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Carpegiani - Fevereiro/99


Pergunta:- Cinqüenta anos de idade, 17 como treinador. Como você avalia esse momento da carreira?


Carpegiani:- Cinqüenta anos é uma data bastante significativa para qualquer pessoa. Estou satisfeito com a minha vida profissional no São Paulo, mas sempre falta alguma coisa. O dia em que você se sentir completo, é melhor largar a profissão.

Pergunta:- O que seria esse "alguma coisa"?
C:- Ganhar jogos, ganhar títulos. Trabalhamos para isso. Se vamos conseguir ou não, é uma outra coisa.

Pergunta:- O São Paulo vive uma fase muito boa, com 100% de aproveitamento. Já está do jeito que você quer?
C:- Desde o início da minha carreira, tenho uma maneira de pensar o futebol. Vejo o futebol de um jeito muito simples. Não tem o que inventar. Quero fazer um time obediente taticamente, mas esse não é um trabalho fácil. Todos nós sonhamos fazer um time para marcar época.

Pergunta:- Marcar época como quais times?
C:- Como o Santos, de Pelé, como o Flamengo, de Zico, como o Cruzeiro, de Tostão... São muitos os exemplos. Existe um ponto em comum em todos esses times que marcaram época. Todas essas equipes tiveram um ponta-de-lança fora-de-série, que chega ao ataque. O Pelé no Santos, o Tostão no Cruzeiro, o Leivinha no Palmeiras, o Maradona na Argentina. Quando você não tem esse jogador, tem de criar, buscar outras soluções.

Pergunta:- Há alguns dias, você falou que resolveria todos os seus problemas com um jogador que está no departamento médico. Esse caso se aplica ao que você está falando? Esse jogador é o Raí?
C:- Claro. O São Paulo conseguiu com o Raí ser bicampeão mundial. Ao lado do Santos, são os únicos que conseguiram. Quando você não tem um jogador desses, você pode até ganhar jogos, conquistar títulos, mas não vai ter brilhantismo. Com esse ponta-de-lança que desequilibra, você ganha e convence. Esse é o ideal do futebol.

Pergunta:- Você sempre teve essa "teoria" sobre os grandes times?
C:- Sempre pensei assim e nunca vi um estudo sobre isso. Em cima desse grande ponta-de-lança se pode fazer muitas variações. Para ser uma equipe de exceção você precisa desse jogador e de organização tática.

Pergunta:- Mesmo depois de ter conquistado o título mundial interclubes pelo Flamengo em 81, você ainda não gozava de muito prestígio. Depois que você dirigiu a seleção paraguaia na Copa de 98, isso parece que mudou?
C:- Já ouvi muita gente dizer que o Flamengo campeão do mundo quem montou foi o Cláudio Coutinho, mas isso não me deixa magoado. Houve mesmo maior reconhecimento depois do meu trabalho com o Paraguai. Fomos bem nas eliminatórias e o próprio trabalho na Copa da França foi reconhecido.



Andrei