ðHgeocities.com/Baja/Mesa/7068/imperio_segrein.htmgeocities.com/Baja/Mesa/7068/imperio_segrein.htm.delayedx¡VÔJÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÿÈà¼ùí'OKtext/html€çhí'ÿÿÿÿb‰.HSat, 29 May 1999 02:26:28 GMT&Mozilla/4.5 (compatible; HTTrack 3.0x; Windows 98)en, * VÔJí' Organização Política do Segundo Reinado
 
Organização política do Segundo Reinado
 
      O Segundo Reinado pode ser dividido em três momentos:
  1º ) de 1840 a 1850 – período da consolidação, marcado pela criação de leis voltadas para a ordem, até então ameaçada pelos movimentos populares.
  2º ) de 1850 a 1870 – período da " estabilidade geral", marcado pelo desenvolvimento da economia cafeeira e por uma série de realizações materiais feitas pelos grandes proprietários rurais e capitalistas.
  3º ) de 1870 a 1889 – declínio da monarquia, quando começaram a se desenvolver a propaganda e o movimento republicano que puseram fim ao império.
       Entre as principais medidas, os liberais procuraram pacificar o país concedendo anistia a todos os implicados nas rebeliões regenciais. A Câmara formada em sua maioria por conservadores, opunha-se ao gabinete liberal. Valendo-se do poder Moderador, o imperador dissolveu a Câmara e convocou novas eleições a qualquer custo, utilizando-se de todos os meios possíveis. Novos presidentes foram nomeados para as províncias; juízes de direito e delegados foram substituídos.   Todas essas mudanças tinham o objetivo de intimidar o eleitorado e garantir a vitória para os liberais.
       Os liberais de São Paulo esperavam ajuda do liberais das províncias de |Minas Gerais e do Rio de Janeiro e dos farroupilhas que ainda lutavam contra o império no Sul do país. Em 17 de março, Tobias de Aguiar, em Sorocaba, foi proclamado presidente provisório da província. Os liberais paulistas já estava derrotados quando os de Minas entraram na luta. Comandada pelos liberais moderados José Feliciano Pinto e Nunes Galvão, receberam o apoio do liberal exaltado Teófilo Ottoni. Os liberais das suas províncias foram presos e anistiados em 1844 pelo imperador. Pouco a pouco foram se integrando à nova ordem imperial e aceitando a centralização do poder. De 1844 a 1848, quando dominaram o poder, os liberais utilizaram as mesmas " leis reacionárias" que haviam combatido.
       O Brasil escravocrata tinha preconceitos contra o trabalho manual; por isso quase não havia escolas técnicas no país. O ideal educativo de nossa sociedade patriarcal era o bacharel, com sua retórica vazia e pomposa. No Parlamento e nos altos cargos do Estado predominavam os bacharéis. O revezamento dos partidos no poder, as disputas entre as elites e a necessidade de progresso material do país requeriam uma estabilidade do Estado, que era dada pelo imperador e pela burocracia estatal.
 
Parlamento as Avessas
        O parlamentarismo não estava previsto na Constituição do império. O poder de nomear e demitir o ministério era exclusivo do imperador. A partir do período regencial, o parlamentarismo foi de estruturando lentamente. No sistema parlamentarista europeu, é o Parlamento que, de acordo com o partido majoritário, escolhe o presidente do Conselho de Ministros que, por sua vez, escolhe o ministério, responsável pela administração perante o Parlamento. O presidente do conselho é o chefe de governo e pode ser derrubado pelos parlamentares.
 
Revolução Praieira
       Pernambuco, palco das revoltas liberais de 1817 e 1824, tinha sua economia, sociedade e política dominadas por duas grandes famílias de senhores de engenho: Cavalcanti e Rego Barros. Com suas vastas clientelas de agregados e dependentes, essas famílias controlavam respectivamente os partidos Liberal e Conservador. O Partido Conservador estabeleceu uma aliança com a cúpula do  Partido Liberal, formada por grandes senhores de engenho e comerciantes tradicionais.
        Os senhores de engenho e comerciantes tradicionais tinham o apoio do governo provincial.  Esse apoio lhes dava boas rendas advindas dos cargos públicos que ocupavam. As obras públicas do governo nas imediações dos latifúndios dos senhores tradicionais beneficiavam o grupo ligado ao governo. Como participava do Legislativo nacional, esse grupo tinha prestígio social e podia conseguir empréstimos fora da província, entre outras vantagens. Os senhores de engenho e o comerciantes novos também ligados ao açúcar estava excluídos desses benefícios. Por essa razão, embora fossem ligados ao Partido Liberal, rebelaram-se contra a cúpula do partido devido à aliança desta com os conservadores.
 
Conciliação
       A prática de conciliação foi muito comum ao longo de toda a história do Brasil. Embora se tenha tentado confundir a noção de conciliação com a de entendimento, ambas são distintas. Numa conciliação, os grupos dirigentes, sem muito contato popular, sem diferenças econômicas, sociais ou partidárias profundas entre si, desejam em trégua para a recomposição de forças, para impedir que outros setores sociais ou mesmo as disputas entre os grupos dominantes possam criar dificuldades para a situação vigente. Portanto, conciliação é um arranjo, um acordo entre elites dominantes, sem consulta ou apoio popular; um pouco contra o próprio povo.
       Tanto liberais como conservadores podiam participar do mesmo governo, defendendo o centralismo progressista, que lhes dava cargos governamentais. A década de 1850 foi marcada pela conciliação e pelo progresso material que beneficiava os grupos dominantes. A conciliação começou a declinar com a morte do Marquês de Paraná e o abalo provocado pelas quebras no comércio e na indústria em 1856. A defesa da livre iniciativa unia conservadores moderados que queriam reformas parciais e liberais moderados que odiavam a revolução e temiam. A Liga Progressista dominou o poder de 1862 a 1868, quando fundiu-se com os liberais históricos, reunificando os liberais. Uma parcela dos liberais mais jovens, aliados a alguns liberais históricos, formou o Partido Radical, que identificava o liberalismo com a democracia e exigia descentralização, ensino livre. Senado temporário e eletivo, extinção do poder Moderador e sufrágio direto e universal, entre outras reivindicações.