabia se estava agindo certo em fazer aquilo. De repente, ela esbarrou em alguém. O impacto foi tão grande que Ally caiu no chão.

--- Ei, você está bem?

Ally, ainda meio desorientada, não chegou a olhar pra o homem em quem esbarrou. Só não lhe dava um soco porque sabia que a culpa tinha sido dela, que só olhava para os lados, procurando a maldita sala.

--- Eu. acho que sim. - Disse ainda com a cabeça baixa, meio tonta.

O homem a ajudou a levantar. Ally segurou em seu braço e só então percebeu que era um braço muito forte. Aliás, aquele homem era bem grande, do contrário, ela não teria caído ao esbarrar nele.

--- Tem certeza de que está bem? - Ele perguntou preocupado.

--- Sim, eu só preciso de um pouco de. - Ela foi caindo de novo e ele a amparou novamente. Pela primeira vez, Ally olhou para o Diretor Assistente Skinner, que a ajudava. Então ela o achou realmente muito musculoso e interessante. - . músculos.

--- O quê?!

--- Ah. er. bem, ar! Eu preciso de ar!

--- Eu pensei ter entendido: músculos.?

--- Oh, . bom, eu. er. realmente preciso de músculos, eu estou muito magra e muito fraca, preciso me exercitar para ganhar. músculos. Disse olhando para o tórax do Assistente Diretor e disfarçando imediatamente.

--- Ah, claro. Posso ajudá- la em alguma coisa?

--- Bem, er. na verdade, sim. Eu estou procurando a sala do Agente Fox Mulder. Você o conhece?

--- Sim, eu sou Diretor dele. - Ele estendeu a mão a ela. - Meu nome é Skinner, Walter Skinner.

--- Eu sou Ally McBeal. - Disse apertando a mão de Skinner e demorando um pouco para soltar. - Que bom que o conhece. Eu não consigo achar a sala dele.

--- A sala do Agente Mulder não fica neste andar e sim, no porão. Eu a acompanho ao elevador. - Ele fez um gesto para que ela seguisse na frente. O dois chegaram ao elevador e Skinner o chamou para ela.

--- Bem, er.então obrigada. Foi um prazer conhecê-lo, senhor Skinner
- Disse Ally sorrindo.

--- O prazer foi todo meu. - Skinner se despede e sai.

"Ally o acompanhou com os olhos e sua língua se esticou até ele, enlaçando-o. Ela o puxou de volta e arrancou toda a roupa dele."

Ally o acompanhou com os olhos e Skinner acenou de longe para ela.

ARQUIVO X

ATIVIDADE PARANORMAL

GOVERNO NEGA TER CONHECIMENTO

A VERDADE ESTÁ LÁ FORA

MEU NAMORADO É UM ALIEN

Ao entrar no escritório do porão, Ally encontrou Paul McCartney.

"I can wait another day, Eu posso esperar por outro dia

Until I call you." Até que eu te ligue

Ally girou nos calcanhares. Estaria fazendo a coisa certa? Ela respirou fundo e voltou-se, encontrando Mulder.

--- Você é Fox Mulder?

--- Sim, eu mesmo, e você?

Ela estendeu a mão, se apresentando.

--- Eu sou Ally McBeal. Um amigo meu ouviu falar de você e disse que eu deveria tentar. pedir a sua ajuda.

--- Do que se trata?

--- Eu conheci uma pessoa e. essa pessoa não é normal e. bem, me disseram que você acreditaria em mim. Quer dizer, eu tenho amigos que acreditam em mim, mas não podem me ajudar, então pensei.

--- Calma. - Disse Mulder. - O que está acontecendo?

--- Eu conheci um homem perfeito.

Mulder começou a rir.

--- Está me gozando. Me conta, quem te contratou? Os Pistoleiros?

Ally pegou seu cartão e entregou a ele que leu em voz alta.

--- Ally McBeal, Fish & Cage, Advogados Associados, Boston. É advogada? - Perguntou.

--- Sou. E preciso da sua ajuda.

--- Você veio de Boston até aqui para me falar sobre isso?

--- Bem, na verdade, eu vim a trabalho e, assim que terminei uma audiência na Suprema corte, eu vim te procurar. Como já disse, um amigo te indicou. O seu nome é John Cage. Nós estávamos falando de pessoas "estranhas" que os outros dizem ser malucas. Então ele me falou de casos na casa Branca, no FBI, na CIA.

Mulder não sabia se ficava surpreso ou indignado.

--- Quer dizer que a minha fama chegou a Boston?

--- Não. Não foi isso que eu quis dizer. Eu apenas estava conversando com esse meu amigo antes de viajar para cá e. mentira. Eu vim só para te procurar e usei o caso na Suprema Corte como desculpa. Só faltou eu implorar para pegar esse caso.

Mulder colocou o cartão na mesa e a encarou.

--- Vamos começar de novo. Por que precisa da minha ajuda? Porque conheceu um homem perfeito?

--- Isso mesmo, e isso não existe.

Mulder pensou.

--- Talvez você o ache perfeito.

--- Não, ele é perfeito. Não tem filhos. É solteiro. É bonito. Não grita. Não fica irritado. Não gosta de futebol. É carinhoso. Nunca fica cansado - se é que me entende -. É bem humorado em todas as ocasiões, fala vários idiomas - todos, eu diria. Não arrota. Não fala palavrão. Não olha para outras mulheres, nem na minha frente, nem pelas costas. Não faz bagunça em casa.

--- Wow. - Mulder arregalou os olhos e olhou por cima do ombro de Ally. Ela também olhou para trás. Scully estava em pé, parada, de braços cruzados.

--- Pode me apresentar esse homem? - Disse Scully.

Ally sorriu.

--- Ally McBeal, essa é a minha parceira, Dana Scully. - Disse Mulder.

As duas se cumprimentam e Ally continuou.

--- Bem, Agente Mulder, eu acho que só tem uma explicação para isso: ele não é humano. - Disse chorosa. - Ou eu devo estar ficando maluca.

--- Calma. Tem mais alguma coisa que você viu que aumente as suas suspeitas?

--- Er, bem, uma vez eu o vi se transformar no Elvis Presley, mas eu achei que fosse uma alucinação minha.

--- Alucinação? - Perguntou Scully.

--- É, eu costumo ter alucinações com cantores de músicas românticas, mas. em geral esses cantores estão vivos.

--- Então, você tem alucinações com freqüência? - Perguntou Mulder.

--- Sim, mas eu sei diferenciar uma alucinação de uma "não alucinação". Geralmente, quando eu estou indecisa, ou infeliz, ou até estou angustiada com algum problema eu costumo "ouvir", na minha mente uma música que tenha a ver com a ocasião. Minha analista diz que essa é a minha "música tema". Em situações extremas, eu costumo "ver" o próprio cantor ou cantora cantando a música para mim. Por exemplo, agora a pouco, quando eu entrei, eu vi o Paul McCartney, ele cantava para mim. Era uma alucinação representando a minha dúvida em pedir a sua ajuda ou não.

Mulder olhou para Scully, que fechou os olhos e balançou a cabeça negativamente.

--- E quando você viu o Elvis, ele cantava alguma música? - Perguntou Mulder.

--- Não! É essa a questão! Ele não cantava nada. Eu vi quando meu namorado se transformou no Elvis! E, em outra ocasião, eu o vi se transformar no John Lennon!

--- Pode nos dar licença um minuto? - Disse Scully.

Ally esperou enquanto Scully puxava Mulder para conversar no outro canto do escritório.

--- Mulder, isso só pode ser brincadeira!

--- Não é, Scully, ela não está brincando.

--- Então ela precisa de um médico!

Mulder ficou em silêncio e olhou para Ally.

--- Ela parece uma pessoa normal, Scully. A "música tema", é uma técnica de análise muito usada entre os psicólogos modernos. Isso parece ter funcionado com ela.

