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Tiradentes
 
     Joaquim José da Silva Xavier nasceu em Minas Gerais em 1746. Ainda criança perdeu os pais e foi criado pelo padrinho, um cirurgião com quem aprendeu noções práticas de medicina e odontologia as quais exerceria futuramente, daí o apelido de o Tiradentes. Devido à este trabalho e seu carisma conheceu inúmeras pessoas com as quais obteve conhecimento sobre os filósofos franceses e da independência dos EUA em 1776, além dos problemas de Minas bem como do Brasil em geral.  
      Possuía “inteligência mineralógica” ou seja, tinha noções práticas sobre mineração e também sobre hidráulica, criou  projetos de abastecimento de água para o Rio de Janeiro 
canalizando rios.  
       Procurava riqueza e prestígio social com o enriquecimento, foi mascate e tropeiro. Em 1781      entrou para o regimento dos dragões de Minas Gerais. Apesar dos postos de responsabilidade que assumiu, não passou do posto de alferes, sempre esquecido nas promoções.
Seus sonhos de glória o fizeram tentar a mineração, comprou uma propriedade que só lhe deu dívidas, por isso declarava publicamente seu descontentamento com o governo português.  
     Tentará a fortuna novamente no Rio de Janeiro, em 2 de março de 1787 pede licença de seu regimento. Lá tentaria por em prática seus projetos de canalização de água. Em agosto de 1788 conheceu José Álvares Maciel. Este acabava de chegar da Europa onde formara-se em filosofia e História Natural em Coimbra.
Suas conversas giravam em torno deum levante e da emancipação do Brasil.
      Volta à Minas Gerais acompanhando a família do visconde de Barbacena. De volta a Vila Rica em setembro de 1788 começa, já no caminho de volta, a anunciar a proposta do levante.
         Em História Geral da Civilização Brasileira de Sérgio Buarque de Holanda (Tomo I, 2º Volume, pg. 399), faz-se alusão à “imaginação já fértil do alferes”. “O argumento essencial de Tiradentes consistiu em apresentar a essa gente já descontente e oprimida, o confronto entre sua pobreza, suas dificuldades e a terra rica e fértil, contendo ouro, diamantes e todos o demais produtos capazes de torná-la um florescente império”. Pode-se dizer que ele foi o “espírito propulsor da conjuração”.  
      A propaganda destinava-se assim a todos aqueles que tinham queixa contra a administração portuguesa. Sabendo do levante o coronel Joaquim Silvério dos Reis, que devia uma soma muito grande de dinheiro ao governo, denunciou os rebeldes em troca do perdão de sua dívida.  
     Em março de 1789 Tiradentes viaja para o Rio sob o pretexto de verificar o andamento de seus requerimentos sobre a canalização, e claro, fazer o trabalho de aliciamento. É seguido, vigiado
 
    e depois preso em 10 de maio. 
            Todos os implicados no caso foram presos e interrogados. Era o início da devassa que durou aproximadamente três anos e só em 18 de abril de 1792 pronunciou-se a sentença: condenou-se à morte. 
           Tiradentes e seus companheiros, depois a pena foi comutada em degredo perpétuo, exceto para o alferes que assumiu toda a responsabilidade do movimento. Tiradentes foi executado numa forca no campo da Lampadosa (hoje praça Tiradentes)no Rio de Janeiro em 21 de abril de 1792, seu corpo foi esquartejado e seus membros espalhados pelos caminhos e sua cabeça exposta em Vila Rica. Seus bens foram confiscados e as casas onde morou destruídas e salgadas para que mais nada ali nascesse.Segundo Maria Efigênia Lage de Resendo em seu livro Inconfidência Mineira (pg. 54): “Suas idéias (de Tiradentes) no conjunto revelam que sua percepção de revolução era a da classe proprietária, com a qual se articulava e que visava assumir o poder, libertando-se do jugo da metrópole, sem preocupação com  mudanças nos fundamentos econômicos e sociais da sociedade colonial”.
 
                                                          Mais:(A Casa de Tiradentes)