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Viva com Saúde

A comida que é o melhor remédio

Bonita, cheirosa, gostosa, saudável e natural. Estamos falando de uma alimentação voltada para o bem-estar. Isso tem tudo a ver com o bom funcionamento dos intestinos, segundo a bióloga Sílvia Regina de Mello Camanho, especialista em orientação alimentar.

Interessada em alimentação natural desde os anos 70, Sílvia Regina já seguiu à risca os rígidos princípios da macrobiótica, mas hoje é menos radical ao determinar uma dieta para aqueles que a procuram. Sua maior preocupação na primeira consulta é saber como anda o funcionamento dos intestinos dos pacientes.

“A idéia é fazer uma orientação voltada para criar novos hábitos nas pessoas, que normalmente têm vícios alimentares arraigados e nem se dão conta disso”, alerta Sílvia Regina. A desagradável prisão de ventre é uma conseqüência direta destes costumes e a maior queixa dos pacientes que ela atende.

O emagrecimento acontece em decorrência da mudança dos hábitos alimentares

“Minhas primeiras perguntas são sobre o funcionamento intestinal e os hábitos de alimentação. Em função disso, faço uma avaliação do que precisa ser modificado na dieta.” A eterna preocupação com a boa forma, segundo a bióloga, é coisa para ser resolvida a médio prazo. “O emagrecimento acontece em decorrência da mudança dos hábitos alimentares”, explica.

Segundo ela, o intestino, responsável pela absorção dos alimentos, precisa funcionar de duas a três vezes ao dia para não comprometer a saúde. “Nós somos o que comemos. Se o intestino não vai bem, é sintoma de que alguma coisa está errada com o organismo.”

Ela lembra que, além da alimentação, o meio ambiente e questões psicológicas também influenciam as funções intestinais. Mas diz que cuidar dos hábitos alimentares já é meio caminho andado até o banheiro.

As toxinas contidas na carne vermelha demoram a sair do organismo e fazem mal à saúde

Sílvia Regina diz que as mudanças são simples, mas exigem tempo de adaptação. Pela experiência que tem em seu consultório, no Instituto de Yoga e Terapias Aurora, ela diz que a maioria das pessoas só consegue fazer o intestino funcionar com o uso de medicamentos.

A mudança mais radical e difícil, para quem adora carnes vermelhas, é deixar de comê-las. A bióloga afirma que este alimento deve ser retirado aos poucos do prato para evitar maiores traumas. Mas garante que o maior inimigo dos intestinos é um bom churrasco.

“O ser humano tem um intestino longo, próprio para alimentação vegetariana, porque os resíduos dos alimentos não são eliminados imediatamente. Assim sendo, as toxinas contidas na carne vermelha demoram a sair do organismo e fazem mal à saúde. Já vi casos de pessoas que tiveram comprometimento dos intestinos porque a carne que comeram apodreceu dentro deles”, afirma.

É bom encher o prato com cereais, legumes e verduras

Os hormônios dados na ração do gado, a adrenalina que o animal libera no momento do abate, tudo isso é ingerido junto com aquela bela picanha, segundo Sílvia Regina. Há quem torça o nariz, mas ela sugere a substituição do bife por soja, por exemplo. “É falsa a idéia de que a carne é indispensável. A proteína que ela fornece pode ser obtida com a soja, que permite fazer uma infinidade de pratos saborosos, desde que sejam bem temperados”, argumenta.

Radical? Sílvia Regina propõe então a seus pacientes que primeiro eliminem a carne vermelha na cabeça: “As pessoas devem se conscientizar de que não devem comer a carne e que não vão se sentir fracas por causa disso.” Ela diz que a carne vermelha traz ainda outros prejuízos como o entupimento das artérias, causado pelos resíduos de gordura. Para quem gosta, um bom bife de glúten (proteína do trigo) é apontado como outra opção saudável.

Mas se você acha impossível ser vegetariano, Sílvia Regina diz que vale apelar para os peixes de alto mar, que têm menos chances de estar contaminados com óleo e metais pesados. Mas e aquele franguinho, tão falado nas dietas? Segundo ela, se não for frango caipira, criado só com milho, é melhor esquecer. “Os frangos de granja crescem rapidamente porque suas rações contêm antibióticos e hormônios que acabamos comendo por tabela”, descarta a bióloga.

Os cereais básicos para manter o organismo em bom funcionamento são aveia, milho e cevada

Mas, além de cortar as carnes vermelhas do cardápio, é bom encher o prato com cereais, legumes e verduras. Tudo com muito equilíbrio. “É possível fazer um prato bonito, colorido e saboroso com estes ingredientes. Afinal, a impressão é importante para o paladar”, diz Sílvia Regina.