--- Funcionou demais, então! Ela leva isso ao pé da letra.

--- Scully, nós dois sabemos que os alienígenas tem a capacidade de se transformar. Ela diz que suas alucinações são diferentes do que ela viu. Se fosse realmente uma pessoa com problemas, não confessaria ter alucinações!

Ally se aproximou dos dois.

--- Eu sou advogada e sei que não posso fazer nenhuma acusação sem provas. Então eu trouxe uma prova. - Os dois agentes se viraram e prestaram atenção. - Certa noite, ele bebeu demais, bem, eu o embebedei de propósito. Então ele dormiu e se transformou. Eu filmei.

- Disse entregando uma fita de vídeo aos agentes.

-- Isso não prova nada. - Disse Scully. - Existem centenas de filmes que usam técnicas especiais para efeitos de transformação.

--- Não querem ver a fita? - Perguntou Ally.

Mulder pegou a fita e pôs no videocassete. A imagem impressionou os dois. Não a transformação em si, mas a fisionomia do homem que se formou.

--- Conhece este rosto, Scully? - Perguntou Mulder.

Scully estava estupefacta demais para responder. A imagem da fita era a do Caçador Alienígena.

 

Fish & Cage Advogados Associados

Centro de Boston

Dois dias depois

09:32 a. m.

Mulder e Scully chegaram na firma de advocacia e foram recebidos por Elaine. Ela fixou os olhos em Mulder e deu um sorriso, mordendo os lábios.

--- Em que posso ajudá-los? - Perguntou olhando brevemente para Scully e voltando os olhos para Mulder, suspirando.

Mulder tentou não demonstrar o susto que levou, pois estava na frente de Scully, que não estava nada satisfeita com o fato daquela mulher devorar o seu parceiro com os olhos.

--- Agentes, Mulder e Scully, FBI. Queremos falar com a Drª Ally McBeal, ela está nos esperando.

Elaine ficou de boca aberta ao ver as insígnias deles.

--- Wow, um homem do FBI? Isso é maravilhoso...

Mulder riu sem graça.

"Scully lançou para Elaine um olhar fulminante que a transformou em uma estátua de pedra. Então Scully a empurrou e a estátua caiu no chão se partindo em milhares de pedacinhos."

Scully lançou para Elaine um olhar fulminante e perguntou:

--- Ally McBeal pode nos receber agora?

Elaine sentiu que Scully não gostou de seu assédio por Mulder. Pensou que fossem amantes ou algo assim. Afinal, ela no lugar de Scully, não iria deixar passar uma oportunidade daquelas. Trabalhando juntos. ela e aquele Homem do FBI, pensava. A secretária começou a suar.

--- A srtª McBeal está em uma reunião agora. Mas não deve demorar. - Ela se virou para Mulder - Se quiser, enquanto espera, eu lhe mostro a minha nova invenção. Eu crio coisas muito úteis nas horas vagas.

--- É mesmo? O Que é? - Perguntou Mulder divertindo-se.

--- Vou fazer uma demonstração. É um sutiã movido a controle remoto. - Disse Elaine aproximando-se dele e sorrindo.

--- Elaine! - Disse Ally em tom de censura assim que abriu a porta de sua sala. Ally percebeu o que estava por acontecer e não queria que os agentes ficassem assustados e desistissem de ajudá-la.

Elaine se recompôs e voltou para a sua mesa. Ally pediu para que os agentes aguardassem mais um pouco e proibiu Elaine de fazer qualquer demonstração.

Os agentes aguardaram e Scully resolveu ir ao toalete. Chegando lá, ela se olhou no espelho tentando conter sua raiva e irritação. "Que mulher sem compostura! Será que não tem vergonha de se insinuar daquele jeito? Com aquele sorrisinho naquela boquinha fina e sem charme???" Lavou as mãos e respirou fundo. Ao enxugar, ela fechou os olhos, tentando não pensar mais em Elaine. Por fim, jogou o papel no lixo e se virou.

--- Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh! - Gritou de susto ao dar de cara com aquele baixinho, apenas alguns centímetros mais alto do que ela.

--- Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh! - O grito de John Cage foi mais agudo e mais alto que o dela. Afinal, ele estava muito mais assustado com aquela estranha gritando no banheiro de sua firma.

--- Quem é você? O que está fazendo no toalete feminino?

--- Quem é você? O toalete é unissex!!!

--- O quê?

No mesmo instante apareceram Nelle e Mark, discutindo sobre um caso. Scully ficou um pouco constrangida mas percebeu que aquele baixinho estava falando a verdade.

--- Acho que devemos desistir, Mark. Esses clientes não têm chance!. oi John. - Disse Nelle passando por eles.

--- Por quê acha isso? Eles são ricos, herdeiros de uma grande fortuna, o que mais eles precisam? Só querem se casar. - Disse Mark.

--- Eles têm onze anos! O que acha, John? - Perguntou Nelle.

--- Bem, ab, haa, ab, haa, ab, haa. ab, haa, ab. - Scully deu um tapão nas costas de Jonh com toda a força. -
Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!

--- Desculpe, eu sou médica e pensei que tivesse engasgando... - Disse Scully ainda preocupada.

--- Ah, não, isso é gagueira mesmo. - Disse Mark. Ele se virou para Nell e continuou a discutir, enquanto ela retocava a maquiagem. - Bem, mas os pais autorizam e se comprometem a orientar o casal a não se precipitarem enquanto não tiverem maturidade sexual.

--- A questão não é essa! Está na cara que são os pais que querem este casamento para a fusão das empresas das duas famílias, e isso é medieval!. - Os dois saíram do toalete ainda discutindo.

Scully não sabia se ficava mais boquiaberta com o fato do banheiro ser unissex ou com o caso que acabara de escutar. Após um instante ela se voltou para o advogado, mais amistosa.

--- Meu nome é Dana Scully, eu sou do FBI.

John estava magoado com o que Mark falou a respeito dele ser gago.

--- John Cage, você está aqui por causa da Ally? - Disse apertando sua mão, ainda pensando da desfeita de Mark.

--- Sim, viemos a pedido dela. Eu e meu parceiro, Fox Mulder.

--- Ah, certo. Espero que tenham sucesso.

Naquele instante, Richard Fish saiu de um dos banheiros e falou com John olhando para Scully.

--- Não liga para o Mark ter te chamado de gago, John, ele não quis ofender. Se quisesse, poderia ter dito algo pior... A propósito, meu nome é Richard Fish, eu sou advogado e sócio da firma. - Disse estendendo a mão para Scully.

--- Dana Scully, FBI. - Disse apertando a mão dele.

--- Wow! Precisa de um advogado? - Disse apertando os olhos e mordendo os lábios, fascinado por ela.

--- Não, na verdade.

--- Scully, você está aí? - Disse Mulder com receio de entrar.

--- Sim, pode entrar, Mulder, o toalete é unissex. - Disse Scully.

Mulder entrou sorrindo sem graça.

--- É, me falaram. Mas eu estava com medo de entrar e não conseguir explicar isso a você... não sem antes levar um tapa na cara. Vamos, Scully, Ally McBeal está os esperando.

Scully pediu licença e se retirou com Mulder. Richard ficou olhando ela sair, encantado com os cabelos ruivos e curtos da agente, deixando a nuca à mostra.

--- Wow, são eles, John?

--- São.

--- Wow.

Mulder e Scully combinaram de ir ao bar do prédio logo mais, para conhecer o namorado de Ally sem levantar suspeitas. Quando eles iam pegar o elevador, os agentes viram, através da porta entreaberta, John Cage enchendo vários copos de água espalhados por todo o escritório. Entre um copo e outro, ele falava sozinho e dançava alguns passos descalço. Ally correu e fechou a porta.

--- Mulder, todos aqui são malucos!

--- Que bom, Scully, daqui para frente você vai começar a me achar normal.

