Corpo Humano
 

[ Fisiologia ] [ Homeostase ] [ Anatomia Humana ] [ Tecidos ] [ Sistema Nervoso ] [ Músculos ] [ Cérebro ] [ Sangue ] [ Aparelho Circulatório ] [ Coração ] [ Sistema Endócrino ] [ Pâncreas ] [Ouvido ] [ Aparelho Urinário ] [ Corpo Humano na Internet ]

Fisiologia (extraído da Enciclopédia Encarta 2000)

Fisiologia: estudo dos processos físicos e químicos que ocorrem nos organismos vivos durante a realização de suas funções vitais. Pesquisa atividades tão básicas como a reprodução, o crescimento, o metabolismo, a respiração, a excitação e a contração, enquanto ocorrem dentro das estruturas das células, dos tecidos, dos órgãos e dos sistemas orgânicos do corpo.
A fisiologia é muito relacionada à anatomia e, historicamente, era considerada uma parte da medicina. Atualmente, reconhece-se três grandes divisões: fisiologia geral, referente a todos os processos básicos que são comuns a todas as formas vivas; a fisiologia e a anatomia funcional dos seres humanos e de outros animais, incluindo a patologia e os estudos comparativos; e a fisiologia vegetal, que abrange a fotossíntese e outros processos da vida das plantas. Entre os progressos mais importantes alcançados no século XX na área da fisiologia, encontram-se a descoberta dos hormônios e dos grupos sanguíneos; o desenvolvimento do electrocardiógrafo e do electroencefalógrafo, para registrar a atividade do coração e do cérebro; a descoberta da cura da anemia perniciosa; e um conhecimento mais aprofundado do metabolismo, do papel das enzimas e do sistema imunológico.

Homeostase (extraído da Enciclopédia Encarta 2000)

Homeostase: processo através do qual um organismo mantém as condições internas constantes necessárias para a vida. Aplica-se ao conjunto de processos que previnem flutuações na fisiologia de um organismo, e denomina também a regulação de variações nos diversos ecossistemas, ou do universo como um todo.
Nos organismos vivos, a homeostase significa o consumo de energia necessário para manter uma posição num equilíbrio dinâmico. Isto significa que, embora as condições externas possam estar sujeitas continuamente a variações, os mecanismos homeostáticos asseguram que os efeitos destas mudanças sobre os organismos sejam mínimos. No homem e em outros mamíferos superiores, a homeostase acontece tanto nas células isoladas como nas integradas, nos fluidos corporais, tecidos e órgãos. Existe um intercâmbio constante de moléculas entre o sangue e o líquido extracelular que banha cada célula. É a composição estável do sangue que torna possível a manutenção da invariabilidade do líquido extracelular. Já a composição constante deste líquido protege cada célula das mudanças que acontecem no meio externo.
O aparelho circulatório é vital para a conservação da homeostase. Ele proporciona metabólitos aos tecidos e elimina os produtos não-utilizados e também participa na regulação da temperatura e no sistema imunológico. Mesmo assim, os níveis de substâncias no sangue estão sob o controle de outros órgãos: o aparelho respiratório (pulmões) e o sistema nervoso regulam o nível de dióxido de carbono; o fígado e o pâncreas controlam a produção, o consumo e as reservas de glicose; os rins são responsáveis pela concentração de hidrogênio, sódio, potássio e íons fosfato. As glândulas endócrinas, por sua vez, controlam os níveis de hormônios no sangue. O hipotálamo recebe informações do cérebro, dos sistemas nervoso e endócrino e a integração de todos estes sinais torna possível o controle da termorregulação, o equilíbrio de energia e a regulação dos fluidos corporais, influindo no comportamento (por exemplo, o hipotálamo é responsável pela sensação de fome), exteriorizando as sensações através dos sistemas endócrino e nervoso.

Anatomia Humana (extraído da Enciclopédia Encarta 2000)

