I'M THE ONE
by Paulinha
sentou na sua cama com uma foto de na mão. Pensou em ligar pra ele, mas desistiu, ia acabar com qualquer sentimento que tinha por ele, estava decidido. Preferia assim, não queria arriscar a amizade deles por nada nesse mundo. Guardou então a foto dele na gaveta da mesinha ao lado de sua cama e apagou a luz para dormir, mas antes que pudesse fechar os olhos o telefone tocou e ela se levantou para atender.
abriu a porta de casa quando ouviu o carro buzinar. Olhou de longe e se assustou com o pequeno carro que abrigava sete pessoas ali dentro.
- Qual é falou entregando ao amigo um copo de bebida – Não é minha culpa se a está diferente com você...
- “Uh-huh, oh yeah, let me tell ya now! OOh, oh”
[Capítulo 5]
parou o carro na porta da casa de .
acordou não muito cedo na segunda feira. Tomou um café da manhã leve, ligou o som e começou a arrumar a casa. Tinha que fazer isso cedo, pois ela ia tirar algumas fotos do Son of Dork no ensaio à tarde para colocar no site deles. Além da fotografia ser um hobby ela era webmaster da banda.
- Dave tira o canudo do nariz! – disse em meio uma crise de riso.
Dave tocou a campainha da casa de . Ela logo abriu a porta e sorriu ao ver o garoto. Ele estava realmente bonito, mas ela sentiu uma pontada no estomago ao pensar que queria que outra pessoa estivesse ali, no lugar de Dave.
Dave pegou uma garrafa de cerveja na geladeira. Viu que preparava uma batida enquanto suas amigas conversavam em um canto próximo dele.
- pára! – dizia entre risos, vendo o garoto imitar o Michael Jackson.
coçou a cabeça olhando meio absorto para as pessoas em volta dele. Era isso. Estava decidido, ia esquecer de qualquer jeito. Tinha amado dançar com ela, mas seu coração partia só de pensar que não podia dar um beijo nela ou abraça-la de verdade. Ou até mesmo dizer o que realmente sentia. Até porque, se dissesse apenas ia estar repetindo o que Dave já havia dito...
- ! – disse pulando na amiga. Algumas horas tinham se passado e ela tinha bebido um pouco demais.
abriu os olhos e tentou levantar. Estava meio tonto e sua cabeça doía muito. Esfregou os olhos tentando se lembrar do dia anterior, e ficou paralisado quando a lembrança veio à sua cabeça. O que diabos tinha feito? Olhou de vagar para o lado, e seu maior medo se concretizou. Jéssica estava deitada do seu lado, dormindo em sua cama. Fechou os olhos. Não era bem assim que ele queria que as coisas acontecessem.
ria alto enquanto Dave tentava não queimar o ovo com bacon que tentava fazer.
desligou o telefone e sentou na cadeira olhando fixamente para a mesa, perdido em pensamentos.
- Anda Dave! Já são quase duas horas! – < gritava pelo garoto na porta de casa.
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[Capítulo 1]
- Diz pra ela que você se inspira nela pra escrever suas musicas, sei lá...
- Ah , me ajuda! – Dave disse sentado ao lado do amigo, bebendo um gole de cerveja, da lata.
- Dave, por que você não diz pra ela o que você sente?
- Porque ela ia me detestar se eu começasse a falar o que vem na minha cabeça... eu não sou bom nisso!
- Ah, e eu sou muito!
- Você é mais romântico ... sabe o que dizer pra uma garota quando você realmente gosta dela.. eu não... o máximo que eu sei fazer é levar a garota pra minha cama! Não que você seja ruim nisso – Dave se apressou em dizer – pelo contrario... Mas você saberia conquistar uma garota que realmente valesse a pena... não essas que a gente vive conhecendo nesses bares... Eu não sei fazer isso.
- E o que te faz ter tanta certeza de que eu sei?!
- Ah, sei la... você consegue se expressar quando realmente gosta de alguém... você deve saber o que dizer pra garota!
- Eu só digo o que eu sinto. Não é nenhum truque ou fala decorada Dave...
- Mas eu não sei dizer o que eu sinto! Por favor, me ajuda! Eu nunca fiz isso antes – e olhou para cara de desesperado do amigo. Ele nunca fora de se apaixonar, sempre usava as garotas para leva-las pra cama... nunca....