Ally voltou e chamou o elevador para os agentes. Quando a porta se abriu, ela soltou um grito.

--- Ahhhhhh! Ahhhhh! Oh. oh, hey. Eric, oi? Hé hé hé. - Ally começou a rir nervosa e descontrolada.

--- Oi Ally, como vai? Você está bem?

--- Ahh! Eu. estou ótima, ótima. er... ótima. Estes são meus amigos do FBI. - Disse e se arrependeu imediatamente.

Eric cumprimentou os dois desconfiado.

--- FBI?

Ally tentou disfarçar.

--- Bem, na verdade eles estão em Boston para consultar Tracy, a minha analista. Ela também é ótima em terapia de casais.

--- Terapia de casais!? - Disse Scully espantada. Ally arregalou os olhos para ela. - Ah, sim, claro. - Disse sorrindo amarelo para Mulder, que soube tirar melhor proveito da situação.

--- Dana ainda não está convencida de que devamos fazer uma terapia. - Disse Mulder colocando o braço em torno dela. - Ela acha que todos os nossos problemas podem ser resolvidos na cama não é, querida?

Elaine deixou todos os papéis que tinha na mão, caírem no chão. Só então eles perceberam que ela estava escutando toda a conversa. Ela recolheu os papéis e se afastou, disfarçando um sorrisinho maroto nos lábios.

"Scully se transformou em um foguete e partiu para a lua, deixando Mulder carbonizado pelo rastro de fogo."

Scully se recostou no ombro de Mulder.

--- É verdade querido, se você acha a terapia importante, tudo bem. mas para mim, um comprimido de viagra por noite, já resolveria o nosso problema. - Disse, vingando-se.

--- Wow. - Disse Richard parado atrás dela.

"Mulder olhou para ela, rasgou toda a sua roupa e provou na frente de todos que nunca precisou do tal comprimido azul."

Mulder olhou para ela e deu uma risadinha.

--- Ah. essa minha namorada é cheia de piadinhas...

Ally começou a rir, ainda nervosa. Eric riu também.

"Detesto ser desafiada" pensou Scully.

"Que mulher." pensou Mulder.

"Wow." Pensou Richard, de queixo caído.

--- Richard! - Disse Ling em tom de censura.

Mulder olhou para ela.

--- Não te conheço de algum lugar?

Ela olhou para ele com desdém. Odiava aquele tipo de cantada. Rosnou como um leão.

--- Acho que não. - Disse e saiu puxando Richard pela orelha.

Eric colocou a mão no queixo, pensativo.

--- Vocês já marcaram?

--- O que? - perguntou Scully.

--- A consulta. - Disse Eric. - Poderemos marcar para o mesmo dia e conversar enquanto esperamos.

--- O quê??? - Perguntou Ally.

--- Você tem andado distante, Ally, quero fazer terapia de casal também. Poderíamos marcar para amanhã à tarde. O que acha?

Ally olhou para Mulder e Scully em pânico, mas não pôde recusar. Após os agentes irem embora, ela voltou para o escritório submersa em pensamentos. Ficou ali, olhando a cidade pela janela. Ally se sentia culpada como se tivesse traindo Eric. Ele era um homem perfeito, sem dúvida. Ela sentia que ele não a deixaria, pois não tinha filhos nem ex-esposa em Detroit. "Droga! Já estou pensando em Larry de novo!". Ally expulsou o pensamento de sua mente. Tinha que aceitar a realidade. Larry não voltaria e ela já estava envolvida com Eric.

Ela respirou fundo, virou-se para a sua mesa e encontrou Paul McCartney.

When your body has coming Quando seu corpo vem chegando

Apart at the seams Separados das juntas

And the whole thing's feeling low E com todo esse sentimento de
depressão

You're convincing yourself Você está se convencendo

That there's nobody there, I known Que não há ninguém lá, eu sei

I Know how you feel Eu sei como se sente

Like somebody has taken Como se alguém tivesse pego

The weels of your car as rodas do seu carro

When you had somewhere to go Quando você tinha algum lugar pra ir

Well it's annoying Bem, isso é irritante

Not going to get very far Não chegando muito longe

I Know Eu sei

But somebody cares. Mas alguém se importa

Ela estava tão chateada que não se assustou com a alucinação. Paul McCartney estendeu a mão para ela e eles começaram a dançar. Ela fechou os olhos e q uando os abriu novamente, viu que estava dançando com Eric.

--- Ahhhhhhhhhhhhh!

--- Calma Ally!

--- Você, você. ah. você não foi embora? - Disse ofegante.

--- Não, eu só tinha ido ao toalete. O que está acontecendo com você, Ally?

--- Nada, nada. - Disse abraçando-o cheia de culpa.

Ao mesmo tempo que a abraçava, Eric tinha o olhar pensativo e desconfiado.

Depois da cena que presenciaram, todos no escritório de advocacia pensavam que Mulder e Scully eram namorados. Apenas Ally sabia a verdade sobre eles: eram apenas amigos. Mas ela também percebeu que eles sentiam algo um pelo outro. Isso era impossível de não ser notado. Então, Ally alimentou o engano dos colegas para que todos criassem um ambiente favorável para os dois.

Martini Bar,

Centro de Boston

9:12 p. m.

No bar do edifício, Eric, Ally, Mulder e Scully estavam sentados na mesa, conversando, enquanto os outros dançavam.

--- Poderíamos ir ao cinema amanhã à noite, o que acha, Ally? - Perguntou Eric.

--- Pode ser. ouvi falar que está passando um novo filme do Drácula.

Eric começou a rir.

--- Ah, não. filmes de vampiros não fazem o menor sentido para mim.

--- Por quê, Eric? - Perguntou Mulder.

--- Qual o significado de criaturas demoníacas que só morrem com uma estaca no coração? - Perguntou ainda rindo. - Isso é ridículo!

--- Bem, poderia ser na nuca, não é? - Disse Mulder, rindo também, e prestando atenção na reação dele.

Eric ficou sério e começou a coçar a própria nuca. Scully ficou angustiada ao ver isso e começou a coçar a nuca dela também.

--- O que foi, Scully? - Perguntou Mulder.

--- Ah. nada, deve ser esse maldito implante...

--- Implantes? - Disse Richard, se aproximando. -Você tem implantes na nuca? .Wow.

"Assim que passou a coceira, Eric agarrou a garganta de Mulder e apertou, erguendo o corpo do Agente."

Assim que passou a coceira, Eric pediu licença e foi ao toalete. Ele viu Elaine entrando e imaginou que ela poderia demorar, pois as mulheres costumam ficar retocando a maquiagem e gastam tempo com isso. Escondido de todos, ele tomou a forma de Elaine e foi se sentar perto de Mulder.

--- Então, você é Agente do FBI? - Perguntou a falsa Elaine. - Que tipo de caso investiga?

--- Casos paranormais, abduções alienígenas, etc.

--- Maldição!

--- O quê?

--- Perdição! Você é uma perdição!

Mulder riu espantado.

--- Elaine, vamos dançar. - Disse Mark, puxando-a para a pista.

Eric não sabia o que fazer para se desvencilhar daquilo. Chegaram na pista e ele se viu obrigado a dançar com Mark.

--- Elaine, você não sabe se controlar mesmo. Ou não gosta de mim.

Eric odiava tomar formas femininas. Sua raça de alienígenas tinha sexo definido e ele era do sexo masculino. Não tinha a menor intenção de atrair seres humanos machos.

--- Não é o que você está pensando, Mark. - Foi tudo o que Eric conseguiu dizer.

--- Está bem, vamos esquecer isso. - Disse Mark, abraçando-a mais forte.

Eric ficou apavorado. Como não gostava de assumir formas femininas, ele sempre esquecia de se transformar completamente, deixando uma parte do seu corpo no estado original. Mark beijou a falsa Elaine e comprimiu o corpo dela para junto do seu. Foi quando ele sentiu o volume.

