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Ah! Se eu
tivesse nascido essa árvore florida
que vejo da varanda...
Ficaria
imensamente feliz por oferecer abrigo
aos ninhos e néctar ŕs abelhas.
E depois,
coberta de prazer,
gozaria com o roçar macio do vento.
Năo me
incomodaria mesmo
de acolher algum parasito,
Se eu fosse aquela árvore florida...
Adoraria
dar sombra aos casais de namorados,
e vę-los amando...
Mas, sem
dúvida,
sofreria as dores impostas pelo machado,
Também
ficaria triste ao ver
a garotada matar meus passarinhos...
Mas,
responderia com
a nobre impassibilidade de uma árvore:
Imóvel,
confiante, serena,
majestosamente serena!
Saberia
aceitar o que viesse,
sem lamentar, sem reclamar, sem me debater.
Mesmo que o temporal destruísse meus ninhos...
Mesmo que
as borboletas deixassem
de vir ao amanhecer...
Mesmo que
minhas flores murchassem
e as abelhas se fossem...
Embora passível de gozar e sofrer,
Continuaria
a conservar
a nobreza ereta de uma árvore,
Sabendo aceitar as coisas como săo.
Năo me rebelaria diante do inevitável.
Acataria
os golpes do lenhador
que viesse fazer de mim algo útil.
Me
deixaria transformar em lenha e meu mistério
se libertaria em forma de luz e calor!
Ou
serviria de esteio a algum casebre,
e meu mistério se faria abrigo!
Quando
será que terei a sabedoria daquela árvore
que vejo em minha varanda?
Este
sábio ser que traz tanta beleza
e tanto me ensina!
Carmem Castro