ðHgeocities.com/Baja/Mesa/7068/Cultura_MPB.htmgeocities.com/Baja/Mesa/7068/Cultura_MPB.htm.delayedx‹VÔJÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÈðoù80OKtext/htmlp0i80ÿÿÿÿb‰.HSat, 29 May 1999 02:08:31 GMTß%Mozilla/4.5 (compatible; HTTrack 3.0x; Windows 98)en, *ŠVÔJ80 Música Popular Brasileira  
Música Popular Brasileira
 
      Toda música produzida no Brasil que não é identificada com música erudita. Surge no século XVIII como expressão cultural da população das principais cidades coloniais, como Rio de Janeiro e Salvador. É marcada pela síntese de sons indígenas, negros e portugueses. Mistura também elementos da música folclórica e erudita. Apresenta grande variedade de gêneros e ritmos e reflete a diversidade regional do país.
      A modinha, espécie de canção lírica e sentimental, desponta como uma das primeiras expressões musicais tipicamente brasileiras no século XVIII. É uma variação do estilo de maior sucesso na corte portuguesa, a moda. O lundu, dança de origem angolana trazida pelos escravos, predomina durante o século XIX. Sua fusão com os ritmos estrangeiros resulta no maxixe, surgido no Rio de Janeiro entre 1870 e 1880. Nessa época aparece o choro, caracterizado pela improvisação instrumental executada basicamente por violão, cavaquinho e flauta. O samba nasce no final do século XIX, no Rio, influenciado pela marcha, pelo lundu e pelo batuque, entre outros ritmos.
      No final dos anos 20 surgem as primeiras duplas sertanejas, como Mariano e Caçula, que fazem as chamadas modas de viola. As músicas, que tratam da vida do homem da roça, são cantadas em duas vozes e acompanhadas por viola e violão.
      A música brasileira faz sucesso no rádio , criando ídolos populares, a partir da década 30. Destacam-se as cantoras Isaura Garcia (1923-1993), Emilinha Borba (1923-) e Marlene (1924-), com seus repertórios românticos. Entre os cantores, Francisco Alves (1898-1952) é considerado Rei da Voz. Nessa época, do governo de Getúlio Vargas, a censura prévia controla a música popular. Canções de caráter político só são veiculadas quando elogiosas ao país, como Aquarela do Brasil, de Ary Barroso  . Nos anos 40, a Rádio Nacional, estatal, contrata artistas prestigiados como Sílvio Caldas (1908-1998) e Orlando Silva (1915-1978). A década de 50 é marcada pelo samba-canção, que trata de temas relacionados às desventuras do amor, como Vingança, de Lupicínio Rodrigues (1914-1974).
      Na virada dos anos 40 para os 50 acontece o primeiro momento de sucesso da música nordestina. Nessa época, Luís Gonzaga, autor de Asa Branca, passa a ser conhecido em todo o país como Rei do Baião. Cantando as dificuldades da vida nordestina, lança um novo balanço e uma nova maneira de dançar. Outro compositor de sucesso é Zé do Norte, que em 1950 fica famoso com Mulher Rendeira.
    ANOS 50 E 60 – Em 1958 surge a bossa nova. Sua estrutura harmônica, influenciada pelo jazz, e o refinamento na instrumentação diferem de tudo o que já havia sido produzido. Entre os nomes mais importantes do movimento estão Tom Jobim e Vinícius de Moraes.  
     Nos anos 60, o clima de militância política dá origem a músicas que abordam temas relativos à situação social e política do país. Grande parte dos compositores da época ingressa nas canções de protesto, como Geraldo Vandré (1935-), autor de Caminhando (Pra Não Dizer Que Não Falei de Flores), e Edu Lobo (1943-), de Upa Neguinho.  
     Em meados dos anos 60 explode a jovem guarda  , o reflexo brasileiro do rock internacional, com músicas românticas e descontraídas que fazem sucesso entre os jovens. Nos anos 70, o rock desenvolve-se com Rita Lee (1947-) e Raul Seixas (1945-1989) .  
      MPB – A partir de 1965, com o início dos festivais, a sigla MPB passa a identificar a música popular brasileira,
  
