GLOSSÁRIO.
Garantia de liquidez mínima: o papel do
Formador de Mercado
A liquidez de uma ação na bolsa é um importante parâmetro
que deve ser analisado quando da escolha da melhor opção no
mercado acionário. Neste contexto, os papéis de grandes
empresas sempre tiveram clara vantagem, mostrando liquidez muito
superior às ações de pequenas empresas.
Mas esta diferença pode diminuir bastante com a instituição, na Bovespa, do Formador de Mercado, termo que muita gente ainda desconhece. Por Formador de Mercado se entende a instituição que se propõe a garantir uma liquidez mínima e prover uma referência de preço para os ativos para os quais são credenciados. Instituição financeira ampliando a liquidez Na Bovespa, o papel de Formador de Mercado é desempenhado por uma corretora membro da bolsa, por uma corretora não membro, uma distribuidora, um banco de investimento, ou um banco múltiplo com carteira de investimentos. Ao se credenciarem para exercer a função, estas instituições assumem a obrigação de estarem presentes no mercado, com ofertas firmes de compra e de venda para uma quantidade de ativos, dentro de um intervalo de preço predeterminado e conhecido por todos. Garantir liquidez mínima Ao registrar ofertas de compra e de venda, o Formador de Mercado proporciona um preço de referência para a negociação do ativo, especialmente importante para os valores mobiliários de liquidez reduzida. E essa tarefa não é simples, pois envolve o prévio conhecimento da empresa, a atualização constante sobre sua condição econômico-financeira, sua dinâmica, o valor de seus ativos e suas perspectivas, ou seja, fatores importantes para estabelecer um preço justo para os títulos. Portanto, os dois pilares para a figura do Formador de Mercado são liquidez mínima, dando ao investidor a possibilidade de vender seus papéis quando quiser, e preço de referência, permitindo transformar os títulos em dinheiro, a um preço conhecido e aceito por todos. Procedimentos A quantidade mínima de ativos de cada oferta do Formador de Mercado é estabelecida pela Bovespa, em função da quantidade média diária negociada, no caso de ações, e características da emissão e distribuição, no caso de debêntures. Os preços das ofertas de compra e de venda do Formador de Mercado devem respeitar um intervalo máximo entre as ofertas de compra e de venda. Esse intervalo, usualmente denominado de spread, é calculado para cada ativo. Para o mercado de ações, esse intervalo é estabelecido com base na volatilidade do ativo, verificada ao longo de um determinado período de tempo. Já para o mercado de renda fixa, a base de cálculo do spread é a taxa de juros do mercado. Regras de Negociação Quanto ao modo de negociação, as ofertas de um ativo que conta com o suporte de um Formador de Mercado competem em condições de igualdade com as demais ofertas do mercado, com o fechamento de negócios obedecendo aos critérios de melhor preço e ordem cronológica de registro. Para os investidores, o ponto positivo do suporte de um Formador de Mercado é a confiança na possibilidade de comprar e vender seus ativos a qualquer momento, o que muitas vezes não corre para ações de baixa liquidez. Essa confiança é bastante desejada pelos mercados de valores mobiliários do Brasil e do mundo e certamente acaba influenciando no preço das ações.
