Literatura para
PESQUISA ESCOLAR


Tudo sobre literatura brasileira e em lingua portuguesa para pesquisa escolar. Resumo de livros, poemas, biografias, links e muitas informações úteis. Site constantemente atualizado. 
 



SONETO(Luis de Camões)

Amor é fogo que arde sem se ver
É ferida que dói mas não se sente
É um contentamento descontente
É dor que desatina sem doer.

É um não querer mais do que bem querer
É solitário andar por entre a gente
É nunca contentar-se de contente
É um cuidar que se ganha em se perder...

É querer estar preso por vontade
É servir a quem vence, o vencedor
É ter com quem nos mata lealdade

Mas como causar pode o seu favor
Nos corações humanos amizade
Sendo a si tão contrário o mesmo amor?

Sobre o autor: Luís Vaz de Camões é considerado o maior poeta português de todos os tempos. Em Os Lusiadas, poema heróico que o imortalizou, Camões exalta os Descobrimentos Portugueses, com base na viagem de Vasco da Gama à India. Camões nasceu provavelmente em Lisboa, em 1524 ou 1525. Levou uma vida aventureira, tendo viajado ao Oriente como militar e se envolvendo em batalhas (numa delas perdeu um olho), chegando a naufragar no Tonquim. Foi preso duas vezes, uma por dívidas e outra por se envolver em uma briga. Regressou a Portugal em 1569, pobre e com Os Lusíadas na bagagem. Publicou a sua obra em 1572, tendo-lhe o rei D. Sebastião concedido uma modesta pensão, como recompensa pelos serviços prestados. Pouco se sabe sobre seus últimos anos. Morreu em Lisboa em 10 de Junho de 1580, na mais completa miséria.




Vinícius de Morais
Nasceu no Rio de Janeiro em 19 de outubro de 1913 e faleceu na mesma cidade em 9 de julho de 1980. Formado em Advocacia, dedicou-se ao jornalismo como crítico de cinema. Participou na fundação da revista Filme em 1947 e manteve contatos com Orson Welles e Walt Disney. Em 1943 publica Cinco Elegias. No mesmo ano ingressa na carreira diplomática, partindo em 1946 para Los Angeles como vice-cônsul. A sua peça teatral Orfeu da Conceição (premiada em 1954, no IV Centenário da Cidade de São Paulo) serviu de base a um filme que em 1959 conquistou o primeiro prémio no Festival de Cannes. Juntamente com o músico Tom Jobim e o cantor João Gilberto, Vinicius tem um papel importante no movimento de renovação da música popular brasileira, a que se deu o nome de Bossa Nova. Poemas: Soneto a Quatro Mãos, Soneto da Fidelidade Soneto da Lua, Soneto da Separação, Soneto do Maior Amor, Soneto do Orfeu, etc.
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SONHO DOURADO (Tony Caroll)



Você me fez sonhar
Abraçar-te em meio á noite
Com um jeito bem afoito
Sob os raios do luar.

A grama verde deitada
Se viu cheia de calor
Eu não queria nada
Só desfrutar teu amor.

Sentir teus sete sentidos
Lambuzar-me com teus beijos
Afagar teus cabelos lindos
E me perder de desejos.

CALADO (Tony Caroll)

Se te amo e fico calado
é porque espero o momento
Se te quero e não sei dizer
é porque as palavras me fogem do pensamento
E se às vezes te pareço distante
te amo muito mais nesse instante
E se calado me perco em profunda imaginação
calado também me encontro
te amando com o coração.




QUISERA TE ESQUECER (Tony Caroll)

Quisera romper meu fracasso
desvencilhar-me do laço
que hoje me prende a você
Quisera poder te esquecer
e assim anular as lembranças
Quisera não ter esperanças
e esquecer o que juntos vivemos
Se eu pudesse não pensar
nos momentos que tivemos
pronunciaria um adeus e não te veria jamais
Ah! Se eu fosse capaz
de te esquecer para sempre
tirar você da minha mente
e nascer de novo pra vida
Porém a palavra despedida
é algo que não sei dizer
Só sei que estou a morrer
a cada dia que passa
pois te perder me embaraça
e me traz um triste fim
Será que viver é assim?
Sem mais sentir o teu beijo
que matava o meu desejo
e me fazia sorrir?
Sem mais sentir teu abraço
que me aliviava o cansaço
e não te deixava partir?
Sem sentir o suor de teu corpo quente
que ficava efervescente
ao esfregar-se no meu?
Sem o sussurro de tua voz
quando estávamos a sós
e tudo era você e eu?
Sem beber a saliva louca
que brotava da tua boca
e me dizia o sabor?
Sem sentir a água fria
que dos nossos corpos escorria
após horas de amor?
Sem o olhar de despedida
que deixava em mim a vida
desabrochando em flor?
Esquecer tudo isso eu quisera
e fugir como o pássaro que voa
Sair por aí a toa
como a borboleta no vento a bailar
Mas sem você, a vida não é mais primavera
e eu continuo a te amar!!!

