Por um S.I.
A cerca de 150.000 anos, a humanidade vivia em um continente, onde é hoje o oceano pacífico, conhecido como Lemúria, que devido a perfeita harmonia que existia entre seus habitantes e a consciência divina, poderíamos dizer que aí se encontrava o Jardim do Éden.
Nesse estágio de sua evolução, o homem possuía o terceiro olho, como era denominada a glândula pineal, completamente desenvolvido, podendo conhecer a natureza cósmica de cada elemento e criatura do universo a partir de sua vibração natural, denominada quarta dimensão.
Para o lemuriano não havia distinção entre religião e ciência, e em seus povoados, construíam Templos em que a comunidade se reunia para estudar as leis do cosmos racionalmente e com profunda reverência, tocados pela emocão que brota do âmago do coração, como verdadeiros alquimistas.
Com o decorrer do tempo, em seu processo de involução, o homem passou a agir de maneira egoísta, acarretando a atrofia de seus sentidos psíquicos, de sua glândula pineal e desta forma, a queda de seu estado de graça se produziu.
Antes que a Lemúria submergisse, 12 irmãos mais evoluídos, conhecidos como Santos lemuríanos, preservaram o conhecimento sagrado, que constituía a Tradição Primordial, que permitiria ao homem em seu processo de evolução reintegrar-se a Deus.
Posteriormente, o mesmo uso indevido das leis divinas, provocou a submersão da Atlântida, a cerca de 12000 anos, o que na tradição ficou conhecido como o dilúvio.
Para preservar o conhecimento sagrado das leis de Deus e mante-lo longe da perigosa utilização por uma humanidade degenerada, constituiu-se as escolas secretas, onde nos templos devidamente consagrados, os Mestres Invisíveis da Grande Fraternidade Branca, se faziam presentes para inspirar os verdadeiros buscadores da luz, os Homens de Desejo, aqueles que desejavam ardentemente a sua reintegração ao seio da divindade.
Em 1888, Gerard Encausse ( Papus) e Augustin Chaboseau, que detinham uma iniciação que remontava a Louis-Claude de Saint-Martin, místico do século XVIII, pertencente por sua vez a uma corrente de iniciação que o ligava a Tradição Primordial, criaram a escola iniciática de nome Martinismo, que dividia a Livre Iniciação de Saint-Martin em 4 graus denominados, Associado, Iniciado, Superiores Incógnitos e Filósofos Desconhecidos ou Livres Iniciadores, que concedia ao candidato, a iniciação que o ligava a corrente de iniciadores que remontava aos Mestres guardiães da Tradição Primordial.
Desta forma, em rituais que conduzem pelo reino das emoções, realizados em Templos devidamente consagrados e com a presença dos Mestres Invisíveis, os martinistas são levados a refletir sobre símbolos que os farão recobrar a consciência cósmica do início dos tempos e regressar a casa do Pai.
Aqueles buscadores sinceros que desejam se associar a um grupo de estudantes, em uma escola em que o intelecto esteja em perfeita harmonia com o coração, em que se possa meditar sobre símbolos extremamente poderosos e ricos em significado, onde os trabalhos se desenvolvem sob a orientação dos Mestres, e que desejam a regeneração e consequente reintegração de toda humanidade, devem procurar se afiliar a uma Heptada Martinista e com certeza, praticando seus princípios, não tardará em encontrar a tão almejada união com o Pai Celestial.