ðHgeocities.com/Baja/Mesa/7068/Cultura_Univ.htmgeocities.com/Baja/Mesa/7068/Cultura_Univ.htm.delayedx‹VÔJÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÈðoùÒOKtext/html€çhÒÿÿÿÿb‰.HSat, 29 May 1999 02:08:41 GMTà%Mozilla/4.5 (compatible; HTTrack 3.0x; Windows 98)en, *‹VÔJÒ Cultura Universitária
 
Cultura universitária
 

       Na cultura universitária, observou-se, principalmente a partir da Segunda Guerra Mundial, um decréscimo dos estudos humanístico tradicionais. Isso atingiu também o ensino médio, onde esses estudos - que ocupavam cerca de 60% do currículo durante o Império e a Primeira República - ficaram reduzidos a perto de 20% do conteúdo curricular com a reforma do ensino de 1971.
       Essas disciplinas clássicas deixaram de ocupar uma posição-chave na formação dos professores secundários. Tornaram-se estudos especializados, envolvendo apenas aquelas pessoas que têm um interesse destacado por eles.
       A tecnoburocracia dominante nos anos da ditadura militar adotou providências para neutralizar a posição crítica da cultura universitária. Essas providências, foram, entre outra, as seguintes:

      1º) Procurou-se fazer crer que vivemos num país em plena fase de desenvolvimento econômico e de progresso social, onde há lugar para todos, desde que trabalhem e cumpram seus deveres.
      2º) Excluiu-se o estudo de filosofia do curso de 2º grau. Isso prejudicou a formação do adolescente, numa fase da vida em que são decisivas as preocupações com os valores da vida e do ser humano.
      3º) Introduziu-se o vestibular unificado, com questões de múltipla escolha ( só no final da década de 1970 voltou a redação). Numa linha quase exclusivamente informativa, em prejuízo da finalidade formativa do curso de 2º grau.
      4º) Multiplicaram-se as instituições superiores particulares. Essas escolas dedicaram-se especialmente ao ensino das ciências humanas e sociais ( pedagogia, história, letras, estudos sociais, etc. ).
 
       Tais medidas geraram tensões nos ambientes universitário, fazendo com que a defesa de um ensino meramente técnico passasse a coexistir com uma linguagem crítica e "de protesto contra as ilusões do desenvolvimento e as suas máscaras autoritárias".
       Essas tensões não ocorreram apenas dentro das universidades, mas atingem todo o processo cultural brasileiro.
       Verifica-se, então, nos meios universitários, o choque entre duas tendências: a primeira, que reflete os interesses das classes dominantes; a segunda se constituiu na tendência crítica que busca recriar o conhecimento como meio não só de conhecer mas também de transformar o mundo.
 Uma Escola Para Poucos
       Os problemas da educação brasileira são tantos e tão grave que se torna difícil resumi-los aqui. De qualquer forma, existem quatro problemas que parecem fundamentais e mostram que, como nos aspectos já estudados, também no setor educacional estamos longe da democracia.
       O primeiro desses problemas é o do analfabetismo. Se considerarmos as diferenças regionais, veremos que o índice de analfabetismo era de 18% nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro e de 17,3% no Rio Grande do Sul, ao passo que chegava a 50,2% em Pernambuco e a 56,7% no Piauí.
       Em 1995 o número de analfabetos chegava a 18% da população com mais de 15 anos.
       O segundo problema grave da educação brasileira, é a grande quantidade de crianças em idade escolar que estão fora da escola.
       O terceiro problema, refere-se à grande seletividade da escola brasileira, isto é, a maioria das crianças consegue entrar na escola mas acaba sendo expulsa.
       O quarto problema é o dos prédios escolares, que, além  de poucos, não oferecem as mínimas condições para o ensino, e o dos professores, que, além de mal preparados, enfrentam péssimas condições de trabalho e tiveram seus salários aviltados ao longo das últimas décadas.

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