Recomendações de 1998
 Eis aqui as recomendações dadas em 1998 e a sua fundamentação. Clique em
 qualquer uma delas para ver a respectiva explicação.
 
22-12-98, Comprar Direitos de Subscrição de Obrigações Inparsa a 2350$
18-11-98, Comprar Warrants Somague entre 30$ e 40$
27-10-98, Vender Sonae a 6850$; Comprar Warrants Sonae Indústria a 2000$
15-10-98, Vender BESCL a 5300-5400$
14-10-98, Comprar Compta a 2200$; vender Sonae a 5900$
6-10-98, Vender Inparsa entre os 5300$ e os 5370$
1-10-98, Comprar Inparsa dos 4600$ aos 4800$; preparar para compras generalizadas
25-9-98, Comprar Sonae Investimentos a 5300$
11-8-98, Vender Portucel a 1320$; Vender Lisgráfica a 3860$; Vender Finibanco a 2170$
6-8-98, Comprar Portucel a 1320$; Follow-Up
24-7-98, Vender Sonae Indústria a 2860$
13-7-98, Manter carteira; Reforçar Lisgráfica a 4170$
6-7-98, Comprar Finibanco a 2420$; Comprar Sonae Indústria a 2980$
16-6-98, Comprar Lusomundo S/Voto a 2570$; Vender Mundicenter a 3200$;
              Follow-Up da carteira actual
9-6-98, Vender Sonae Investimentos a 10800$, trocar Gestnave por Lisnave
5-6-98, Subscrever Finibanco no máximo, comprar Investec entre 8600$ e 8700$,
             Dom Pedro entre 2350$ e 2400$, Unicer entre 4100$ e 4200$
3-6-98, Comprar Sonae Investimentos entre 9950$ e 10200$
1-6-98, Comprar Direitos de Incorporação BESCL entre 1190$ e 1220$, comprar
             Direitos de Subscrição BESCL entre 180$ e 200$
25-5-98, Vender Obrigações Sonae Indústria a 860$, Warrants entre 3900$ e 4200$;
               Subscrever Lisgráfica pelo máximo
15-5-98, Comprar Obrigações Sonae Indústria entre os 820$ e os 840$
15-5-98, Comprar Warrants Sonae Indústria entre os 2000$ e os 2200$
11-5-98, Comprar Fitor entre os 320$ e os 350$
7-5-98, Subscrever Cimpor nos máximos
7-5-98, Vender carteira PSI 20, manter Gestnave e Mundicenter
27-4-98, Manter carteira, não comprar ainda nada
24-4-98, Vender parte da carteira PSI 20, comprar Imobiliário e fundos asiáticos
24-4-98, Preparar para subscrever Obrigações Somague a 1000$
21-4-98, Comprar Direitos de Obrigações Somague a 25-50$
15-4-98, Manter Somague, Gestnave, PT, Cimpor e Sonae Investimentos
15-4-98, Vender Imoleasing entre 3500$ e 3600$
15-4-98, Comprar Sonae Imobiliária entre 3150$ e 3250$
15-4-98, Comprar Mundicenter entre 3150$ e 3450$
15-4-98, Reforçar EDP entre 4950$ e 5100$ e Sonae Indústria entre 2950$ e 3100$
9-4-98, Vender BPSM entre 5000$ e 5200$
4-4-98, Manter Somague e subscrever obrigações com warrants
4-4-98, Comprar Sonae Investimentos entre 8900$ e 9400$
2-4-98, Vender Cin entre 15200$ e 15400$
21-3-98, Recomprar Gestnave entre 3200$ e 3300$
21-3-98, Comprar Caima entre 2600$ e 3000$
17-3-98, Comprar Somague entre 2130$ e 2450$
17-3-98, Manter Sonae Indústria
17-3-98, Realizar mais valias com Gestnave entre 4400$ e 4500$
17-3-98, Manter BPSM
17-3-98, Manter Imoleasing
17-3-98, Manter EDP, PT e Cimpor
18-2-98, Comprar Gestnave entre 1700$ e 2100$
18-2-98, Comprar Sonae Indústria entre 2350$ e 2500$
18-2-98, Comprar Imoleasing entre 2950$ e 3200$
18-2-98, Comprar BPSM entre 3150$ e 3300$
18-2-98, Comprar PT, EDP, Cimpor e Cin
 
 
 
 
22-12-98
Comprar Direitos de Obrigações Inparsa a 2350$
Estes direitos estão baratos. Vejamos algumas contas. Quem comprar 1000 direitos
gasta 2350 contos e depois mais 341 contos a subscrever as 341 obrigações. No total
gasta, pois, 2691 contos. Fica com 341 obrigações e 682 warrants (2 warrants por cada
obrigação). Vende a seguir as obrigações a 900$ cada, encaixando 307 contos. Cada
warrant dá direito a subscrever 2 acções a 1500$, pelo que deve valer 2 * (3750 - 1500)
= 4500$ (já que as acções estão cotadas a 3750$). O valor total com que se fica é
682 * 4500$ + 307000$ = 3376 contos. Como se investiu 2691 contos a rentabilidade
é de 25% à cabeça, fora o que se pode ganhar com as subidas futuras dos warrants.
 
18-11-98
Comprar Warrants Somague a 30-40$
Estes warrants estão baratos demais. Conferem direito à compra de 1 acção (por cada 2
warrants) a 2500$ num prazo de 5 anos. Embora a acção esteja a 1160$, já esteve a muito
mais e subidas de 100% em 5 anos são rotineiras na Bolsa. Acresce que a empresa está
com uma grande carteira de encomendas e vai explorar o negócio das Mini-Brisas.
 
27-10-98
Vender Sonae a 6850$
Já estamos a ganhar 29% e isto tendo o mercado ter sofrido um crash depois da nossa
decisão de compra. Em relação à cotação de 4500$, atingida durante o crash, estamos
a ganhar uns 50%. Parece bom demais para ser verdade.
 
Comprar Warrants Sonae Indústria a 2000$
Estes Warrants estão, novamente, num preço muito em conta. Lembremo-nos do nosso
negócio de Maio, em que ganhámos quase 100% com eles comprados a este preço.
Para ver po que é que, com as acções a 2350$, os warrants são bem comprados a
2000$, consulte a nossa recomendação de 15 de Maio.
 
15-10-98
Vender BESCL entre os 5300$ e os 5400$
Vendemos com prejuízo, já que comprámos a cerca de 6000$. No entanto, como o BESCL
já esteve abaixo dos 4 contos e a Bolsa esteve a perder uns 30% ou mais depois da nossa
compra, esta venda é aceitável, tanto mais que o mercado deve estar a aproximar-se de
um patamar.
 
