
A Imprensa
deu vazão a esta insânia pelo
que lhe era mais óbvio: o modismo. Os oportunistas
logo procuraram vestir as fantasias mais adequadas:
homens e mulheres comuns foram vistos travestidos de
ciganos, indianos, dervixes e índios a cobrar por
hora de consulta.
Depois
de desmascarar os pretensos "esotéritas" a
mídia colocou-os no ostracimo. Os eventos como
cursos e feiras esotéricos não são mais motivo de
atração. Hoje os jornais e as emissoras de tv
servem-se do tema apenas para o estabelcimento de
"ganchos" para matérias populares ou
folclóricas. Nos eventos esportivos decisivos e nos
episódios políticos canhestros os profissionais
da adivinhação são levados ao ridículo pela
eventual imprecisão de seus oráculos. Nas datas
curiosas do calendário, como sexta-feira 13 ou na
passagem de ano, estes sacerdotes são muito
procurados, mas apenas para serem exibidos como seres
exóticos, envoltos em atmosfera macabra, com suas
imagens mescladas às de caveiras, cemitérios e
gatos pretos.

