ðHgeocities.com/Baja/Dunes/4700/livro11.htmgeocities.com/Baja/Dunes/4700/livro11.htmdelayedx[HÔJÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÈð'ÂL2OKtext/html° hL2ÿÿÿÿb‰.HSun, 30 Nov 1997 11:21:16 GMTlMozilla/4.5 (compatible; HTTrack 3.0x; Windows 98)en, *ZHÔJL2 LIVRO11

BIBLIOGRAFIA DE OSHO

A maioria de nós vive a vida no mundo do tempo, em memórias do passado e na antecipação do futuro. Apenas raramente tocamos a dimensão atemporal do presente - em momentos de repentina beleza ou perigo, no encontro com uma pessoa amada ou com surpresas do imprevisto. Muito poucas pessoas saem do mundo do tempo e da mente, de suas ambições e competições, e começam a viver no mundo do atemporal. E dos que assim o fazem, somente alguns tentam compartilhar suas experiências. Lao Tzu, Gautama Buda, Bodhidharma...ou mais recentemente, George Gurdjieff, Ramana Maharshi, J. Krishnamurti... Eles são considerados pelos seus contemporâneos como excêntricos ou loucos; após suas mortes são chamados de "filósofos" e com o tempo se tornam lendas - não seres humanos de carne e osso, mas talvez representações mitológicas de nosso desejo coletivo de crescer além da pequenez e do trivial, além da ausência de sentido de nossas vidas diárias.

OSHO é um que descobriu a porta do viver a vida na dimensão atemporal do presente - chamou a si mesmo de "verdadeiro existencialista" - e devotou sua vida a provocar outros a procurarem a mesma porta, a saírem do mundo do passado e do futuro e a descobrirem por si mesmos o mundo da eternidade.

Desde sua mais tenra infância na Índia, era evidente que ele não iria seguir as convenções do mundo à sua volta. Passou os primeiros sete anos de sua vida com seus avós maternos, que lhe permitiram liberdade de ser ele mesmo, a qual poucas crianças desfrutam. Ele era uma criança solitária, preferindo passar longas horas sentado em silêncio à beira de um lago ou explorar as redondezas sozinho. A morte de seu avô materno, ele diz, teve um efeito profundo em sua vida interior, provocando-lhe uma determinação de descobrir o imortal da vida. Ao se juntar à crescente família de seus pais e entrar na escola, estava firmemente fundamentado na clareza e no senso de si mesmo, que lhe deram a coragem de desafiar todas as tentativas dos mais velhos de lhe moldarem a vida de acordo com suas próprias idéias de quem ele deveria ser.

Ele nunca fugia de controvérsias. Para OSHO, a verdade não pode fazer concessões, pois assim deixa de ser a verdade. E ela não é uma crença, mas uma experiência. Ele nunca pede às pessoas para acreditarem no que ele diz, mas em vez disso, que experimentem e percebam por si mesmas se o que ele está dizendo é verdadeiro ou não. Ao mesmo tempo, ele é implacável ao encontrar meios e maneiras de expor as crenças tais quais elas são - meros consolos para amenizarem nossas ansiedades frente ao desconhecido, e barreiras para o encontro de uma realidade misteriosa e inexplorada.

Após sua iluminação, na idade de 21 anos, OSHO completou seus estudos acadêmicos e passou vários anos ensinando filosofia na Universidade de Jabalpur. Enquanto isso, viajava pela Índia proferindo palestras, desafiando líderes religiosos ortodoxos em debates públicos e encontrando pessoas de todas as posições sociais. Ele leu extensivamente tudo que pôde encontrar, a fim de expandir sua compreensão dos sistemas de crença e da psicologia do homem contemporâneo.

Ao final da década de 60,OSHO começou a desenvolver suas técnicas únicas de meditação dinâmica. O ser humano moderno, ele diz, está tão sobrecarregado com as tradições antiquadas do passado e com as ansiedades da vida moderna, que precisa passar por um profundo processo de limpeza antes de poder esperar descobrir o estado de meditação relaxado e sem pensamento. Começou a conduzir campos de meditação por toda a Índia, proferindo discursos aos participantes e orientando pessoalmente sessões de meditações por ele desenvolvidas.

No início dos anos 70, os primeiros ocidentais começaram a ouvir falar de OSHO, e se juntaram ao crescente número de indianos iniciados por ele no neo-sannyas. Em 1974 uma comuna se estabeleceu à sua volta, em Puna, Índia, e logo os poucos visitantes do Ocidente se tornaram bastante numerosos. Muitos dos que foram eram terapeuas que se deparavam com as limitações das terapias ocidentais e que procuravam uma abordagem que pudesse alcançar e transformar as profundezas da psique humana.OSHO os encorajou a contribuírem com suas habilidades à comuna, e trabalhou intimamente com eles para desenvolverem suas terapias no contexto da meditação.