14-10-98
Comprar Compta a 2200$.
Esta empresa está com um comportamento técnico impecável. Durante os meses de Maio
a Outubro, em que o mercado desceu, a Compta subiu ligeira mas consistentemente. A
liquidez é pequena, o que explica o pouco interesse institucional na acção. Os lucros deverão
quadruplicar este ano, atingindo 400 mil contos, o que dará um PER de 8.4, uma raridade
no nosso mercado. O aumento de vendas no 1º semestre deste ano foi de 60% e a empresa
estima a manutenção desse bom ritmo no 2º semestre. A empresa ganhou novos clientes e
consolidou as relações com clientes tradicionais, como o grupo Sonae. A empresa fornece
todo o tipo de equipamentos de telecomunicações a todas as empresas do grupo Sonae,
tendo beneficiado muito com o arranque da Optimus e indo beneficiar, nos próximos anos,
da expansão da rede deste operador. Manter por 6 meses ou mais. Lucro esperado: 50 a
100% nos próximos 6 meses a um ano.
 
Vender Sonae a 5900$
Já ganhámos 11% numa fase em que o mercado caiu mais de 15% depois de termos comprado
esta acção a 5300$ e ela própria já esteve bem abaixo dos 5000$.
 

 6-10-98
Vender Inparsa entre 5300$ e 5370$.
Se considerarmos os intervalos médios de compra e venda, realizámos um lucro de 13.5%
em dois dias, enquanto o mercado subiu 4%, e isto durante um clima de crash. Parece bom
demais para ser verdade. Não é preciso mais para nos decidirmos pela venda.

1-10-98
As grandes quedas verificadas na BVL nos últimos dias são exageradas. Senão vejamos,
as minhas razões para estar moderadamente optimista.
 
1) Os lucros das empresas vão subir 20 a 50% em 98, as cotações caíram uns 45% desde
o máximo de Abril; isso tornará os PERs muito atractivos, na casa dos 15 a 20, e os dividend
yield também atractivos.
 
2) A economia nacional está bem, é relativamente independente da Ásia e Rússia, a maioria das empresas nacionais são tradicionais, não têm uma cultura de internacionalização em mercados
emergentes.
 
3) As empresas que constituem o PSI 20 são ou Utilities (auto-estradas, telefones, electricidade),
ou Bancos ou Seguradoras ou grandes Retalhistas. Quase nada de indústria e muito menos
indústria exportadora. São as empresas típicas de um país terceiro-mundista, macrocefalia
dos bancos e comércio, fraquíssima indústria. Estas empresas dependem do consumo de massas,
aquele que é menos afectado pelas crises económicas e que tem menos dependência da
situação no estrangeiro.
 
4) Grandes obras públicas estão em perspectiva (Aeroporto de Lisboa, Metro do Porto,
autoestradas, barragens, etc) que puxarão pela economia durante muitos anos mais.
 
5) As taxas de juro estão historicamente baixas, o que continuará a incentivar o investimento
bolsista e imobiliário.
 
Penso, por isso, que nas próximas semanas é possível uma forte recuperação dos
preços na Bolsa. O valor mais normal do BVL 30 será em torno dos 4000. Devemos estar
muito atentos e preparar-nos para compras generalizadas.
 
Entretanto, a nossa carteira continua a mostrar uma performance muito superior, à excepção
da Lisnave, que caiu, mas continua com grande potencial económico e especulativo.
 
Comprar Inparsa dos 4600$ aos 4800$
Esta empresa desceu 25% em dois dias!!!! É demais, é muito mais do que a descida do
mercado (4,3% ontem e 8,5% hoje). Além disso, ela tem grande potencial especulativo,
está cheia de bons negócios em carteira e gera entusiasmo.
 

25-9-98
Após um Agosto e Setembro baixistas, tal como previmos (ver vendas que recomendámos
no início de Agosto) o mercado já está algo convidativo. Os PERs das empresas vão ficar
muito mais baixos, devido à descida de 30% das cotações e ao aumento de lucros previsto
para 1998.
 
A carteira que mantivemos teve uma performance espectacular, registando quebras muito
menos acentuadas que as do BVL 30.
 
Comprar Sonae Investimentos a 5300$
Este papel está atractivo. Tal como já dissemos meses atrás, há mais valias ocultas com a
sua participação na Modelo Continente de mais de 100 milhões de contos. Corrigindo o
valor contabilístico da Sonae para ter em conta estas mais valias, obtemos um valor
contabilístico de 7500$. Pode haver um grande aumento de capital para 100 milhões ou
mais. Finalmente, a principal razão da descida, a piora de resultados e os problemas do
Brasil, parecem não ser tão graves que justifiquem a queda de 50% nas cotações. No
Brasil, a empresa investe numa cadeia de retalho, um negócio susceptível de ser pouco
afectado por crises financeiras, uma vez que depende do consumo popular.
 
 
11-8-98
Grandes sinais de venda detectados no mercado. Melhor reagir fazendo algumas vendas.
Bom comportamento da restante carteira, em geral.
 
Portucel a 1320$: vendemos ao preço de compra, o que é bom num período marcadamente
baixista. Poderemos vir a comprar mais abaixo.
Lisgráfica a 3860$: sofremos uma menos valia de 8%, pesada, mas o título está fraco,
poderá cair mais.
Finibanco a 2170$: como já recebemos os direitos de incorporação e estes deverão valer
uns 250$, o preço de venda de 2170$ corresponde mais ou menos ao preço de compra
(2400$). Não perdemos nada, portanto.
 
6-8-98
Comprar Portucel Industrial a 1320$. A correcção parece excessiva para um papel
de tanto potencial e adquirido recentemente por Belmiro de Azevedo a preços próximos
destes. O mercado da pasta está muito bom em 98, com aumentos de preços.
 
Follow-Up. A carteira estável (Lusomundo, Unicer, Investec e Dom Pedro) regista
desvalorização, mas não tão acentuada como o mercado e resiste bem às descidas
mais acentuadas. Outros papéis (Finibanco, Lisgráfica estão com perdas entre os 5 e 7%,
menos que o mercado. A Caima, a Fitor e o BESCL estão com lucros de mais
de 10% cada. Lisnave e Warrants Somague aguardam cotação. Resultados acima da
média do mercado. Razões para manter esta carteira.
 
24-7-98
Vender Sonae Indústria a 2860$. Fraqueza técnica associada a este título. Melhor
vender, mesmo com uma menos-valia de 100$.
 
13-7-98
Manter toda a carteira actual. Embora não esteja a igualar a subida geral do mercado,
é uma carteira segura, com pouco risco associado. Um reforço de Lisgráfica é uma
possibilidade, pois esta acção está exactamente ao preço de venda na OPV, o PER
é de 13 e a empresa aumentou as vendas em 25% nos primeiros meses deste ano.
 
