Como a água está para o vinho, como o fogo está para a natureza. Assim está a Biblioteconomia para a Arquivologia. Não podem haver áreas tão distintas, e ao mesmo tempo tão confundidas. É necessário que os profissionais de ambas áreas compreendam que a própria terminologia já é suficiente para provocar danos irreparáveis para o desenvolvimento das áreas.  Nesse caso, a Arquivística, essa fiel representante dos interesses administrativos e guardiã do direito registrado, é especialmente prejudicada, pois a organicidade original, uma vez perdida, destrói a história que deveria conservar.

Espero que os Bibliotecários compreendam a importância que é uma coisa que seus representantes têm desprezado tanto, a qual chamo de ÉTICA. Quando a Associação dos Bibliotecários promove algo como cursos de arquivo, eu pergunto: a alcunha do médico que exerce a advocacia ou do advogado que exerce a medicina não é a de CHARLATÃO? Se um profissional distinto começa a exercer a biblioteconomia, conforme a própria lei que regulamenta a profissão de bibliotecário, não exerce uma atividade criminosa? Imaginem se esse outro profissional começasse a ministrar ou promover cursos de biblioteconomia.  Não seriam justas as alcunhas de patife, safado, mercenário, canalha?  Pois é... A propósito, eu daria um centavo para saber as segundas intenções de quem ajudou na elaboração do novo projeto de lei de vocês. Belo trabalho da Equipe de diretores da Associação, ao vetarem a intromissão na área ao mesmo tempo em que procuram, por meios dúbios, abocanhar a área alheia.