Tom Jobim
ou seja, a música que surge após a bossa nova, rompe com os regionalismos e se projeta
nacionalmente. Marcada por grande variedade de estilos, incorpora elementos do jazz e do rock da jovem guarda. A MPB diferencia-se da bossa nova por abandonar o intimismo, apresentar-se em grandes espaços públicos e pela temática, ligada à situação política do país.  
Festivais – A TV Excelsior, de São Paulo, organiza o primeiro Festival de Música Popular Brasileira. Os parceiros Edu Lobo e  Vinicius de Moraes   vencem com Arrastão, interpretada por Elis Regina (1945-1982). No ano seguinte, a TV Record, também de São Paulo, produz o segundo festival. Chico Buarque de Holanda, com A Banda, e Geraldo Vandré, com Disparada, empatam em primeiro lugar.  Em 1967, no Festival de MPB da TV Record, Edu Lobo e Capinan vencem com Ponteio e Roda Viva, de Chico Buarque fica em quarto lugar . No mesmo festival, Alegria, Alegria, de Caetano Veloso, e Domingo no Parque, de Gilberto Gil , lançam as sementes do tropicalismo, movimento   que incorpora à MPB elementos do rock, dos ritmos estrangeiros e 
  
Jovem Guarda
da cultura de massa. A partir da decretação do AI-5, em 1968, toda a produção cultural do país entra em crise com o exílio de muitos artistas. Na MPB, poucos músicos realizam trabalhos isolados, como Milton Nascimento e Elis Regina.
      ANOS 70 E 80 – Nos anos 70, a MPB consagra-se como forma musical característica dos centros urbanos, que passam a reunir compositores e intérpretes até então espalhados pelo Brasil. Representando a variedade regional da música brasileira, de Alagoas vem Djavan (1950-); do Pará, Fafá de Belém (1956-); do Ceará, Belchior (1946-) e Fagner (1950-). Há grande diversidade de tendências, expressas por nomes como Os Novos Baianos, Gal Costa (1945-) , Ivan Lins (1945-), Simone (1949-), Clara Nunes (1943-1983), Beth Carvalho (1946-), Alcione (1947-), Zizi Possi (1956-), Hermeto Paschoal (1936-), Gonzaguinha (1945-1991), João Bosco (1946-) e Egberto Gismonti (1944-). Intérpretes como Ney Matogrosso (1941-), Alceu Valença (1946-) e Elba Ramalho (1951-) alcançam êxito expressando a variedade de estilos e a fusão entre samba-canção e pop.
       A partir dos anos 80, a música popular registra novos nomes, como Arrigo Barnabé (1951-), Itamar Assumpção, Luiz Melodia (1951-), Eliete Negreiros (1953-), Ná Ozzetti, Vânia Bastos, Leila Pinheiro e grupos como Rumo e Premeditando o Breque, que incorporam elementos da música erudita de vanguarda e do rock, reggae e funk. O rock firma-se no mercado com Marina Lima (1955-) e bandas como Blitz, Barão Vermelho, Titãs, Os Paralamas do Sucesso , Ultraje a Rigor e Legião Urbana.
A música nordestina vive outro momento de consagração a partir dos anos 80, quando os ritmos afro-brasileiros, popularizados no Carnaval de Salvador, começam a ser valorizados no resto do país. O primeiro nome a se destacar é Luiz Caldas (1963-), divulgador do gênero fricote, por volta de 1987. Em seguida, a lambada invade a Bahia e faz grande sucesso. O bloco de Carnaval Olodum  passa a ter músicas gravadas por artistas como Gal Costa e Paul Simon. Também na Bahia surge Daniela Mercury (1965-), que mistura samba e reggae numa música chamada de axé music.
      Uma nova música sertaneja surge da fusão do estilo caipira brasileiro com o country norte-americano. As novas duplas trocam a viola pela guitarra elétrica e cantam música romântica, afastando-se dos temas rurais, como Chitãozinho & Xororó e Leandro & Leonardo.