Sobre o autor: Tony Caroll é um escritor e dramaturgo brasileiro, nascido a 16 de janeiro de 1963 no Rio de Janeiro.Começou a escrever aos 13 anos e começou a ser conhecido no meio artístico ao ingressar na Cooperativa da Arte (COPARTE) nos anos 80, grupo formado por pessoas que também escreviam e promoviam arte no Rio de Janeiro. Em 1988, ingressou na Escola de Teatro Martins Penna, RJ, e logo a seguir fez parte dos grupos de teatro "Ecoo-vardia" e "Fascínio" por 3 anos. Ainda nos anos 80, Tony Caroll tornou-se membro da Academia Petropolitana "Raul de Leoni", onde publicou numa antologia poética o poema "Eternamente Luciane". Em 2003, publicou sua antologia poética "Amor minha última palavra", primeiro livro inteiramente dedicado à sua obra. Um segundo livro de poemas e crônicas está em preparação. Paralelamente a sua carreira literária, Tony Caroll tem se dedicado ativamente trabalhado como dramaturgo e roteirista de trabalhos para o vídeo e o cinema.
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MACHADO DE ASSIS
Joaquim Maria Machado de Assis nasceu no Rio de Janeiro em 1839 e morreu na mesma cidade em 1908. Poeta, romancista, contista, cronista, dramaturgo, ensaísta e crítico. Entre suas grandes obras, estão Dom Casmurro e Memórias Póstumas de Brás Cubas, O Alienista, Casa Velha, Esaú e Jacó, A mão e a luva,Memorial de Aires, Quincas Borba, Helena, etc. Obras poéticas: Crisálidas (1864), Falenas (1870), Americanas (1875) e Ocidentais (1901). Obras para o palco: Hoje avental, amanhã luva (1860); Queda que as mulheres têm para os tolos (1861); Desencantos (1861); O Caminho da Porta (1863); O Protocolo (1863); Quase Ministro (1863); Os deuses de casaca (1865); Tu, só tu, puro amor (1880); Não consultes médico (1896); Lição de botânica (1906).

RESUMO DO LIVRO "DOM CASMURRO"

É uma narração cujo foco narrativo é em primeira pessoa, e conta a vida do seu personagem principal, Bentinho, a partir dos seus quinze anos. Sua mãe, por ter perdido o primeiro filho, então fez tal promessa : que iria tornar padre o próximo filho, se sobrevivesse. Sem ter como evitar , mesmo contra a vontade dele e de sua vizinha pela qual era apaixonado, Bentinho vai ao seminário enviado pela mãe. Lá, conheceu Escobar e tornaram-se muito amigos. Eles tinham algo em comum : ambos não desejavam ser padre. Escobar sonhava ser comerciante e Bentinho queria ser médico, advogado, qualquer coisa que não fosse padre e permitisse seu casamento com Capitu, a vizinha. Um tempo depois, Bentinho consegue sair do seminário através de uma idéia de Escobar, que era a seguinte : sua mãe, D. Glória, adotaria um garoto e o enviaria ao seminário em lugar de Bentinho. Isto se fez e Bentinho depois de voltar dos estudos, tornando-se advogado, casa-se com Capitu. Durante seus estudos nunca perdera o contato com Capitu nem mesmo com o amigo Escobar, que saíra do seminário junto com ele e foi ser comerciante como queria. Escobar casa-se com Sancha, amiga de Capitu desde a infância. Os casais viviam tendo programa juntos, jantando uns nas casas dos outros, tendo muita amizade. Escobar e Sancha já tinham uma filha, enquanto o filho de Bentinho e Capitu se demorava a chegar. Veio depois de um tempo e foi recebido com muita satisfação. Depois de algum tempo Escobar morre afogado, ao nadar no mar bravo e não conseguindo voltar. É a partir daí que Bentinho começa com a sua desconfiança, pois percebera que Capitu sofria mais do que deveria pelo morto. Bentinho era um marido muito ciumento, e desconfiava agora de Capitu e Escobar, ainda mais, depois de reparar nas feições do filho Ezequiel e perceber que eram parecidas com a do amigo falecido, Escobar. Bentinho resolve então mandar Capitu e o filho à Europa, enquanto vivia ainda no Brasil. Tempos depois, Ezequiel volta ao Brasil para uma visita ao "pai", avisando da morte de Capitu e de seus estudos. Ezequiel falece depois de febre tifóide, enquanto estudava arqueologia, em Jerusalém onde acabou sendo enterrado.

