Natural da freguesia da Sé,
Funchal, onde nasceu no dia 19 de Agosto de 1824
[1], tendo falecido no dia 13 de Abril de 1880, aos
56 anos, na sua residência ao sítio da Torre, freguesia de Câmara
de Lobos.
Era filho de António Joaquim de
Faria e de Gertrudes Júlia da Conceição, proprietários e naturais
da freguesia da Sé.
Casou em 1850 na freguesia de
Câmara de Lobos, com Carolina Augusta Salvaterra
[2], de quem teve dois filho:
Augusto César Faria que foi professor na Escola Régia tanto do
Estreito de Câmara de Lobos, como de Câmara de Lobos
[O Direito, 5 de Fevereiro
de 1879] e João
Augusto Faria
[O Direito, 14 de Abril de 14
de Abril de 1880] [O Direito, 24 de Abril de
1880].
Era médico cirurgião, exercendo
à altura da sua morte a sua profissão em Câmara de Lobos.
A sua fixação na freguesia de
Câmara de Lobos terá ocorrido em 1856, por ocasião da
epidemia de
cólera, altura em que, por deliberação camarária é convidado a
exercer medicina em Câmara de Lobos, dada a incapacidade do então
facultativo existente nesta freguesia, fazer sozinho frente à
referida epidemia.
Para além de facultativo
municipal, foi também presidente da Câmara Municipal por três
vezes. Na primeira, tomou posse do cargo no dia 2 de Janeiro de
1860, para um mandato de dois anos fazendo parte parte da sua
equipa: José Figueira de Araújo, José Isidoro Pereira de Barros,
Manuel Figueira da Silva e Maximiano Francisco de Barros.
No dia 9 de
Janeiro de 1874 volta à presidência da Câmara, numa equipa de que
faziam parte: Francisco Eduardo Henriques; João Neponuceno de
Macedo; Manuel Joaquim Lopes e Luís Soares de Sousa Júnior. Em 1
de Julho de 1875 José Figueira de Araújo é convidado a substituir
João Nepomuceno, que abandona a Câmara, convite que declina,
apresentando razões de saúde.
A 2 de
Janeiro de 1876, assume novo mandato, que no entanto só vai até ao
dia 10 de Abril de 1876, sendo o elenco camarário substituído por
outro liderado por Luís Soares de Sousa Henriques.