Faquista
Ainda que mais característico do
Estreito, o epíteto de faquista encontra-se associado tanto aos
habitantes da freguesia do Estreito de Câmara de Lobos como da
freguesia de Santo António.
No Estreito, as cenas de agressão
com utilização das chamadas "armas brancas" vêm de longa data e valeu
o rótulo de "faquistas" aos seus habitantes. A primeira descrição, que
temos conhecimento, de uma agressão mortal ocorrida na freguesia, data
do início do século XVI.
Naturalmente que não é só no
Estreito que ocorrem crimes ou cenas de violência sangrenta. Noutras
freguesias da Madeira isso também acontece. Aquilo que se verifica, é
que, no Estreito, parece haver uma certa propensão para resolver
eventuais diferendos pessoais, recorrendo à violência e sobretudo, o
que não ocorre com tanta intensidade noutros locais, recorrendo à
ajuda de objectos cortantes. Devido a este facto, cenas que passariam
despercebidas, aqui ganham importância de notícia, e ultrapassam as
barreiras geográficas da localidade, de forma que, para a generalidade
dos madeirenses o nome do Estreito cedo se associou a este tipo de
agressão.
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