O funcionamento do corpo humano baseia-se nos seguintes sistemas:
Esqueleto e musculatura: o esqueleto humano é formado por mais de 200 ossos, unidos por faixas de tecido conjuntivo resistente e pouco elástico, denominadas ligamentos. Os movimentos dos ossos do esqueleto ocorrem graças às contrações dos músculos esqueléticos, ligados aos ossos por tendões.
Sistema nervoso: divide-se em somático, que exerce o controle sobre os músculos esqueléticos, e autônomo, que é involuntário e controla os músculos liso, cardíaco e as glândulas. O sistema nervoso autônomo divide-se em dois: simpático e parassimpático. A maioria dos músculos e glândulas possui uma dupla inervação; nestes casos, as duas divisões podem exercer efeitos opostos.
Aparelho circulatório: em sua circulação pelo organismo, o sangue, bombeado pelo coração, percorre um trajeto complexo. Atravessa as cavidades direitas do coração, passando para os pulmões (onde capta o oxigênio) e, depois, regressando às cavidades esquerdas do coração. Em seguida, é bombeado para a artéria principal, a aorta, ramificando-se em artérias cada vez menores até alcançar as arteríolas. Além das arteríolas, o sangue passa através de um grande número de estruturas de paredes delgadas, chamadas vasos capilares.
Sistema imunológico: o organismo defende-se contra proteínas estranhas e microorganismos infecciosos com um sistema complexo duplo, que depende do reconhecimento de uma área na estrutura da superfície ou do padrão de superfície do invasor. As duas partes do sistema são a imunidade celular, em que os mediadores são os linfócitos, e a imunidade humoral, baseada na ação de moléculas de anticorpos.
Aparelho respiratório: a respiração realiza-se graças à expansão e contração dos pulmões; o processo e a freqüência com que ela ocorre são controlados por um centro nervoso cerebral.
Aparelho digestivo e excretor: a energia necessária à manutenção e funcionamento adequado do organismo é fornecida pelos alimentos. A digestão dos alimentos começa na boca. O alimento percorre depois o esôfago até o estômago, onde o processo digestivo continua. Em seguida, a mistura de comida e secreções, denominada quimo, desce pelo tubo digestivo. A absorção dos nutrientes ocorre, principalmente, no intestino delgado. O alimento não absorvido e as secreções e substâncias residuais do fígado passam para o intestino grosso e são expulsas sob a forma de fezes. A água e as substâncias hidrossolúveis passam do sangue para os túbulos renais, que devolvem a maior parte da água e dos sais ao organismo e recolhem outros sais e produtos de degradação do sangue. A urina, o líquido resultante, é armazenada na bexiga urinária até ser eliminada para o exterior.
Sistema endócrino: além da ação integradora do sistema nervoso, as glândulas endócrinas controlam várias funções do organismo. Uma parte importante deste sistema, a hipófise, localiza-se na base do cérebro. Outras glândulas do sistema endócrino são o pâncreas, que secreta insulina e glucagon e a glândula paratireóide, que secreta um hormônio que regula a concentração de cálcio e fósforo do sangue.
Aparelho reprodutor: a reprodução ocorre pela união de um espermatozóide e um óvulo. Durante o coito, o homem ejacula, através do pênis, mais de 250 milhões de espermatozóides na vagina da mulher. A partir dali, alguns alcançam o útero e as trompas de Falópio, onde ocorre a fecundação.
Pele: é um órgão formado por duas camadas de tecidos, que se estende sobre a superfície corporal, protegendo-a da desidratação ou perda de líquidos, de substâncias externas danosas e de temperaturas extremas.

Tecidos (extraído da Enciclopédia Encarta 2000)

Tecido: agrupamento de células, com uma estrutura determinada, que realiza uma função especializada, vital para o organismo. Pode-se distinguir quatro tipos básicos de tecidos.
Tecido epitelial: inclui a pele e as membranas que cobrem as superfícies internas do corpo. A principal função do epitélio é proteger das lesões e infecções.
Tecido conjuntivo: sustenta e mantém as distintas partes do corpo. Compreende o tecido conjuntivo elástico e fibroso, o tecido adiposo, a cartilagem e o osso.
Tecido muscular: estes tecidos se contraem e se relaxam. Compreende os músculos estriados, lisos e músculos cardíacos.
Tecido nervoso: este complexo grupo de células transfere informação de uma parte do corpo a outra; deste modo, coordena o funcionamento de um organismo e regula seu comportamento.

Sistema Nervoso (extraído da Enciclopédia Encarta 2000)