--- Ahhhhhh! - Gritou Mark, afastando-se. - Você disse que não tinha pênis!!!

Todos ao redor ficaram olhando surpresos. Mulder achou engraçado mas também ficou desconfiado.

Mark deu alguns passos para a saída e se deparou com a verdadeira Elaine. Ele olhou para trás e não viu mais a pessoa com quem havia dançado.

Depois de muita insistência, Elaine conseguiu que Mark dançasse com ela, explicando que ele havia tido uma alucinação. Disse que estava no toalete e que não havia dançado com ele. Deu-lhe um abraço apertado e Mark percebeu que realmente havia se enganado.

Eric sentou-se ao lado de Ally.

--- O que houve por aqui?

Enquanto Ally explicava, Mulder o fitava com a certeza de que ele era o alienígena e que tinha causado toda aquela confusão. Tirou Scully para dançar e contou a ela a conclusão a que havia chegado.

Drª Tracy

Consultório

Dia seguinte,

04:33 p. m.

 

Enquanto esperavam Ally e Eric terminarem a sessão, Mulder e Scully discutiam se deveriam ou não manter o disfarce para a analista.

--- Não vejo necessidade em fingir. Contamos quem somos e ela poderá manter segredo. Aliás, é a primeira coisa que médicos e psicólogos aprendem na faculdade. Sigilo.

--- E é por isso que precisamos manter o disfarce, Scully. Se não for uma consulta, ele não precisará manter segredo. Podemos aproveitar para resolver nossas diferenças como parceiros. Ela não vai nem perceber...

Scully suspira mal humorada.

--- Não sei, Mulder.

--- Será melhor mantermos o disfarce, Scully. Pense assim: será divertido.

Ally e Eric saem.

--- É a vez de vocês. - Disse Ally. - Nos vemos no escritório logo mais.

Mulder e Scully entraram. Tracy pediu para que os dois se sentassem no sofá e o fitou por alguns instantes.

--- Muito bem, Dana e Fox, quem vai falar primeiro? - Perguntou ela.

--- Pode começar, Scully, quero dizer, Dana. - Disse Mulder.

--- Mas, falar o quê? - Perguntou Scully.

--- Suas queixas. Você pode se queixar do que quiser a respeito dele.

Scully olhou para Mulder.

--- Bom, er. ele é completamente desorganizado e isso me incomoda muito.

--- Ela é certinha demais e me critica. Isso me faz sentir um moleque. Se eu for me organizar para obter a aprovação dela, eu vou me sentir como se eu estivesse obedecendo a minha mãe. E, sinceramente, detesto a comparação.

--- Está dizendo que é desorganizado por minha causa?

--- Em parte, é.

--- Estão indo bem, continuem. - disse Tracy.

--- Bom. - Disse Scully. - Ele acredita em todo tipo de bobagem.

--- E estou sempre certo!

--- Mais, mais! - Disse Tracy.

--- Ela duvida de mim, e quando eu provo que estou certo, ela não dá o braço a torcer...

--- E vocês resolvem tudo na cama, eu já sei. Me falem disso. - Disse Tracy.

Os dois olharam um para o outro assustados e se levantaram. Tracy pegou o controle remoto e apontou. O sofá deu uma guinada para frente, fazendo com que os agentes caíssem de novo nele.

--- O que vocês disseram até agora não representa nada que ameace o relacionamento dos dois. Vocês conseguem contornar muito bem as suas diferenças. E digo mais: um dá equilíbrio ao outro com isso. O problema de vocês é o sexo.

Eles tentaram se levantar novamente mas Tracy impediu da mesma maneira que antes.

Scully pôs a mão na cabeça. "Isso não está acontecendo..."

--- Dêem-se as mãos. - Disse Tracy.

Eles obedeceram relutantes.

--- Isso é ridículo, Mulder. - Sussurou Scully.

--- Você acha a psicologia ridícula, Scully?

--- Não, é a situação que é ridícula!

--- Vocês já se beijaram hoje?

--- Não. Nós quase nunca nos beijamos. - Disse Mulder.

--- Isso é péssimo. Vão em frente, agora. Se beijem.

--- Depois podemos ir embora? - Perguntou Scully.

--- Scully! Pára! - Disse Mulder. - Será que é tão ruim me beijar?

--- Anda!

Os dois encostaram timidamente os lábios e se separaram imediatamente.

--- E o mundo não acabou, acabou? - Perguntou Tracy.

"Eu disse a mesma coisa da outra vez..." Pensou Mulder.

--- De novo. - Disse Tracy. - Desta vez, com língua.

--- Escuta, você é analista ou sexóloga? - Disse Scully, irritada.

--- Scully!

--- Ela pensa que pode nos ensinar a beijar, Mulder. Daqui a pouco ela vai querer que tiremos a roupa!

"E verdade, podemos aprender isso sozinhos..." Pensou Mulder.

Scully levantou mas Tracy usou o controle e ela foi jogada de volta no sofá.

--- Essa consulta já era para ter acabado! - Disse Scully.

--- Ally McBeal pagou duas sessões para vocês. - Disse Tracy.

--- Mulder, eu quero ir embora!

Mulder sabia que aquilo tinha sido muito para sua parceira. Já havia forçado a situação demais e não queria que ela ficasse chateada nem perdesse a confiança nela. Mulder pulou para trás do sofá e estendeu os braços para ela.

--- Vem Scully.

--- Ela se apoiou nele e Mulder a puxou para longe do alcance do sofá.

Os dois saíram mas ainda ouviram Tracy gritar.

--- Lembrem-se, nada irá separá-los! Mas com sexo fica muito melhor!!!

Mulder e Scully voltaram para o motel. Quando Scully entrou em seu quarto, ela se deparou com Paul McCartney.

...but I know mas eu sei

how I feel to be right o que eu sinto pra ficar bem

No more lonely nights chega de noites solitárias

(Never be another) nunca mais, outra

No more lonely nights. chega de noites solitárias

"Deus do Céu! Essa doença da Ally é contagiosa". Ela correu para o banheiro e lavou o rosto. "Droga! O que estou pensando? Eu não tenho alucinações. Isso deve ser um alienígena!"

Ela voltou para o quarto com uma arma na mão, mas não havia ninguém. Guardou a arma e foi bater na porta de Mulder.

--- Quem é?

--- Mulder? Sou eu.

--- Entra, está aberta.

Scully abriu a porta e Paul McCartney estava esperando por ela.

"I've waited all my life for you Eu esperei minha vida toda por você

Hold me tight Abrace-me apertado

 

Scully fechou a porta e se aproximou.

 

"Take care of me Tome conta de mim

and I'll be right E estarei bem

Hold me tight Abrace-me apertado

Hold me tight. Abrace-me apertado

 

Ela não resistiu e começou a dançar com ele. Fechou os olhos e encostou em seu ombro. Quando percebeu, estava dançando com Mulder.

--- Mulder?! Você?!

--- Claro que sou eu, Scully. Quem mais poderia ser? Paul McCartney?

A expressão dela era de susto.

--- Por que estava dançando comigo, Mulder?

--- Ora, você chegou cantando uma música do Paul McCartney e sorrindo. Então nós dançamos.

Scully se recuperou do choque e mudou de assunto.

--- Conseguiu falar com a Ally?

--- Não. É melhor irmos pessoalmente para o escritório dela. Ela disse que estaria nos esperando.

 

Fish & Cage Advogados Associados

Centro de Boston

06:48 p. m.

Eles chegaram na firma e encontraram Mark conversando com Elaine. Mulder perguntou por Ally.

--- Ela está no bar esperando por vocês.

--- Vá na frente, Scully, eu vou ao toalete.

--- OK.

 

Scully encontrou Ally no bar e sentou-se junto a ela. Um pouco hesitante, Scully contou-lhe que também estava vendo Paul McCartney.