6-7-98
a) Comprar Finibanco a 2420$
Esta compra faz-se praticamente ao preço da OPV, o banco está numa sólida fase de
expansão e poderá acompanhar a recuperação da praça de Lisboa.
 
b) Comprar Sonae Indústria a 2980$
A aproximação desta cotação dos 3000$ gera sinais de compra técnicos.
 
16-6-98
a) Comprar Lusomundo S/Voto a 2570$; manter por 6 meses
Esta compra baseia-se nos seguintes factores:
 
1) A empresa está com fundamentais bons, numa fase de grande expansão; os lucros
consolidados de 1997 foram baixos (160 mil contos) mas o cash-flow foi muito maior
(3 milhões de contos) e idêntico ao de 1996;
 
2) Do ponto de vista técnico há fortes sinais de compra; a acção tem vindo a subir
ligeiramente, num período em que o mercado desceu;
 
3) De entre as acções, a acção sem voto parece um investimento mais favorável, porque
está 14% abaixo do valor da acção com voto; este diferencial é dos mais altos que se
tem verificado, se tivermos em conta as cotações dos últimos 8 meses. Mesmo considerando
que os sinais técnicos de compra são mais fortes na acção com voto, as duas cotações
vão evoluir correlacionadas, se a primeira subir a segunda subirá mais ou menos o mesmo
(ou até mais, se, como esperamos, estivermos num momento em que o diferencial está
artificialmente grande).
 
b) Vender Mundicenter a 3200$
Fraqueza denotada por este título. Removêmo-lo da carteira, sem nos preocuparmos por
o estarmos a fazer pouco acima do preço de compra (3150$). Pelo meio já houve grandes
descidas nas principais blue-chips, pelo que o investimento bateu o mercado.
 
c) Follow-up da carteira actual
* Carteira recente, Investec, Dom Pedro, Unicer e Lusomundo S/Voto:
O conjunto desta carteira está com uma evolução praticamente zero (Investec 0%,
Dom Pedro -1%, Unicer +2%, Lusomundo S/Voto 0%), num período em que o índice BVL
perdeu 2%; boas perspectivas, portanto.
* Lisnave:
Está a bater o mercado pois não desceu praticamente nada no período da correcção.
* Direitos BESCL:
Estão a dar um pequeno prejuízo, mas note-se que este seria muito maior se tivéssemos
comprado acções BESCL. Os direitos estão agora num preço consentâneo com as acções,
na altura em que comprámos estavam excessivamente baratos. Se a Bolsa tivesse subido,
tínhamos feito um grande lucro. Grandes lucros, pequenos prejuízos, é o que nós queremos.
* Obrigações e Warrants Somague:
Aguardam admissão à cotação. Valores seguros e com potencial.
* Lisgráfica e Cimpor, recentes emissões:
Lucros pequenos mas seguros, durante uma fase de queda do mercado.
* Caima:
Subiu 10% desde que comprámos, num período de queda do mercado. Hipóteses de OPA.
* Fitor:
Este papel de alto risco ganhou 10% desde que comprámos. Riscos grandes mas bons sinais
técnicos.
 
Conclusão: todos os nossos investimentos estão, neste momento, a bater o mercado de uma
forma ou de outra. Resultado muito bom que nos encoraja a não vender ainda nenhum.
 
9-6-98
a) Vender Sonae Investimentos entre os 10800$ e os 10900$
Excelente lucro de 8% em 3 dias. Ficamos satisfeitos e decidimos vender.
 
b) Trocar Gestnave por Lisnave
Esta troca não oferece a menor dúvida, já que se trata de trocar uma empresa de caridade
de valor económico zero (o balanço apresenta um buraco de 60 milhões de contos, um
monumento às políticas de Estado-Providência seguidas durante o folhetim Lisnave) por uma empresa de reparação naval próspera e em grande momento de forma (lucros operacionais
de 1,3 milhões de contos em 1998). Manter a Lisnave em carteira depois da troca, a cotação
deverá subir consideravelmente logo que a nova empresa seja admitida à cotação.
 
5-6-98
a) Subscrever Finibanco pelo máximo
Mesmas razões que na Lisgráfica, vai esgotar e subir.
 
b) Comprar Investec de 8600$ e 8700$, Dom Pedro de 2350$ a 2400$, Unicer de
4100$ a 4200$. Manter estas acções 5 a 7 meses
Estas empresas são recomendadas por razões técnicas. Uma entrada no mercado agora
pode valer a pena, a correcção já vai nos 15% e houve hoje uma grande recuperação.
O comportamento destas acções em termos de força relativa é muito bom, não desceram
nada no período em que o mercado desceu.
 
3-6-98
Comprar Sonae Investimentos entre 9950$ e 10200$
O mercado já desceu abaixo dos 5500, começa a ser interessante comprar.
Devido à proximidade do aumento de capital estas acções devem estar quase a mexer.
Além disso há boas razões fundamentais para comprar (ver recomendação de 4-4).
Finalmente, a empresa foi pouco penalizada pela quebra de mais de 12% do mercado
desde Abril, tendo atingido máximos depois disso. Este facto pode indiciar subida
a curto prazo.
 
1-6-98
a) Comprar Direitos de Incorporação BESCL entre 1190$ e 1220$
Ao preço de 1200$, estes direitos são um bom negócio. Cada 5 direitos permite obter
uma acção gratuita. 5 * 1200 = 6000$, quando a cotação está nos 6400$. O facto de
estas acções demorarem algum tempo a ser cotadas não invalida a bondade deste negócio.
O BESCL está correlacionado com o índice, a sua variação deverá acompanhar de perto
a variação do índice. Comprar as acções com este óptimo desconto de 6% permitirá
obter rentabilidades sempre 6% acima do índice, quer este suba quer este desça. Além
disso o BESCL tem bom potencial, pois desceu já 20% desde o máximo de Março.
 
b) Comprar Direitos de Subscrição BESCL entre os 180$ e os 200$
Razões semelhantes. Cada 8 direitos permite subscrever uma acção a 4500$. 8 * 200 +
4500 = 6100$, também vale a pena.
 
25-5-98
a) Vender Obrigações Sonae Indústria a 860$
Estas obrigações já subiram 4.9% em uma semana, muito bom para o habitual no mercado de
obrigações. As obrigações, mesmo a 860$, ainda dão uma rentabilidade interessante a
3 anos. Porém, já ganhámos o nosso, melhor transferir o capital para o mercado accionista
que está a animar de novo.
 
b) Vender Warrants Sonae Indústria entre os 3900$ e os 4200$
Lucro de 100% em uma semana é bastante bem vindo. Esperar uma possível descida,
antes de tomar novas posições compradoras.
 
c) Subscrever Lisgráfica pelo máximo
Esta decisão baseia-se no seguinte: a procura é já muitas vezes maior que a oferta. Uma
sondagem que fiz junto de vários bancos e corretoras revelou que há muitos investidores
a subscreverem pelo máximo (5000 acções). Como só há 500 000 acções para venda,
bastariam 100 investidores em todo o país para esgotar a OPV. É evidente que vai haver
procura, não para as 500 000 acções, mas para 50 ou 100 vezes mais. Por isso, o rateio
vai ser muito apertado, sem risco de atribuição total. Por isso, e só por isso, vale a pena
pedir no limite máximo.
 