JOSÉ DE ALENCAR
O Guarany - RESUMO

Na primeira metade do século XVII, Portugal ainda dependia politicamente da Espanha, fato que, se por um lado exasperava os sentimentos patrióticos de um frei Antão, como mostrou Gonçalves Dias, por outro lado a ele se acomodavam os conservadoristas e os portugueses de pouco brio. D. Antônio de Mariz, fidalgo dos mais insignes da nobreza de Portugal, leva adiante no Brasil uma colonização dentro mais rigoroso espírito de obediência à sua pátria. Representa, com sua casa-forte, elevada na Serra dos Órgãos, um baluarte na Colônia, a desafiar o poderio espanhol. Sua casa-forte, às margens do Pequequer, afluente do Paraíba, é abrigo de ilustres portugueses, afinados no mesmo espírito patriótico e colonizador, mas acolhe inicialmente, com ingênua cordialidade, bandos de mercenários, homens sedentos de ouro e prata, como o aventureiro Loredano, ex-padre que assassinara um homem desarmado, a troco do mapa das famosas minas de prata. Dentro da respeitável casa de D. Antônio de Mariz, Loredano vai pacientemente urdindo seu plano de destruição de toda a família e dos agregados. Em seus planos, contudo, está o rapto da bela Cecília, filha de D. Antônio, mas que é constantemente vigiada por um índio forte e corajoso, Peri, que em recompensa por tê-la salvo certa vez de uma avalancha de pedras, recebeu a mais alta gratidão de D. Antônio e mesmo o afeto espontâneo da moça, que o trata como a um irmão. A narrativa inicia seus momentos épicos logo após o incidente em que Diogo, filho de D. Antônio, inadvertidamente, mata uma indiazinha aimoré, durante uma caçada. Indignados, os aimorés procuram vingança: surpreendidos por Peri, enquanto espreitavam o banho de Ceci, para logo após assassiná-la, dois aimorés caem transpassados por certeiras flechas; o fato é relatado à tribo aimoré por uma índia que conseguira ver o ocorrido. A luta que se irá travar não diminui a ambição de Loredano, que continua a tramar a destruição de todos os que não o acompanhem. Pela bravura demonstrada do homem português, têm importância ainda dois personagens: Álvaro, jovem enamorado de Ceci e não retribuído nesse amor, senão numa fraterna simpatia; Aires Gomes, espécie de comandante de armas, leal defensor da casa de D. Antônio. Durante todos os momentos da luta, Peri, vigilante, não descura dos passos de Loredano, frustrando todas suas tentativas de traição ou de rapto de Ceci. Muito mais numerosos, os aimorés vão ganhando a luta passo a passo. Num momento, dos mais heróicos por sinal, Peri, conhecendo que estavam quase perdidos, tenta uma solução tipicamente indígena: tomando veneno, pois sabe que os aimorés são antropófagos, desce a montanha e vai lutar "in loco" contra os aimorés: sabe que, morrendo, seria sua carne devorada pelos antropófagos e aí estaria a salvação da casa de D. Antônio: eles morreriam, pois seu organismo já estaria de todo envenenado. Depois de encarniçada luta, onde morreram muitos inimigos, Peri é subjugado e, já sem forças, espera, armado, o sacrifício que lhe irão impingir. Álvaro (a esta altura enamorado de Isabel, irmã adotiva de Cecília) consegue heroicamente salvar Peri. Peri volta e diz a Ceci que havia tomado veneno. Ante o desespero da moça com essa revelação, Peri volta à floresta em busca de um antídoto, espécie de erva que neutraliza o poder letal do veneno. De volta, traz o cadáver de Álvaro morto em combate com os aimorés. Dá-se então o momento trágico da narrativa: Isabel, inconformada com a desgraça ocorrida ao amado, suicida-se sobre seu corpo. Loredano continua agindo. Crendo-se completamente seguro, trama agora a morte de D. Antônio e parte para a ação. Quando menos supõe, é preso e condenado a morrer na fogueira, como traidor. O cerco dos selvagens é cada vez maior. Peri, a pedido do pai de Cecília, se faz cristão, única maneira possível para que D. Antônio concordasse, na fuga dos dois, os únicos que se poderiam salvar. Descendo por uma corda através do abismo, carregando Cecília entorpecida pelo vinho que o pai lhe dera para que dormisse, Peri, consegue afinal chegar ao rio Paquequer. Numa frágil canoa, vai descendo rio abaixo, até que ouve o grande estampido provocado por D. Antônio, que, vendo entrarem os aimorés em sua fortaleza, ateia fogo aos barris de pólvora, destruindo índios e portugueses. Testemunhas únicas do ocorrido, Peri e Ceci caminham agora por uma natureza revolta em águas, enfrentando a fúria dos elementos da tempestade. Cecília acorda e Peri lhe relata o sucedido. Transtornada, a moça se vê sozinha no mundo. Prefere não mais voltar ao Rio de Janeiro, para onde iria. Prefere ficar com Peri, morando nas selvas. A tempestade faz as águas subirem ainda mais. Por segurança, Peri sobe ao alto de uma palmeira, protegendo fielmente a moça. Como as águas fossem subindo perigosamente, Peri, com força descomunal, arranca a palmeira do solo, improvisando uma canoa. O romance termina com a palmeira perdendo-se no horizonte, não sem antes Alencar ter sugerido, nas últimas linhas do romance, uma bela união amorosa, semente de onde brotaria mais tarde a raça brasileira...




