Garrafões armadilhados de Andrães

 

 

Por: Eduardo Ribeiro Alves

 

Andrães nos últimos anos, mercê sobretudo da emigração para a Suíça,  cresceu muitíssimo sobretudo no comércio e na habitação. Mas não se pode dizer que se desenvolveu, porque para isso tinha que esse crescimento ter sido global e integrado  em todas as áreas da vida humana:  segurança, solidariedade social,  saúde e bem-estar, cultura e desporto,  recreio e  aproveitamento de tempos livres, etc. Infelizmente não foi isso o que aconteceu e este crescimento descontrolado, fez surgir desequilíbrios.

É o caso do Largo da Igreja, que nas ocasiões de mais trânsito se comporta como um enorme garrafão: os automóveis são obrigados a inverter a marcha e é a confusão total sobretudo em frente à antiga e abandonada sede do Centro Cultural e Desportivo de Andrães (o gargalo do garrafão). Não houve, como já se disse, um desenvolvimento harmonioso e integrado. Além da igreja, existem nas imediações dois estabelecimentos comerciais, um Jardim de Infância, a sede da Junta, a nova sede do Centro Cultural, o polivalente desportivo e muito em breve as novas instalações do Centro Social e Paroquial. Qualquer actividade mais relevante num destes locais ou instituições, acaba sempre por entupir  o Largo, assistindo-se então a um espectáculo degradante, que é ver todos os acessos às ruas transversais boqueados por automóveis, o que põe em risco a segurança e o bem estar dos cidadãos. O sistema entra mesmo em colapso total, por ocasião das Festas de S. Tiago. Deus nos livre dum simples alarme de incêndio, que o pânico de retirar os automóveis do garrafão, iria esmagá-los uns contra os outros. E lá dentro, no recinto da festa (outro garrafão de apertado gargalo!), o espectáculo seria igualmente aterrador:  as  pessoas alarmadas esmagar-se-iam na única e estreita saída existente! Sejamos realistas, não existem as mínimas condições de segurança para tantas pessoas e automóveis. Estamos mesmo perante uma armadilha, que poderá ter consequências desastrosas. Foi por esta a razão que estivemos contra a instalação do polidesportivo no local e pensamos que  seria  uma óptima ideia a Comissão de Festas de S. Tiago pensar noutro local para a realização das festividades, já que este é tremendamente perigoso.

Mas é possível resolver o problema destes dois garrafões armadilhados? Pensamos que sim e  ousamos deixar aqui as nossas à Junta de Freguesia de Andrães e à Câmara Municipal de Vila Real:

1-      Fazer com que o Largo da Igreja tenha saída pela Enxertada ou pelo Fundo do Povo.

2-    Proceder ao alargamento da Rua das Almas.

3-     Abrir outra entrada no recinto do polidesportivo, a desembocar perto da antiga Eira do Padre, permitindo o acesso ao recinto de veículos (prioritários).

Seria interessante falar deste e de outros problemas da nossa terra, nas reuniões da Assembleia de Freguesia, onde as pessoas não se sentem motivadas a aparecer. É que a “trémula maioria reinante”  faz tudo por tudo para não ver por lá o povo, daí que tenha mesmo deliberado, que as reuniões se realizem aos domingos e à hora da missa!

Enfim... políticos e católicos de meia tigela!

 

VOLTAR À PÁGINA ANTERIOR