- Ta bom Dave – ele disse finalmente ao amigo que parecia que ia chorar se ele não concordasse em ajuda-lo logo. – Mas como que eu vou falar alguma coisa se nem ao menos eu sei quem é a garota?
- Você vai saber - o outro respondeu... - assim que me ajudar a conquistar ela!
- Eu conheço?
- Uhum – o outro concordou.
- Ahrg! – resmungou. – não vai me dizer mesmo quem é?
- Não.
- Bom, então você precisa me dar no mínimo algumas dicas, do tipo, que tipo de garota que ela é e talz...
- É aquele tipo de garota que não se impressiona fácil. Se eu dissesse pra ela o que eu digo pras outras... acho que perdia as minhas chances pra sempre! , ela não é qualquer uma... você sabe... o que você diria pra alguém que realmente gostasse?
- Hum... – emitiu um som em resposta. Pensou em , e quase instantaneamente sorriu. Sentia-se feliz só de pensar nela... – Diz que você se sente bem quando lembra dela.
- O que mais?
- Ah, não sei... pensa em algo que ela faz q você gosta.. sei lá o jeito dela sorrir... – lembrou-se novamente de ... ela ria à toa... e ficava tão linda quando sorria...
- Certo, o jeito de sorrir – Disse Dave contando nos dedos da mão – me sinto bem quando lembro dela...
- Hum... Diz que você se sente mal quando ela fica triste... que não suporta que alguém faça alguma coisa ruim pra ela – mais uma vez falava com seu pensamento em .
- Ok, ok, fico triste quando ela está triste... – Dave falou contando um terceiro dedo na mão. – É, acho melhor eu pegar um caderno pra anotar... – mas se deparou com o olhar do amigo e desistiu - ou não...
- Dave não é possível que você sinta alguma coisa por essa garota...
- Sinto sim ! Lógico que sinto! Eu quero namorar ela cara!
- Pobre da garota se ela aceitar namorar com você Dave... – disso rindo.
- Alô?
- ? – perguntou, sorrindo ao ouvir a voz dela.
- ? O que deu na sua cabeça pra me ligar a essa hora? Eu tava ido dormir – ela respondeu com o coração apertado.
- Dormir? – respondeu ele – mas hoje é sábado! Você vai dormir essa hora?
- Eu...
- De jeito nenhum, to passando aí em dez minutos, quero você pronta me esperando, a gente vai sair.
- , eu... ? ? – Mas o ‘tutututututu’ do telefone foi tudo que ela ouviu em resposta.
- Ele é louco – ela disse alto pra si mesma, indo na gaveta da mesa de cabeceira e pegando a foto de . Ele estava com os olhos fechados e dava a língua com as mãos no bolso. Ela se
lembrou do dia em que tirou a foto, logo depois do primeiro show que ele fez com a banda. Ela havia brincado com ele, dizendo que agora que ele tava ficando famoso ia trocar ela pelas fãs. A resposta dele foi essa careta, e ela aproveitou para tirar a foto.
Riu sozinha, lembrando daquele dia.
- Tira isso da cabeça garota – ela falou novamente em voz alta guardando a foto – A gente é só amigo.
E foi trocar de roupa.
chegou perto de e , guardando o celular no bolso.
- Então? – disse olhando para – Podemos sair já?
- Uhum! – ele respondeu afirmativamente – vamos passar na casa da ok?
- ? – disse – chama a pra mim?
- Eu? Por que? Ela é sua namorada!
- Porque... se você não for eu vou falar pra o que fez na noite que vocês ficaram bêbados e brigaram... lembra?
apenas olhou mortalmente para e sai andando atrás de .
- Ela está na cozinha! – o outro berrou. – Então... – ele continuou falando dessa vez com . – Quando que você vai contar pra ela?
- Ahn? – ele respondeu fingindo inocência – do que você ta falando?
- Da ... , você tem que falar pra ela como você se sente... ou vai ficar apenas sonhando com ela pra sempre....
- A ? Não , isso já pass... – interrompeu o que estava falando ao ver a expressão no rosto do amigo – Não consigo esconder nada de você né?
- Parece que não... Fala sério ! Você tem que conversar com ela...
- Não! Ela não vai querer nada comigo, você sabe!
- Sei?! – respondeu perplexo.
- Sabe! Sabe que tudo que tem entre a gente é brincadeira! A gente brinca um com o outro... Sabe que a gente fica se provocando de vez enquando, mas que não passa disso, de uma brincadeira! De uma brincadeira de amigos...