Sistema nervoso: conjunto dos elementos que, nos organismos animais, estão envolvidos com a recepção dos estímulos, a transmissão dos impulsos nervosos ou a ativação dos mecanismos dos músculos.
Anatomia e função: os animais vertebrados têm uma coluna vertebral e um crânio, que abrigam o sistema nervoso central, enquanto que o sistema nervoso periférico se estende pelo resto do corpo. A parte do sistema nervoso situada no crânio é o cérebro e a que se encontra na coluna vertebral é a medula espinhal.
No sistema nervoso, a recepção dos estímulos é a função de células sensitivas especiais, os receptores. Os elementos condutores são células chamadas neurônios, que podem desenvolver uma atividade lenta e generalizada ou podem ser unidades condutoras rápidas, de grande eficiência. A resposta específica do neurônio chama-se impulso nervoso.
Os receptores encontram-se na pele e captam os diferentes estímulos, transformando-os em um sinal elétrico. Quando ativados, estes neurônios sensitivos mandam os impulsos até o sistema nervoso central e transmitem a informação para outros neurônios, chamados neurônios motores, cujos axônios estendem-se de novo para a periferia. Através destas últimas células, os impulsos se dirigem às terminações motoras dos músculos, excitando-os e provocando a contração e o movimento adequado.
Há grupos de fibras motoras que levam os impulsos nervosos aos órgãos que se encontram nas cavidades do corpo, como o estômago e os intestinos. Estas fibras constituem o sistema nervoso vegetativo ou sistema nervoso autônomo.
Neurofisiologia: estudo de como as células nervosas ou neurônios recebem ou transmitem informação. No processamento dos sinais nervosos, dois tipos de fenômenos estão implicados: elétricos e químicos. O processo elétrico propaga um sinal no interior do neurônio, e o processo químico transmite o sinal de um neurônio a outro, ou a uma célula muscular. Um neurônio é uma célula de grande comprimento, formada por uma área central, um prolongamento longo chamado axônio e uns prolongamentos mais curtos denominados dendritos. Os dendritos recebem os impulsos procedentes de outros neurônios, propagando-os eletricamente até o final do axônio. Na extremidade do axônio, o sinal é transmitido, por meio de substâncias químicas denominadas neurotransmissores, a um neurônio adjacente ou a uma célula muscular.
Sistema nervoso vegetativo: uma das principais divisões do sistema nervoso. Envia impulsos ao coração, músculos estriados, musculatura lisa e glândulas. Compõe-se de duas divisões antagônicas. O simpático estimula o coração, dilata os brônquios, contrai as artérias e inibe o aparelho digestivo, preparando o organismo para a atividade física. O parassimpático tem o efeito oposto e prepara o organismo para a alimentação, a digestão e o repouso.
Afecções do sistema nervoso: o sistema nervoso é suscetível a infecções provocadas por uma grande variedade de bactérias, vírus e outros microorganismos (meningite, poliomielite e encefalite). Em certas afecções, como a neuralgia, a enxaqueca ou a epilepsia, pode não haver nenhuma evidência de dano orgânico. Outra doença, a paralisia cerebral, está associada a uma lesão cerebral.

Músculos (extraído da Enciclopédia Encarta 2000)

Músculo, tecido ou órgão do corpo animal, caracterizado por sua capacidade de contrair-se, geralmente em resposta a um estímulo nervoso. Há três tipos de tecido muscular: liso, esquelético e cardíaco.
Músculo liso: o músculo involuntário localiza-se na pele, órgãos internos, aparelho reprodutor, grandes vasos sangüíneos e aparelho excretor. O estímulo para a contração dos músculos lisos é mediado pelo sistema nervoso vegetativo.
Músculo esquelético ou estriado: é inervado pelo sistema nervoso central e, como este se encontra em parte sob controle consciente, chama-se músculo voluntário. As contrações do músculo esquelético permitem os movimentos dos diversos ossos e cartilagens do esqueleto.
Músculo cardíaco: este tipo de tecido muscular forma a maior parte do coração dos vertebrados. O músculo cardíaco carece de controle voluntário. É inervado pelo sistema nervoso vegetativo.
Distrofia muscular: doença incapacitante, caracterizada por uma degeneração progressiva do músculo esquelético. Há diversas formas clínicas: a distrofia muscular de Duchenne, na qual são afetados os músculos da pélvis e do tronco, provocando uma escoliose e um andar cambaleante. A distrofia muscular de Becker é uma forma leve da distrofia muscular de Duchenne. A distrofia muscular facioscapuloumeral provoca atrofia e debilidade na musculatura da cintura escapular e dos membros superiores. A distrofia de cintura afeta os músculos da cintura escapular ou pelviana. Na distrofia muscular miotônica existe, além de atrofia e debilidade, lentidão no relaxamento muscular pós-contração. Nesta última, podem ocorrer ainda cataratas bilaterais e alteração das funções reprodutoras.