--- Preste atenção no que ele canta. - Disse Ally. - Geralmente eles dizem verdades que recusamos a entender.

Mulder saiu do banheiro e lavou as mãos, olhando-se no espelho. Richard saiu de outro banheiro e foi falar com Mulder.

--- Eu também uso Viagra. Não que seja necessário mas é ótimo. Você pode ficar "ligado", a noite inteira, uh? O que acha?

Mulder riu.

--- Não, obrigado.

--- Er. a analista ligou para Ally dizendo que vocês saíram correndo do consultório. A terapia de casais não deu certo, não é?

Mulder não chegou a se incomodar com a intromissão do advogado, mas ficou surpreso.

--- É, não deu certo.

--- Eu posso dar uma sugestão?

Mulder olhou para ele curioso.

--- Sim.

--- Concentre-se em uma parte do corpo dela que te deixa louco. Há alguma em especial?

--- Bem, a nuca dela. - Disse Mulder com um sorriso no canto dos lábios.

--- Ah, eu sabia! - Disse Richard, apertando os olhos. - Aqueles cabelos ruivos, curtinhos, deixando em evidência a nuca, alva, com aquela pequena cicatriz...

--- Isso mesmo. - Mulder também apertava os olhos só de lembrar.

--- Aquela cicatriz rosada, miudinha... - Disse Richard, mordendo os lábios.

--- É. - Mulder lançou um olhar de repreensão e Richard se recompôs.

--- Bem, er. é isso. Você tem que tocar a nuca dela de um jeito especial.

--- Como? - Mulder achava tudo aquilo muito engraçado mas estava curioso a respeito.

--- Bem, você concentra todos os seus sentimentos em relação a ela e tenta passar através do toque. Ela vai sentir uma algo que nunca experimentou.

--- Mesmo?

John Cage saiu do primeiro banheiro à direita foi falar com os dois.

--- Isso é perigoso, Richard! Ensinando isso a ele, você pode reduzir a relação sexual dos dois a um toque na nuca! - Ele se virou para Mulder. - Eu tenho outro truque.

--- Qual?

--- Bem, comigo funciona. Eu imagino que estou cantando como o Barry White.

--- O quê?!

--- Sinta a música. E quando começar a ouvi-la em sua cabeça, dance e cante.

Quando ainda era um estudante de psicologia, Mulder havia aprendido várias técnicas como aquela para ajudar as pessoas a encontrarem o melhor caminho do sucesso. Mas ele já havia esquecido tudo, quando se especializou em patologias psicóticas e serial killers. Porém, naquele momento, Mulder voltou a acreditar na "música tema" e esqueceu os extremos pelos quais se especializou. Começou, então, a ouvir os primeiros acordes da música de Barry White.

--- Está ouvindo? - Perguntou John.

--- Sim. - Disse Mulder.

--- Eu também. - Disse Richard.

Eles começaram a balançar os ombros no ritmo da música, olhando para o espelho.

We got it together, didn't we? Nós chegamos juntos, não é?

We've definitely got our thing together, Nós definitivamente chegamos juntos,

don't we baby? Não é, baby?

Naquele instante, Mark apareceu e começou a dançar na frente do espelho, junto com os outros três. A "música tema" era irresistível. Era como se pessoas comuns pudessem fazer com que suas vidas se transformassem em um vídeo clip, onde tudo era mais que perfeito.

"Isn't that nice? Isso não é bom?

I mean, really, when you really sit Quer di zer, realmente, quanto vc
realmente senta-se

and think about it, e pensa sobre isto,

Isn't it really, really nice?" Não é realmente, realmente bom?

Eles, agora, davam passos ritmados para frente e para trás. John comandava o grupo. Ele começou a levantar um braço após o outro, apontando para o espelho e rebolando. Os outros fizeram da mesma forma.

I can easily feel myself slipping Eu posso facilmente sentir-me combinando

more and more ways that simple world mais e mais maneiras daquele mundo simples

of my own Por mim mesmo.

Nobody but you and me Ninguém mas além de você e eu

We've got it together baby" Nós chegamos juntos, baby

 

Ainda rebolando, os quatro homens viraram de lado e deram passos para frente, para trás e para os lados, incrementando a coreografia. Ao virarem para a esquerda, Mulder, o primeiro da fila, se deparou com Scully. Ele parou de dançar abruptamente e os outros três esbarraram nele. Todos caíram no chão.

--- Mulder? - Scully estava boquiaberta. - O quê está fazendo? - Perguntou ajudando-o a se levantar.

--- Nada Scully. Só estávamos dançando um pouco. Pensei que estivesse no bar. - Mulder ajudou Jonh a se levantar, que ajudou Richard a se levantar e este, finalmente, ajudou Mark a se levantar.

--- É, eu estava mas resolvi voltar porque você estava demorando. Resolvemos subir, pois a Ally também vai ligar para o Eric. Er... podemos ir?

--- Claro, Scully, vamos.

Após todos deixarem o banheiro, a última porta à esquerda se abriu e Alex Krycek saiu devagar. Ele olhou debaixo das outras portas para certificar-se de que estava sozinho. Verificou todo o local mais uma vez, depois apontou para o espelho e começou a dar alguns passos da dança que os outros estavam ensaiando.

We got it together, didn't we? Nós chegamos juntos, não é?

We've definitely got our thing together, Nós definitivamente chegamos
juntos,

don't we baby?. Não é, baby?.

Mas a música logo desafinou.

--- Não dou para isso. - Disse e saiu.

Ele chegou na porta do escritório de Ally McBeal e fez menção de abrir. Mas a porta foi aberta de repente pela própria Ally, que olhou para ele com uma expressão revoltada.

--- OK, chega! Eu já fui à analista hoje e não quero ter mais alucinações! Não é porque eu estou infeliz que terei que ficar vendo homens bonitos para ficar mais infeliz!!!! OK, eu estou calma. Vou fechar os olhos e contar até três para que você desapareça!. - Ela colocou as mãos no rosto. - Um, dois, TRÊS! - Abriu os olhos e não viu nada. - Ótimo!

Ela saiu satisfeita e Krycek ficou observando escondido atrás da porta.

--- Muito prazer, Ally McBeal.

Ele entrou no escritório dela e procurou até achar o endereço de Eric. Ao encontrar, ele se encaminhou para a porta quando ouviu uma voz.

--- Você vai ficar de castigo!!!

Ele se voltou assustado e viu duas velhinhas.

--- Tia Olga? Tia Kátia?!!!

--- Você é um menino muito perverso, Alexander! - Gritou Tia Olga.

--- Não me chamem assim! Meu nome é Alex! - Disse apavorado.

--- Você sempre foi um menino mentiroso! Seu pai o matriculou como Alexander. Por que iríamos duvidar dele? - Disse Tia Kátia.

--- Ele não era meu pai!

--- Sempre inventando histórias estapafúrdias!. - Disse Tia Olga.

--- E dizendo que vai ser espião quando crescer! - disse Tia Olga.

--- Mas eu já cresci!!!

Elas se olharam mutuamente.

--- Garoto mentiroso! - Disse Tia Olga.

Krycek olhou para si mesmo e se viu como um garotinho de oito anos.

--- Mentiroso e malvado! Você vai para o inferno! - Disse Tia Kátia.

--- Naaaaaaaaaaaaaaão! - Krycek saiu correndo desesperado.

Chegando ao bar, Mulder e Scully perguntam a Ally sobre Eric.

--- Bem, ele disse que viria mas até agora, não apareceu. - Disse Ally.

--- Vamos esperar mais um pouco. - Disse Mulder.

Scully levantou-se da mesa para buscar algo para beber no bar. Richard e John olharam para Mulder, fazendo sinais para que ele fosse atrás dela. Mulder obedeceu e se aproximou de Scully. Esticou o braço e tocou a sua nuca. Scully se virou ao mesmo tempo em que deu uma bofetada nele. Logo, ela se assustou ao perceber o que fez.