Comprar Obrigações Sonae Indústria entre os 820$ e os 840$ em 15-5-98,
manter 3 anos
Estas obrigações foram emitidas recentemente e tinham um warrant destacável (agora já
não têm). Os warrants são um bom investimento (ver recomendação anterior) mas as
obrigações também, numa perspectiva segura. Senão vejamos: as obrigações não pagam
juros durante 3 anos, depois terão um período de 2 anos em que pagam a taxa Lisbor menos
0.5% e depois serão amortizadas pelo valor nominal (1000$). Como, ao fim de 3 anos,
as obrigações serão "vulgares" no sentido de terem, então, um tempo de vida de 2 anos
a pagar juros quase normais, elas valerão, nessa altura, o valor nominal. O investidor
que as comprar agora a 820$ ganhará 1000 - 820 = 180$, ou 21.9% do valor investido.
Dividindo essa rentabilidade por 3 anos, dá cerca de 7% ao ano, muito mais do que
actualmente se consegue no mercado obrigacionista em geral. Acresce que, sendo este ganho
uma pura mais-valia, não pagará IRS sobre juros; as mais-valias de obrigações estão também
isentas de IRS. Portanto, o ganho de 7% supramencionado é ganho líquido.
 
Este investimento obrigacionista é praticamente isento de risco devido à minúscula
probabilidade de falência da empresa nestes 3 anos. Finalmente, a explicação da baixa
cotação das obrigações prende-se com o lucro obtido com os warrants: os investidores que
subscreveram esta emissão estão a ganhar com os warrants muito mais do que o que estão
a perder nas obrigações, por isso vendem tudo ao desbarato, para realizar mais-valias
rápidas.
 
Comprar Warrants Sonae Indústria entre 2000$ e 2200$ em 15-5-98, manter 7 meses
As razões deste investimento são as seguintes:
 
1) Cada warrant dá direito a subscrever 4 acções da Sonae Indústria a um preço de
1924$. Esse direito poderá ser exercido no prazo de 3 anos, sendo a próxima data de
exercício em Novembro deste ano. Se estivéssemos já em Novembro, um investidor poderia
comprar um warrant, exercê-lo e vender as acções resultantes imediatamente; o valor
dos warrants seria 4 * (2900 - 1924) = 3904$, talvez um pouco menos, digamos,
3700$, para descontar os gastos com corretagens e comissões e premiar o pequeno
risco do negócio (estamos a considerar a cotação de hoje das acções: 2900$).
 
2) É certo que não estamos em Novembro, ainda faltam 6 meses. Isso justifica uma
avaliação das acções para efeitos de cálculo do valor do warrant de uns 5% abaixo,
da cotação actual, não mais, para atender ao risco (pequeno) envolvido e à passagem do
tempo (esta estimativa de 5% corresponde a uma taxa de rentabilidade de 10% líquida anual, aceitável de acordo com as perspectivas actuais do mercado de acções). De acordo com
esta assunção, fazendo as contas, dá um valor do warrant de 4 * ( (2900 * 0.95) - 1924 ) = 3324$. Como se vê, ainda muito acima da cotação actual de 2000$.
 
3) Comparação com o caso da Efacec: na Efacec, 3 warrants dão direito a subscrever
uma acção a 1096$, em Agosto. A cotação do warrant está em 290$, a da acção a
2000$. O valor implícito da acção é de 1096 + 3 * 290 = 1966$, ou seja, apenas 1.7%
abaixo da cotação actual da acção. Em resumo, os warrants Sonae Indústria são muito mais
favoráveis que os Efacec, às condições actuais.
 
4) Durante os próximos 6 meses muita coisa pode acontecer. A acção Sonae Indústria
pode descer, é certo, tudo o que sobe desce; mas também pode subir mais! Nesse caso,
o lucro para os detentores de warrants seria fantástico. Por exemplo, se a acção subir
para 4000$ (uma subida de 33%, perfeitamente possível num contexto altista da Bolsa),
quem comprar hoje 1 warrant a 2000$ possuirá, em Novembro, 4 * (4000 - 1924) =
8304$, ou seja alcançará uma rentabilidade de mais de 300% em 6 meses. Este grande
potencial especulativo compensa largamente os riscos.
 
5) Qual seria o valor da acção em Novembro para o actual comprador de warrants
"ficar em casa"? Seria ( 2000 / 4 ) + 1924 = 2424$. Um tal valor já incorpora uma queda
de 17% do valor da acção, não impossível, de facto, mas pouco provável. Era preciso
que a acção descesse abaixo dos 2424$ para se perder dinheiro neste negócio. Além
disso, mesmo nesse caso, poder-se-ia não exercer os warrants logo, há um prazo de
3 anos para o fazer. Em 3 anos, mesmo com crashes pelo meio, as acções têm grandes
hipóteses de subir acima dos 1924$.
 
6) Perspectivas da empresa: são as melhores; os lucros e vendas aumentam, a Tafisa
está a render cada vez mais, os mercados do Canadá, Brasil e África do Sul abrem-se...
Grandes hipóteses de valorização da acção, portanto, por razões fundamentais. Também
do ponto de vista técnico, a performance da acção é claramente superior: desceu apenas
uns 3 a 5% durante uma correcção de 12% do mercado em geral.
 
7) Então por que é que os warrants estão tão baixos? É simples: apareceram na cotação
agora e os seus detentores estão a ganhar e a fazer mais-valias apressadas. Vão, provavelmente,
manter-se a baixo preço durante semanas devido à pressão de venda desses investidores.
 
 
Comprar Fitor entre os 320$ e os 350$ em 11-5-98
Embora esta empresa seja de alto risco, o potencial de valorização é muito grande.
Trata-se de uma empresa que passou anos abaixo da "linha de água" e está agora
a recuperar, invertendo os prejuízos. O relatório de 1997 mostra lucros operacionais
positivos e a tendência é de consolidação.
 
Do ponto de vista técnico, a cotação exibe uma trendline ascendente nas últimas
semanas e o valor de hoje (330$) constitui um sinal de compra técnico.
 
 
Subscrever Cimpor pelo máximo em 7-5-98
Embora a Cimpor esteja em sinal de venda técnico, a subscrição na privatização goza de
benefícios fiscais e tem desconto em relação à cotação. Além disso, nos meios bancários
sabe-se que a procura obrigará a forte rateio. Por isso, não há o perigo de receber todas
as acções pedidas. Por isso, vale a pena pedir as quantidades máximas.
 