Cérebro (extraído da Enciclopédia Encarta 2000)

Cérebro: parte do sistema nervoso central dos vertebrados, que fica dentro do crânio. Na espécie humana, pesa 1,3 kg e é uma massa de tecido cinza-róseo, composto por cerca de 100 bilhões de células nervosas, conectadas umas às outras e responsáveis pelo controle de todas as funções mentais. Além das células nervosas (neurônios), o cérebro contém células da glia (células de sustentação), vasos sangüíneos e órgãos secretores.
O cérebro é o centro de controle do movimento, do sono, da fome, da sede e de quase todas as atividades vitais necessárias à sobrevivência. Todas as emoções humanas, como o amor, o ódio, o medo, a ira, a alegria e a tristeza, também são controladas pelo cérebro. Ele está encarregado ainda de receber e interpretar os inúmeros sinais enviados pelo organismo e pelo exterior.
Anatomia e composição: a partir do exterior, o cérebro divide-se nas seguintes partes distintas, mas conectadas: o telencéfalo, o diencéfalo, o cerebelo e o tronco cerebral. O cérebro é protegido pelo crânio e, além disso, é recoberto por três membranas chamadas meninges (a dura-máter, a aracnóide e a pia-máter).
Telencéfalo: constituído principalmente pelo córtex cerebral. O córtex ocupa a maior parte do cérebro humano e é dividido, por uma fissura longitudinal, em uma parte direita e outra esquerda (os hemisférios cerebrais), que são simétricas.
Cada hemisfério cerebral apresenta uma camada superficial de substância cinzenta chamada córtex cerebral, com 2 ou 3 mm de espessura. O córtex é composto por camadas de células amielínicas (sem bainha de mielina que as revista), que cobrem uma substância interior de fibras mielínicas denominada substância branca.
Os hemisférios cerebrais estão divididos por uma série de fissuras em cinco lóbulos. Quatro dos lóbulos têm o nome dos ossos do crânio que os recobrem: frontal, parietal, temporal e occipital. O quinto lóbulo - a ínsula - não é visível de fora do cérebro.
Diencéfalo: apresenta uma série de estruturas fundamentais, entre as quais, figuram o tálamo e o hipotálamo.
Tálamo: parte do diencéfalo que consiste em duas massas esféricas de tecido cinzento, situadas dentro da zona média do cérebro, entre os dois hemisférios cerebrais. É um centro de integração de grande importância, recebendo os sinais sensoriais e por onde passam os sinais motores de saída até e a partir do córtex cerebral.
Hipotálamo: situado debaixo do tálamo, controla muitas das atividades vitais do organismo e dirige outras necessárias à sobrevivência: comer, beber, regulação da temperatura, dormir, comportamento afetivo e atividade sexual.
Tronco cerebral: dividido em três partes: mesencéfalo, ponte de Varólio ou protuberância anular e bulbo raqueano.
Mesencéfalo ou cérebro médio: conduz os impulsos para e desde o córtex cerebral e recebe a informação visual e auditiva. Contém células que secretam dopamina e acredita-se estar envolvido nos estados de dor.
Ponte: situa-se entre a medula espinhal e o mesencéfalo. Nela localizam-se os núcleos para o quinto, sexto, sétimo e oitavo pares de nervos cranianos.
Bulbo raqueano: situado entre a medula espinhal e a protuberância anular, constitui uma extensão da medula espinhal. Os impulsos entre ela e o cérebro passam através do bulbo raqueano. Nele, também estão localizados os centros de controle das funções cardíacas, vasoconstritoras e respiratórias.
Cerebelo: encontra-se na parte posterior do crânio, debaixo dos hemisférios cerebrais. Como o córtex cerebral, é composto de matéria cinzenta na parte exterior e substância branca no interior. O cerebelo é essencial na coordenação dos movimentos do corpo. É um centro refletor que atua na coordenação e manutenção do equilíbrio.
Sistema límbico: formado por partes do tálamo, hipotálamo, telencéfalo, mesencéfalo e cerebelo, constitui uma unidade funcional do cérebro. Estas estruturas estão integradas em um mesmo sistema, responsável pelo controle das múltiplas facetas do comportamento, incluindo as emoções, a memórias, as recordações.
Nervos cranianos: há doze pares de nervos cranianos, simétricos entre si, que saem da base do cérebro. Distribuem-se ao longo das diferentes estruturas da cabeça e pescoço e são numerados, de frente para trás, na mesma ordem em que se originam. Todos contêm fibras sensitivas e motoras, com exceção dos pares I, II e VIII, que são apenas sensitivos. As fibras motoras controlam os movimentos musculares e as sensitivas recolhem informação do exterior ou do interior do organismo.
Funções do córtex cerebral: o córtex subdivide-se em diferentes áreas funcionais, embora estas, na realidade, estejam interconectadas. Por exemplo, a área somatomotora é responsável por todos os movimentos voluntários dos músculos do corpo.
A área somatosensorial recebe impulsos desde a superfície cutânea. Sensações como o tato e o gosto também são processadas nesta região. A zona do córtex relacionada à audição encontra-se na parte superior do lóbulo temporal; a área relativa à visão localiza-se na parte posterior ou lóbulo occipital e a área olfativa situa-se na parte anterior, na parte interna do lóbulo temporal.
Uma única região controla a linguagem: a área de Broca, situada logo abaixo da área motora. Uma parte importante do córtex cerebral, a área frontal, intervém no conhecimento, na inteligência e na memória.
Doenças cerebrais: após um golpe na cabeça, uma pessoa pode ficar atordoada ou perturbada ou permanecer inconsciente. Esta lesão chama-se traumatismo e não costuma provocar um dano permanente. No cérebro, uma infecção bacteriana ou por outro microorganismo ou nas membranas externas, tumefação ou um tumor podem causar um aumento da pressão intracraniana, provocando um problema muito sério.
Uma trombose ocorre quando um tronco arterial principal do cérebro é obstruído. A paralisia de um lado do corpo (hemiplegia), acompanhada de uma perda sensorial, ocorre na parte oposta ao hemisfério cerebral afetado pelo derrame.
A doença de Parkinson é uma doença degenerativa, caracterizada por lesões em áreas cerebrais que coordenam os movimentos. A epilepsia pode ser provocada por um dano direto ao cérebro durante o nascimento ou por uma falha metabólica do cérebro. Quando ocorre uma convulsão epiléptica, o indivíduo perde a consciência, enquanto sofre de rigidez e espasmos musculares. Estes ataques podem ser registrados por um eletroencefalograma, o EEG.