- Que você queria que fosse de verdade, não de brincadeira...
- É, mas...
- Então fala isso pra ela! Conta o que você sente cara!
ia responder mas chegou perto dos dois e abraçou
- Vamos? – ela disse
- Vamos – disse levantando – A já ta esperando a gente passar lá.
surgiu na sala abraçado com , gritando pelo Dave e pelo .
Os dois apareceram discutindo.
- Você roubou Dave! – falava – Não dá pra jogar com você!
- Eu roubei?! – ele arregalava os olhos. – você que é um péssimo perdedor!
- Quando os outros roubam sou sim!
- Ei!- falou – vamos sair ou vocês vão ficar discutindo a noite toda?
- Vamos, Vamos! – Dave se apressou em dizer e foi saindo de casa em direção ao carro.
- Volta aqui seu ladrãozinho! – gritava enquanto esticava o braço tentando alcançar Dave, mas o segurava.
só olhava a confusão toda rindo.
- Eu vou pegar aquele... – insistia
- Ah, vamos embora – disse pegando a bolsa e saindo também.
, e que riam ainda da situção saíram atrás...
- Aquele filhote de avestruz... – repetia fazendo até rir.
- Ah, fala sério, não pode ser tão mal assim... – ele disse largando e indo em direção a porta, com as chaves na mão.
- Ele tava roubando cara! – o outro respondeu
- A propósito, que jogo vocês estavam jogando?
- Palitinho – disse descontraidamente
olhou pra com uma cara que dizia “Esse escândalo todo por causa de um jogo de palitinhos?”.
- O quê? – falou ao ver a expressão do amigo – jogo de palitinhos é coisa séria!
- Como vocês querem que eu entre aqui? – disse depois de trancar a porta de casa e de se aproximar do carro.
- Por que você não vem no meu colo ? – disse com um olhar malicioso, lambendo os lábios.
Ela ria enquanto Dave que estava na parte da frente do carro se esticava para dar um tapa na cabeça de , na parte de trás.
- Ei! Quem?... – disse olhando pra trás procurando quem tinha batido nele. – Seu ladrãozinho de uma figa... – ele disse ao ver Dave rir. – Você me paga... – e tentou partir pra cima dele. que estava do lado dele gritou quando viu o garoto se debruçar em cima dela para tentar alcançar Dave.
, do lado de fora, ria observando a cena.
- Vai ficar a noite toda ai? – disse - Entra logo no carro!
- Ah, muito fácil pra você falar! Ta aí dirigindo numa boa! Olha aqui pra trás e vê o que eu tenho que encarar! – ela respondeu e ele riu.
- , eu... Aí , pára... não, sooolta! – Dave dizia tentando se defender de – Eu até deixaria você ir aqui na frente se eu não achasse que poderia morrer se passasse para o banco de trás.
- Anda , entra logo – disse abrindo a porta tentando, sem sucesso, dar um espaço pra ela do lado dele - o já vai ficar quieto – ele dava cotuveladas no amigo.
apenas piscou pro Dave, que ainda se desviava das mãos de deu um sorriso abobalhado, e entrou no carro sentando no colo de .
- Viu Williams? O me protege... – Ela brincou, desejando que não fosse só uma brincadeira.
- Desculpa , mas quem está realmente precisando de proteção agora sou eu!
Ela riu.
- Porque afinal de contas eles estão brigando? – perguntou olhando para e vendo que seus rostos estavam muito perto.
- Jogo de Palitinhos – ele respondeu sorrindo, vendo ela sorrir também. Quantas vezes ele precisava repetir para si mesmo que ela ficava linda quando sorria? Ele ficava hipnotizado, como agora, toda vez que ela sorria assim...
Percebeu que seus rostos estavam chegando mais perto até que seus narizes se encostaram... ele viu que fechara os olhos... podia sentir que ela tinha prendido a respiração. Ele mesmo não podia respirar...
- Droga!! – berrou dando uma freada brusca no carro que jogou todo mundo para o lado, fazendo com que e não estivessem mais tão próximos e que ela quase caísse em cima de . – Desculpa gente, mas eu não vi o sinal vermelho – voltou a falar quando ouviu que todos atrás protestavam.
[Capítulo 2]
- Abre logo a porta ! – disse meio que empurrando para que ele saísse do carro. A verdade era que não queria sair. Tinha ali, tão...