PAULO COELHO
O escritor brasileiro Paulo Coelho nasceu em 1947, na cidade do Rio de Janeiro. Antes de dedicar-se inteiramente à literatura, trabalhou com diretor e autor de teatro, compositor e jornalista. Paulo Coelho escreveu letras de música para alguns dos nomes mais famosos da musica brasileira, como Elis Regina e Rita Lee. Seu trabalho mais conhecido, porém, foram as parcerias musicais com Raul Seixas, que resultou em sucessos como ''Eu nasci há dez mil anos atrás'', ''Gita'', ''Al Capone'', entre outras 60 composições com o grande mito do rock no Brasil. Seu fascínio pela busca espiritual, que data da época em que, como hippie, viajava pelo mundo, resultou numa série de experiências em sociedades secretas, religiões orientais, etc. Em 1982, editou ele mesmo seu primeiro livro, Arquivos do Inferno, que não teve qualquer repercussão. Em 1985, participou do livro O Manual Prático do Vampirismo, que mais tarde mandou recolher, por considerar, segundo suas próprias palavras, ''de má qualidade''. Em 1986, Paulo Coelho fez a peregrinação pelo Caminho de Santiago, cuja experiência seria descrita em seu livro O diário de um mago. No ano seguinte (1988), publicou O Alquimista, que - apesar de sua lenta vendagem inicial, o que provocou a desistência do seu primeiro editor - se transformaria no livro brasileiro mais vendido em todos os tempos. Outros títulos incluem Brida (1990), As Valkírias (1992), Na margem do rio Piedra eu sentei e chorei (1994), a coletânea das melhores colunas publicadas na Folha de São Paulo, Maktub (1994), uma compilação de textos seus em Frases (1995), O Monte Cinco (1996) e O manual do guerreiro da luz (1997). Fez também a adaptação de O dom supremo (Henry Drummond) e Cartas de Amor de um profeta (Khalil Gibran) Seu livro "Veronika decide morrer" (1998) trata do tema da loucura e da necessidade de se encontrar uma alternativa para as pessoas que enfrentam, muitas vezes, os preconceitos dos outros - unicamente porque pensam diferente. De acordo com "Le Nouvel Economiste", Coelho está entre os 15 autores mais vendidos do mundo. Tem críticos apaixonados, tanto a favor como contra sua obra. Seu livro "O Alquimista" chegou ao primeiro lugar da lista dos mais vendidos em 18 países, e vendeu, até o momento, 9.5 milhoes de exemplares. Está traduzido para albanes, árabe, búlgaro, catlão, chinês, croata, tcheco, dinamarquês, holandês, Ingles, estoniano, finlandês, francês, galego, alemão, grego, hebreu, húngaro, islandês, italiano, japones, coreano, lituano, letoniano, macedonico, norueguês, polonês, português (Portugal), rumeno, russo, eslovaco, esloveno, espanhol, sueco, mandarim, tailandês, turco, Urdo, yugoslavo.
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JORGE AMADO
Nasceu a 10 de agosto de 1912, na fazenda Auricídia, no distrito de Ferradas, em Itabuna, Bahia. Passou a infância em Ilhéus. Na adolescência, começou a trabalhar em jornais. Publicou seu primeiro romance, "O país do carnaval", em 1931. E m 1933 casa-se com sua primeira mulher, Matilde Garcia Rosa. No mesmo ano publica "Cacau". Em 1935 forma-se em Direito no Rio de Janeiro. Em 1945, entrou para a política como deputado federal de São Paulo pelo PCB. Jorge Amado foi o autor da lei, ainda hoje em vigor, que assegura o direito à liberdade de culto religioso. Casa-se com Zélia Gattai. Em 1947, o escritor se exilou na França, pois o PCB foi declarado ilegal e seus membros perseguidos e presos. Viveu na europa até meados da década de 50. Ao voltar para o Brasil, afasta-se da política e se dedica apenas aos livros. Em 1961 foi eleito para a Academia Brasileira de Letras. Por seus livros, recebeu diversas honrarias no Brasil e no mundo. Morreu em Salvador, em 6 de agosto de 2001, tendo seu corpo sido cremado, e suas cinzas enterradas no jardim de sua casa em Salvador. Os livros de Jorge Amado já foram traduzidos em 55 países, em 49 idiomas. Eis a lista completa de seus livros:
O país do Carnaval (1931, romance)
Cacau (1933, romance)
Suor (1934, romance)
Jubiabá (1935, romance)
Mar morto (1936, romance) Capitães da areia (1937, romance)
ABC de Castro Alves (1941, biografia)
O cavaleiro da esperança (1942, biografia)
Terras do sem fim (1943, romance)
São Jorge dos Ilhéus (1944, romance)
Bahia de Todos os Santos (1945, guia da cidade)
Seara vermelha (1946, romance)
O amor do soldado (1947, peça teatral)
O mundo da paz (1951, guia de viagem)
Os subterrâneos da liberdade (1954, romance)
Gabriela cravo e canela (1958, romance)
A morte e a morte de Quincas Berro Dágua (1961, romance)
Os velhos marinheiros (1961, romance)
Os pastores da noite (1964, romance)
Dona Flor e seus dois maridos (1966, romance)
Tenda dos milagres (1969, romance)
Tereza Batista cansada de guerra (1972, romance)
O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá (1976, romance)
Tieta do agreste (1977, romance)
Farda, fardão, camisola de dormir (1979, romance)
O menino grapiúna (1981, memória)
A bola e o goleiro (1984, infantil)
Tocaia grande (1984, romance)
O sumiço da santa: uma história de feitiçaria (1988, romance)
Navegação de cabotagem (1992, memória)
A descoberta da América pelos turcos (1992, romance)
Milagre dos pássaros (1997, romance)