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Hedge:
entenda o conceito e como ele pode facilitar a administração financeira Uma companhia que exporta para o exterior corre o risco de que o câmbio se comporte de uma maneira distinta da que o mercado estima, prejudicando seus resultados. Já uma indústria corre o risco de que seus insumos subam, depois de ter assinado um contrato de venda de seus produtos a um preço determinado. Essas e outras situações ilustram riscos os quais as empresas às vezes enfrentam. Mas, será que é possível reduzir tais riscos? A resposta é sim, através de um mecanismo chamado hedge, mas que acarreta um custo. Isso faz com que nem sempre a sua utilização seja recomendável. Prática obrigatória para algumas empresas, o hedge pode ser desnecessário para outras. Isso dependerá do grau de exposição da companhia e de sua tolerância a determinados riscos. Vale a pena entender o conceito e como ele pode ser utilizado para atender as necessidades das empresas e mesmo de pessoas físicas, seja através dos contratos a termo, futuro e de opções. Os conceitos seguem simplificados, mas ilustram as principais diferenças entre as alternativas. Conceito de hedge O hedge é uma ferramenta de repasse do risco do mercado de determinada atividade a outros agentes econômicos, que resolvem assumi-lo em troca de perspectiva de resultado. Uma operação de hedge faz sentido para a empresa quando um dos elementos-chave na composição do resultado operacional estiver sendo afetado pelo risco de mercado. O resultado operacional ficaria indeterminado, o que acarreta risco de valor para a empresa. Em poucas palavras, através dele uma empresa pode reduzir sua exposição a determinados riscos, e, assim, se proteger de fatores externos à sua atividade principal. Contrato a termo Uma maneira de realizar o chamado hedge é através do contrato a termo, que implica na venda de um ativo a um preço definido em data futura, sem ajustes diários. Essa alternativa é bastante utilizada porque não movimenta o caixa ao longo de sua duração. Por outro lado, a operação apresenta baixa liquidez, uma vez que é difícil antecipar o prazo do encerramento. Como o acordo é bilateral, uma parte fica dependente da outra aceitar o fechamento antes da data estipulada. O contrato a termo é largamente utilizado no mercado de câmbio.
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Entenda
o que significa e como a bonificação afeta o seu investimento em ações Uma reação muito comum dos investidores quando se depararam com o conceito de bonificação é acreditar que este evento acaba influenciando a rentabilidade de suas ações. Afinal de contas, o raciocínio é que agora, além das ações que ele já tinha, a empresa anunciou a distribuição gratuita de novas ações a seus acionistas. No entanto, a distribuição de bonificações em ações geralmente não traz um efeito positivo sobre a posição em ações do investidor, já que o aumento na quantidade de papéis acaba sendo compensado pela queda no preço dos mesmos. Portanto, ter 400 ações a R$ 50 cada, ou 500 a R$ 40 cada faz pouca diferença, já que o valor da posição, de R$ 20.000, segue o mesmo. O que é a bonificação Em termos técnicos, a bonificação em ações pode ser descrita como a distribuição de resultados da empresa através da emissão de novas ações, realizada quando da incorporação de reservas ao capital social. Estes novos papéis são distribuídos gratuitamente aos acionistas, sempre na proporção da quantidade de ações que o acionista já possuía. Neste sentido, a bonificação aumenta o capital social e a quantidade de ações da empresa, porém sem alterar o valor do patrimônio líquido, já que as reservas fazem parte do patrimônio da companhia. Deste modo, isso explica porque não existe alteração no valor possuído por cada acionista, pois, na prática, a empresa não vale mais por conta deste evento. Vale lembrar, contudo, que o mercado criou uma terminologia para denominar a ação que é distribuída sob a forma de bonificação: é o filhote. |
Hedge:
