Episódio: Sem Rede (Parte II) - Without a Net
Data: 11/12/2000
Lembrarei disso e rirei.
Por Telma PontesOnde paramos? Ah, sim. Boca aberta e olhos arregalados! Jonathan é filho de Michael! Bela maneira de Ally ser descoberta!
Desde o início não me pareceu um comportamento normal para ela sair com dois homens, principalmente quando nenhum sabe do outro. Isto é muito mais a cara de Elaine, que se diverte com as possibilidades.
Imaginei uma cena com perguntas sem respostas, com constrangimentos e até mesmo um pouco de acusações trocadas mas, ao contrário disso, pai e filho não queriam lutar entre si e nem ao menos perder a oportunidade de estar com Ally. Prova disso foi que Jonathan apareceu na casa de Ally e expôs seus sentimentos. Na verdade foi muito mais um ímpeto de ficar com o seu objeto de desejo mas que poderia ser a diferença em uma escolha.
Sim, Ally teria que escolher com qual dos dois iria ficar. Nem pai nem filho desejavam concorrer ou mesmo entrar em uma disputa descarada para conseguir ficar com Ally. Mas ela não se sentia segura o suficiente para escolher, afinal, os dois relacionamentos estavam apenas começando.
A surpresa maior estava por vir (pelo menos pra mim).
Motivada pelo fato de ter dois homens solteiros visivelmente interessados ou talvez porque realmente estivesse gostando deles Ally decide continuar com eles! Revesaria os encontros no intuito de os conhecer melhor e depois decidiria! O mais interessante é que os dois concordaram com isso!Não poderia haver situação melhor para uma mulher!
Mas pode ficar ainda melhor! Lembram-se do Larry? O psicólogo-advogado do primeiro episódio? Ele esbarrou novamente no caminho de Ally. Claro que não por pura coincidência mas era algo que muita gente estava aguardando acontecer. Eles realmente demonstraram uma atração mútua e faltava um empurrãozinho pra que tudo acontecesse.
Na verdade foram dois empurrões. Um foi o envolvimento de Ally em uma acusação de calúnia contra uma "amiga" de faculdade que vive para demonstrar os valores da castidade e do puritanismo. Não foi nada demais, Ally apenas revidou ao fato de ser chamada de modelo para as castas e puritanas dizendo que sua coleguinha foi pega fazendo sexo oral com seu ex-namorado.
O caso foi a desculpa perfeita para contratar Larry. Conveniente e envolvente. Larry se colocou muito bem no tribunal e para entrar no ritmo dos advogados esquisitos também possui suas manias particulares e uma delas é ser lógico e irônico ao mesmo tempo.
O outro empurrão foi a Nelle (tenho de agradecer a ela!). Depois que ela conheceu Larry e o convidou para sair bateu aquele ciúmes em Ally. Seria muita injustiça fazer com que Larry se envolvesse com outra, não é? Mas sabe o que penso, Larry fez isso pra dar uma sacudida em Ally também, afinal, ela estava saindo com dois homens. Como ele iria saber se estava interessada ou não nele? A torcida a favor do romance ganhou e Larry e Ally deram um pé na bunda (educadamente falando) nos respectivos interessados!
Como pano de fundo para este episódio voltamos para o namoro de Cindy e Mark. Aqui vale á pena chamar atenção para o fato de que este relacionamento serviu para testar os limites dos personagens envolvidos, inclusive das pessoas da firma. Sendo uma situação totalmente diversa do dia a dia fica meio difícil para que todos aceitem sem preconceito o fato de Cindy ser homem.
Então, Mark sofre com a crítica dos amigos, principalmente dos homens. Inclusive Nelle fala que o nome da firma poderia sofrer com a continuação do relacionamento. Além desses problemas na firma, ainda existe mais um, o sexo. É muita pressão em tão pouco tempo e um relacionamento assim não daria para se manter. É o fim para Cindy e Mark!
Minha opinião é que embora aceitemos a existência de muitas coisas em nossa sociedade ainda não estamos prontos para ver algo assim na televisão. Os limites estão sendo ultrapassados pouco a pouco. Mark aceitou Cindy mas não poderia ultrapassar a barreira do sexo. É uma pena, pois eu realmente gostava de Cindy e queria um final feliz pra ela.