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Casimiro de Abreu
 
    -  Poeta da Saudade, do amor adolescente, simples, espontâneo, comunicativo; sua poesia, muito popular, ainda agrada. Essencialmente musical, Casimiro não tem maior complexidade filosófica e psicológica e sua obra, acessível a qualquer leitor alfabetizado, versa sempre as pulsões eróticas da adolescência, oscilando entre o medo e o amor, as saudades da infância, da família e da pátria.
     - As primaveras, reunião de suas poesias, incluem os conhecidos “Meus Oito Anos”, “Amor e Medo”, “Minha terra”, “Minha Mãe.
 
MEUS OITO ANOS
 
Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!
Como são belos os dias
Do despontar da existência!
- Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar é – lago sereno,
O céu – um manto azulado,
O mundo – um sonho dourado,
A vida – um hino d’amor!
Que auroras, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!
O céu bordado d’estrelas,
A terra de aromas cheia,
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!
   Oh! dias da minha infância!
Oh! meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã!
Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minha irmã!
(...)
Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!
 
  ( Lisboa, 1857)
     ( Casimiro de Abreu)