Sangue (extraído da Enciclopédia Encarta 2000)

Sangue: substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. O sangue é vermelho brilhante, quando foi oxigenado nos pulmões, e adquire uma tonalidade mais azulada, quando perdeu seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares. Este movimento circulatório do sangue ocorre devido à atividade coordenada do coração, pulmões e das paredes dos vasos sangüíneos.
Composição do sangue: o sangue é formado por um líquido amarelado denominado plasma, no qual se encontram em suspensão milhões de células.
Uma grande parte do plasma é composta pela água, meio que facilita a circulação de muitos fatores indispensáveis que formam o sangue. Um milímetro cúbico de sangue humano contém cerca de cinco milhões de corpúsculos ou glóbulos vermelhos, chamados eritrócitos ou hemácias; 5.000 a 10.000 corpúsculos ou glóbulos brancos, que recebem o nome de leucócitos, e 200.000 a 300.000 plaquetas, denominadas trombócitos. O sangue transporta ainda muitos sais e substâncias orgânicas dissolvidas.
Glóbulos vermelhos: têm a forma de disco, arredondados, bicôncavos. Contêm hemoglobina.
Glóbulos brancos: são de vários tipos principais - os neutrófilos, que fagocitam e destroem bactérias; os eosinófilos, que aumentam seu número e se ativam na presença de certas infecções e alergias; os basófilos, que segregam substâncias como a heparina, de propriedades anticoagulantes, e a histamina; os linfócitos, que desempenham um papel importante na produção de anticorpos e na imunidade celular; e os monócitos, que digerem substâncias estranhas não bacterianas.
Plaquetas: são corpos pequenos que aderem à superfície interna da parede dos vasos sanguíneos no lugar de uma lesão e fecham o defeito da parede vascular.
Plasma: entre as proteínas plasmáticas, encontram-se a albumina, responsável pela manutenção da pressão osmótica sanguínea; o fibrinogênio e a protrombina, que participam na coagulação; e as globulinas, incluindo os anticorpos, que proporcionam imunidade face a muitas doenças.
Doenças sangüíneas: as doenças do sangue resultam de mudanças anormais em sua composição. A redução anômala do conteúdo de hemoglobina ou do número de glóbulos vermelhos é conhecida como anemia. A formação de hemoglobina anômala é característica da anemia falciforme e da talassemia. A leucemia é acompanhada por uma proliferação desordenada de leucócitos. A deficiência de qualquer dos fatores necessários à coagulação do sangue provoca hemorragias. Diversas doenças hemorrágicas, como a hemofilia, são hereditárias.