Abaixo, resumos, comentários e detalhes curiosos sobre alguns dos mais famosos livros de Jorge amado:

DONA FLOR E SEUS DOIS MARIDOS Resumo
Florípedes, a D. Flor do título, professora de culinária da escola Sabor & Arte (que se transforma malandramente no trocadilho saborear-te) perde seu marido Vadinho, malandro incorrigível, em pleno domingo de carnaval. De luto fechado, chorosa, recorda os altos e baixos desse relacionamento - que o leitor vai conhecendo em feedback. Mas, como ainda é jovem e bonita, desperta a atenção do corretíssimo farmacêutico Teodoro, com quem se casa. As diferenças entre os maridos são gritantes: se com Vadinho tudo era "louca vadiação", com Teodoro o sexo é regular e bem comportado; se com Vadinho o que sentia era emoção e insegurança, com Teodoro a solidez traz uma ponta melancólica de tédio. Até que o fantasma de Vadinho se intromete na cama de D.Flor e de Teodoro. Fantasia? Saudade? O romance não parece procurar respostas excludentes. Ao contrário, D. Flor é um livro que resolve, ou dissolve, o impasse do triângulo amoroso na possibilidade ambígua e inclusiva de dois amores para a desmedida do desejo humano. Numa leitura mais sociológica, a história de D.Flor aponta para o caráter complexo e contraditório da cultura nacional. Assim surge das páginas de Jorge Amado um Brasil rico em aspectos divergentes: país da abundância (as receitas baianas são um atrativo à parte) e da falta (a população pobre das ruas da Bahia), do erotismo desataviado, mas também do preconceito e da hipocrisia, país da cordialidade e da crueldade, da ordem e da desordem. O romance foi escrito em Salvador, entre 1965 e 1966, e lançado pela Livraria Martins Editora, São Paulo, em maio de 1966. Em 1976, foi lançada a adaptação cinematográfica do livro, estrelada por Sônia Braga no papel título, José Wilker como Vadinho e Mauro Mendonça como Teodoro. Foi um grande sucesso, e exibido também nos Estados Unidos, na Europa e na América Latina. Em 1987, a Rede Globo exibiu uma adaptação do romance como minissérie escrita por Dias Gomes, direção de Mauro Mendonça Filho, protagonizada por Giulia Gam (Flor), Marco Nanini (Teodoro) e Edson Celulari(Vadinho).