entenda o conceito e como ele pode facilitar a administração financeira Uma companhia que exporta para o exterior corre o risco de que o câmbio se comporte de uma maneira distinta da que o mercado estima, prejudicando seus resultados. Já uma indústria corre o risco de que seus insumos subam, depois de ter assinado um contrato de venda de seus produtos a um preço determinado. Essas e outras situações ilustram riscos os quais as empresas às vezes enfrentam. Mas, será que é possível reduzir tais riscos? A resposta é sim, através de um mecanismo chamado hedge, mas que acarreta um custo. Isso faz com que nem sempre a sua utilização seja recomendável. Prática obrigatória para algumas empresas, o hedge pode ser desnecessário para outras. Isso dependerá do grau de exposição da companhia e de sua tolerância a determinados riscos. Vale a pena entender o conceito e como ele pode ser utilizado para atender as necessidades das empresas e mesmo de pessoas físicas, seja através dos contratos a termo, futuro e de opções. Os conceitos seguem simplificados, mas ilustram as principais diferenças entre as alternativas. Conceito de hedge O hedge é uma ferramenta de repasse do risco do mercado de determinada atividade a outros agentes econômicos, que resolvem assumi-lo em troca de perspectiva de resultado. Uma operação de hedge faz sentido para a empresa quando um dos elementos-chave na composição do resultado operacional estiver sendo afetado pelo risco de mercado. O resultado operacional ficaria indeterminado, o que acarreta risco de valor para a empresa. Em poucas palavras, através dele uma empresa pode reduzir sua exposição a determinados riscos, e, assim, se proteger de fatores externos à sua atividade principal. Contrato a termo Uma maneira de realizar o chamado hedge é através do contrato a termo, que implica na venda de um ativo a um preço definido em data futura, sem ajustes diários. Essa alternativa é bastante utilizada porque não movimenta o caixa ao longo de sua duração. Por outro lado, a operação apresenta baixa liquidez, uma vez que é difícil antecipar o prazo do encerramento. Como o acordo é bilateral, uma parte fica dependente da outra aceitar o fechamento antes da data estipulada. O contrato a termo é largamente utilizado no mercado de câmbio. Caso você queira conhecer mais sobre o mercado a termo, clique aqui Contrato futuro Outra maneira de proteção é através do contrato futuro, que difere do mercado a termo principalmente pela existência dos ajustes dos valores em todas as sessões. Traz como vantagem a possibilidade de intervenção no mercado de forma anônima, em pregão. O fechamento do negócio é feito pelo melhor preço e não há a revelação da estratégia do cliente para os demais agentes. O volume de garantias é geralmente menor se comparado ao contrato a termo, porque as movimentações financeiras diárias reduzem o risco de crédito. Por outro lado, essas saídas e entradas todos os dias trazem uma instabilidade no fluxo de caixa da empresa. Como pontos positivos para tal estratégia, pode-se citar a elevada liquidez e a grande transparência de preços, que reduz os custos e os riscos operacionais. Para entender melhor o mercado futuro clique aqui. Contrato de opções Já no contrato de opções existe o direito de comprar e de vender o ativo no período da contratação até a data de expiração desse direito de exercício. O negócio pode não ser realizado no futuro, se o titular considerar desvantajoso exercer a opção. Nesse caso, o preço pago pela opção é o máximo que se pode perder. Enquanto o titular tem a opção de escolha, o lançador é obrigado a cumprir o payoff do contrato. Este último entra no negócio quando acredita que a opção não será exercida, em função das perspectivas para o ativo na data do contrato. Se você quiser conhecer melhor o funcionamento do mercado de opções, clique aqui. Vale citar que todo hedge tem custos, além daqueles diretamente observados, como taxas de bolsa, corretagem e spreads. É importante que a empresa calcule, em diferentes cenários, os ganhos e as perdas com cada opção de hedge, bem como esses resultados na ausência de qualquer tipo de hedge. A aversão e o impacto da exposição ao risco nos resultados da empresa devem ser levados em consideração. |
Conheça
as diferenças entre os indicadores de dividend yield e dividend