Aparelho Circulatório (extraído da Enciclopédia Encarta 2000)

Aparelho circulatório: em anatomia e fisiologia, sistema percorrido pelo sangue através das artérias, dos capilares e das veias. Este trajeto começa e termina no coração.
Nos humanos e nos vertebrados superiores, o coração é formado por quatro cavidades: as aurículas direita e esquerda e os ventrículos direito e esquerdo. O lado direito do coração bombeia sangue carente de oxigênio, procedente dos tecidos, para os pulmões, onde este é oxigenado. O lado esquerdo do coração recebe o sangue oxigenado dos pulmões, impulsionando-o, através das artérias, para todos os tecidos do organismo.
A circulação inicia-se no princípio da vida fetal. Calcula-se que uma porção determinada de sangue complete seu trajeto em um período aproximado de um minuto.
Circulação pulmonar: o sangue procedente de todo o organismo chega à aurícula direita através de duas veias principais: a veia cava superior e a veia cava inferior. Quando a aurícula direita se contrai, impulsiona o sangue através de um orificio até o ventrículo direito. A contração deste ventrículo conduz o sangue para os pulmões, onde é oxigenado. Depois ele regressa ao coração, na aurícula esquerda. Quando esta cavidade se contrai, o sangue passa para o ventrículo esquerdo e, dali, para a aorta, graças à contração ventricular.
Ramificações: as artérias menores dividem-se em uma fina rede de vasos ainda menores, os chamados capilares. Deste modo, o sangue entra em contato estreito com os líquidos e os tecidos do organismo. Nos vasos capilares, o sangue desempenha três funções: libera o oxigênio para os tecidos, proporciona os nutrientes às células do organismo e capta os produtos residuais dos tecidos. Depois os capilares se unem para formar veias pequenas. Por sua vez, as veias se unem para formar veias maiores, até que, por último, o sangue se reúne na veia cava superior e inferior e conflui para o coração, completando o circuito.
Circulação portal: é um sistema auxiliar do sistema venoso. Um certo volume de sangue procedente do intestino é transportado para o fígado, onde ocorrem mudanças importantes no sangue. As veias recolhem novamente o sangue, incorporando-o à circulação geral até a aurícula direita.
Pressão arterial: pressão exercida pelo sangue sobre as paredes das artérias. A pressão arterial é um indicador de diagnóstico importante, especialmente da função circulatória.
Para medir a pressão arterial, é preciso levar em conta dois valores: o ponto alto ou máximo, no qual o coração se contrai para derramar seu sangue na circulação, chamado sístole; e o ponto baixo ou mínimo, no qual o coração se relaxa para encher-se com o sangue que regressa da circulação, denominado diástole. A pressão se mede em milímetros (mm) de mercúrio, com a ajuda de um instrumento denominado esfigmomanômetro.
A pressão arterial elevada, sem motivos aparentes, ou hipertensão, é considerada uma das causas que contribuem para a arteriosclerose.

Coração (extraído da Enciclopédia Encarta 2000)

Coração: em anatomia, órgão muscular oco que funciona como uma bomba, recebendo o sangue das veias e impulsionando-o para as artérias. No interior do coração de um adulto, há dois sistemas paralelos independentes, cada um formado por uma aurícula e um ventrículo.
Estrutura e funções: a atividade do coração consiste na alternância sucessiva da contração (sístole) e relaxamento (diástole) das paredes musculares das aurículas e ventrículos. Durante o período de relaxamento, o sangue flui das veias para as duas aurículas, dilatando-as de forma gradual. Ao final deste período, suas paredes se contraem e impulsionam todo o seu conteúdo para os ventrículos.
A sístole ventricular segue-se imediatamente à sístole auricular. A contração ventricular é mais lenta, mas mais enérgica. As cavidades ventriculares se esvaziam quase que por completo com cada sístole e, depois, o coração fica em completo repouso durante um breve espaço de tempo. Nos seres humanos, a freqüência cardíaca normal é de 72 batidas por minuto.
Para evitar que o sangue, impulsionado dos ventrículos durante a sístole, reflua durante a diástole, há válvulas localizadas junto aos orifícios de abertura da artéria aorta e da artéria pulmonar, chamadas válvulas semilunares. Outras válvulas que impedem o refluxo do sangue são a válvula tricúspide, situada entre a aurícula e o ventrículo direito, e a válvula bicúspide ou mitral, entre a aurícula e o ventrículo esquerdo.
A freqüência das batidas do coração é controlada pelo sistema nervoso vegetativo, de modo que o sistema simpático a acelera e o sistema parassimpático a retarda.
Doenças do coração: as doenças cardíacas são a principal causa de mortalidade nos países desenvolvidos. Podem ocorrer em conseqüência de defeitos congênitos, infecções, estreitamento das artérias coronárias, hipertensão ou alterações no ritmo cardíaco.
A principal forma de doença cardíaca nos países ocidentais é a arteriosclerose. O acúmulo de depósitos de material lipídico - formado, entre outros, pelo colesterol - pode causar uma obstrução que tampa as artérias, processo que recebe o nome de trombose. Esta é a causa mais importante de um ataque cardíaco, ou infarto do miocárdio, que com freqüência tem conseqüências mortais.
A alteração do ritmo cardíaco normal chama-se arritmia e é a causa imediata de morte em muitos infartos do miocárdio.
O problema mais grave é o bloqueio cardíaco completo. Este pode ser corrigido pela implantação de um marcapasso artificial, um dispositivo que emite descargas elétricas rítmicas para provocar a contração regular do músculo cardíaco.
Diagnóstico: entre as ferramentas mais importantes de diagnóstico, destaca-se o eletrocardiógrafo, um instrumento que registra a corrente elétrica produzida pelo músculo cardíaco durante as diferentes fases da contração.
A eficácia do coração como bomba pode ser avaliada pelo cateterismo cardíaco. Com a ajuda da chamada angiocardiografia ou cinefluoroscopia, é possível obter imagens das cavidades cardíacas. Outra técnica muito utilizada atualmente é a obtenção de imagens por ultra-sons.