CAPITÃES DA AREIA
Resumo
Na década de 30, a cidade de Salvador, Bahia, é atemorizada por um grupo de garotos abandonados de várias idades que praticam furtos, os "Capitães da Areia". O delegado da cidade e o diretor do Reformatório Baiano prometem à imprensa que vão descobrir o esconderijo dos delinquentes e prendê-los. Mas o Padre José Pedro e Maria Ricardina, mãe de um menor internado no Reformatório, procuram o Jornal para dizer que lá os menores são tratados como animais e saem mais revoltados do que quando entram. Apesar de Maria Ricardina pedir ao Jornal que faça uma visita-surpresa à Instituição, o diretor do Reformatório é avisado com antecedência pela Redação do Jornal, e quando o repórter chega, encontra "uma instituição modelar", não poupando elogios ao Reformatório e ao seu diretor na manchete do dia seguinte.
Os Capitães se escondem em um velho trapiche abandonado numa praia, e são liderados por Pedro Bala, de longos cabelos loiros e uma cicatriz no rosto, que depois descobre ser filho de um líder sindical morto durante uma greve. Dentre os outros integrantes do grupo, estão: João Grande, o mais alto e forte de todos, mas de boa índole, o "negro bom", como diz Pedro Bala, segundo em comando; Professor, que é o intelectual do grupo, o único que sabe ler, além de ter grande talento para o desenho; Gato, que com seu jeito de malandro novato acaba conquistando uma prostituta, Dalva, e se tornam amantes; Sem- Pernas, o garoto coxo que serve de espião penetrando em casas de família se fingindo de órfão desamparado e triste para sondar os objetos de valor; Pirulito, que tem grande fervor religioso, e por isso considera levar uma vida de pecado, acaba se apegando ao Padre José Pedro ao conhecê-lo; Volta Seca, caboclo de olhar soturno, afilhado de Lampião, tem ódio dos policiais e o desejo de se tornar cangaceiro; Boa-Vida, tipo malandro, tenta possuir Gato à força quando este entra no grupo; Almiro, o menos ágil de todos, mantém relações sexuais com o negrinho Barandão, outro do grupo. Somente o Padre José Pedro e Don'Aninha, uma mãe-de-santo, conhecem o esconderijo dos garotos e os visitam regularmente, além de Querido-de-Deus, um capoeirista amigo do grupo, que dá algumas aulas de capoeira para Pedro Bala, João Grande e Gato; Gato chega ao trapiche vindo de outro grupo de garotos abandonados, os Índios Maloqueiros de Aracajú. Boa-Vida logo se interessa de forma mal-intencionada pelo recém-chegado, e imediatamente se oferece para levá-lo pelas ruas de Salvador para que conheça a cidade. Roubam juntos, e Boa Vida dá o que conseguiu a Gato, que não percebe seu jogo de sedução. À noite, no trapiche, Boa-Vida oferece um lado do seu lençol a Gato. Quando todos dormem, Boa-Vida tenta possuir Gato, mas é violentamente rechaçado por este. Don'Aninha procura os Capitães para pedir que recuperem a imagem de Ogum de seu terreiro de Cambomblé. A imagem foi apreendida pela polícia. Bala provoca o guarda para ser levado à delegacia onde está a imagem. Lá, encontra outros que estão para ser interrogados pelo delegado, entre eles "Mariazinha", um pederasta detido por fazer escândalo depois de cheirar cocaína, e um velho tremendo de medo e jurando inocência. Ao ser chamado, Bala inventa uma mentira e consegue ser libertado levando escondida a imagem de Ogum. Gato, andando à noite pela rua de prostituição, vê Dalva e acaba se tornando amante dela, depois de agarrá-la à força. Sem-Pernas, fingindo-se de órfão, penetra na casa de um casal de idosos, Ester e Raul. Ela se apega muito ao garoto, principalmente por lembrar de seu filho morto. A forma extremamente carinhosa com que Sem-Pernas vai sendo tratado pelo casal vai lhe provocando um remorso cada vez maior por estar ali para trair-lhes a confiança. Bala começa a reclamar da demora de Sem-Pernas para descobrir onde estão os objetos de valor. Após alguns dias, Sem-Pernas cumpre sua tarefa e abre a mansão aos Capitães para o roubo, mas antes de ir embora se vira, vê o quadro de Ester e sente muito remorso pelo que está fazendo. Chega ao trapiche totalmente deprimido. Almiro começa a debochar, e é furiosamente atacado por Sem-Pernas com uma navalha, tendo que ser contido pelos outros. Mais tarde, por estar usando as roupas ricas que ganhou de Ester, pede para trocar de roupa com Gato, e volta a usar trapos. Bala, em uma conversa num botequim com Querido-de-Deus, João de Adão e a dona do botequim, Comadre Luísa, descobre que é filho de um sindicalista morto. Na mesma noite, no areal, persegue uma negrinha e tenta possuí-la à força. A negrinha resiste, por ser virgem, mas como Bala não está disposto a deixá-la, acaba cedendo. Depois, ao se desvencilhar dele, a menina roga-lhe pragas terríveis , e Bala sente grande mal-estar pelo que fez . Após isso, a varíola ataca a cidade, e infecta Almiro. Sem-Pernas tenta incitar os outros a jogarem Almiro no meio da rua para que os funcionários da Saúde Pública o levem para o Lazareto - local onde os variolosos eram internados, e quase sempre morriam - , mas Almiro implora que não façam isso. Sem-Pernas, furioso, tenta enxotá-lo a pontapés, mas é violentamente impedido por Volta-Seca, que o ameaça com um revólver. Bala, ao chegar, não quer deixar que o menino vá para o Lazareto, mas o Padre José Pedro o convence que o melhor é levar Almiro à casa da mãe, para ser cuidado em segredo por um médico. Este, porém, denuncia a doença do menino às