A Arte na Grécia Antiga
INTRODUÇÃO
As manifestações artísticas no mundo grego alcançaram notável desenvolvimento, refletindo as tradições e as principais transformações que ocorreram nessa sociedade ao longo da antigüidade.
A arte grega è antropocêntrica, preocupada com o realismo, procurou exaltar a beleza humana, destacando a perfeição de suas formas, è ainda racionalista, refletindo em suas manifestações as observações concretas dos elementos que envolvem o homem.
A Arte Pré Helênica
A arte cretense chegou até nós a partir das ruínas do Palácio de Cnossos, e demonstra a influência das civilizações do Oriente Próximo, como a grandiosidade do próprio palácio, assim como as características da pintura, principalmente as figuras humanas, normalmente caracterizadas pela cabeça em perfil e os olhos de frente; o corpo de frente e as pernas de perfil.
A arte micênica caracterizou-se principalmente pelo desenvolvimento da arquitetura, tendo como modelo o megaron micênico (sala central do palácio de Micenas) e pelo desenvolvimento do artesanato em cerâmica, onde encontramos figuras decorativas, retratando cenas do cotidiano. Apesar da forte influência cretense, a arte micênica tendeu a desenvolver elementos peculiares, iniciando uma distanciação das influências orientais.
HOMENS E DEUSES NA ARTE GREGA
Para compreendermos melhor as manifestações artísticas dos gregos é necessário retomar a importância da religião e de sua manifestação na vida humana.
A MITOLOGIA significa o estudo dos mitos, ou seja , o estudo da história dos deuses. Isso quer dizer que, para os gregos, cada deus nasceu em um certo momento e desenvolveu sua vida com características próprias. Mais, os gregos deram representavam os deuses com a forma humana e principalmente acreditavam que possuíam virtudes e defeitos.
A religião grega dava grande valor aos deuses ao mesmo tempo em que dava grande valor aos homens. Por isso sua cultura é considerada antropocêntrica, individualista e racional; é ainda hedonista, possibilitando ao homem a realização de obras de que reflitam seus sentimentos internos, produzindo por prazer, sem ser utilitarista, como vimos na cultura antiga oriental, pragmática.
ARQUITETURA GREGA
A principal manifestação da arquitetura foram os templos gregos. O fato de serem politeístas e de acreditarem na semelhança entre deuses e homens, criou uma expressão religiosa singular no Mundo Grego, sendo que os templos dos mais variados deuses se espalharam por todas as cidades gregas. Os templos eram construídos normalmente sobre uma plataforma de um metro de altura chamada estereóbato.
Os edifícios públicos também têm importância arquitetônica e refletem as transformações [políticas vividas pelas principais cidades gregas, como Atenas.
A utilização de colunas de pedra é uma das características marcantes da arquitetura grega, sendo responsável pelo aspecto monumental das construções. A princípio as colunas obedeceram a dois estilos: o Dórico, mais simples e "mais pesado" , e o Jônico, considerado "mais suave". No século V surgiu o estilo Coríntio, considerado mais ornamentado, refinado. Foi neste século V , também conhecido como século de ouro ou ainda século de Péricles, que a arquitetura conheceu seu maior desenvolvimento, tendo como grande exemplo o Partenon de Atenas, do arquiteto Ictino.
O PERÍODO CLÁSSICO NA GRÉCIA ANTIGA
O período clássico da História grega foi caracterizado por grande
desenvolvimento cultural e ao mesmo tempo por diversas e constantes guerras. A
imposição do imperialismo ateniense está diretamente relacionado ao
desenvolvimento das artes.
O Período Clássico da História Grega ( VI - IV a. C.) é normalmente
denominado “Período das Hegemonias”, na prática foi o período em que
desenvolveu-se o imperialismo das duas maiores cidades gregas; primeiro Atenas,
depois Esparta.
A ASCENSÃO DE ATENAS
Desde o século VII a. C. Atenas conheceu grande desenvolvimento econômico,
ampliando suas relações comerciais a partir do Porto do Pireu, e a escravidão
na produção agrícola. Como consequência a luta de classes tornou-se mais
acirrada, forçando mudanças políticas, que determinaram a perda do monopólio
político pela aristocracia; até a criação da democracia, que beneficiou as
camadas populares, mas em especial os mercadores, pequenos proprietários e
artesãos.