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por: Pablo Bucciarelli
Tendo em vista a grande quantidade de material de divulgação sobre o tema Astronomia, entendo que um trabalho que aborde esse campo não poderia ser desprezado, ou ainda, visto como algo que já está saturado pela mídia. Algumas das razões são as inúmeras notícias sem fundamentação científica, informações incorretas, bem como a mistificação de alguns fenômenos naturais que ocorrem com certa regularidade. Tenho também, pretensões paralelas com o desenvolvimento desse trabalho, pois sou um aficcionado pela ciência que estuda o Cosmos. Esse projeto, nada mais, intensificará essa relação, tanto pela Cosmologia como pela Astrofísica que me encantam.
Na era em que vivemos, se encontra em estado de cristalização um novo processo, o da união entre as ciências e as religiões. Trata-se de uma mudança de conceito entre ambos setores, o religioso e o científico. O interesse das pessoas sobre a espiritualidade vem aumentando gradativamente no mundo ocidental. No Oriente, as pseudociências e as religiões já abordam a questão além túmulo de maneira menos tímida. Além disso, algumas religiões vem tecendo com maiores cuidados questões que podem, e são, explicadas pelas ciências. E as ciências, por sua vez, estão cada vez menos postadas no pedestal de quem faz discursos de autoridade sobre a verdade e a origem de tudo, bem como o destino do Universo.
O Universo em que vivemos possui segredos jamais imaginados pelo homem, fruto da pequena proporção que ocupamos diante de um Cosmos de extremos infinitos. A Astronomia funciona como um instrumento que sacia a sede humana em desvendar esses segredos, cuidadosamente guardados no interior de galáxias, quasares, pulsares, além da existência de todos os elementos que preenchem o espaço cósmico, o vácuo, não mais vazio como se pensou em outros tempos. Objetos voadores não identificados (OVNIs), o homem na lua, os projetos espaciais, a primeira missão turística espacial, entre outros fatos, são assuntos que fazem parte de nosso cotidiano. A mídia explora esse campo de forma mística e também, científica, porém o interesse está lançado.
Encontramos na Mitologia Grega, a denominação das constelações. Nas civilizações antigas, como os Aztecas, os Incas e os Maias, a necessidade de desvendar e entender o Céu. Nas escrituras sagradas, como a Bíblia e o Alcorão, as estrelas, o Sol e a Lua são citados como importantes instrumentos de navegação e orientação. Nos dias de hoje, o homem ainda tira proveito de efeitos astronômicos, como a produção de energia a partir das marés. Toda essa riqueza de material encontrado na história da humanidade, e também nos dias de hoje com os avanços tecnológicos, faz com que eu me sinta levado a seguir nesse universo de mistérios.
Nas escolas, bem como nos centros de ciência, no cinema, na televisão, nos jornais, a Astronomia está presente. Assim, um trabalho que vise a difusão adequada e dentro dos padrões educacionais vigentes se faz necessária. O resultado dessa pesquisa proporcionará ao professor, seja do Ensino Médio ou Fundamental, um produto que poderá ser por ele utilizado para que consiga explorar melhor o sentimento aguçado das crianças e jovens brasileiros na sede de conhecimento. Segundo Nascimento (1990), a pesquisa não deve se compor apenas de uma coleção de erros dos alunos, e acrescentaria dos livros, mas de uma sistemática de ensino por meio dos conceitos a serem investigados.
Assim, o objetivo principal dessa monografia é o de divulgar a ciência, e eventualmente, proporcionar um canal aberto para futuros trabalhos acadêmicos, ou ainda, agregar mais um trabalho ao banco de dados disponível aos professores de Física, e também, um convite à Sociedade Astronômica Brasileira a se mobilizar cada vez mais pelo ensino dessa disciplina nas escolas públicas, buscando não somente sua difusão, mas a disponibilização desse conhecimento de maneira correta e, quem sabe, mais lúdica. Não deixa, porém, de ser um trabalho investigativo. Como já abordado por Trevisan (1997), isso decorre da reconstrução e correção de conceitos mal difundidos por meio da mídia, ou ainda, nos livros didáticos. Faz-se, então, necessária essa correção nesses livros, bem como a análise dos meios de difusão da Astronomia, seja na sala de aula, nos Centros de Ciência ou nos futuros Observatórios Virtuais.