--- Mulder?! Ah, desculpe! Eu pensei que fosse aquele advogado louco do Richard Fish...

--- Tudo bem, Scully. - Disse Mulder com a mão no rosto.

--- Sente-se aqui, Mulder, beba isto.

Mulder aceitou e tomou a bebida em um trago só.

--- Uh, o que é isso?

--- É um energético, Mulder.

--- Obrigado, mas preciso de álcool. um Scotch, por favor! - Voltou a olhar para Scully. - E o namorado da Ally, onde está que não chegou até agora?

--- Bem, segundo ela, ele foi em casa, mas volta.

--- Hum, não acha que ele está demorando, Scully?

 

Residência de Eric

08:49 p. m.

Eric lutava com dois caçadores alienígenas ao mesmo tempo.

--- Seus miseráveis! Por que não me deixam em paz? - Gritava Eric. Em um gesto inesperado, ele golpeia um deles na nuca, matando-o. - Agora somos só nós dois, seu nojento!

--- Está xingando sua própria espécie, Eric!

Os dois estavam de frente um para o outro, em posição de defesa, esperando e estudando o próximo golpe.

--- Podemos ser semelhantes, mas somos de raças bem diferentes, seu hermafrodita asqueroso! - Bradou Eric.

--- Pelo menos não preciso de outro ser para procriar! - Retrucou o Caçador.

A luta recomeçou.

 

No bar, Ally se aproximou de Mulder.

--- Posso falar com você?

--- Claro, Ally, o que foi?

Ally levou Mulder para o escritório. Ao entrar, Mulder olhou fixamente em uma direção.

--- O que foi, Agente Mulder?

--- Er. nada. - Disse olhando para ela. - O que quer me dizer?

--- Sei que você acredita em mim e que quer me ajudar mas, não acho que Eric seja má pessoa.

--- Isso é o que vamos tentar descobrir.

--- Prometa-me que não vai machucá-lo, por favor.

--- Ally, ele é um alienígena, eu já te expliquei.

--- Mas isso não quer dizer que ele seja mau!

Mulder ficou confuso.

--- O que a Agente Scully acha disso?

--- Bom, er. - Mulder pára e olha na mesma direção de antes.

Ally olhaou para ver se enxergava algo também.

--- O que foi? O que você está vendo?

Mulder ri.

--- Não creio que vá acreditar...

--- Pode falar, ninguém ganha de mim em termos de loucura.

--- Bryan Adams.

--- O quê? Bom, talvez você ganhe de mim.

To really love a woman Para realmente amar uma mulher

To understand her Entendê-la

you gotta know her deep inside Você tem que conhecê-la por dentro

Hear every thought Escutar cada pensamento

see every dream Ver cada sonho

N' give her wings E dar-lhe asas

When she wants to fly Quando ela quiser voar

 

--- Ally, ele está me dizendo como devo tratá-la.

--- Quem? A Scully? - Ele assentiu com a cabeça. - Por que não descemos e você tira ela para dançar?

--- Bem, eu não sei.

--- A iniciativa tem que partir de você. A sua parceira não é como a Elaine. ou como eu...

Mulder riu.

--- É, eu acho que você tem razão.

Ally sabia que Mulder e Scully não ficavam juntos por falta de coragem.

--- OK, vamos treinar. Faça de conta que eu sou a Scully.

Ele olhou para ela.

Then when you find yourself Então quando você se achar

lyin' helpless in her arms Deitado indefeso nos braços dela

Ya know ya really love a woman Você sabe que você realmente ama uma mulher

Refrão: When you love a woman Quando você ama uma mulher

you tell her that she's really wanted Você diz a ela o que ela realmente queria

When you love a woman Quando você ama uma mulher

you tell her that she's the one Você diz que ela é a única

Cuz she needs somebody Porque ela precisa que alguém

to tell her that it's gonna last forever diga que isso durará para sempre

So tell me have you ever really Então me diga, você realmente já

really really ever loved a woman? Realmente já amou uma mulher?

 

Mulder se aproximou e estendeu a mão. Ally começou a dançar com ele e a escutar a música também.

To really love a woman Para realmente amar uma mulher

Let her hold you Deixe-a te abraçar

til ya know how she needs to be touched Até você saber o quanto ela precisa ser tocada

You've gotta breathe her Você tem que respirá-la

really taste her realmente saboreá-la

Til you can feel her in your blood Até senti-la no seu sangue

N' when you can see your unborn children E quando você vir seu futuro filho

in her eyes nos olhos dela

Refrão

You got to give her some faith Você precisa dar a ela alguma fé

hold her tight abraça-la forte

A little tenderness Um pouco de ternura

gotta treat her right Tratá-la direito

She will be there for you, Ela estará lá por você

takin' good care of you Tomando conta de você

Ya really gotta love your woman... Você realmente ama a sua mulher."

Ally sabia que Mulder era um homem cheio de qualidades. E, para ela, ele ainda tinha a melhor qualidade de todas. Amava sinceramente uma mulher e não enxergava outra em sua frente, não como enxergava Scully. A emoção de dançar com um homem igual Mulder, a deixava feliz e fazia com que ela se lembrasse de seu verdadeiro amor: Larry.

Eles aproximaram os rostos e ela sentiu a mão dele em seus cabelos. Eles murmuraram baixinho.

--- Larry.

--- Scully.

Suas bocas se aproximaram e, antes que se tocassem, Ally abriu os olhos e deu um grito ao ver Mulder. Ele também se assustou e a música parou abruptamente.

--- Desculpe. - Disse Mulder.

--- Tudo bem, er, não estamos ficando loucos, estamos?

--- Não sei.

--- Bem, é melhor descermos...

--- Certo.

Os dois pegaram o elevador.

--- A propósito, quem é Larry?

 

Residência de Eric

O caçador consegue dominar Eric.

--- Mostre seu rosto verdadeiro para morrer com dignidade.

--- Olha só quem fala em dignidade. um Caçador de Recompensas! - Disse Eric, irônico.

--- Que seja.

Eric fechou os olhos pensando que sua hora havia chegado. Mas, naquele instante, Krycek apareceu e deu uma punhalada na nuca do Caçador. Eric respirou aliviado.

--- Nossa, te devo essa... quem é você?

--- Eu faço as perguntas. Quem é você?

--- Eric. O meu verdadeiro nome é impronunciável para humanos. Ei, eu conheço você! É amigo daquele homem que fuma.

Krycek teve uma crise de tosse. Eric bateu nas costas dele, tentando ajudar.

--- Você está bem?

--- Er. cof, cof, acho que sim. Não me fale naquele homem, OK?

--- Seu nome é Alex Kry. Kry.

--- Krycek.

--- Isso mesmo. Aceita algo para beber?

--- Aceito. Uma vodka.

--- OK, vou te acompanhar, estou precisando. - Ele serviu Krycek e se serviu. - A propósito, por que salvou a minha vida?

--- Bem , preciso de algumas informações suas. Quero saber sobre essa raça de alienígenas que querem a Terra, a língua que falam, o local do seu planeta, essas coisas, pode ser?

--- Claro, claro, não vejo mal algum, você me parece boa pessoa... salvou a minha vida. o que quer saber?

Krycek tirou do bolso uma caderneta igual à que ele usava quando era parceiro de Mulder no FBI.

--- Bem, a minha primeira pergunta é.

 

No bar, Scully e Elaine conversavam no banheiro.

--- A verdade é que todos me acham pervertida e promíscua mas eu não sou! Bem, nem tanto. eu apenas deixo transparecer o que sinto. até demais. Mark morre de ciúmes. Ele fica inseguro, mas eu gosto dele!

--- Comigo já é o contrário. As pessoas têm receio de mim, achando que eu sou uma "mulher de pedra".

