Rua da
freguesia do Estreito de Câmara de Lobos, inaugurada no dia 7 de
Outubro de 2004.. Estende-se entre a Rua Cónego Agostinho Figueira
Faria e a Rua Francisco Figueira Ferraz, percorrendo ao longo do seu
trajecto, parte do antigo passal da igreja do Estreito, bem como a
vereda, levada e fontanário da Levadinha que, em consequência das
obras, desapareceriam para sempre.
O
topónimo de Passal que lhe foi atribuído tem a ver não só com o facto de no
seu percurso atravessar o passal da igreja do Estreito, mas também,
segundo o discurso inaugural do presidente da Câmara Municipal de
Câmara de Lobos, constituir uma homenagem à igreja, pela forma como
encarou as negociações que envolveram a cedência dos terrenos
necessários às obras.
Ainda que o
seu trajecto ao longo do passal seja pouco extenso, a verdade é que
a construção deste arruamento envolveu também o alargamento em toda
a sua extensão da Rua Cónego Agostinho de Faria, alargamento esse
que viria a implicar a utilização também em toda a sua extensão, dos
terrenos da igreja.
Recorde-se a este propósito, que em 1920, quando a Rua Cónego
Agostinho Faria foi construída, por forma a permitir o acesso entre
a estrada monumental e o centro da freguesia, foi-o em todo o seu
trajecto, em terrenos do passal, não sem antes acesa discussão, uma
vez que a igreja durante algum tempo se opôs à sua abertura.
Perante a diferença de orçamentos, entre a construção da
rua Cónego Agostinho Faria, orçada na altura em 2 mil escudos e a
alternativa, o actual caminho do cemitério, orçado em 10 mil escudos
e dotado de maior desnível, a igreja não teve outra alternativa
senão ceder. Contudo não faltou, quem, entre os paroquianos, se
recusasse transitar neste novo arruamento, para não pisar terreno
sagrado.