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José Augusto Bastos Neto - Setembro/98


Pergunta - Então, como trabalha com o provável prejuízo da eliminação?
Bastos Neto: Não tem dúvida que a desclassificação no Brasileiro é muito ruim para a imagem de um time tricampeão brasileiro. No ano que vem, vamos montar uma equipe para ficar, no mínimo, entre os quatro primeiros.



Pergunta - O Brasileiro vai ser a prioridade do São Paulo em 99?
Bastos Neto: Claro que o Rio-São Paulo dá dinheiro, o Paulista é importante, a Copa do Brasil também, vale vaga para a Libertadores... Mas se você ganha o Brasileiro, o retorno é maior. Entra muito mais dinheiro.



Pergunta - A primeira fase do Brasileiro termina em 8 de novembro. O que o São Paulo vai fazer nos dois meses que deve ficar parado?
Bastos Neto: Vamos antecipar as férias dos jogadores. Tem um quadrangular, que já está praticamente acertado, com o Peñarol, do Uruguai, e o Bayer Leverkusen, da Alemanha, que começa em 14 de janeiro. Acertamos isso por causa do pré-contrato que o Serginho assinou com o Bayer. Vamos pagar a vinda deles e ficamos de fazer dois amistosos e dar a renda. Até essas coisas acabam sobrando para o clube pagar.



Pergunta - O clube ainda tem dinheiro em caixa da venda do Denílson à Espanha?
Bastos Neto: Da venda do Denílson, ficamos com R$ 26 milhões. Parte desse dinheiro entrou antes da minha gestão. Quando entrei, comprei o Souza (R$ 4,5 milhões), o Carlos Miguel (R$ 5 milhões), o Márcio Santos (R$ 3 milhões) e o Marcelinho (R$ 1 milhão). Só aí foram R$ 13 milhões. O restante está sendo usado para terminar a reforma do Morumbi. O São Paulo vai gastar R$ 2,5 milhões até o final de 99 para colocar 66 amortecedores no estádio, o que é uma exigência do Contru (órgão encarregado da fiscalização de obras e construções na cidade de São Paulo). Cada um custa R$ 35 mil. Vamos também reformar as torres de iluminação do estádio no próximo ano. Além disso, vamos ter de pagar salários para os jogadores parados. A folha de pagamento do futebol profissional é de mais ou menos um milhão e meio. O que as pessoas não entendem é que tem as despesas do dia-a-dia.



Pergunta - O São Paulo pensa em vender jogadorea para fazer caixa?
Bastos Neto: É necessário vender um jogador por ano para fazer caixa. Vendemos o Denílson e ficamos dois anos sem vender ninguém. Em 99, precisamos vender algum.

Pergunta - Vai ter muita mudança no elenco?
Bastos Neto: Depende do Mário Sérgio, mas alguns jogadores devem ser envolvidos em trocas e deixar o elenco. Às vezes, não precisa contratar um jogador de nome. Precisa ser um atleta que se adapte ao sistema tático do Mário Sérgio. Assim como o Ezequiel se adaptava bem ao sistema do Mário no Corinthians ou o Jorginho se entende com o Leão no Santos.


Pergunta - O que o senhor acredita que deu certo e deu errado até agora na sua administração?
Bastos Neto: Certo foi, sem dúvida, o título paulista. Por sorte, peguei um time já formado e fui campeão. Agora, a torcida está reclamando com um pouco de exagero. Os vários títulos que o SP conquistou na época do Pimenta foi uma coisa fora do normal. A média dos clubes grandes é um título por ano. O Corinthians ganha um a cada três anos e já fica contente.


Pergunta - Como o senhor explica as demissões de quase todos os profissionais da comissão técnica?
Bastos Neto: Não demiti o Nelsinho (ex-técnico) nem o Poço (ex-diretor). Demiti só o Moraci (Sant’Anna, preparador físico), que aliás é um bom profissional. Os motivos, que prefiro não falar, foram até de fora da parte profissional. Ninguém sabe o que se passe dentro de casa.


Pergunta - A sua imagem e a do São Paulo não saíram arranhadas depois dessas demissões todas?
Bastos Neto: É melhor a minha imagem sair arranhada do que uma outra. Os conselheiros foram 90% favoráveis às demissões. Era necessário.


Pergunta - Como o senhor encarou as críticas do ex-diretor Manoel Poço, que o chamou de ditador?
Bastos Neto: Não escutei. Se ele falou, deve ter sido de cabeça quente. Ele é um ótimo amigo e tenho muito respeito por ele. É o único dirigente tricampeão paulista pelo São Paulo. Aliás, ele corta o cabelo no mesmo barbeiro que corto. Ainda não falei com ele, mas tem reunião do Conselho nesta semana e devo falar com ele.





Andrei