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Eu queria um amigo que me ensinasse a fitar o mar
sem ter a pressa de voltar...
Que ficasse bem junto de mim esperando meu medo passar...
Que olhasse além de meus olhos p´ra ver a mágica que é viver
e, de tudo que eu sinto, poder saber...
De sempre estar no meu pensamento,
à noite, ou, durante o dia, a todo momento!
Prá ouvir meu lamento, diante da luta pelo sustento.
Só porque eu não me contento com aquilo que Deus me dá.
E, em outras andanças, ser eu, seu ombro amigo e fiel.
Porque, também, ele, sente a dor
que o tempo está a lhe propor,
nas horas em que o cinza da tristeza lhe supera a cor.
E eu me pergunto, Senhor,
O que faço p´ra lhe inundar a paz?
Também queria que ele soubesse, pois, na correria, a gente esquece
e se enfraquece, e desfalece
não faz nem a prece que, a alma, aquece
vive, assim, a rotinizar...
Aliás, porque é tão difícil romper o silêncio e... falar?
Abrir o peito e... chorar?
Sentir o coração disparar?
P´ra declarar o amor que se sente por alguém?
E, afinal, eu queria você, amigo,
agora, mais perto,
pois é o instante certo
do jogo aberto
p´ra me ter sem pudor
pois é assim que deve ser o amor...
Mas... mas...
Por que vou chorar?
Você ainda está aí, não é amigo?
Amigo?
Amigo!
Marcelo Henrique
Preciosa contribuição da amiga Fátima Quemelo
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