Episódio: Em busca da Infelicidade
Data: 30/04/2001
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- EM BUSCA DA INFELICIDADE
- por Márcia Santos
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- Neste episódio, tivemos três
histórias muito interessantes : Elaine sendo pega no flagra
por Larry e Ally em uma traição, um filho processando
o pai por ele ser feliz demais para comandar uma empresa e Jackson
se intrometendo na vida de um casal por achar que o sentimento
da noiva não é legitimo.
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- Será que ser feliz atrapalha no
desenvolvimento de um trabalho? Um pessoa que preza o bem estar
de seus funcionários esperando maior produtividade realmente
está errada? Será que continuar a ter a felicidade
como único sentimento para agradar um amor não
está certo? É claro que o caso que David E. Kelley
nos apresentou era extremo, pois tratava-se de uma pessoa cuja
felicidade era causada por um coágulo no cérebro.
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- E Jackson? Não conseguiu acreditar
que alguém gordo, careca, aparentemente sem nenhum atrativo
poderia atrair alguém mais belo? Será que ele pensa
que a felicidade está ligada apenas nas aparências?
Será que uma pessoa não pode amar outra apesar
de ? Apesar de defeitos, apesar de aparência....
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- Enfim, foi um episódio rico em
histórias e discussões.
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- Começando por Elaine e Mark. Que
coisa feia Elaine! Pega no flagra por Ally e Larry, que discutiam
foférrimos sobre que mudanças a casa de Ally estava
precisando!
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- Confesso meu choque ao ver Elaine naquela
cena. Pensei que depois da conversa entre ela, Mark e Ally sobre
sua atração sobre Jackson, Elaine tinha se comprometido
na relação. Mas o que ela mostrou ao agarrar seu
suposto amigo na porta de sua casa e ao dormir com ele não
foi comprometimento. Foi uma traição terrível.
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- Achei certo Ally confrontar Elaine sobre
o que ela havia feito. Como amiga, ela TEM que se meter ( bom,
de qualquer forma Ally se mete em tudo, não é mesmo?).
Tudo bem, conhecemos Elaine, conhecemos seu jeito atirado e muitas
vezes vulgar, mas traição tem tudo a ver com caráter.
Como ela disse, "escorregou". Mas será que não
somos capazes de controlar nossos impulsos em prol de uma coisa
maior?
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- Na verdade, não achei que o conselho
de Ally ruim. Omitir a verdade pode poupar muita dor. Por outro
lado, Mark tinha todo o direito de saber o que aconteceu, visto
que ele estava diretamente envolvido na situação.
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- E foi o que aconteceu. Não convencido
pela história de que Ally estava com Elaine no jantar
com o tal "amigo", Mark confronta Ally que tenta omitir
a verdade. Mas Elaine entra na sala nessa hora e conta tudo para
Mark, que sai sem ter o que dizer. Será que tem volta?
Será que dá para confiar em alguém como
Elaine, que justifica uma traição dizendo apenas
que esse é seu jeito? Ou esse jeito é apenas uma
maneira de se proteger de uma relação mas profunda,
que possa a decepcionar? E que insegurança é essa
que ela sente no relacionamento de entre ela e Mark? Será
que ela não acredita que pode ser feliz e amada?
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- Um dos casos da firma nesta semana foi
sobre um senhor que, após um acidente, adquiriu um coágulo
no cérebro que o deixa eufórico. Ele é incapaz
de ficar triste. Quem cuidou do julgamento foi Ling, que parece
ter uma especial ligação com pessoas mais velhas,
não? A dupla Ling e Henry rendeu cenas bonitas e cativantes.
Felicidade demais deixa uma pessoa incapaz de exercer suas funções?
No caso dele, falando do trabalho, acredito que sim. Uma coisa
é tratar do bem estar de seus funcionários para
aumentar a produtividade, outra coisa é não ligar
para lucros, que é um dos objetivos de uma empresa.
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- Ao longo do julgamento, percebemos que
Henry sempre foi extremamente preocupado com o trabalho e até
mesmo rabugento, mas agora estava tendo a oportunidade de ser
feliz ao lado de sua esposa, que estava com câncer ( e
isso não incomodava Henry).
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- Mas tudo mudou quando a mulher de Henry
faleceu devido a um ataque do coração. Henry não
conseguia esboçar nenhuma tristeza. E por não conseguir
chorar por sua esposa, resolve fazer a operação
e voltar a ser o que era. Quem disse que a felicidade constante
pode ser boa? Ás vezes precisamos chorar, cair e levantar.
Imagina não poder sentir dor?
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- Outro que não acredita na felicidade
alheia é Jackson. Será que uma pessoa que não
dispõe de uma boa aparência não tem direito
a felicidade? Um sujeito gordo, careca, feio, não pode
ser amado? Se isso não é preconceito...
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- Jackson foi muito rápido em suas
conclusões de que aquele casamento entre um homem feio
e uma linda mulher era apenas por interesse. É somente
a beleza que importa numa relação? Exemplos da
vida real mostram que não.
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- Duper convence Gilbert a fazer um contrato
pré nupcial, que não beneficia em nada a noiva
Julie. Ally percebe que Jackson está sendo muito duro
com Julie e decide que Larry deve ajudá-la a revisar o
contrato, o que deixa Jackson furioso!
- Larry e Jackson, ao discutirem o contrato,
transformam o assunto numa disputa pessoal. O mais engraçado
é o sarcasmo de Larry em relação a Jackson.
E a "picuinha" dos dois não para no lado jurídico.
Quando Jackson vai buscar Renee em casa, Larry e Ally estão
fazendo o jantar juntos. Ally sente um tensão entre os
dois assim que Larry e Jackson se cumprimentam...e aí
tudo começa : os dois iniciam uma discussão sobre
o caso e acaba sobrando para Ally. Coitada, Larry acaba descobrindo
tudo que ocorreu na sua ausência e repreende Ally : "então
você o beijou, foi para cama com ele e agarrou seu "controle".
Como Ally poderia se defender?
- No fim, John consegue com que o casal,
que quase desiste de casar pela interferência dos advogados,
fique junto, dizendo : " o que Deus uniu, um advogado não
pode separar"!
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- Foi um excelente episódio. Se as
notícias das saídas de Robert Downey Jr., Lucy
Liu, Greg German e Taye Diggs se confirmarem, com certeza deixarão
saudades. Por isso, temos que aproveitar bem suas participações,
que com certeza, deixarão saudades...afinal, ninguém
pode ser feliz sempre, né?
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