 
Vender carteira PSI 20 em 7-5-98
A queda dos índices é acentuada e fortes sinais de venda se registaram. Estes sinais de
venda têm a agravante de constituirem um segundo lanço de descida, depois do lanço
de 24 a 27 de Abril. Possível um período de vários meses de mercado ligeiramente
baixista ou estagnado. Historicamente a situação parece semelhante a Maio de 1990
ou Abril de 1994, alturas em que o mercado começou a descer depois de fortes altas,
mas não desceu mais do que 10 a 20% no ano subsequente.
 
Esta descida não deverá ser muito mais forte, porque as baixas taxas de juro e as mais-
valias bolsistas e imobiliárias vão empolar os lucros extraordinários das empresas em
1998. Possíveis grandes aumentos de lucros de 1997 para 1998. Tais aumentos e a
manutenção das actuais cotações (ou uma queda de mais 10% do BVL 30, agora
nos 5600) tornariam os fundamentais novamente atractivos lá para Novembro deste
ano.
 
Existe perigo associado às grandes empresas, componentes do PSI 20, devido ao facto
de a maioria dos investidores inexperientes investirem só nelas. São acções com potencial
para grandes oscilações. Uma corrida às vendas pode acontecer. Por isso, e por causa
dos sinais de venda detectados (mais acentuados para as grandes empresas) aconselhamos
a venda das acções do PSI 20 em carteira: Cimpor, PT, EDP e Sonae. Destas, a EDP
e a Sonae estão com mais força, não desceram tanto nos últimos 15 dias; por isso são
as mais aconselháveis de manter no caso de se decidir a manutenção de algumas em carteira.
A PT tem um comportamento marcadamente inferior. A Cimpor também, mas tem a vantagem
de fazer uma OPV agora que vai ser um sucesso garantido.
 
Quanto a outras participações, as obrigações Somague revelaram-se uma boa aposta,
pois permitiram retirar dinheiro do mercado accionista. A Mundicenter e a Gestnave estão
a ter um comportamento superior, melhor não vender. Da Lisnave sabe-se que, para além
do acréscimo de contratações de mão de obra à Gestnave, a empresa vai contratar os
trabalhadores da Sodia e ainda mais 500 a 600 trabalhadores estrangeiros para o pico de
encomendas que está a ter. A Mundicenter continua de sucesso em sucesso na promoção
imobiliária, prevendo-se uma associação com a JM na Polónia. Os fundamentais destas
empresas são bons.
 
Manter a carteira restante, aguardar um acentuar da correcção
O mercado desceu hoje 6%, confirmando o sinal de venda detectado a semana passada.
Penso que as mais valias tomadas na sexta-feira deverão ser investidas em outros mercados
(ver recomendação anterior) antes de tomar novas posições compradoras neste. Possível
a continuação da correcção. O BVL 30 poderá cair mais uns 10%, até cerca de 5100
pontos. Mais que isso não deverá cair, porque os lucros das empresas cresceram de 1996
para 1997 e ainda vão subir mais em 1998, o que tornará os PERs novamente atractivos.
Como os papéis que detemos neste momento (Gestnave, Mundicenter, Sonae Investimentos,
EDP, PT, Cimpor, Sonae Indústria) estão a ter uma performance superior à média do mercado,
achamos melhor não os vender, mesmo com o risco de sofrer mais desvalorizações, porque,
em caso de subida do mercado, eles deverão subir mais que a média. Resumo: investir as
mais-valias realizadas na Ásia e imobiliário, manter a carteira actual, não comprar, por enquanto,
mais títulos.
 
 
Vender uma parte da carteira em títulos PSI 20 em 24-4
O mercado já subiu uns 60% desde o início do ano, o que é quase tanto como durante
todo o ano de 1997. As cotações da nossa Bolsa estão caras, embora não demasiado.
Nos últimos dois dias (23-4 e 24-4) a Bolsa caiu uns 4% o que consubstancia um
marcado sinal de venda técnico. Possível a continuação da correcção que, no entanto,
não deverá ser muito grande. Por essa razão parece-me melhor vender uma parte dos
títulos possuídos componentes do PSI 20 (os que, mais provavelmente, sofrerão com uma
eventual correcção) ou, alternativamente, tomar uma posição vendedora nos futuros PSI 20,
para protecção / especulação baixista. O capital realizado poderá ser investido em fundos
imobiliários, entradas para aquisições imobiliárias, fundos de Bolsas Asiáticas ou,
talvez, Wall Street. Esta diversificação parece recomendável no momento presente.
 
 
Subscrever Obrigações Somague a 1000$
A nossa tentativa de especular com os direitos de obrigações fracassou; no entanto, como
já tínhamos dito antes, isso não é grave, uma vez que nos dispúnhamos desde o início a
subscrever as obrigações. A subscrição destas obrigações assume ainda mais importância
nesta fase em que é possível uma correcção na Bolsa. Desviamos, assim, uma parte
do nosso capital das acções para obrigações seguras, boas pagadoras de juros e comprando,
ao mesmo tempo, warrants susceptíveis de se valorizarem a longo prazo.
 
 Comprar Direitos de Obrigações Somague entre os 25 e os 50$ em 21-4-98
Estes direitos estão agora a 30$, depois de terem estado a 370$ na sexta-feira. Durante
os três dias que restam para a negociação, valorizações de 100 a 500% são perfeitamente
possíveis. Mesmo que não se valorizem, vale a pena subscrever as obrigações, já que
se retira uma parte do capital de um mercado accionista ao rubro, colocando-o em
títulos pagadores de bons juros e adquirindo, ao mesmo tempo, warrants susceptíveis de
se valorizar enormemente e sem riscos. Para ver por que é que os warrants são um bom
investimento, leia a recomendação de 4-4-98.
 
Manter carteira em 15-4-98
Manter os títulos Somague, Sonae Investimentos, Gestnave, EDP e Cimpor mais tempo.
Estão com bom momento, os gráficos estão bons e não há razões para vender.
 
Vender Imoleasing em 15-4-98 a 3500$-3600$
Este papel é promissor a longo prazo, vai pagar até um dividendo aliciante. Mas, de momento,
há melhores alternativas. Melhor vender, procurando recomprar depois do pagamento de
dividendos.
 
 
Comprar Sonae Imobiliária em 15-4-98, acima dos 3150$
A Sonae Imobiliária apresenta, neste momento, os seguintes atractivos:
 
1) Entrada em Madrid num grande empreendimento imobiliário.
 
2) A forte alta do mercado imobiliário, tanto em Portugal como em Espanha. Devido a
esse facto, a empresa deverá apresentar lucros extraordinários recorde em 1998.
 
