FESTIVAL MUNDIAL DE CIRCO DO BRASIL
CONEXÃO NORDESTE
DE 17 A 26 DE OUTUBRO DE 2003

É muito difícil fazer está página, principalmente estando numa janela do décimo terceiro andar do Recife Praia Hotel de frente para... adivinha o quê? A praia!
Mesmo assim acho que vale o sacrifício. Tudo pela boa circulação da informação. As fotos abaixo são do backstage do segundo dia da mostra competitiva.

Como eu também sou participante, não tive muito expediente para tirar fotos, mas vou tentar melhorar para os próximos dias, prometo. A qualidade das fotos está incluída nas melhorias prometidas.

O banner gigante na entrada da Cidade do Circo: depois de um primeiro dia 'no susto', o segundo dia foi mais feliz: muita gente circulando pela barracas e exposições. Pessoas inclusive de outros estados: eu tomei uma sopinha antes do espetáculo de sábado e fiquei conversando com um senhor que se picou de Natal só para ver o evento. Primeira reunião dos artistas: da esquerda para direita: o malabarista russo Maxim, dois integrantes do inglês Chipolatas, um DJ e um outro 'negócio' inglês - aquilo de pé - que eu não entendi bem o que ele faz, e dois chineses. Nesta reunião foi comunicada uma decisão que agradou a todos: todos os artistas se apresentariam durante os três dias, diferentemente da proposta inicial, que consistia em apenas uma apresentação pela competição e uma segunda apenas dos vencedores. Essa decisão deixou a competição em segundo plano e aproximou mais o elenco. O clima nos camarins na sexta e no sábado foi de muita confraternização e troca. Apesar das barreiras impostas pelos idiomas, a comunicação é feita através da linguagem comum a todos: o Circo.
Rasta Mombassa: eu já vi gente feliz em cena, mas eles passam do limite! Quem fez o roteiro de apresentação acertou muito quando colocou os Quenianos para abrir o espetáculo com seu número de acrobacia e dândis. Eles estendem um tapete vermelho para o público e convidam todos para uma festa. Conversando com um deles, fiquei sabendo que a trilha sonora do número - que é contagiante - na verdade é feito por dois percussionistas ao vivo com dez tambores ao todo, mas eles não puderam vir. Mais uma curiosidade: eles têm duas línguas oficiais, o inglês e uma outra que eu não me atrevo a tentar escrever o nome, e mais 500 dialetos. Acho que se você muda de bairro, você muda de língua... Jango Edwards, Luciana e Luciano (no reflexo): o Lu e a Lu são a dupla de argentinos que faz o mastro chinês, e o Jango é o palhaço norte americano que fez as amarrações entre números. Falando um pouco mais sobre as apresentações, o primeiro dia foi um pouco conturbado e com muitos problemas técnicos, o que prejudicou a performance de boa parte dos artistas. A tinta branca do mastro dos argentinos inexplicavelmente descascou durante o número. O som do Jango - assim como o do malabarista russo e da Juliana Neves - atrapalhou bastante. No segundo dia tudo se ajeitou. Fico achando que o que fez falta foi um diretor instituído para cuidar só do espetáculo, o que foi feito interinamente pela Andréia Caruso, diretamente de Paris para as areias do Recife!
A dupla chinesa: a maior aflição é não conseguir estabelecer comunicação com eles. Não bastasse a distância da língua, quando tentamos usar o gestual dá na mesma. As diferenças culturais são maiores do que a gente imagina. Mas sem deixar de falar sobre Circo, que é para o que estamos aqui, eles foram a sensação dos dois dias de competição: impecáveis nas apresentações, literalmente levantaram o público com o seu número de tecido. Com direito ao supra sumo da breguice universal! Juliana Neves: nossa dileta representante brasileira com chancela do Soleil. O 'motorzinho' do número de tecido dela viajou de primeira classe, porque sem ele, a chefia não deixa ela se apresentar. Padrão de qualidade não tem discussão, mas isso é algo bem discutível...
Peter Ercolano: o parceiro do Jango Edwards se apronta para entrar em cena. Como todos os outros participantes, competidores ou não, uma grande companhia durante esses três primeiros dias de festival, que promete muito mais. A ver no próximo boletim.