Para fazer uma verdadeira faxina nos intestinos, a bióloga indica a vassoura mais adequada: as fibras. “É bom comer arroz e macarrão integrais. Estes, sim, contêm fibras. O arroz branco, por exemplo, só tem amido, não possui nenhum nutriente”, explica.

Os cereais básicos para manter o organismo em bom funcionamento são aveia, milho e cevada, segundo Sílvia Regina. Ela aconselha que sejam consumidos juntamente com leguminosas como feijões, lentilhas e grão de bico. As verduras cruas também devem ser consumidas ao menos uma vez por semana porque são íntegras, ao contrário das cozidas, que perdem nutrientes quando vão ao fogo.

A alimentação natural é uma filosofia para ser seguida ao longo da vida

As frutas também têm vez no cardápio da alimentação natural. Sílvia Regina indica a ingestão de ao menos três frutas cruas por dia, de preferência diferentes para variar as vitaminas. Se o seu caso é regularizar os intestinos, coma laranjas com bagaço e bananas. Estas últimas são acusadas injustamente de prender os intestinos, segundo a bióloga.

Sílvia Regina garante que esta dieta já apresenta resultados em 10 dias, mas é, na verdade, uma filosofia para ser seguida ao longo da vida. O emagrecimento, de acordo com ela, é conseqüência natural e permanente: “A maioria das dietas falha porque depois de um determinado período a pessoa volta aos antigos hábitos alimentares e engorda novamente.”

Fonte: Entrevista sobre Alimentação Natural com nutroterapeuta da Equipe de Terapeutas do Instituto de Yoga e Terapias Aurora, Sílvia Regina Camanho, para o site PlanetaVida publicada em 04 de abril de 2000.  


Castanha-do- Brasil (Castanha-do- Pará) (Bertholletia excelsa)



Só uma castanha por dia .....não mais do que isso, garante as doses de selênio de que seu corpo precisa para preservar cada célula, por para fora possíveis substâncias tóxicas e viver mais.

DIOGO SPONCHIATO

Cabe na palma da sua mão, e ainda sobra um espaço e tanto, a arma que vai superproteger as unidades microscópicas do seu organismo. Em segundos, ao mastigar uma única castanha-do- pará, você recarregará os níveis de um mineral extremamente importante para uma vida longa e saudável: o selênio.
A pequena oleaginosa repõe a quantidade do nutriente necessária para dar combate ao envelhecimento celular, causado pela formação natural daquelas incansáveis moléculas que danificam as células, os radicais livres.
Um estudo da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, atesta que a ingestão diária de duas castanhas-do- pará recentemente rebatizadas castanhas do brasil, eleva em 65% o teor de selênio no sangue.

          Mas provavelmente os neozelandeses não usaram o legítimo produto brasileiro. Ora, nós somos sortudos. É que as castanhas produzidas no Norte e no Nordeste do país são tão ricas em selênio que bastaria uma unidade para tirar o mesmo proveito. A recomendação é de que um adulto consuma, no mínimo, 55 microgramas por dia, diz a nutricionista Bárbara Rita Cardoso, pesquisadora do Laboratório de Minerais da Universidade de São Paulo. E com uma unidade da nossa castanha já é possível encontrar bem mais do que isso de 200 a 400 microgramas do bendito selênio. Aliás, o limite de consumo diário do mineral é de 400 microgramas, portanto, não vá com muita fome ao pote. No caso de uma criança, meia castanha seria suficiente, afirma Silvia Cozzolino, presidenta da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição.