payout Para muitos investidores, principalmente aqueles de perfil mais conservador, a escolha do melhor investimento no mercado de ações passa pela análise da política de dividendos da empresa. Além de ser um importante indicador de como a empresa se relaciona com seus acionistas, a distribuição de proventos em dinheiro, como dividendos ou juros sobre o capital próprio, pode impulsionar de forma significativa a rentabilidade do investimento em ações. Para analisar e comparar as políticas de distribuição de diversas empresas, dois indicadores são bastante utilizados: o dividend payout, ou proporção de pagamento de dividendos, e o dividend yield, ou retorno de dividendos. Neste contexto, vale a pena explicar as diferenças entre eles. Dividend payout O dividend payout é um importante indicador da política de dividendos de uma empresa. Ele é calculado como a proporção dos lucros da empresa que são distribuídos na forma de proventos em dinheiro e, em geral, é determinado pela própria empresa, em seus estatutos. Assim, uma empresa que aplica uma política de payout de 50%, irá distribuir aos seus acionistas metade dos lucros obtidos em um determinado período. Por exemplo, a Cemig, estatal mineira no segmento de energia elétrica adotou em 2004 uma política de payout de 50%. Isso significa que metade do lucro líquido da empresa será distribuída aos acionistas, com o restante sendo retido para diversos fins, principalmente o financiamento de novos investimentos. Em geral, o dividend payout varia de acordo com o estágio de evolução e as oportunidades de investimento de cada companhia. Em geral, as empresas mais maduras e com menos necessidade de investimentos costumam distribuir uma parcela maior de seus lucros na forma de proventos. No mercado brasileiro, podemos citar como exemplos desse tipo de empresa a Telesp e a Souza Cruz. Já empresas em expansão tendem a pagar uma parcela menor, pois utilizam os recursos para suportar seus planos de investimento e expansão. Dividend yield Já o dividend yield não trabalha somente com os dados referentes a quanto foi distribuído em proventos, mas avalia o quanto isso representa em relação ao preço da ação. De certa forma, o conceito é similar ao utilizado no mercado de renda fixa, onde o montante pago em juros representa uma proporção do montante investido, ou seja, a taxa de juro. No caso do dividend yield, ou retorno de dividendos, o indicador é calculado em duas etapas. Inicialmente, são acumulados todos os proventos pagos em um determinado período, sendo mais comum os últimos doze meses. Assim, se nos últimos doze meses a empresa pagou dividendos de R$ 1,00 por ação e juros sobre o capital próprio de R$ 1,50, o acumulado é de R$ 2,50 por ação. A segunda etapa consiste em comparar o que este valor representa em relação ao valor da ação. Se o papel está sendo negociado a R$ 25,00, o retorno de dividendos é de 10%, ou seja, os R$ 2,50 pagos em proventos nos últimos doze meses divididos pelo valor da ação (R$ 25,00). Deste modo, pode ser avaliado o quanto, em termos relativos, a ação rendeu em proventos para seus acionistas. Vale a pena analisar os dois indicadores Assim, para escolher o melhor papel em termos de distribuição de proventos, vale a pena acompanhar os dois indicadores. Para ser beneficiado pelo payout, o investidor tem que analisar ações com uma previsão de lucro por ação elevado e também com uma proporção de distribuição atraente. Já o dividend yield pode ser distorcido por diversos fatores, principalmente fortes valorizações ou quedas da ação. Imagine no exemplo anterior que os papéis da empresa que pagou R$ 2,50 em proventos não valham mais R$ 25,00, mas R$ 12,50. Isso indicaria um retorno de dividendos de 20%, porém causado não por uma maior distribuição de proventos, mas sim por uma queda na cotação da ação, o que certamente distorce a comparação!
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Direitos
de subscrição: entenda melhor o que são e como funcionam Um evento relativamente comum no mercado
de ações e que pouca gente conhece em detalhes o seu funcionamento é a
subscrição. De fato, em muitas ocasiões as empresas desejam aumentar o
seu capital social e concedem aos seus acionistas um direito de subscrição
de novas ações, proporcional às já possuídas. |
Ganho