3) O momento altista da generalidade das empresas do Grupo Sonae (Sonae Investimentos,
Sonae Indústria, Inparsa, Ibersol, Continente batem sucessivos recordes, atingindo valorizações
de três dígitos em poucos meses) vai comunicar-se a esta empresa, até há dias adormecida.
 
4) Houve um forte sinal de compra hoje, com ultrapassagem de médias móveis e MACD
acompanhada de volume elevado.
 
 
Comprar Mundicenter em 15-4-98, entre 3190$ e 3350$
A Mundicenter vai beneficiar do excelente momento atravessado pelo mercado imobiliário.
Empreendimentos para habitação de primeira classe e escritórios para venda e aluguer bem
posicionados são a grande aposta desta empresa desde há muitos anos e elas estão agora
a dar frutos: tudo se vende. Um após outro, os empreendimentos esgotam, provocando uma
espiral altista dos preços. Só para dar uma ideia, o empreendimento Alto das Amoreiras,
promovido pela Mundicenter, com escritórios de primeira qualidade na zona mais cobiçada de Lisboa está totalmente colocado. Se bem que a empresa já tenha um PER de 28 aos preços
actuais, ele não é exagerado se considerarmos os resultados extraordinários que esta empresa
poderá apresentar em 1998, fruto de mais-valias e comissões imobiliárias. Os lucros em
1998 poderão duplicar, o que colocaria o PER em 14.
 
 
Reforçar EDP e Sonae Indústria em 15-4-98
Por razões técnicas, estas empresas estão com um gráfico típico de acentuar de subida.
A Sonae Indústria poderá estar em vias de romper o seu nível de resistência nos 3000$.
 


BPSM, revisão da recomendação em 9-4-98: Esta acção já subiu 67% desde que a
comprámos há um mês e meio, além disso atingiu um patamar e está com um sinal de venda
técnico; razões suficientes para vender entre os 5200$ e os 5000$.
 
 
Somague, revisão da recomendação em 4-4-98:
Já são conhecidas as condições da emissão. Ela terá lugar já em Abril. Quanto ao aumento de capital reservado a accionistas, é pouco interessante - o preço é de 1850$, bastante próximo
da cotação actual. Vender os direitos poderá ser a melhor alternativa. Muito mais interessante
é a emissão de obrigações com warrants. Estes warrants terão direito à subscrição de 1 acção
por cada dois warrants ao preço de 2500$ daqui a 5 anos. Ora, em 5 anos, uma acção que está
há tantos anos sem subir significativamente, que já foi aos 2700$ em 1993 (!), que tem ainda um
PER de cerca de 13, que vai participar em projectos de obras públicas colossais durante esse
período, que pode ganhar o concurso das Mini-Brisas, tem todas as probabilidades de dobrar
ou triplicar o valor actual (findo os ditos 5 anos). Quanto valeria então um warrant? Se a cotação
da acção em 2003 atingir os 5000$, o warrant valerá 1250$ (metade da diferença entre a
cotação da acção e os 2500$). Ora os warrants estão incluídos nas obrigações, que são
emitidas a 1000$. As obrigações têm uma taxa de juro 0,5% inferior à Lisbor, pelo que ficarão
muito ligeiramente abaixo do valor nominal, talvez a 970$. Se se confirmar a cotação dos
warrants a 1250$ em 2003, elas darão um lucro de 125%. E se a acção não subir nada (quase
impossível, mas enfim), os warrants não valerão nada em 2003 mas as obrigações terão
rendido uns 3,5% ao ano nesse período e valerão 1000$ no fim. Por tudo isto, o risco
associado a esta emissão é virtualmente nulo (pondo de parte a hipótese de falência da empresa,
claro, mas isso não parece provável). O potencial de lucro é enorme.Ora um jogo que pode
dar grandes lucros e com pouco risco é música para os nossos ouvidos de especuladores. Por
isso penso que os direitos de subscrição das obrigações poderão ser um bom investimento
para quem se dispuser a subscrever mesmo as obrigações.
 

Sonae Investimentos: comprar entre os 8900$ e os 9400$; prazo de 3 a 6 meses;
esta decisão de compra assenta nos seguintes factores:
 
1) Mais-valias ocultas com a Modelo Continente SGPS. Desde Outubro até hoje, a Modelo
Continente subiu cerca de 7 contos em cada acção, uma subida de cerca 100%. A empresa
tem um capital distribuído por 37,4 milhões de acções, possuindo a Sonae Investimentos
69%. A valorização da Continente consolidada pela Sonae é 7000$ * 37400000 * 69% =
= 181 milhões de contos! Dado que a Sonae tem 40000000 de acções, só a valorização
da Continente faz cada acção Sonae valer mais 4500$! Mas, desde essa época, a Sonae
não subiu tanto.
 
2) Os lucros de 1997 tiveram uma quebra, mas o mercado já o sabe e as cotações não
caíram. As perspectivas parecem boas e é possível que, em 1998, a Sonae tenha lucros
iguais aos de 1996 (20 milhões de contos) depois de resolver o problema do Banco
Universo com a ajuda do BPI. Nesse caso ficaria com um PER de 18, bastante atractivo.
O valor contabilístico da acção deve estar próximo dos 3 contos.
 
3) É também possível que a Sonae realize mais-valias fantásticas este ano com a colocação do
Banco Universo na Bolsa e de outras empresas. Os sucessos previsíveis da Inparsa e
Optimus também poderão reflectir-se positivamente na cotação da Sonae, mesmo não sendo
esta accionista.
 
4) Finalmente a Sonae é uma das empresas mais candidatas a um grande aumento de capital
nos próximos tempos. Vejamos: a Inparsa e a Modelo Continente já têm um capital quase
igual a ela. A Sonae Indústria, depois da conversão dos warrants, pulará para os 60 milhões.
Não faz muito sentido as filhas serem maiores que a mãe. Neste momento o capital da Sonae Investimentos é de 40 milhões e a situação líquida de 120 milhões, pelo que um aumento para 80 ou 100 milhões por incorporação de reservas não é impossível e faria todo o sentido.
 
 
Cin, revisão da recomendação em 2-4-98: vender Tintas Cin, sinal de venda detectado.
As cotações desceram, depois de um período de subida consistente. É melhor tomar
mais-valias, entre os 15200$ e os 15400$. Saliente-se que, embora esta empresa esteja
numa fase de grande crescimento, a acção está cara em termos fundamentais e as pequenas
empresas industriais incorrem em grandes riscos económicos.
 