            E por que toda essa fama do selênio? Ele é essencial para acionar enzimas que combatem os radicais livres, responde Christine Thomson, a pesquisadora neozelandesa que investigou as propriedades da castanha. O selênio se liga a algumas proteínas já existentes em nosso corpo para formar essas enzimas antioxidantes, descreve, completando, Bárbara Cardoso. Na ausência dele, as tais enzimas ficam sem atividade e, então, deixam de combater os radicais e ainda desguarnecem as defesas do organismo.
O mineral da castanha também teria um papel especial na proteção do cérebro. É que, com essa capacidade de acabar com a farra dos radicais livres, as células nervosas seriam preservadas, evitando o surgimento de doenças neurodegenerativas com a idade. Justamente por isso, a pesquisadora Bárbara Rita Cardoso começa a estudar os possíveis benefícios do selênio em portadores do mal de Alzheimer. A gente desconfia que nesses pacientes os radicais façam maiores estragos, diz ela.
           A tireóide também funciona melhor na presença do selênio, acrescenta Christine Thomson. Isso porque, se não houver esse elemento, ela não consegue produzir direito seus célebres hormônios. O mineral também está intimamente associado à capacidade de o organismo se livrar de substâncias tóxicas, ajudando-o inclusive a expulsar possíveis metais pesados que se alojam nas células.
           Apesar de tudo isso, o badalado selênio deve ser apreciado com moderação. Quando os especialistas recomendam uma castanha diária, é para segui-lo à risca. Acredite: o conselho não é nem um pouco mesquinho. Esse consumo ideal e comedido é que faz todas essas enzimas que dependem do nutriente trabalharem de forma adequada, diz Bárbara. Em excesso, o selênio não vai potencializar sua ação. E o pior: mais cedo ou mais tarde, o exagero rotineiro vai revelar o lado negro da substância. Sim, ele existe: a toxicidade. Ela acontece se a pessoa ingerir mais de 800 microgramas por dia, adverte Silvia Cozzolino. É que o selênio tem efeito cumulativo, emenda Christine Thomson.
Isso não significa que abusar das deliciosas castanhas em uma happy hour com amigos traga grandes ameaças. De vez em quando, dá até para superar a quantidade recomendada. O perigo é comer essas oleaginosas além da conta todo santo dia. Quem experimentar ataques sucessivos de gula poderá sentir dor de cabeça, ficar com as unhas fracas e ver seus cabelos caírem. Mas, quem come dez castanhas hoje não vai se empanturrar delas amanhã, usa a lógica a expert em nutrição Silvia Cozzolino. No máximo, o preço desse pecado será um mau hálito parecido com o bafo de alho acredite!
           Não corre o mesmo risco quem comer, vez ou outra, algum prato que leve a castanha na receita até porque, seja doce ou salgado, dificilmente uma porção reunirá tantas unidades. E saiba: nem o fogão nem a geladeira conseguem detonar as reservas de selênio. No dia-a-dia, nada melhor do que a praticidade de botar na mochila, no bolso ou na bolsa a sua estrela solitária. É saúde na medida certa!
           Para chegar à quantidade de selênio de uma castanha-do- pará (de 5 gramas ), você teria que consumir, em média, o equivalente a...

3 filés de frango ( 100 gramas cada um)

16 pães franceses ( 50 gramas cada um)

100 copos de leite (200 mililitros por copo)

10 ostras ( 33 gramas cada uma)

3 latas de sardinha em conserva ( 130 gramas cada uma)

COMIDA ANTITÓXICA

            Uma das principais benesses do selênio é a sua capacidade de desintoxicar o organismo. O mineral atua em mecanismos que favorecem a eliminação de metais pesados pelas fezes e pela urina, explica a nutricionista Bárbara Rita Cardoso. Esses metais nocivos, como o mercúrio e o arsênico, ficam impregnados no organismo quando, por exemplo, consumimos peixes de má procedência, que vieram de águas poluídas. E, daí, disparam inúmeros problemas em nossos tecidos, do envelhecimento ao câncer algo que é freado com o sistema de limpeza acionado pelo consumo da castanha.

SUPLEMENTAÇÃO, A POLÊMICA

           A natureza oferece fontes de selênio, mas há quem prefira recorrer às cápsulas. Estudos recentes revelam que isso pode ser bobagem: o melhor seria buscar o mineral na comida mesmo. O selênio dos alimentos é mais bem absorvido pelo organismo, justifica o pesquisador Alexei Lobanov, do Departamento de Bioquímica da Universidade Nebraska-Lincoln, nos Estados Unidos. E, já que a quantidade de que precisamos nem é lá tão alta, a suplementação deveria ficar restrita a casos especiais.

TERRA BOA, FRUTO RICO

          A concentração de selênio em um alimento depende do solo em que é cultivado. De acordo com o engenheiro agrônomo José Urano de Carvalho, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a castanheira, nativa da floresta Amazônica brasileira, além de ter uma incrível habilidade para extrair o mineral, comparada a outras espécies, encontra na terra de lá uma enorme quantidade de selênio. Por isso seus frutos são campeões no elemento. As castanhas-do- pará são cultivadas pra valer na região Norte, especialmente no cinturão amazônico, mas o Brasil já não lidera o ranking de produção da oleaginosa. Hoje é a Bolívia que ocupa o primeiro lugar, revela Urano.