A administração é a área de estudo com a maior afinidade prática para com a Arquivologia. Para dizer a verdade, e dentro da realidade brasileira, a Arquivologia deveria ser considerada primeiro uma matéria administrativa, para depois então adentrar-se em questões outras.

A afinidade destas áreas é tão grande que deveria possuir um currículo mínimo idêntico. Na verdade, isto já quase acontece na prática com o Curso de Arquivologia na Universidade de Brasília, não havendo, no entanto, a reciprocidade (o que é uma pena para os seus alunos, que ficam privados de conhecer o assunto que lhes dará a maior dor de cabeça) com o Curso de Administração.

E em que pode o Arquivista ajudar ao Administrador? Pois é justamente na tarefa da administração dos documentos, ou seja, da gestão documental, que o Arquivista pode ser um verdadeiro suporte para a administração moderna.

É notório que a moderna Organização tende a se tornar mais personalística, menos burocrática. Assim sendo, a afinidade para com os documentos vai decaindo, até porque a burocracia emperra o processo de agilização das etapas necessária à implatação de um sistema just-in-time, por exemplo. Mas se a burocracia emperra tal processo, o que ocorre com a documentação? Esta torna-se adequada à realidade, seja através do uso cada vez maior da informatização, ou através da criação de documentos que aglutinam diversas funções. Isto os torna um verdadeiro mistério para todos que participam da aplicação dos métodos e processos administrativos, que passam a se utilizar do subterfúgio de implantar uma política documental por tentativa-e-erro, adotando primeiro aquela situações já experimentadas anteriormente. O Arquivista pode desenvolver um método para aquela empresa, liberando a administração do encargo de tal tarefa, permitindo que esta se volte à uma concentração mais eficiente nas alterações do mercado.

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