de capital: saiba quando não é preciso recolher imposto de renda Boa parte das pessoas não sabe que ao vender um bem, ou direito, pode estar sujeito ao pagamento de imposto de renda, que deve ser recolhido não na época da declaração anual do imposto de renda, em abril de cada ano, mas no mês subseqüente à alienação (ou venda) do bem. Aqui, é importante esclarecer que o imposto de renda, na verdade, só é devido quando existe o que chamamos de ganho de capital. Em outras palavras, você só precisa pagar imposto de renda se conseguir vender o bem por um valor maior do que o valor que pagou por esse mesmo bem. Lembramos que o objeto desse artigo é discutir os principais casos em que a Receita Federal não tributa o ganho de capital auferido com a venda de um bem ou direito. Por se tratar de um assunto bastante extenso, nos concentramos nos pontos mais relevantes, deixando de lado a discussão de casos específicos que devem ser analisados em separado. Correção não é possível desde 1996 Ainda que a definição do preço de venda seja fácil, o mesmo não vale para a definição de preço de compra. O custo de aquisição do bem é equivalente ao total desembolsado para a sua compra, o que no caso de financiamentos, por exemplo, equivale à soma da entrada e prestações. Como quanto menor o valor de aquisição maior o ganho de capital e, conseqüentemente o imposto a ser recolhido, de maneira geral a Receita não permite o reajuste dos valores de compra dos bens. No passado o reajuste era permitido devido à inflação, mas desde 31/12/1995 ele deixou de ser aplicado, e somente os bens adquiridos antes dessa data é que podem ter seus valores reajustados com base nos termos da Instrução Normativa da Receita Federal no. 84/2001. Nem todo ganho é tributado Entretanto, nem sempre é preciso recolher imposto sobre o ganho de capital auferido, já que existem situações em que a Receita isenta o contribuinte desse pagamento. Perante a legislação tributária, as indenizações são rendimentos isentos, nesse contexto, não é de se surpreender que a Receita isente do pagamento de imposto sobre ganho de capital os casos de indenização por terra desapropriada para reforma agrária, e indenização no caso de sinistro, furto ou roubo de objeto segurado. Imóveis geram maior parte das dúvidas A maior parte das dúvidas e, conseqüentemente dos erros, no que refere à necessidade de recolhimento do imposto sobre ganho de capital está relacionada aos bens imóveis. Nesse sentido, a primeira coisa a se saber é que todos os contribuintes que venderam imóvel único por um valor inferior a R$ 440 mil estão isentos do pagamento de imposto sobre o ganho de capital, desde que não tenham efetuado, nos cinco anos anteriores, alienação de outro imóvel a qualquer título, tributada ou não. Também está isenta do pagamento de imposto sobre ganho de capital, a venda dos imóveis que foram adquiridos até 1969.
Bens de pequeno valor Outra dúvida comum está relacionada à venda de bens de pequeno valor. Como declarar, por exemplo, o ganho obtido com a venda de eletrodomésticos, computadores, etc. Esses ganhos são passíveis de tributação? Nesse caso, a isenção vai depender do montante apurado com a venda. Caso ele seja inferior a R$ 20 mil, então a Receita também isenta o contribuinte do pagamento de imposto sobre esse ganho. Também é concedida isenção aos sócios que recebem restituição da sua participação acionária em uma determinada empresa não em dinheiro, mas em bens e direitos. Posse conjunta Uma situação bastante comum ocorre nos casos em que o bem ou direito não pertence a uma única pessoa, mas sim a um grupo de pessoas. Como calcular, por exemplo, o ganho com a venda de um imóvel que pertence a mais de uma pessoa. Nesse caso, o tratamento tributário vai depender de como a posse do bem é compartilhada. No caso de bens possuídos em condomínio, o que inclui os casos de união estável, o valor da venda é calculado de acordo com a parcela pertencente a cada condômino ou co-proprietário. No caso de união estável, essa parcela é fixada em 50%. Assim, no caso de imóvel possuído em condomínio, cada um dos condôminos está isento do recolhimento do imposto, desde que a sua parte não supere o teto de R$ 440 mil. O mesmo já não acontece nos casos em que os bens são possuídos em comunhão. Esse é o caso, por exemplo, das sociedades conjugais, que são estabelecidas entre marido e mulher e cujos termos variam de acordo com o regime de casamento. Nesses casos, o teto de isenção não é baseado na parte que pertence a cada um dos cônjuges, mas sim ao valor do bem como um todo. Por último, nos casos em que o bem foi recebido em doação, ainda que o recebimento desse bem esteja isento do pagamento de imposto, caso ele seja vendido, e não se encaixe nos casos de isenção discutidos acima, então o contribuinte terá que recolher o imposto de renda sobre o ganho de capital auferido com essa venda. Nesse caso, o ganho será calculado assumindo que o custo de aquisição do bem foi zero.