autoridades - tentando obter uma promoção para si- e Almiro acaba sendo levado para o Lazareto, onde morre. O Padre é denúnciado por tentar esconder o caso de varíola das autoridades, e é chamado pelo Cõnego do Arcebispado, seu superior, que o ameaça duramente, desprezando suas tentativas de regeneração dos Capitães da Areia. Na segunda parte surge uma história de amor quando a menina Dora e Zé Fuinha, seu irmão pequeno, orfãos de pai e mãe, são encontrados perambulando na rua por João Grande e Professor, que os levam para o trapiche. Ao chegarem porém, são cercados pelos outros, liderados por Boa-Vida, Volta Seca e Sem-Pernas, que querem possuí-la á força, mas após uma luta corporal entre eles, chega Bala e os outros a deixam. Após o mal-estar inicial, os garotos começam a encarar Dora como uma espécie de mãe e irmã de todos, graças ao ar fraternal da menina, que cuida das feridas dos meninos, costura-lhes as roupas e se interessa pelos assuntos deles. Professor e Pedro Bala se apaixonam por ela, e Dora vai se apaixonando por Pedro Bala.
Logo, ela começa a participar de furtos com o grupo. Acabam sendo capturados, sendo Bala internado no Reformatório e Dora num Orfanato. Pela reação rebelde ao ser preso, Bala é tratado de forma desumana, sendo trancafiado em uma "cafua", uma diminuta solitária, onde passa fome e frio em meio a ratos e baratas, contrai uma infecção intestinal e começa a ter alucinações. Semanas depois, sai da cafua totalmente debilitado, e mesmo assim o Diretor do Reformatório ordena que Bala seja levado aos canaviais para o trabalho forçado. Numa noite, porém, pula pela janela do quarto com uma corda e, mesmo sendo denunciado por outro menor e com os guardas e cachorros ao seu encalço, consegue fugir. Junto com os outros Capitães resgata Dora, que a essa altura estava muito doente e enfraquecida, por também ter sido maltratada no Orfanato.
De noite, na praia, pela primeira vez juntos após a prisão, mesmo com Dora ardendo em febre e Bala relutando, ela pede que ele a possua, e se amam pela primeira vez. Ao amanhecer, quando Bala acorda encontra Dora morta, já fria a seu lado. Após o triste velório no trapiche, onde pela primeira vez, liderados por Pirulito, todos os Capitães rezam juntos, o corpo da menina é jogado no mar, conforme a tradição dos pescadores baianos. Bala, completamente desesperado, tenta se afogar junto com o corpo mas é resgatado pelo saveiro do Querido-de-Deus. Após isso, o grupo vai começando a se separar. Professor, entristecido com a morte de Dora, parte para o Rio de Janeiro e se torna um pintor de sucesso com quadros que retratam a vida pobre e sofrida dos Capitães da Areia e da menina, a quem também amava.
Sem-Pernas penetra na casa de Joana, uma solteirona, chamada no livro de "vitalina", uma mulher bem mais velha que ele, para espionar os objetos de valor, mas acaba tendo um relacionamento amoroso problemático com ela, que todas as noites o procura para ter relações, mas nunca completas, por receio do escândalo de uma gravidez. Após vários dias de relutância, ele acaba dando a chave da casa aos outros Capitães para o furto e foge, para fúria da solteirona e aumento da revolta interior do garoto com a sua vida.
Gato se torna uma malandro de verdade, vai embora para Ilhéus com Dalva, e lá se torna gigolô e vigarista procurado pela polícia.
Pirulito se torna frade e vai embora com Padre José Pedro, que finalmente consegue uma paróquia no interior, onde vai para continuar sua missão de ajudar os pobres.
Volta Seca parte para o sertão e lá encontra seu padrinho Lampião, tornando-se um dos seus cangaceiros, e começa a matar soldados. Sua crueldade nas torturas é tanta que um dos cangarceiros, revoltado, tenta matá-lo, mas este é morto por Lampião, que tem grande apreço pelo afilhado.
Sem-Pernas se envolve em um roubo frustrado com os outros Capitães, que conseguem escapar, mas ele, por ser côxo, fica para trás e é perseguido por guardas numa desabalada correria pelas ruas da Cidade Alta, até que acaba encurralado e se joga do Elevador Lacerda, morrendo. Em Aracaju, Volta-Seca é preso, julgado e condenado por ter matado mais de 60 soldados, e sua frieza durante o julgamento causa revolta, despertando um debate entre a imprensa e os criminalistas sobre a natureza da índole de um criminoso. João Grande torna-se marinheiro e parte num navio mercante. Boa-Vida abandona o grupo e se torna mais um malandro arruaceiro das ruas de Salvador.
Pedro Bala, cada vez mais fascinado com as histórias de seu pai sindicalista, vai se envolvendo com os doqueiros até que, finalmente, os Capitães de Areia são apresentados por Querido-deDeus a organizadores de greve - entre eles o universitário Alberto, mentor intelectual da organização - e começam a tomar parte de movimentos grevistas. Pedro Bala é chamado para ajudar a formar outros grupos sindicais pelo país, e deixa a liderança dos Capitães para Barandão, que agora estará a frente não de ladrões, mas de um grupo de choque a favor de causas trabalhistas. Ao partir, se volta e olha pela última vez o trapiche à distância, vê aos garotos que gritam seu nome com os punhos levantados, como um grito de guerra - é a saudação típica dos Capitães da Areia - e, em meio a eles, parece ver também os que já partiram: João Grande, Professor, Gato, Pirulito, Sem-Pernas, Boa Vida, Almiro,e Dora, como que lhe dando forças para seguir em frente rumo a seu novo ideal.