--- Talvez possamos aprender uma com a outra.

--- Será? - Scully riu desconfiada. - Não sei, pode ser um desastre.

--- Vamos tentar.

Ao voltar para o bar, Scully percebeu que Mulder e Ally McBeal também estavam de volta. Ela olhou para Mulder e chegou bem perto.

--- Alguma novidade, Mulder? - Sua voz era casual e sensual ao mesmo tempo, fazendo com que ele se sentisse imediatamente atraído. Elaine atravessou o bar sem desviar o olhar de Mark. Sentou-se ao lado dele com um misterioso sorriso nos lábios.

Mulder pegou Scully pela mão.

--- Vamos dançar?

Ela aceitou e os dois dançaram olhando-se nos olhos. Vonda Shepard cantava lentamente.

"You're just too good to be true Você é muito bom pra ser verdade

Can't take my eyes off of you Não posso tirar meus olhos de você

You've been like heaven to touch Você se torna celestial ao tocar

Oh, I wanna hold you so much Oh, Eu quero te abraçar muito

I Know tha love has arrived Eu sei que o amor chegou

And I thanks God I'm alive E agradeço a Deus por estar viva

You're just too good to be true Você é muito bom pra ser verdade

Can't take my eyes off of you" Não posso tirar meus olhos de você

--- Scully, cadê a Ally? - Mulder olhava em direção à mesa, sem encontrá-la.

--- Não sei.

Eles procuraram por ela e não acharam.

--- Ela disse que ia para casa. - Disse John Cage.

--- Eu tenho minhas dúvidas. - Disse Mulder. - Vamos, Scully.

--- Para onde?

--- Acho que Ally foi abrir o jogo com Eric.

Eric e Krycek, já bêbados, trocavam confidências.

--- Acho que você deveria contar tudo a ela. - Disse Krycek. - Quem mente muito deve contar ao menos uma verdade a cada seis meses ou pode pirar...

--- Duas verdades por ano? Parece interessante. Já disse alguma verdade esse ano, Kry. Kry.

--- Alex, pode me chamar de Alex. Eu informei as horas a uma pessoa na rua. Falei a verdade.

--- Então ainda falta mais uma.

--- É, mas o ano ainda não acabou.

Alguém bate à porta.

--- Eric, sou eu, Ally. Abra a porta!

--- Ihhh, se esconde no meu quarto!

--- E se vocês resolverem?. você sabe.

--- Bem pensado, vá se esconder na cozinha.

--- OK.

Krycek se escondeu e Eric abriu a porta.

--- Quero a verdade, Eric!

--- Foi aquele chato do Mulder. Ele encheu a sua cabeça de idéias malucas!

--- Quem é você, Eric? - Os olhos de Ally estavam cheios de lágrimas.
- Me conte, eu preciso saber.

Eric suspirou.

--- Está bem. Eu sou do planeta Nértion, que ainda não foi mapeado pelos astrônomos da Terra.

Ally, chocada e entristecida pela confirmação de suas desconfianças, sentou-se e apoiou o rosto com as mãos.

--- Oh, Deus, não.

--- Meu planeta foi colonizado, Ally. Eles nos dominaram facilmente, pois éramos geneticamente compatíveis. Eles tinham armamentos e o tal óleo negro. Eu era um guarda da Coroa. Mas decidi me rebelar. Fugi com parentes e amigos para uma pequena lua. Menor que a Lua de vocês. Vivi lá durante alguns anos. Mas eles nos alcançaram. Viramos escravos e, após alguns anos de trabalho, consegui comprar a minha liberdade.

--- Você é um Caçador de Recompensas?

--- Bem, eu aceitei o emprego para conseguir vir para cá. Mas eu juro que nunca cacei nenhum humano. Quando eu cheguei aqui, fugi. E estou fugindo até hoje.

--- Jura que está falando a verdade?

--- Juro!

--- E quando eu via o Elvis, era você?

--- Era, eu sei que você gosta dele.

--- Ah, Eric. Ei! Espera! Você é um alienígena!!! Você não tem essa aparência!

--- Bem, na verdade, não, mas.

--- Parado! - Gritou Mulder. Ele entrou de repente junto com Scully, os dois apontavam suas armas. - Eu ouvi tudo, Eric. Você é um deles! Quero saber por que você quer a Ally!

--- Não se meta! - Gritou Eric.

--- Não me meter? Você se mete no nosso planeta e fala para eu não me meter? Eu vou enfiar uma estaca no seu coração. quero dizer, uma bala na sua nuca!

--- Não, eu juro que não quero fazer mal a ninguém!. - Eric se voltou para Ally. - Eu não sou um caçador! Eu quero você, Ally. Eu quero ter filhos híbridos com você!

--- O quê?! - Disse Ally horrorizada.

--- Não, filhos híbridos não! Ou a colonização vai começar! - Disse Krycek, entrando na sala.

Mulder olhou para ele e rugiu como um leão. Krycek rugiu da mesma maneira.

--- Ihhhhh. - Disse Scully. Eles começaram brigar feito bichos.

Scully acompanhava a briga com a arma na mão, mas não sabia o que fazer. - Hum. ai, Mulder não deixa ele te bater aí, não!. Ai! Isso deve doer. torce o braço dele! Esse não, Mulder, o outro!

Eric separou os dois com uma certa facilidade. Bastou ergue-los pela garganta. Mas não por muito tempo, ou isso iria matá-los. Krycek fugiu e Eric segurou Mulder e Scully.

--- Desculpem mas ele salvou a minha vida. Tá vendo aquele líquido verde ali? Pois eles estavam atrás de mim e o tal de Kry. Kry.--- Krycek. - Disse Scully.

--- Isso mesmo, ele os matou e me salvou.

--- A troco de quê?

--- Bem, eu o ensinei a falar algumas palavras na minha língua, dentre outras coisas.

--- Ah. não! - Disse Mulder.

--- Eric, eu não vou conseguir conviver com isso. - Disse Ally.

--- A culpa é desses agentes! - Disse Eric.

--- Não, Eric, eu os procurei. Eu descobri que você não era deste planeta. Eles só confirmaram minhas suspeitas.

Eric ficou triste.

--- Como iríamos dar certo, não é mesmo?

--- Na verdade, Eric, eu não esqueci meu ex.

Eric acompanhou Ally e os agentes até a rua. Enquanto esperavam um táxi, uma mulher esbarrou em Eric.

--- Oh, desculpe.

--- Tudo bem. - Eric olhou para ela e ficou abismado. - Eu conheço você?

--- Bem, er. - Ela prestou atenção nele e seus olhos se iluminaram. - Deus do Céu! Você era o Chefe da Guarda de meu pai!

--- Princesa Tétis. - Ele se ajoelhou e beijou a mão dela. - Aqui, meu nome é Eric. Seu pai, o que aconteceu com ele?

--- Eles o mataram, Eric.

--- Então, isso a faz minha rainha. Serei seu campeão, agora.

--- Não, não se ajoelhe. O reino acabou, não sabe?

--- Você será sempre a minha rainha, sempre.

--- Bem, aqui eu me chamo Lisa e sou vendedora de seguros.

Ally olhava a cena sorrindo.

--- Sua cara está ótima para quem acaba de perder um namorado. - Disse Mulder.

--- Mulder!. - Disse Scully em um tom de censura.

Os três entraram no táxi.

--- Agente Mulder, por favor, não reporte nada disso. O Eric é boa pessoa. Nunca me fez mal e só quer viver a vida dele.

Mulder olhou para Scully.

--- Não temos provas mesmo, não é, Scully?

Ao chegar na rua de Ally, ela saiu triste. Os agentes dispensam o táxi para fazer companhia para ela.

--- Ally, tudo bem? - Perguntou Scully.

--- Ah, sim, está tudo bem. Acreditem, eu já estou acostumada.

--- Ninguém se acostuma a sofrer. - Disse Mulder.

