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Breve
histórico da origem do Jiu Jitsu Tradicional no estado do Ceará
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Antecedentes: Preocupados com as constantes cenas
de arruaças envolvendo praticantes e profissionais de Jiu Jitsu no
nosso Estado e lamentando a péssima imagem que desgastava a nobre
Arte Suave, descidimos organizar um dojo onde, mais do que a simples
transmissão de técnicas de luta, seria ministrado o ensino filisófico,
a disciplina, o ensino de valores morais e espirituais elevados que
proporionassem uma boa formação aos praticantes, aliando-se o aspecto
que o estudo das artes marciais proporciona aos interessados,
considerado fatores antropormóficos, geopolíticos, econômicos,
religiosos etc, que estabelecem o rítmo dos conflitos humanos.
Em 15 de Novembro de 1996, na ASBEKA - Associação Belém de Karatê,
do Sensei Francisco Bezerra "Chicão", na época 4o. Dan de
Karatê - em Fortaleza, foi-nos concedido gentilmente o espaço para o
ensino de Jiu Jitsu, nascendo aí a Academia de Jiu Jitsu Dárcio Lira,
berço do Jiu Jitsu tradicional do Estado do Ceará.
O contexto: Nosso trabalho se consolidou, mas dentro do universo
do Jiu Jitsu cearense, nossa metodologia de trabalho passou a ser alvo
de severas críticas e dura rejeição, forçando-nos a um isolamento
ideológico que culminou com nosso voluntário deligamento da Federação
já existente. Fazemos questão de enfatizar o apoio que sempre tivemos
de professores e praticantes de outras artes marciais, em função da
relação de amizade e respeito que sempre tivemos com todas elas.
A distinção de estilo: Nosso sistema engloba técnicas
pertencentes aos estilos tradicionais de Jiu Jitsu (Tikara Kurabe, Shiro
Shinio Ryu, Tenshin Shinio Ryu, Kito Ryu, Sekiguti, Jikishin, Daito Ryu
Aiki, Ju Jitsu etc.) e que deram origem ao Judô, Aikidô, Kapkidô,
Qwankidô etc. Por isso praticamos regularmente os Atemis (golpes traumáticos).
Nague-Waza (projeções/quedas), com o indispensável Ukemi (arte de
cair), técnicas de combate de quimono e sem ele (Tachi-waza ou
Ne-waza), com ênfase especial, transmitido pelos grandes mestres. Às técnicas
de combate associamos os métodos desciplinares e o sistema cerimonial
(heio). Muito Embora desde o início de nosso trabalho tenhamos feitos
muitos campeões em torneios oficiais envolvendo as demais agreminiações
do nosso Estado, nosso estilo de treinamento foi classificado como
ultrapassado, retógrado etc., pelas "estrelas" do Jiu Jitsu
Cearense.
O Jiu Jitsu Tradicional: O motivo das críticas é a visão
limitada dos opositores quanto ao papel das artes marciais no contexto
social atual. Nosso proposta resgata o legítimo BUDO e juntamente todo
o arsenal técnico possível originalmente pertencente ao Jiu Jitsu. O
mais importante: mantendo-nos às mais nobres tradições marciais. Daí
passarmos a adotar o adjetivo "Tradicional" ao nome do nosso
Jiu Jitsu, e, na prática acrescentarmos ao nosso estilo todos os
valores fundamentais que a palavra Tradicional encerra.
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