O problema com as terapias desenvolvidas no Ocidente, ele diz, é que elas estão confinadas a tratar a mente e sua psicologia, enquanto o Oriente há muito compreendeu que a própria mente, ou melhor, nossa identificação com ela, e o problema. As terapias podem ser úteis - como os estágios catárticos das meditações que ele desenvolveu - em aliviar as pessoas de suas emoções e medos reprimidos e em auxiliá-las a se perceberem mais claramente. Porém, a menos que comecemos a nos desapegar dos mecanismos da mente e suas projeções, desejos e medos, sairemos de um buraco somente para cair num outro, ou num de nossa própria invenção. A terapia, portanto, deve andar de mãos dadas com o processo de desidentificação e testemunho, conhecido como meditação.

Ao final dos anos 70, a comuna em Puna abrigava o maior centro de terapia e crescimento do mundo, e milhares de pessoas vinham participar dos grupos de terapia e meditações, sentar com OSHO em seus discursos matutinos diários e contribuir com a vida da comuna, ou retornavam a seus países e estabeleciam centros de meditação.

Entre 1981 a 1985, o experimento de comuna se deu nos Estados Unidos, numa região de mais de 200 quilômetros quadrados no alto deserto do Oregon. A ênfase primordial da vida da comuna era construir a cidade de Rajneeshpuram, um "oásis no deserto". E num período de tempo miraculosamente curto, a comuna construiu casas para 5000 pessoas e começou a reverter décadas de estragos, devido ao abuso e excesso de uso da terra, restaurando riachos, construindo lagos e reservatórios, desenvolvendo uma agricultura auto-suficiente e plantando milhares de árvores.

Em Rajneeshpuram, meditações e programas de terapia se davam na Rajneesh Internacional Meditation University. As facilidades modernas construídas para a universidade e seu meio ambiente acolhedor possibilitaram profundidade e expansão de seus programas, o que antes não era possível. Cursos e treinamentos de longa duração foram desenvolvidos, e atraíram um grande número de participantes, incluindo muitos já estabelecidos como profissionais e que desejavam expandir suas habilidades e o entendimento de si mesmos.

Ao final de 1985, contudo, a oposição do governo local e federal a OSHO e à comuna tornou-se impossível a continuação do experimento. A comuna foi dispersa, e OSHO se encaminhou para um tour

pelo mundo, concedendo entrevistas à imprensa e discursando para discípulos nos Himalaias, na Grécia e no Uruguai, antes de retornar a Índia em meados de 1986.

Em janeiro de 1987, OSHO se estabeleceu novamente em Puna, dando palestras duas vezes ao dia. No prazo de alguns meses a comuna de Puna começou um programa completo de atividades e se expandiu muito mais do que anteriormente. O padrão de facilidades modernas foi estabelecido nos Estados Unidos, e OSHO deixou claro que a nova comuna de Puna deveria ser um oásis do século XXI, mesmo na Índia subdesenvolvida. Mais e mais pessoas vinham do Oriente, particularmente do Japão, e suas presenças trouxeram um enriquecimento correspondente nos programas de cura e de artes marciais. Artes visuais e de performance também floresceram, juntamente com a nova "Escola de Mistério". A diversidade e expansão se refletiu na escolha do nome por OSHO, "Multiversidade", a qual abriga todos os programas. E a ênfase em meditação se fortaleceu ainda mais - esse era um tema constantemente abordado nos discursos de OSHO, e ele desenvolveu e introduziu novos grupos de meditação, incluindo "Não-Mente", "A Rosa Mística" e "Nascer de Novo".

"Permanecerei uma fonte de inspiração para o meu povo, e é isso que a maioria dos sannyasins sentirá. Quero que eles desenvolvam por si mesmos qualidades como o amor, à volta do qual nenhuma igreja pode ser criada; como consciência, a qual não é o monopólio de ninguém; como celebração, deleite, e mantendo o frescor e a inocência dos olhos de uma criança...
Quero que eles conheçam a si mesmos e que não sigam as espectativas dos outros. E a maneira está dentro."


Cerca de nove meses antes de deixar seu corpo, OSHO ditou a inscrição para seu
Samadhi, a cripta de mármore e espelho que contém suas cinzas. Ela diz:
OSHO
Nunca Nasceu - Nunca Morreu Apenas visitou este Planeta Terra entre 11 de dezembro de 1931 e 19 de janeiro de 1990