Sistema Endócrino (extraído da Enciclopédia Microsoft Encarta 2000)

Sistema endócrino ou glândulas de secreção interna: conjunto de órgãos e tecidos do organismo que segregam um tipo de substâncias chamadas hormônios. Suas secreções são liberadas diretamente na corrente sangüínea e regulam o crescimento, o desenvolvimento e as funções de muitos tecidos, bem como os processos metabólicos do organismo.
Os diversos órgãos endócrinos são: a hipófise, o hipotálamo, as glândulas supra-renais, a tireóide, a paratireóide, os ovários, os testículos, o pâncreas e a placenta.
Outros tecidos do organismo produzem hormônios ou substâncias similares. Os rins, por exemplo, segregam um agente que eleva a pressão arterial e um hormônio chamadoa eritropoietina, que estimula a produção de glóbulos vermelhos pela medula óssea. O trato gastrointestinal fabrica várias substâncias que regulam as funções do aparelho digestivo.
Tireóide: glândula endócrina encontrada em quase todos os vertebrados e localizada na parte anterior e em cada lado da traquéia. Segrega um hormônio que controla o metabolismo e o crescimento. Acumula cerca de 25% do total de iodo do organismo. A glândula tireóide humana é um órgão de cor entre castanho e vermelho claro, com dois lóbulos ligados por um istmo. Os dois hormônios tireoidianos são tiroxina e triiodotironina. A produção excessiva destes hormônios causa o hipertireoidismo, que provoca um aumento do metabolismo. Em troca, o hipotireoidismo caracteriza-se por estados de letargia e ritmos metabólicos mais lentos.

Pâncreas (extraído da Enciclopédia Microsoft Encarta 2000)

Pâncreas: glândula sólida localizada transversalmente sobre a parede posterior do abdome. O pâncreas exerce tanto uma função digestiva como hormonal. É constituído por tecido exócrino que secreta enzimas para o interior do intestino delgado; estas ajudam a digerir as gorduras, os carboidratos e as proteínas. Os grupamentos de células endócrinas, chamados ilhotas de Langerhans, produzem glucagon e insulina, hormônios relacionadas com a regulação dos níveis de açúcar no sangue.
Diabetes melito: doença causada por uma alteração do metabolismo dos carboidratos, provocando o aparecimento de uma quantidade excessiva de açúcar no sangue e na urina. Há duas formas: a tipo I, ou diabetes melito insulino-dependente, denominada também diabetes juvenil, que se acredita produzida por um mecanismo auto-imune; e a tipo II, ou diabetes melito não-insulino-dependente, ou diabetes do adulto.
No diabético, há um déficit na quantidade de insulina produzida pelo pâncreas ou uma alteração dos receptores de insulina das células, dificultando a passagem de glicose. Deste modo, aumenta a concentração de glicose no sangue e esta é excretada na urina. Nas duas formas de diabetes, a presença de níveis elevados de açúcar no sangue durante muitos anos é responsável por lesões nos rins, problemas de visão (provocados pela ruptura de pequenos vasos no interior dos olhos), afecções circulatórias nas extremidades, que podem levar à perda de sensibilidade e, às vezes, à necrose de pés e mãos, e alterações sensitivas por lesões do sistema nervoso.
Com o tratamento adequado, a maioria dos diabéticos alcança níveis de glicose em limites próximos à normalidade. Os diabéticos tipo I e os tipo II com produção de insulina escassa ou nula recebem tratamento com insulina e modificações na dieta. A maioria dos pacientes diabéticos tipo II tem certo sobrepeso; a base do tratamento é a dieta, o exercício e a perda de peso.