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Ações:
entenda como calcular o imposto devido Na hora de aplicar seu dinheiro, muita
gente ignora o impacto do pagamento de imposto de renda na rentabilidade
da aplicação. A mudança nas regras de tributação das aplicações
financeiras veio complicar essa tarefa.
Para ajudá-lo a entender melhor o cálculo do imposto devido, vamos assumir uma situação de múltiplas compras de ações:
Ganho na operação de venda 1
Ganho na operação de venda 2
Não é difícil verificar que, neste caso, o preço médio não se alterou, pois não houve nenhuma nova compra entre as duas vendas efetuadas. Entretanto, se houvesse uma compra entre as duas operações de venda, o estoque de ações deveria ser ajustado pelo custo da nova compra, de forma a se determinar o novo preço médio. Compensação de perdas A compensação de ganhos com perdas é feita da seguinte forma. Para cada mês calendário você terá que preencher na declaração suporte de Ganho de Capital o quanto ganhou e perdeu com a venda de ações, de forma a obter um resultado consolidado para o mês. Em outras palavras, se você ganhou R$ 2 mil, mas perdeu R$ 1 mil em um mesmo mês calendário, então seu resultado neste mês é positivo em R$ 1 mil. Além da compensação dentro do mês, é possível compensar perdas acumuladas nos meses anteriores. Deste montante de R$ 1 mil de ganhos no mês, você também pode deduzir perdas acumuladas nos meses anteriores. Assumindo que no acumulado dos últimos 12 meses tenha prejuízo de R$ 3 mil, então sua base de imposto será calculada como sendo os R$ 1 mil líquidos que ganhou neste mês, ajustado para as perdas acumuladas nos meses passados, ou seja, será negativa em R$ 2 mil. Esta perda líquida passa a ser a nova perda acumulada em 12 meses, que poderá ser usada para compensar ganhos obtidos nos meses seguintes. Entretanto, se ao deduzir o valor das perdas passadas você obtiver um valor positivo, por exemplo, se a perda acumulada fosse de R$ 500 (e não de R$ 2 mil), então você pagaria imposto de 20% sobre este ganho. Ou seja, no exemplo, pagaria imposto de 15% sobre R$ 500, onde R$ 500 equivale à diferença entre R$ 1 mil do imposto no mês e R$ 500 de perdas acumuladas. Por último, vale ressaltar que só é possível compensar operações de mesma espécie, ou seja, dentro do mesmo mercado. Assim, perdas no mercado à vista só podem ser compensadas com ganhos neste mesmo mercado, e não com ganhos no mercado a termo, por exemplo. Recolhimento é mensal Uma dúvida comum entre os contribuintes está relacionada ao recolhimento do imposto devido, que deve ser feito mensalmente, até trinta dias depois do ganho ter sido registrado. Se por algum motivo você atrasar o pagamento do imposto devido, então valem as mesmas regras de multa aplicadas na declaração de IR, ou seja, você paga multa diária de 0,33% ao dia até um limite de 20% do imposto devido, depois do que a multa é fixa neste montante. |
Ebitda:
entenda o conceito e o cálculo desse importante indicador de desempenho Em época de divulgação de resultados corporativos, como a atual, muitos investidores costumam analisar os demonstrativos divulgados pelas empresas. Mesmo comparando com as projeções dos analistas, é difícil entender se o resultado anunciado foi bom ou ruim, graças às contas tidas como confusas por aqueles menos experientes. Um indicador financeiro bastante utilizado pelas empresas de capital aberto e pelos analistas de mercado é o chamado Ebitda, também conhecido como Lajida, cujo conceito ainda não é claro para muitas pessoas. A sigla corresponde a Earning Before Interests, Taxes, Depreciation and Amortization", ou seja, lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização. Em linhas gerais, o Ebitda representa a geração operacional de caixa da companhia, ou seja, o quanto a empresa gera de recursos apenas em sua atividade, sem levar em consideração os efeitos financeiros e de impostos. Difere do Ebit, conhecido como o lucro na atividade, no que se refere à depreciação e