Ismael
Aquiles Salinas
Numa outra oportunidade, desde este honroso lugar de
aprendiz ( o qual considero como o mais elevado que possui a Masoneria, porque
unicamente quem aprende é quem tem a
possibilidade de chegar a ser) afirmávamos; que o único templo que vive e
pertence à eternidade está em nosso interior: e que nesse templo somos sempre
Veneráveis, além de sermos todas as luzes. Somos o Um, e a Multiplicidade,
pensamos que o Grande Arquiteto tem sua moradia no coração do homem que com
devoção lhe serve, e que por isso devem o altar e terra santa.
Este templo, não de madeira, nem de pregos, nem de
marteladas, é construído pelo divino Marceneiro, que vive em cada homem, e foi
feito daquela substância que evolui; com a que foi construído o Universo, está
feito de Consciência e esta Consciência é Luz; e a luz é Poder; porque afugenta
e destrói as sombras, da ignorância.
Obviamente não é a luz que ilumina as formas e
projeta suas sombras contra os muros e as calçadas, contornando-os. É a outra
luz, a do templo da divindade, que brilha em nós. É essa luz que ilumina por
cima dos telhados (da que falava o Mestre) e se associa à lei da evolução; e
empurra o mundo e os homens para a glória de sua realização interior.
Que enorme porção de mérito e justiça possui o homem,
que neste momento histórico do mundo, contribui com sua luz, a acender o fogo
sublime da iluminação Iniciatória. Bendita seja a Loggia, a matriz, ou a mãe,
capaz de parir um homem que põe em sua mão a lâmpada acessa da sabedoria e da liberação.
E se isto acontece, nem vocês nem eu, estaremos
presos na solidão das trevas, ou na opressão da escuridão da ignorância.
E poderemos transitar à luz de uma tocha, como aquela
que dois mil anos há, iluminou as ásperas comarcas da galileia. Neste pequeno
planeta onde residimos, nesta etapa de nossa evolução biológica e espiritual,
quando toda a energia inteligente da humanidade pensante, está focada no
esforço gigante, da supressão da dor e do sofrimento humano; do único que poderemos
nos liberar é da própria ignorância.
A ignorância produz dor e o sofrimento: e a carne da
ignorância, a biologia da ignorância, é toda aquela beleza, harmonia e
equilíbrio, que reside em nosso sistema planetário; em pero não está registrada
em nossa consciência individual. Nossa ignorância gera a dor e o sofrimento que
sufoca à humanidade. Nossa maior conquista como homens consiste em acender em
nós mesmos, a Luz da sabedoria para iluminar a existência de tudo o que alenta
no planeta. Porque toda vida é nossa própria vida.
*************************************
Santa
Maria, (RS) Brasil – 13/X-2003.
Tradução
livre do Espanhol: KRISHNA SALINAS.