Gestnave, revisão da recomendação em 21-3-98:
Depois da queda para cerca de 3200$ - 3300$, estas acções parecem novamente um bom
investimento. O salto anterior até aos 5 contos revela um enorme potencial de expansão destas
acções e como a procura pode subir num abrir e fechar de olhos. Dado que a fase pior já
passou, não há mais reduções de capital nem anúncios de prejuízos (como houve em Agosto
de 1997, quando a cotação desceu do máximo de 550$), só se esperando um avolumar de
novas encomendas e de boas notícias, parece-nos que a correcção de 5000$ para os 3300$
foi excessiva e a acção Gestnave vale mais do que o valor actual. Além disso, o anúncio da
OPT, que não deve tardar muito, terá um novo impacto psicológico positivo na cotação.
Portanto a recomendação é novamente de compra entre os 3200$ e os 3400$.
 

Celulose do Caima: comprar entre os 2600$ e os 3000$; manter durante
 seis meses ou até ser anunciada OPA. Eis aqui as razões:
 
1) A empresa teve uma fraca performance em 1997 e 1998, enquanto o mercado subiu 120%.
O valor contabilístico da Caima era de 4577$ em fins de 1996 mas já deve ser maior hoje,
talvez acima dos 5000$. O seu património florestal está muito subavaliado o que poderá
dar gigantescas mais-valias a um eventual raider. O ponto fraco são as instalações fabris,
obsoletas. A cotação atingiu um mínimo próximo dos 2000$ e, desde então, está na zona de compra técnica.
 
2) Segundo notícia do jornal Vida Económica de 20-3, a Ibstock Johnsen, principal accionista da Caima, manifestou a intenção de vender a sua participação e está com pressa para o fazer (embora a notícia refira também a Caima Cerâmica, Cerâmica Campos e Cerâmica de Valadares, numa ambiguidade a que os jornalistas económicos já nos habituaram... - aliás, tudo indica haver um erro de redacção e a notícia se referir à Caima Cerâmica e não à Caima Celulose. No entanto, mesmo tratando-se de um erro, a verdade é que a Ibstock é também accionista da Caima Celulose e, se pretende desinvestir em bloco em Portugal, é natural que também venha a vender esta empresa). Se se confirmar a intenção de venda por parte da Ibstock e, tendo em conta também a reestruturação do sector das celuloses que tem um prazo apertado para se cumprir e que envolve concentrações neste sector, facilmente se conclui a forte probabilidade de uma OPA sobre a Caima que, a acontecer, deveria ser feita por um preço não inferior a 5000$.
 
3) Finalmente, segundo notícia recente da Reuters, a Soporcel e a Portucel aumentaram os
seus preços da pasta de eucalipto dos 400 euros para os 450 euros por tonelada. Um aumento desta importância é sintomático de um fantástico desempenho das cotações da pasta em 1998. Isto deverá repercutir-se positivamente em todo o sector, mas mais ainda na Caima, por
a cotação das suas acções ter estado tanto tempo deprimida.
 
Somague: comprar entre os 2130$ e os 2450$; prazo de 3 a 6 meses; esta decisão de compra assenta nos seguintes factores:
 
1) A Somague reafirmou-se nos últimos anos como uma das grandes empresas de construção
do país. O facto de ter sido preterida em alguns concursos levará, talvez, a alguma compensação
por parte das autoridades adjudicantes no futuro próximo. Uma possibilidade será o negócio das Mini-Brisas que, a ser concedido à Somague, multiplicará enormemente o seu cash-flow e goodwill.
 
2) A cotação está nos 2150$, abaixo do máximo de 2550$ atingido em Agosto de 1997.
Uma "injustiça" num período em que a maioria das acções subiu mais de 50%. O comportamento
da acção Somague foi muito abaixo da média nos primeiros meses de 1998 e os resultados
no plano económico são muito bons.
 
3) Baseado nos lucros de 1997, o PER é de 13, muito baixo para a média do mercado. A
Mota & Companhia tem um PER mais baixo ainda, mas já subiu bastante. E, com o
encarecimento de muitos títulos da nossa Bolsa, os rácios fundamentais assumirão, cada vez
mais, um papel importante.
 
4) Está previsto (a Assembleia Geral de accionistas decorreu hoje, 17-3) um aumento de
capital e uma subscrição de obrigações com warrants. Dado o que aconteceu com a Sonae
Indústria, não acreditamos que o somatório das cotações da acção e dos vários tipos de
direitos que a empresa vai emitir fique igual à cotação actual.
 
 
Sonae Indústria, revisão da recomendação em 17-3-98: manter estes títulos
 
Gestnave, revisão da recomendação em 17-3-98:
Dado que a acção já subiu para os 4400$ - 5000$, recomenda-se prudência e, mesmo,
reduzir o peso de Lisnave na carteira, realizando algumas mais-valias. No entanto já há
alguns desenvolvimentos muito positivos que transformam o quadro anteriormente delineado:
a notícia de que a Lisnave vai admitir mais pessoal (uns 700 novos trabalhadores) por estar cheia de encomendas, o facto de o estaleiro da Margueira estar muito cheio (mais navios do que em 1997) e as opções para mais 2 navios drilling (a juntar aos 2 anteriores) na Mitrena - recorde-se que são navios de 60 milhões de USD cada. Do ponto de vista técnico, os sinais de compra
gerados em 12 e 13 de Março foram fortíssimos e a liquidez tem sido de 80 a 100 mil acções
por dia. A Oferta Pública de Troca deverá ser anunciada muito em breve, o que poderá dar
ainda um novo impulso às cotações.
 
BPSM, revisão da recomendação em 17-3-98: manter, o Momentum está bom
 
 
Imoleasing, revisão da recomendação em 17-3-98: manter ou comprar mais, a subida
ainda sabe a pouco.
 
 
EDP, PT, Cimpor,  revisão da recomendação em 17-3-98: manter estes títulos. Em
princípio o período de investimento deverá ser de 3 a 4 meses, ou seja, deverá terminar em fins de Maio, ou em Junho de 1998.
 
 
 Gestnave/Lisnave: comprar entre os 1700$ e os 2100$; prazo de 2 anos; esta
decisão de compra é baseada na análise fundamental e as razões apresentadas são as
seguintes:
 
A Lisnave vai voltar a atrair a especulação em 1998 e 1999. A facturação em 1998 deverá
atingir cerca de 50 milhões de contos, cerca do dobro de 1997. As actuais acções cotadas
pertencem à Gestnave, uma empresa gestora de recursos humanos estatal, mas serão,
muito em breve, trocadas por acções da Lisnave - operadora de estaleiros navais. A paridade
de troca será de 1 acção Lisnave por cada acção Gestnave. O capital social da Lisnave
Operadora é de 3.56 milhões de contos, o mesmo que o da Gestnave depois da redução
de capital de Novembro de 1997. O anúncio da Oferta Pública de Troca deverá estar quase
a sair (Fevereiro ou Março de 1998). Sendo o número de acções da empresa irrisório,
é difícil imaginar uma cotação muito mais baixa que a actual (1760$) a não ser num contexto de
falência - completamente afastado nas condições de exploração actuais.
 
