Roque Teixeira de Agrela
Roque Teixeira de Agrela era
natural da freguesia de Câmara de Lobos, onde nasceu no dia 16
de Agosto de 1792, tendo falecido no dia 25 de Janeiro de 1883,
aos 90 anos de idade, no Funchal, à rua Imperatriz, onde fixara
residência depois de 1880. Era filho de Manuel Teixeira de
Agrela e de Ana dos Reis.
Eram seus irmãos:
1.
João Teixeira de Agrela,
falecido, em Câmara de Lobos, solteiro e sem descendência, no
dia 27 de Dezembro de 1855, tendo também exercido funções de
Presidente da Câmara Municipal de Câmara de Lobos.
1. Tomásia Matilde Henriques,
que nasceu, em Câmara de Lobos, no dia 23 de Novembro de 1788,
tendo casado com Tibúrcio Justino Henriques e falecido a 17 de
Dezembro de 1872, sem descendência. Tibúrcio Justino Henriques
tinha uma filha, Carolina Matilde Henriques, em resultado de uma
sua ligação, enquanto solteiro, com Jesuína Rosa, do Estreito de
Câmara de Lobos.
1. Maria Clementina.
1. Antónia Jacinta.
1. Vitorino Teixeira de
Agrela, casado e que teve pelo menos um filho chamado de José
Maria Teixeira de Agrela.
Em testamento feito a 16 de
Maio de 1881, para além de afirmar que era solteiro, reforça a
ideia de que não possuía filhos
[1] e nomeia como seu testamenteiro José Maria
Teixeira de Agrela, filho de seu irmão Vitorino Teixeira de
Agrela, instituindo como herdeiros para além dele, Rita e
Francisco filhos da sua falecida sobrinha Úrsula e de seu marido
José Bartolomeu Correia; Alexandre, Maria e Úrsula, filhos de
seu sobrinho Alexandre Cândido Teixeira de Agrela e ainda deixa
legados a Antónia
[2], filha de Carolina Figueira Chaves e de pai
incógnito; Maximiana do Monte, filha de Rosa Maria, moradora em
sua casa e Januário Roque, irmão de Maximiana, a quem também
nomeia testamenteiro, no caso de impedimento de José Maria
Teixeira de Agrela.
O poeta camara-lobense Joaquim
Pestana foi também um dos contemplados com o testamento de Roque
Teixeira de Agrela, tendo-lhe sido legada a loja de fazendas,
onde era caixeiro.
Roque Teixeira era um
importante comerciante e proprietário, possuindo várias
propriedades rústicas e urbanas, como o forno da cal, pedreiras,
uma loja de fazendas, uma mercearia, etc.
Foi
presidente da Câmara Municipal de Câmara de Lobos, cargo para
que toma posse a 2 de Janeiro de 1864, aos 68 anos de idade,
para um mandato de dois anos. Para além de presidente da Câmara
ocupou outros cargos
públicos, nomeadamente o de conselheiro municipal.
Na sua sessão de 28 de Agosto
de 1890, a Câmara Municipal de Câmara de Lobos ter-lhe-á
prestado uma homenagem, atribuindo o seu nome a uma arruamento
na vila de Câmara de Lobos.
De acordo com a sessão
camarária de 15 de Outubro de 1856, Roque Teixeira de Agrela era
Reitor da Confraria do Santíssimo Sacramento na paróquia do de
Câmara de Lobos.