Paróquia
do Estreito de Câmara de
Lobos
CRIAÇÃO,
ORAGO E SEDE
A paróquia do
Estreito de Câmara de Lobos, terá sido criada entre 1509 e 1519, com a invocação de Nossa Senhora
da Graça. Até 1960, à freguesia do Estreito de Câmara de Lobos, correspondeu uma
única paróquia. Contudo, na sequência de um Decreto Episcopal de 24 de Novembro
de 1960, esta paróquia subdividir-se-ia em quatro: a paróquia do Estreito de
Câmara de Lobos; a
paróquia do Garachico; a
paróquia da Encarnação
e a
paróquia de São Tiago.
ORAGO
E LIMITES DA PARÓQUIA
O seu limite a Norte, parte
da Ribeira do Inferno, por uma recta, que encabeça com a vereda
que desemboca na vereda dos Tis, cortando o sítio do Foro e das
Romeiras. Do terminus desta, une-se, por meio duma recta, com o caminho
Novo. Segue pelo eixo deste até à Volta da Panelinha, donde
sobre pelo eixo do caminho do Cabo do Podão até ao limite
norte do sítio deste nome, e dos sítios das Fontes, Casa
Caída e Castelejo até à Boca dos Namorados.
A Sul a actual linha divisória
desde a Ribeira do Vigário até à ribeira Fernanda.
A Oeste a Ribeira do Vigário, a Ribeira da Caixa e a Ribeira do
Inferno até à recta que encabeça na Vereda dos Tis
. Na altura em que esta paróquia se subdividiu nas de São
Tiago, do Garachico e da Encarnação ficou com 4000 almas
.
PÁROCOS
DA PARÓQUIA DO ESTREITO DE CÂMARA DE LOBOS
Foram vigários do
Estreito de Câmara de Lobos: Sebastião Vaz (1539); Gonçalo
de Aguiar (1568); António Gonçalves (1585); Sebastião
Gonçalves Velho (1604); João Gonçalves Evangelho (1607);
Matias Lopes (1620); João Soeiro de Chaves (1636); Manuel Lopes
(1641); Luís Gonçalves Velho (1643); Bartolomeu Soares Serrão
(1665); André Lopes de Sá (1675), António de Sousa Benavides (1678); Manuel de Afonseca Vieira (1684); Manuel Álvares
Pimenta (1694); Manuel Fernandes Modim (1713); Manuel de Castro Correia
(1714); Manuel de Passos (1719); Jorge de Aguiar (1746);
Manuel Borges
de Alemanha (1747);
Francisco José de Albuquerque F. Betencourt
(1792); João Filipe Moniz Barreto (1796);
José Fernandes
de Andrade (1803); António Abreu Macedo (1828); José Abreu
Macedo (1831); Caetano Alberto de Barros (1838); Manuel de Abreu Macedo
(1854); José Franco de Castro (1864);
João Joaquim Figueira
da Silva (1865);
José Isidoro Gonçalves
Figueira (1867);
António
de Abreu Macedo (1867); João J. Figueira
era pároco colado da paróquia de Nossa Senhora da Graça e terá
falecido nos primeiros dias do mês de Março de 1882
[O Direito, 11 de Março de 1882],
depois de um curto período de doença [O
Direito, 11 de Fevereiro de 1882] sendo
nomeado logo de seguida, [O Direito, 18 de
Março de 1882] para o substituir,
António José de Macedo
(1882);
Manuel de Abreu Macedo (1885);
João Baptista de Afonseca(1905);
Francisco Venceslau Mendes (1906);
Miguel
Pestana Reis
(1906);
Manuel
José Teotónio Gonçalves
(1931), falecido na freguesia
do Estreito de Câmara de Lobos a 12 de Agosto de 1943 ;
José
Porfírio Rodrigues Figueira (1943);
Telésforo
Rafael Afonso (1970);
Manuel
Gonçalves Pita (1972) e
Manuel
Jorge Fernandes Neves (1991) que exerce o cargo em
acumulação com o de pároco do Garachico (Nossa Senhora do Bom Sucesso)
CURAS DA
PARÓQUIA DO ESTREITO DE CÂMARA DE LOBOS
Foram Curas do Estreito
Gonçalo de Aguiar (1562); Simão Gonçalves (1579);
António Gonçalves (1582); João Soeiro de Chaves (1633);
Manuel Lopes (1639); António Caldeira de Aldrama (1682); Manuel
de Castro Correia (1718); Gaspar Nunes Pereira (1729); Manuel de Abreu
Aguiar (1746); João Domingos Figueira (1770); Manuel de Ornelas
Granito (1782); Lourenço Justiniano dos Reis (1783); António
de Abreu Macedo (1788); Simão José de Oliveira (1803); João
António de Barros (1804); António José da Silva (1813);
Caetano Alberto de Barros (1825); Manuel de Abreu Macedo (1828);
José
Isidoro Gonçalves Figueira (1860); Agostinho Teodoro Pita (1860); Manuel
Joaquim Simão (1861); José Franco de Castro (1863); Clemente
Figueira de Ornelas (1868);
Jorge Luís Monteiro
(1872); Eduardo
Jacinto Gonçalves (1876); Augusto César Teixeira (1877);
António Leandro Froes (1887); Fausto Lopes Ribeiro (1892); Luís
Maria Gomes (1893); Feliciano João Teixeira Pita (1895); João
Baptista (1901); Cândido Augusto Correia (1906); Francisco Venceslau
Mendes (1906); João Eduardo de Sousa (1907);
Manuel Jacob Sardinha
(1909); Manuel Gomes da Silva (1910);
Manuel
José Teotónio Gonçalves
(1921);
Fernando
Agnelo de Oliveira
(1937);
António
Sousa da Costa
(1949);
Manuel
Carlos da Silva
(1957);
Manuel
de Nóbrega (1957); José Teixeira
Marques
(1959);
José
Vieira Pereira
(1962) e
João de Jesus de Freitas.
Alguns destes párocos
viriam a estar envolvidos em querelas políticas, nomeadamente o
padre José Fernandes de Andrade, detido em 1828 pelos seus sentimentos
liberais; o padre Manuel de Abreu Macedo, irmão do candidato a deputado
João Augusto Pereira, que foi eleito pela oposição
e que viria a ser alvo de detenção, em 1904, e o padre
Miguel Pestana Reis, que em 1911, viria a estar na origem de um motim popular,
quando foi chamado a depor perante o Governador Civil devido às
suas posições anti-governamentais.
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