Ouvido (extraído da Enciclopédia Encarta 2000)

Ouvido: órgão responsável pela audição e pelo equilíbrio. Divide-se em três áreas: externa, média e interna.
O ouvido externo compreende a orelha ou pavilhão auricular e o conduto auditivo externo.
O ouvido médio encontra-se situado na chamada caixa do tímpano, cuja face externa é formada pela membrana do tímpano, ou tímpano, separando-o do ouvido externo. Está em comunicação direta com o nariz e a garganta através da trompa de Eustáquio, que permite a entrada e a saída do ar do ouvido médio para equilibrar as diferenças de pressão entre este e o exterior. Há uma cadeia formada por três ossos pequenos e móveis que atravessa o ouvido médio. Estes três ossos chamam-se martelo, bigorna e estribo.
O ouvido interno, ou labirinto, contém os órgãos auditivos e de equilíbrio. Está dividido em: cóclea, vestíbulo e três canais semicirculares. Estes três canais se comunicam entre si e contêm um fluido gelatinoso denominado endolinfa.
Capacidade auditiva: as ondas sonoras, na verdade mudanças na pressão do ar, são transmitidas através do canal auditivo externo até o tímpano, no qual produzem uma vibração. Estas vibrações se comunicam ao ouvido médio pela cadeia de ossículos até o líquido do ouvido interno. O movimento da endolinfa, produzido pela vibração da cóclea, estimula o movimento de um grupo de projeções finas, semelhantes a fios de cabelo, chamadas células cabeludas, que constituem o órgão de Corti. Estas células transmitem sinais diretamente ao nervo auditivo, o qual leva a informação ao cérebro.
Doenças do ouvido: as doenças do ouvido podem provocar surdez total ou parcial. Além disso, a maioria das moléstias do ouvido interno está associada a problemas de equilíbrio. Entre as doenças do ouvido externo, encontram-se as malformações congênitas ou adquiridas, a inflamação e a presença de corpos estranhos. Entre as moléstias do ouvido médio, figuram a perfuração do tímpano e as infecções. No ouvido interno, podem ocorrer afecções provocadas por problemas congênitos ou funcionais. O acúfeno é uma sensação de zumbido persistente nos ouvidos.

Aparelho Urinário (extraído da Enciclopédia Microsoft Encarta 2000)

Aparelho urinário: conjunto de órgãos que produzem e excretam a urina, o principal líquido de excreção do organismo. Na maioria dos vertebrados, os dois rins filtram todas as substâncias da corrente sanguínea; estes resíduos formam parte da urina que passa, de forma contínua, pelos ureteres para a bexiga.
Depois de armazenada na bexiga, a urina passa por um conduto denominado uretra até o exterior do organismo. A saída da urina produz-se pelo relaxamento involuntário de um esfíncter que se localiza entre a bexiga e a uretra, e também pela abertura voluntária de um esfíncter na uretra.
Rim: cada um de um par de órgãos, cuja função é a elaboração e excreção da urina.
No ser humano, os rins situam-se em cada lado da coluna vertebral, na zona lombar, e são rodeados por tecido gorduroso. Têm a forma de grão de feijão e apresentam uma borda externa convexa e uma borda interna côncava. Em seu interior, distinguem-se duas áreas: o córtex, de cor amarelada e situado na periferia, e a medula, mais interna e avermelhada. O uréter é um tubo que conduz a urina até a bexiga.
A unidade estrutural e funcional do rim é o néfron, através do qual passam a água, os sais e os produtos residuais do sangue. A maior parte da água e dos sais é reabsorvida e o resto é excretado como urina.
Os rins também são importantes para manter o equilíbrio de líquidos e dos níveis de sal, bem como o equilíbrio ácido-base. Quando alguma afecção altera estes balanços, os rins respondem eliminando mais ou menos água, sal e íons de hidrogênio. O rim ajuda a manter a pressão arterial normal; para isso, segrega o hormônio renina e produz um hormônio que estimula a produção de glóbulos vermelhos.
Bexiga: órgão que armazena a urina formada nos rins. A urina chega à bexiga por dois ureteres e é eliminada para o exterior através da uretra. Ver também Aparelho urinário.

Corpo Humano na Internet (sites para aprendizado virtual)

Webciência - Corpo Humano (textos e ilustrações sobre o corpo humano).
Wonderland for Medicine Students (site em português dos acadêmicos de medicina da UFPR).
Neuroscience for Kids (site em inglês sobre neurologia, sistema nervoso, cérebro, cerebelo, medula espinhal, etc).
Cardiomyopathy Association (site contendo detalhada explicação sobre os tipos de cardiomiopatias).
Medlinks (site com inúmeros links na área médica).


Voltar Home Avançar