Sousa, Padre
António Alberto
Natural de Machico, onde nasceu a 13 de Dezembro de 1923. Frequentou
a instrução primária, em Machico e ordenou-se sacerdote a 21 de
Dezembro de 1945, após ter concluído o Curso do Seminário do
Funchal.
Durante sete meses foi amanuense na Câmara Eclesiástica do Funchal.
Seguidamente foi nomeado Coadjutor do Porto Santo, onde era pároco o
padre Silvano.
Além de toda a colaboração nos serviços pastorais, recorda os
trabalhos da reconstrução da Capela de Nossa Senhora da Piedade,
onde foi preciso carregar arreia e cimento.
Do Porto Santo, onde esteve apenas durante sete meses, remou ao
Campanário, onde já enraizou durante sete anos, como Coadjutor do
Padre José Antero. Muito embora trabalhasse numa pastoral de
conjunto, recorda a Catequese como a primeira de todas as
prioridades.
Santo António e a Casa de São João de Deus no Trapiche, foram o
seguinte cenário da sua actividade pastoral. Coadjutor da Paróquia e
Capelão da Casa de Saúde, estiveram a seu especial cuidado as
populações das zonas altas, que mais tarde conformaram as novas
paróquias da Graça e Visitação, enviado como João Baptista a
preparar os novos caminhos da evangelização daquelas zonas afastadas
do centro paroquial. Aqui esteve durante quatro anos.
Daqui foi enviado a outra frente, a outra zona alta, desta vez em
Santa Maria Maior, como Coadjutor, com residência no Bom Sucesso,
com a missão específica de também preparar esta zona para a futura
paróquia que veio a ser a do Coração de Jesus. O seu trabalho
apostólico durou aqui quatro anos, no momento em que se levantava já
a igreja, futura sede paroquial. Era então pároco, o Pe. Alfredo
Ponte Lira.
Como prémio aos seus altos merecimentos, foi surpresivamente
promovido a Pároco, tendo remado para a Madalena do Mar, onde esteve
durante dois anos, pondo à prova a sua capacidade de adaptação e
obediência, contribuindo ainda para a decoração interior do templo
paroquial.
Em 1961 começou do nada a Paróquia do Carmo, com sede provisória na
Capela das Preces. A par da comunidade espiritual que cedo começou a
congregar, a sua acção incidiu imediatamente na compra do terreno
onde hoje se encontram a residência e a igreja paroquiais. Veio
imediatamente o projecto de arquitectura, da autoria de Marcelo
Costa, que tratou de identificar a igreja com o barco, instrumento
de trabalho da maioria dos homens em Câmara de Lobos e pelo facto da
Igreja chamar-se a Barca de Pedro.
Surgiram então as construções. Primeiro a Casa Paroquial, totalmente
terminada, logo o Salão polivalente e depois a estrutura do templo,
com as suas paredes e a placa do tecto.
No salão polivalente chegou a funcionar um 1.º ciclo devidamente
autorizado. Evoca também as tardes de convivo e de cultura que o
salão foi paulatinamente proporcionando à população, quer através de
récitas,
de teatro ou de cinema.
Aos dez anos de actividade paroquial no Carmo, ou seja em 1971, foi
enviado a S. Gonçalo, como o sacerdote que reunia qualidades
adequadas a esta comunidade, tendo-se doado e dado tudo até ao
presente. Diz ter sido uma actividade pastoral normal. Terminou os
interiores da igreja, começando pelo altar, paredes, barra, porta,
lustres, etc. Numa palavra terminou a decoração interior da igreja
sonhada pelo Padre. Pita Ferreira que dera a sua vida por aquela
igreja de estilo gótico.
Evidentemente, sem descurar a pastoral e o acercamento do pastor com
o povo de Deus, cujas casas visitou consequentemente durante catorze
anos, enquanto lhe permitiram as forças e a saúde, hoje debilitada.
A sua grande aposta, porém, na linha já vivida durante a sua
passagem por Santo António e Bom Sucesso, e especialmente
recomendada pelo bispo, foi dotar as zonas altas de S. Gonçalo dum
Centro Social Paroquial, de forma a preparar uma futura paróquia que
possa levar até a estas populações a mensagem evangélica.
Ai está o Centro Social Paroquial da Boa Esperança, como Centro de
culto, de convício e de Catequese, pensado em primeira mão para
apoiar também as Cooperadoras da Família, entretanto vindas para a
Madeira, de que o Pe. Alberto foi assistente diocesano.
Está apenas construída uma ala, em cujo rés do chão funciona uma
Capela provisória, e nas restantes instalações funciona um Centro de
Catequese.
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