Os lucros de 1997 foram já positivos em 168 mil contos e os de 1998 talvez ultrapassem 1 milhão de contos, o que daria 281$ por acção. A esta cotação, o PER da empresa é de 6.2, um valor
baixíssimo para os padrões actuais. A segurança económica da nova Lisnave é grande, devido
ao facto de o passivo ter sido muito reduzido e estar associada à multinacional Thyssen /
Blohm & Voss. A Lisnave é um caso de sucesso de reestruturação de empresas em situação
difícil, que só se explica pela generosidade especial do Estado Português.
 
O processo de reestruturação justificou-se, claro, pois impediu o fecho de uma empresa
que alimentava milhares de famílias na península de Setúbal e era um emblema da indústria
nacional. Devido ao espectro da falência, alimentado por declarações bombásticas na TV
e jornais, milhares de pequenos investidores venderam as suas participações em pânico,
o que permitiu bons negócios aos mais atentos.
 
Eis um resumo das razões mais importantes para comprar Lisnave:
 
1) A capitalização bolsista é irrisória - não se vêm muitas empresas da dimensão e importância
social da Lisnave cotadas com um valor bolsista de 6 milhões de contos; para não falar dos
grandes bancos, PT's, EDP's e quejandos, qualquer empresa do mercado contínuo que se
preze apresenta capitalizações da ordem das dezenas de milhões de contos;
 
2) Baseado no lucro de 1 milhão de contos possível em 1998 (declarações do ministro
Pina Moura num jornal), o lucro por acção é de 281$, correspondendo a um PER de 6.2.
Admitindo distribuição de metade em dividendos, o dividend yield será de 7.8%. Mesmo o
lucro de 168 mil contos, obtido em 1997, não é tão modesto como isso, se atendermos a que
se baseia num exercício de 5 meses apenas - anualizado dá um PER correspondente de
15.6, barato para os níveis do nosso mercado.
 
3) A facturação deverá subir aos 50 milhões de contos já em 1998, com a ajuda dos
grandes negócios do drilling.
 
4) Uma comparação elucidativa: Lisnave/Tintas Cin. Ambas têm capitais de cerca de
3.5 milhões de contos; ambas têm cerca de 1 milhão de contos de lucro; a liquidez de
ambas na Bolsa não difere muito. A Tintas Cin está a 14 contos e a Lisnave a 1760$!
E, com o devido respeito pelas Tintas Cin, a Lisnave tem muito mais importância
económica, emprega mais gente, mostrou já que os governos não a deixam cair e está
associada a uma multinacional. Por esse critério a Lisnave deveria estar cotada a 20
contos ou mais!
 
5) A empresa entrou, com sucesso, no lucrativo mercado da conversão de navios em
torres petrolíferas (drilling), no que é ajudada pelo seu parceiro Blohm & Voss. Tem, neste momento, vários grandes navios e uma plataforma em construção / reparação. São negócios dos 60 milhões de dólares para cima, por cada navio convertido.
 
6) O passivo da nova empresa vai ser muito pequeno, o que reduz muito o risco financeiro.
Mais, sendo muito deste passivo da conta de Fornecedores, ele não paga juros. Os encargos
financeiros deverão diminuir, assim, de 5 milhões de contos na velha Lisnave, para uns 400 mil
na nova.
 
7) Accionistas fortes: o Grupo Mello e a multinacional Blohm & Voss, respeitada
internacionalmente; esta última também traz um grande apport de gestão da actividade de
reparação naval.
 
8) O facto de o Estado ter entrado com muito dinheiro para salvar a empresa é um bom
prognóstico de que há boas possibilidades económicas futuras e mostra a importância
social da Lisnave.
 
9) A maior parte dos pequenos investidores não está bem informada sobre a empresa.
Continuam a pensar que a troca de Gestnave por Lisnave ainda é incerta, que a falência
espreita, que a cotação pode voltar a ir para 200$ (ficaria com uma capitalização bolsista
de 700 mil contos nesse caso!), que a Lisnave continua nos prejuízos (o resultado do
1º semestre de 1997 foi de 2.2 milhões de contos negativos), etc. Isso explica a depressão
das cotações actuais.
 
10) A Lisnave poderá beneficiar de um desvio de atenção dos intervenientes do mercado
das acções de primeira linha, já algo caras, para as acções de segunda linha.
 
 
Sonae Indústria: comprar entre os 2350$ e os 2500$; prazo de 1 ano.
 
Esta empresa está a penetrar em mercados com grande potencial, como o Zimbabué, a
África do Sul, o Canadá e o Brasil, que têm a vantagem de dispor de vastas florestas.
A empresa beneficia do grande know-how de Belmiro de Azevedo e outros quadros da
Sonae no sector de aglomerados, pois foi com este sector que a Sonae passou do zero
para uma grande empresa, nos anos 80.
 
 
Imoleasing: comprar entre 2950$ e 3200$; prazo de 1 ano; esta decisão de compra é
baseada na análise fundamental e justifica-se assim:
 
A Imoleasing continua a portar-se bem no mercado de leasing imobiliário, e teve, em 1996,
1.16 milhões de contos de lucro, devendo ter resultados semelhantes em 1997. À cotação de 3000$ o PER é de 9.3 e o dividend yield é de 4.8%, dos melhores do mercado. O valor contabilístico é de 3650$. Os rácios fundamentais são, pois, bastante atractivos.
 
O accionista maioritário é a CGD, o que faz com que esta empresa nunca tenha problemas
de tesouraria. O risco de falência é quase nulo. Há risco, isso sim, de a CGD aproveitar os
preços de saldo para lançar uma OPA, visando o controlo total. Nesse caso, o preço oferecido
nunca seria inferior a 4 contos.
 
A Imoleasing poderá, também, beneficiar de um desvio de investimentos das blue chips para
os papéis de segunda linha e do pagamento dos dividendos em Abril.
 
BPSM: comprar entre os 3150$ e os 3300$; prazo de 4 meses
 
O BPSM poderá, depois de absorver o Totta, apresentar lucros consolidados entre os
25 e os 30 milhões de contos. É certo que o capital aumentará para os 155 milhões, mas
isso ainda dá um PER de 18, à cotação de 3200$, nada caro para os padrões actuais.
 
Poderá também beneficiar do efeito psicológico de ser a cabeça do grupo bancário
Champalimaud, tal como o BCP beneficiou com o BPA e o BPI com o BFB e BFE.
 
 
Portugal Telecom, EDP, Cimpor, Cin: recomendadas por razões
técnicas, baseadas numa estratégia buy and hold. vários indicadores aconselham compra.

Manter ou comprar por mais 3 a 4 meses.