Entre as empresas que estão chamando
mais a atenção dos investidores no momento estão
(em ordem alfabética):
BANCO DO BRASIL (BB4/3): - Apesar do
ótimo resultado apresentado em 1997 o BB não pretende
distribuir dividendos integrais o que acabou por reduzindo o interesse
de curto prazo em suas ações. No médio e
longo prazo continua sendo um ótimo papel tendo em vista
o saneamento financeiro pelo qual está passando o que garante
a continuidade dos resultados positivos. Ultimamente, a decisão
do BB de se vender o controle acionário de sua Distribuidora
de Títulos tem dominado as discussão no mercado
financeiro sobre a instituição. O impacto desta
venda nos resultados do BB são ainda controvertidos.
BANESPA (BES4) - Com a perspectiva de
privatização apenas em 1999, os balanços
ainda pouco convincentes e as indefinições sobre
o modelo de privatização da CESP acabaram reduzindo
o volume de negócios com as ações do BANESPA
em bolsa. Na última quarta-feira 25/2/97 algumas notícias
sobre o problema CESP e a aproximação da AGE trouxeram
novo fôlego ao papel. Como indicamos em relatório
anterior (número 25 de 18/1/98) o preço indicado
para um posicionamento em BES4 (entre R$50 e 55) foi atingido
em duas oportunidades durante o mês de fevereiro (4/2/98
e 19/2/98) o que permitiu uma compra segura aos interessados na
distribuição de dividendos esperados a mais de 3
anos pelos acionistas.
CESP (CES4/3) - Tendo sido mais uma
das grandes decepções do processo de privatização
do setor elétrico. Apesar da clara indicação
de insatisfação, dada pelo mercado, com o modelo
de cisões adotado para a venda da CESP, que é claramente
lesivo aos acionistas minoritários, os responsáveis
parecem não pretender introduzir alterações
muito grandes neste processo. As dúvidas ainda persistem
o que pode significar fortes oscilações nas cotações
da CESP nas bolsas.
COSIPA (CSI6) - A possibilidade de incorporação
pela USIMINAS pode reanimar os negócios com o papel. Deve
ser acompanhado com atenção e observado o comportamento
do volume e número de negócios com o rompimento
dos R$0,30 por ação.
IAP (IAP4) - Após a notícia
de que poderia ser incorporada com Serrana Fertilizantes mantendo-se
a marca IAP as ações deram uma arrancada de 42%
na última sexta-feira. Consideramos que apesar, da baixa
liquidez e dos riscos envolvidos o papel pode realmente apresentar
novas altas a médio prazo dependendo principalmente do
modelo de incorporação e conversão acionária.
TELEBRASILIA (TBR4) - Uma das TELES
com maior potencial de alta e melhor relação P/VPA,
com quase 24% de seu patrimônio em telefonia celular (um
dos maiores de todo o sistema Telebras) e com boas indicações
técnicas, faltando apenas um aumento do volume negociado,
parece estar pronta para a uma alta.
UNIPAR (UNI6) - Após uma rápida
e forte arranca parece estar se acomodando para um novo movimento.
O pequeno volume nos últimos pregões ainda não
permite uma análise conclusiva. O rompimento dos R$0,30
parece importante para atrair maior interesse. As expectativas
de saneamento da empresa para os próximos anos pode revitalizar
os negócios com este papel.
USIMINAS (USI4) - Sempre uma ótima
opção de compra de longo prazo está apresentando
sinais técnicos de alta. Caso se decida pela incorporação
da COSIPA pode eliminar um dos problemas estéticos de seus
balanços e passar a apresentar indicadores fundamentalistas
mais atraentes aos investidores, principalmente estrangeiros.
Com a saída diplomática para a crise com o Iraque, as bolsas americanas voltaram a ter dias de alta continuando a bater sucessivos recordes históricos em todos os seus índices (DJIA, NASDAQ, S&P500 e NYSE). Provavelmente as atenções da imprensa americana se voltará novamente para os escândalos sexuais de Clinton o que pode voltar a preocupar os mercados.
Nos atuais níveis de preços, qualquer notícia pode ser considerada como motivo para realizações pelos investidores, que já acumulam polpudos lucros em 98.
A partir da próxima semana devemos
observar uma definição mais clara da tendência
geral dos mercados para o mês de março.