amortização. O Ebit considera estes efeitos contábeis. A utilização do Ebitda ganha importância, porque analisar apenas o resultado final da empresa (lucro ou prejuízo) tem sido insuficiente para avaliar seu real desempenho em um dado período, já que muitas vezes é influenciado por fatores difíceis de serem mensurados. Confira as aplicações e limitações do conhecido Ebitda. Como calcular o Ebitda? Um primeiro passo é calcular o lucro operacional, que, de acordo com o critério utilizado no Brasil, é obtido como a subtração, a partir da receita líquida, do custo dos produtos vendidos (CPV), das despesas operacionais e das despesas financeiras líquidas (despesas menos receitas com juros e outros itens financeiros). Vale lembrar que a definição de lucro operacional em boa parte do mundo exclui o resultado financeiro. Já para calcular o Ebitda, é preciso somar do lucro operacional a depreciação e amortização inclusas no CPV e nas despesas operacionais. Isso porque essas contas não representam saída de caixa efetiva no período. Em resumo, a depreciação de um equipamento quantifica a perda de sua capacidade produtiva graças ao uso ou tempo, e, portanto, a perda de seu valor para a empresa. Essa perda, vale ressaltar, é econômica e não financeira, ou seja, não há um desembolso efetivo de recursos no período. Outra conta que deve ser acrescentada no Ebitda é a despesa financeira líquida, que foge do escopo de análise do indicador, ou seja, de efetivo desempenho operacional. Ou seja, para o cálculo do Ebtida, adicionam-se os juros, depreciação e amortização ao Lucro Operacional Líquido antes dos impostos. Aplicação do Ebitda O indicador pode ser utilizado na análise da origem dos resultados das empresas e, por eliminar os efeitos dos financiamentos e decisões contábeis, pode medir com mais precisão a produtividade e a eficiência do negócio. Como percentual de vendas, ou margem Ebitda, pode ser utilizado para comparar as empresas quanto à eficiência dentro de um determinado segmento de mercado. Além disso, a variação do indicador de um ano em relação a outro mostra aos investidores se uma empresa conseguiu ser mais eficiente ou aumentar sua produtividade. Por outro lado, como ressalva, vale lembrar que o Ebitda pode dar uma falsa idéia sobre a efetiva liquidez da empresa. Além disso, o indicador não considera o montante de reinvestimento requerido (pela depreciação), fator especialmente crítico nas empresas que apresentam ativos operacionais de vida curta. Assim, o Ebitda é um indicador financeiro muito relevante, mas que deve ser utilizado combinado com outros indicadores de desempenho para fornecer uma visão mais apropriada da performance da empresa. Ainda assim, é certamente o mais acompanhado pelos analistas e acaba ganhando bastante importância também na análise de crédito e nos múltiplos de avaliação de empresas.
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Qual
mercado devo escolher na hora de investir: à vista, a termo ou de opções?
Se você é um pequeno investidor ou
mesmo um curioso que procura mais conhecimento sobre as regras que
coordenam o mercado de títulos e valores mobiliários, os termos mercado
de opções, mercado a termo e mercado a vista não devem mais ser nenhuma
novidade. |
Certificados
de Depósito Bancário: o que são os CDBs e como funcionam Uma das principais funções dos bancos
é o que se chama de intermediação financeira, o que, de uma forma mais
simples e contextualizada, significa estabelecer pontes entre poupadores e
tomadores de recursos. |
Proventos: conheça a
diferença entre as formas de remuneração dos acionistas Embora praticamente todo mundo que acompanha o mercado de ações já
tenha se deparado com os conceiros dividendos ou juros sobre o capital
próprio, muita gente ainda têm dúvidas em relação à diferença entre
estes dois conceitos e como eles se comparam com outros proventos, como
bonificação e subscrição.
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ULTIMA ATUALIZAÇÃO DA PÁGINA EM: 10/06/05 08:36:06