Ally sorriu.

--- Estou bem, acreditem.

Ally estava quase chorando e decidiu se apressar para que os agentes não vissem. Ela virou-se e esbarrou com Larry.

--- Oh, meu Deus, outra alucinação!

--- Não, Ally, sou eu mesmo. Hey, vocês estão me vendo? - Mulder e Scully confirmaram. - Viu?

--- Larry! - Ally correu para abraçá-lo. - Ah, Larry, pensei que não fosse voltar.

--- Eu sei, por isso voltei logo, antes que você se casasse. Os dois começaram a dançar na rua.

--- Eles são loucos, até dançam sem música. - Disse Scully.

--- Não está ouvindo a Música, Scully?

Ela ficou um instante em silêncio. Não poderia admitir aquilo. Mas Mulder não pediu que ela admitisse. Ela apenas a tirou para dançar.

I've got you under my skin Eu consegui você pra mim

I've got you deep in the heart of me Eu consegui você profundamente
no coração

So deep in my heart, Então profundamente no meu coração
that you're really a part of me que você é realmente parte de mim

I've got you under my skin Eu consegui você pra mim

I've tried so not to give in Eu tentei não me entregar

I've said to myself Disse a mim mesmo

this affair never will go so well Este caso nunca irá tão bem

But why should I try to resist, ] Mas porque tentaria resistir,

when baby will I know so well quando eu conheceria você tão bem

That I've got you under my skin Então eu consegui você pra mim

I'd sacrifice anything come what might Eu sacrificaria qualquer coisa
pelo necessário

For the sake of having you near Pelo bem de ter você próximo

In spite of a warning voice that Ao contrário da voz de cuidado que

comes in the night chega a noite

And repeats, repeats in my ear E repete, repete no meu ouvido

Don't you know you fool, Não sabe seu bobo,

you never can win você nunca vencerá

Use your mentality, wake up to reality Use sua mentalidade, acorde
para a realidade

But each time I do, just the thought of you Mas toda vez que faço, só
pensava em você

Makes me stop before I begin Faça-me parar antes de eu começar

'Cause I've got you under my skin Porque eu consegui você pra mim

I've Got You Under My Skin Eu consegui você pra mim

Stan Freberg Writer: Porter

 

Sede do FBI

Gabinete do D. A. Skinner

Dois dias depois

05:39 p. m.

--- Então, Agente Mulder, tudo não passava de uma alucinação da advogada? - Perguntou Skinner. - Você concorda com o relatório da
Agente Scully?

--- Bem, ab, haa, ab, haa, ab, haa. ab, haa, ab. - Scully deu um tapão nas costas de Mulder - Uhhhhh! Obrigado. Sim, como psicólogo, eu digo que isso, a "música tema" pode acontecer com qualquer um de nós sem que seja caracterizada uma anomalia.

--- Bem, mas você assina o relatório da Agente Scully? - Insistiu Skinner.

--- Sim.

--- YES!!!! - Gritou Scully.

--- Ahhhhhhhhhhhh! - Gritou Skinner com o susto que levou.

--- Desculpe, senhor.

--- Tudo bem, agentes, estão dispensados. Tivemos um dia cheio hoje.

 

Residência do D. A. Skinner

Crystal City, Virgínia

07:08 p. m.

 

Skinner chegou em casa e foi direto para o quarto. Ele começou a tirar a roupa para tomar banho mas o faz de uma maneira diferente. Dançou na frente do espelho e fez striptease ao som da música de Marvin Gaye.

Baby I'm hot just like an oven

I need some lovin'
And baby, I can't hold it much longer
It's getting stronger and stronger
And when I get that feeling
I want Sexual Healing
Sexual Healing, oh baby
Makes me feel so fine
Helps to relieve my mind
Sexual Healing baby, is good for me
Sexual Healing is something that's good for me
Whenever blue tear drops are falling
And my emotional stability is leaving me
There is something I can do
I can get on the telephone and call you up baby, and
Honey I know you'll be there to relieve me
The love you give to me will free me
If you don't know the things you're dealing
I can tell you, darling, that it's Sexual Healing
Get up, Get up, Get up, Get up, let's make love tonight
Wake up, Wake up, Wake up, Wake up, 'cos you do it right
Baby I got sick this morning
A sea was storming inside of me

 

Residência de Dana Scully.

09:42 p. m.

 

Mulder tocou a campainha.

Scully o esperava com um vestido longo e abriu a porta.

--- Que bom que está pronta. - Disse Mulder.

--- Eu nunca me atraso, Mulder.

--- É verdade. E ainda está linda.

--- Obrigada, você fica bem de Smoking.

--- Obrigado.

Os dois foram até uma casa luxuosa onde estava tendo uma festa. Mulder entregou o carro ao manobrista e entrou com Scully. Havia mais seis agentes do FBI disfarçados no local. Todos estavam tentando impedir um ataque terrorista. Felizmente tudo deu certo. Os terroristas foram presos e levados discretamente pelos outros agentes. Scully se preparava para ir com eles, quando Mulder a puxou pela mão.

--- Vem comigo, Scully.

--- Mas Mulder!

--- Tem seis agentes escoltando esses terroristas. Não vão sentir a nossa falta.

--- Mas Mulder!!! Estamos trabalhando!

--- Você não gosta desta música, Scully?

--- Ah. bem, eu adoro.

--- Então vamos, já fizemos o nosso trabalho. Viva um dia, Scully!

Mulder levou Scully pela mão até a pista de dança e os dois começaram a dançar ao som da música de Frank Sinatra.

--- Mulder, quem é aquele homem de cabelo grisalho fazendo sinais para a gente?

--- Não sei, Scully. Parece que eu já o vi na TV.

--- Ah! Lembrei! Ele escreve séries para televisão, Chris alguma coisa. Mulder, acho que ele está tentando nos dizer algo... er. "não, não, corta".

--- Ignore, Scully. Ele deve ser louco. Preste atenção naquele outro cara ali, ao lado de uma loira. - Disse Mulder, olhando para o outro lado. - Ele parece fazer um sinal positivo.

--- Mulder, aquela loira é a atriz Michelle Pfeiffer, não está reconhecendo?

--- Ah, é mesmo. E o cara ao lado também produz séries de TV. David alguma coisa.

--- Ele é marido dela e se chama David E. Kelley. Eu sei porque eu gosto das séries dele.

--- O que ele está tentando nos dizer, Scully?

--- Acho que é algo como. "vão em frente"!

 

FIM

Cantores Convidados:

a.. Paul McCartney canta:
"No More Lonely Nights"

"Somebody Cares"

"Hold me tight"

a.. Barry White canta:
"We've got toghether"

a.. Bryan Adams canta:
"Have you Ever Really Loved a Woman?"

a.. Vonda Shepard canta:
"Can't take my eyes off of you"

Notas finais:

Foi um pouco difícil para mim, fazer os personagens de AX ficarem cômicos. Principalmente a Scully (não consegui que ela fizesse nenhuma loucura - apenas pensasse) e o Krycek (que ficou totalmente atípico). O Mulder já é um personagem mais flexível nesse sentido. Quem não se lembra dele dançando em frente ao espelho no episódio "Dreamland I e II". E digo mais: Ele seria perfeitamente capaz de dançar no banheiro com a turma de advogados de Ally, como eu fiz acontecer aqui. Já o Skinner, iria arrancar muitos aplausos se fizesse um streap, né Cláudia Modell? Desculpem eu não ter traduzido a música do Marvin Gaye. É que eu fiquei sem jeito...Para quem não sabe (e ninguém é obrigado a assistir todos os seriados), David Boreanaz (o Eric, aqui na fic), é o ator principal da série Angel. Ele interpreta um vampiro com alma. Por isso o trocadilho quando o Mulder diz que vai matá-lo com uma estaca no coração e corrige imediatamente. Gostaram???

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