Romance iniciado em Sergipe, em 1937, e concluído a bordo do navio Rakuyo Maru, no Oceano Pacífico. Lançado pela Livraria José Olympio Editora, Rio de Janeiro, em setembro de 1937. Traduzido para o alemão, árabe, croata, espanhol, francês, grego, húngaro, inglês, italiano, japonês, libanês, norueguês, russo, tcheco e ucraniano.
No teatro, diversas montagens adaptadas deste romance tem sido feitas. Na TV, a Rede Bandeirantes exibiu uma minissérie em 1989, direção de Walter Lima Jr., roteiro e adaptação de José Loureiro e Antônio Carlos Fontoura.

CURIOSIDADES SOBRE AS ADAPTAÇÕES DE CAPITÃES DA AREIA
A primeira versão para o teatro foi estreada em 1958 em Salvador, escrita por um padre. Em 1982, uma nova versão estrearia no Rio, com Roberto Batagglin interpretando Pedro Bala, e outros atores estreantes que depois se tornariam famosos, como Felipe Camargo, Hugo Gross e Roberto Bomtempo (que anos depois escreveria outra adaptação teatral deste livro).
Em 1971, o cineasta norte-americano Hall Bartlet rodou a versão para o cinema, com o título "The Sandpit Generals". O filme, falado em inglês, com atores americanos pouco conhecidos , foi todo rodado nos Estados Unidos, só incluindo algumas curtas tomadas de paisagens na Bahia. Teve a participação de Eliana Pitmann no elenco. Mas não foi um sucesso nas bilheterias, até porque a história foi bastante "enxugada" e os diálogos excessivamente simplificados (ou seja, sem palavrões ou aquele modo de falar típico dos baianos). No Brasil, este filme passou na TV Globo com o título "Dora", e também não obteve sucesso, já que não teve praticamente nenhuma divulgação e passou em um horário avançado na madrugada. Recentemente, uma versão brasileira estava para ser rodada, mas foi cancelada por problemas de direitos autorais. Transcrevemos abaixo uma notícia sobre isso:

PROJETO DE CAPITÃES DA AREIA NO CINEMA É CANCELADO
Texto retirado do site Os Artistas
O escritor baiano Jorge Amado, um dos autores mais bem sucedidos do país, já teve quase todos os seus livros adaptados para a TV, cinema ou teatro. Todos se recordam do sucesso de Sônia Braga em "Dona Flor e seus dois maridos" nas telas do cinema na década de 70. No mesmo período, ela interpretou Gabriela,na novela homônima da Rede Globo de Televisão, contracenando com o inesquecível ator Armando Bógus. Outros romances de Amado tem sido regularmente adaptados para o audiovisual, como a recente versão da Globo para o livro "Mar Morto", que virou uma novela com o título "Porto dos Milagres", escrita por Agnaldo Silva. O livro de maior sucesso, porém, é "Capitães da Areia", traduzido para vários idiomas e sempre recordista de vendas. Conta a história de meninos abandonados na Salvador da década de 30, claro que de forma romanceada, e impregnada de imagens e personagens típicos da Bahia, como é a característica de todos os livros de Amado. Capitães da Areia foi queimado em praça pública ao ser lançado na década de 30, por ser considerado subversivo (Amado era simpatizante do Comunismo, e isso é bem claro na menssagem final deste livro, quando o líder do bando, Pedro Bala, larga a marginalidade e se torna líder grevista, formando tropas de choque para combate em greves). Este livro recebeu inúmeras adaptações, algumas bastante competentes e fiéis ao livro, outras com menor qualidade. A mais recente foi uma versão para o teatro dirigida por Pedro Vasconcelos e estreada no Rio em 2002, tendo ficado por algumas semanas em cartaz. O dramaturgo carioca Carolino Bezerra iniciou em 2002 um projeto para levar Capitães da Areia para as telas, naquela que seria a primeira versão cinematográfica em português, já que, até hoje, por incrível que pareça, só houve uma versão em inglês, interpretada por atores americanos, rodada em Los Angeles em 1971, e que nem chegou a passar nos cinemas brasileiros. Bezerra diz que "o projeto é antigo, já existia desde 1990, mas só recentemente pude tocar adiante". Segundo ele, o filme seria uma superprodução, "já que é uma história de época que exigiria cenários e figurinos adequados". Entre os detalhes que o dramaturgo nos deu sobre o projeto, o mais interessante foi a lista de nomes que foram cotados para o provável elenco, incluindo pesos-pesados da dramaturgia nacional, como Sebastião Vasconcelos (que seria o Padre José Pedro), Paulo Autram, Nélson Xavier (interpretando Lampião), Elizabeth Hartmann, e a internacional Sônia Braga. Para interpretar os garotos do bando, foram cogitados Vinícius de Oliveira (que trabalhou com Fernanda Montenegro no filme Central do Brasil, e interpretaria Pirulito, o menino religioso do bando), Daniel Ávila (o Bruno da novela "Agora é que São Elas" da Globo, que seria Pedro Bala), Sérgio Hondjakoff (galã do seriado "Malhação", que seria Gato, o garoto amante de uma prostituta), Lui Mendes (o Jefferson de "A Próxima Vítima", que faria o malandro Boa-Vida), além de outros nomes desconhecidos do público da TV. Também estavam nesta lista outros artistas conhecidos, como Tony Tornado, que seria o estivador João de Adão, Solange Couto e até Suzana Alves (ela mesma, a ex-Tiazinha) , que seria Dalva, a prostituta amante de Gato. Como o projeto é antigo, Bezerra lembra que dois artistas já falecidos chegaram a estar cotados: Carlos Eduardo Dolabella, que seria o delegado de polícia, e Jorge Lafond, que faria uma participação rápida como um homossexual preso. Bezerra iniciou a preparação do roteiro, mas em Maio de 2003 a família de Amado teria avisado á produtora que os direitos autorais do livro já estavam vendidos e que não haveria a possibilidade de uma adaptação para o cinema. "Fiquei triste, pois tenho certeza que seria uma grande filme, que estava sendo preparado com toda minúcia e fidelidade a obra do autor e, assim como o livro se tornou um marco da literatura, certamente o filme também se tornaria um marco do cinema brasileiro ", lamenta Bezerra.

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