CAPITALISMO
O capitalismo é um sistema de mercado baseado em vários princípios
como:
· Propriedade privada dos meios de produção. As pessoas,Individualmente
ou reunidas em sociedade,são donas dos meios de produção.
· A transformação das força de trabalho em mercadoria. Quem não
é dono dos meios de produção é obrigado a trabalhar em troca
de um salário.
· A acumulação do capital . Em princípio, o dono do capital
quer produzir pelo menor custo e vender pelo maior preço possível.
O lucro é a diferença entre o custo de produção e o preço de
venda do produto.
· Para diminuir os custos, procura pagar o mínimo possível
pelas matérias-primas, salários e outros meios de produção.
· A definição de preços é feita pelo mercado, com base na
oferta e na procura , isto é, na disputa de interesses entre
quem quer comprar e quem quer vender produtos e serviços. No
capitalismo, é o mercado que orienta a economia.
· A livre concorrência. A concorrência é a competição na
venda dos bens e serviços. Na prática, a concorrência em que
todos são igualmente livres para produzir, comprar, vender,
fixar preços, etc. não existe. Isto porque o mercado vem sendo
dominado por grandes organizações , que expandem cada vez mais
sua área de atuação através de fusões, incorporações e
outros modos de ampliar negócios, eliminando pequenos e médios
concorrentes.
A História do Capitalismo
O capitalismo tem seu início na Europa. Suas características
aparecem desde a baixa idade média (do século XI ao XV) com a
transferência do centro da vida econômica social e política
dos feudos para a cidade. O feudalismo passava por uma grave
crise decorrente da catástrofe demográfica causada pela Peste
Negra que dizimou 40% da população européia e pela fome que
assolava o povo. Já com o comércio reativado pelas Cruzadas(do
século XI ao XII), a Europa passou por um intenso
desenvolvimento urbano e comercial e, conseqüentemente, as relações
de produção capitalistas se multiplicaram, minando as bases do
feudalismo. Na Idade Moderna, os reis expandem seu poderio econômico
e político através do mercantilismo e do absolutismo. Dentre os
defensores deste temos os filósofos Jean Bodin("os reis
tinham o direito de impor leis aos súditos sem o consentimento
deles"), Jacques Bossuet ("o rei está no trono por
vontade de Deus") e Niccòlo Machiavelli("a unidade política
é fundamental para a grandeza de uma nação"). Com o
absolutismo e com o mercantilismo o Estado passava a controlar a
economia e a buscar colônias para adquirir metais(metalismo)
através da exploração. Isso para garantir o enriquecimento da
metrópole. Esse enriquecimento favorece a burguesia - classe que
detém os meios de produção - que passa a contestar o poder do
rei, resultando na crise do sistema absolutista. E com as revoluções
burguesas, como a Revolução Francesa e a Revolução Inglesa,
estava garantido o triunfo do capitalismo.
A partir da segunda metade do século XVIII, com a Revolução
Industrial, inicia-se um processo ininterrupto de produção
coletiva em massa, geração de lucro e acúmulo de capital. Na
Europa Ocidental, a burguesia assume o controle econômico e político.
As sociedades vão superando os tradicionais critérios da
aristocracia (principalmente a do privilégio de nascimento) e a
força do capital se impõe. Surgem as primeiras teorias econômicas:
a fisiocracia e o liberalismo. Na Inglaterra, o escocês Adam
Smith (1723-1790), percursor do liberalismo econômico, publica
Uma Investigação sobre Naturezas e Causas da Riqueza das Nações,
em que defende a livre-iniciativa e a não-interferência do
Estado na economia.
Deste ponto, para a atual realidade econômica, pequenas mudanças
estruturais ocorreram em nosso sistema capitalista.