ANOTAÇÕES
As Aventuras da Liga Extraordinária
Por Jess Nevins (jjnevins@ix.netcom.com)
Esse texto é divulgado com a permissão do
Autor. Thanks, Jess!
Capítulo IV: Deuses da Aniquilação.
Página 36, quadrinho 1
Pode ser que a família no canto esquerdo seja a família
Cratchit, de A Christmas Carol (Um Conto de Natal), de Dickens;
a criança está sofrendo dos mesmos sintomas do pequeno
Tim.
Página 36, quadrinho 4
Vemos aqui que Hyde tem, além de um olfato bastante apurado,
uma visão que se estende além do espectro detectado pelos
seres humanos.
Página 37, quadrinho 4
Homem gritando: O que aconteceu?
Página 37, quadrinho 4
Homem apontando: Algumas pessoas estão lutando no andar superior.
Página 39, quadrinho 3
A admiração de Quatermain quanto a própria
idéia de aparelhos voadores reflete o debate, no final da última
década do século XIX, sobre qual tipo de vôo seria
dominante no futuro, o motorizado ou o não-motorizado (ou, como
era fraseado na época, o-mais-pesado-que-ar contra o-mais-leve-que-o-ar).
O vôo motorizado prevaleceria, é claro, mas isto não
era evidente durante a última década do século XIX.
O exemplo fictício mais proeminente deste assunto está em
Robur o Conquistador, onde Robur representa o vôo
do mais-pesado-que-o-ar e os membros do Instituto Weldon
representavam os que defendiam o vôo não-motorizado. Robur,
como é desnecessário dizer, venceu incontestavelmente.
Página 39, quadrinho 5
A declaração de Mina sobre homens que são
tão obcecado com mecanismos que causam apenas destruição
poderia ser considerada como um comentário de Moore
sobre a obsessão mecânica dos escritores de ficção
científica daquela época, especialmente os novelistas dos
penny dreadfuls, que constumavam mostrar diagramas de suas novas
criações em cada edição ou livro; a obsessão
com novas invenções e o uso delas como potenciais para a
destruição parecia quase um fetiche.
Página 46, quadrinho 3
Mobilis in mobili é o lema de Nemo em Vinte Mil
Léguas Submarinas. Pode ser traduzido mais ou menos como mover-se
no móvel ou mover-se por entre o meio.
Página 47, quadrinho 1
O edifício mostrado aqui é a sede de MI5, uma fantasia
com relação ao edifício do MI6, construido
em Vauxhall nos anos 90 do século XX. Há dois obeliscos
mostrados nesse quadrinho. Se um deles é a Agulha de Cleopatra
(encontrado, em nossa realidade, na margem do Tâmisa oposta à
Vauxhall, mais ao Leste), então o outro deve ser o obelisco que
se encontra, em nosso mundo, na cidade de Nova Iorque.
Página 47, quadrinhos 4-6
O símbolo nas paredes e sobre a maçaneta da porta pertence
a ordem dos Mações. Para aqueles que gostam de conspirações,
a idéia de que os Mações (que durante muito
tempo têm sido suspeitos de estar pot trás de tudo, e quem
o Moore retratou tão desfavoravelmente em Do Inferno)
estejam no controle do aparato da inteligência britânica faz
muito sentido. Há muitas insinuações com relação
a maçonaria, inclusive a saudação de dois dedos do
Inspetor Donovan no capítulo 2, página 33, quadrinho
1.
Página 47, quadrinho 5
A Inteligência Militar de Sua Majestade, Divisão
5 é, presumivelmente, uma referência ao serviço
secreto britânico. Ela foi formada em 1909 como parte da Agência
de Serviços Secretos, mas presumivelmente M teve a previsão
de organizar algo semelhante uma década antes (parece que a MI5
toma conta da inteligência doméstica, que teria jurisdição
sobre coisas como Fu Manchu, mas não possui autoridade para
enviar agentes à França para agarrar Jekyll, trabalho
que cabe à MI6).
Página 48, quadrinho 7
O segredo de M é revelado. Ele é James Moriarty,
também conhecido como O Napoleão do Crime, arqui-inimigo
de Sherlock Holmes. Presumia-se que ele teria morrido ao cair com
Holmes das Reichenbach Falls. Não é tão difícil
supor que, se Holmes foi capaz de sobreviver à queda, Moriarty
também o fez. O desenho de Moriarty mostrado aqui é
uma referência aos desenhos de Sidney Paget em The Final
Problem (O Problema Final), a primeira aparição de Moriarty.
Em The Final Problem, o irmão de Moriarty se apresenta
com o nome James; tanto o Professor quanto o irmão dele
usavam o mesmo nome, as razões para isso são dadas em The
Other Log of Phileas Fogg (O Outro Diário de Phileas Fogg),
de Phillip Jose Farmer. Em The Empty House (A Casa Vazia),
o Professor é chamado de James Moriarty. Em Valley of
Fear (Vale de Medo), é dito que o Professor tem um irmão.
A frase Me hame de James, poderia ser uma referência à
Yours Truly, Jack the Ripper (Verdadeiramente Seu, Jack o Estripador),
onde a frase final é Me chama de Jack. Poderia ser ainda
uma referência ao filme The Ruling Class (A Classe Dominante),
em uma das primeiras linhas de Peter O'Toole.
Agradecimentos a: Brenda; Mark Brown; Chris; Terence Chua; Mark Coale,
como de costume; Ron Dingman; Dino Mike; Dave van Domelen; Eirias; Owen
Erasmus; Frederic Ferro; Steven Flanagan; Philip Flores; Alicia Germer;
Bryan Hollerbach; karfan; Ken Lemons; Jim Lesher; Steve Lieber (!); Henry
A. Lincoln; Jeff Lipton; Bala Menon; Gabriel Neeb; Tphile; Chris Schumacher;
Christopher Sequeira; David Serchay; Stu Shiffman; Danny Sichel; Rick
Slater; Zack Smith; Henry Spencer; Jason Tondro; Lawrence Watt-Evans (!);
Win, de the wonderful Wold Newton page.
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