Inicialmente, essa monografia abordará a Astronomia disponível nos livros didáticos, fazendo um paralelo entre o conteúdo existente em alguns livros selecionados e os conceitos corretos. Esse capítulo, que recebe o título de Livros Didáticos foi construído com base num trabalho já desenvolvido no ano de 1997, pelos professores Trevisan, Lattari e Canalle, publicado no Caderno Catarinense de Ensino de Física, Vol. 14, n.º 1: p. 7-16. No desenvolvimento dessa pesquisa, continuo estudando a Astronomia, porém agora na didática do professor, ou seja, como abordar a Astronomia na sala de aula. Nesse capítulo, Na Sala de Aula, me utilizei de trabalho de grande importância dentro do assunto, Astronomia no Ensino, apresentado em 1990 como tese de mestrado pela aluna Nascimento, com o título de Um Curso de Gravitação para Professores de Primeiro Grau. Daí minha idéia de expandir esse trabalho de monografia para além do Ensino Médio, incluindo material para professores de Ensino Fundamental.
No capítulo seguinte, Centros de Ciências, apresento ao professor interessado em investir e explorar os espaços disponíveis fora da sala de aula, algumas opções de trabalho com o aluno, principalmente voltada para atividades lúdicas, que no meu entendimento, nada tem haver com o compromisso do ensinar. Trata-se apenas de diversão, e é dessa diversão que o aluno pode iniciar um sentimento de interesse, chegando até ao estágio de adoração, no qual me incluo, pela ciência que aqui abordamos: a Astronomia.
Para finalizar essa explicação, dos campos de pesquisa que me adentrei nos últimos meses, fui apresentado pelo meu orientador professor Dr. Marcos Perez Diaz, ao professor Dr. Laerte Sodré Jr. do Departamento de Astronomia do IAG/USP, um dos responsáveis pela equipe que está desenvolvendo o projeto Observatórios Virtuais junto de profissionais, dos quais tive o privilégio de tê-los como professores durante o meu curso de graduação em Física, como a Dra. Vera Jatenco Pereira e a Dra. Jane Gregóio-Hétem, além de profissionais de alto nível como Dr. Gustavo Medina Tanco e Dr. Ramachrisna Teixeira. Assim, me vi envolvido pelos novos projetos e entusiasmado em difundí-los nesse pequeno trabalho. Talvez isso, com a intenção de não somente propagá-los mas de perpetualizá-los, ajudando-os nesse processo de popularização da Astronomia. Esse assunto é tratado, junto de outros projetos, no capítulo Projetos.
Ao final, com base no vasto material disponível nas bibliografias pesquisadas, e mantendo a concepção inicial de propagar o conhecimento da Astronomia em conteúdo dirigido, o Dr. Marcos Perez Diaz me orientou no sentido de incluir apêndices que tivessem informações como: livros didáticos recomendáveis; sítios de internet de interesse no assunto; entre outras coisas. Assim, graças a sua visão mais expandida do que é um trabalho do gênero, inclui uma lista de apêndices que englobam: Observações Astronômicas com a previsão até o ano de 2010 dos próximos eclipses lunares e solares, bem como as conjunções e aproximações planetárias mais importantes; Livros Didáticos; World Wide Web com sítios muito interessantes; Endereços Úteis que apresentam a localização, com endereço e telefone, de observatórios, museus, planetários, entidades de Ensino de Astronomia, associações, clubes, grupos, etc. em todo o Brasil; e ao final um Glossário com termos a serem utilizados em sala de aula, e que ainda servirão de subsídio para leituras mais proveitosas dos periódicos de Astronomia encontrados pelos professores. Esse material disponível nos apêndices, na maioria, foi extraído do livro Manual do astrônomo: uma introdução à Astronomia observacional e à construção de telescópios do Mourão.
Gostaria de agradecer ao apoio constante do meu orientador, professor Dr. Marcos Perez Diaz, que em outros tempos chegou a ministrar a disciplina de Conceitos de Astronomia no Instituto de Física, da qual não me fiz digno de merecer tal pontuação final, tendo em vista minha dedicação, que poderia ter sido maior. Assim, com esse trabalho, peço desculpas e espero poder contribuir ainda mais com a ciência que tanto me comove. Aos demais colaboradores meu eterno agradecimento.
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