- Anda – Foi a vez de dizer – Ta apertado aqui! Se você não sair a gente vai ficar aqui pra sempre, porque eu duvido que esses dois se desgrudem tão cedo – e apontou para o outro lado, onde e estavam se beijando. Dave e já tinham saído do carro e estavam esperando os demais.
- Ai , não empurra, já to saindo... – disse abrindo a porta do carro esperando que saísse do colo dele.
- Não sabia que tinha uma festa na casa da ! – disse saindo do colo de e sorrindo para ele. O garoto sentiu o corpo gelar.
- É, e eu não sabia se ia chegar viva até aqui dentro desse carro! – disse se levantando depois de .
- Eu disse pra você ir na frente comigo – abraçou ela por trás.
- Naaah... – ela balançou a cabeça negativamente – Realmente não achei muito seguro o Dave ir perto do ...
- Vamos entrando então – falou pegando na mão de para puxa-la até a porta da casa da , mas ela tirou a mão rápido ao sentir a dele. Se estava determinada a esquece-lo não seria andando de mãos dadas com ele que isso ia acontecer. Bom, sentando no colo dele também não...
- E a e o ? – ela olhou para dentro do carro onde, os dois ainda estavam, para disfarçar. Queria evitar olhar para que parecia chateado. Ela nunca tinha feito isso, eles sempre andaram assim e nunca teve problema nenhum...
- Acho que eles ainda vão ficar aí por um bom tempo – Dave disse colocando o braço envolta dos ombros de e olhando para dentro do carro – Ew! Que coisa nojenta que eles estão fazendo! - ele brincou enquanto os dois lá dentro apenas de beijavam – melhor você nem olhar , vamos entrar... – E ela riu acompanhando Dave para a porta da casa de , que já estava aberta e os amigos já estavam entrando.
Ela deu de cara com que a abraçou forte quando ela entrou, dizendo que já sabia que poderia ficar a vontade por lá.
- Quer beber alguma coisa? – Dave que ainda estava do lado de perguntou – Eu to indo buscar umas cervejas pra mim, eu pego alguma coisa pra você se quiser.
- Hum... ta virando cavalheiro hein Mr. Williams!
- Considere um pedido de desculpas por eu não poder deixar você entrar na parte da frente do carro...
Ela rui.
- Pega uma cerveja pra mim também! - e viu ele indo em direção a cozinha. E antes de pensar em mais qualquer coisa se deparou com do seu lado. – Hey! – ela disse.
- O que foi aquilo que você fez com o agora hein? – era assim. Sempre ia direto ao assunto.
- Ah , eu já te disse que estou decidia a esquecer ele. Mas não vai dar se eu ficar andando de mãos dadas com ele por aí!
- Ah, e ficar sentando no colo dele vai ajudar muito!
riu.
- Foi por isso que eu me toquei que não posso mais ficar tão perto dele assim... E também não tinha lugar no carro... você sabe... – ela não quis falar nada sobre o que tinha acontecido antes de frear o carro. Sabia que aquilo não significava nada para . Só uma garota boba como ela poderia achar que ia acontecer alguma coisa entre eles naquela hora. Com certeza se não tivesse freado iria impedir que seus rostos se aproximassem mais...
- Sei sim - a outra também riu – mas não precisava tirar a sua mão da dele daquele jeito... – ela voltou ao assunto. – Vocês andam assim desde que eu os conheço... e olha que isso tem tempo... Você ta cansada de saber que eu conheço vários carinhas que se interessaram por você mas quando te viram com o desistiram por achar que vocês eram namorados... Cara, vocês sempre foram desse jeito!
- É , mas desse jeito não dá pra continuar! Eu aturei essa tortura por um bom tempo! Você sabe quantas vezes eu brincava com ele e via ele me provocar, sabendo que tudo não passava de uma brincadeira, e eu sempre querendo que fosse mais do que apenas isso. Mas nunca foi... a gente nunca se beijou , apesar da maioria não acreditar nisso.
- Eu juro que não sei porque você não conta pra ele de uma vez ! Fala o que você sente!
- Eu não quero estragar a nossa amizade ... já de disse isso muitas vezes...
- , olha pra vocês dois... o jeito que vocês tratam um ao outro... se você começar a agir de uma maneira diferente com ele vai acabar estragando a amizade de qualquer maneira. Não dá simplesmente pra fingir que nunca rolou essa intimidade toda entre vocês.
- E o que você quer que eu faça ? – parecia cansada de tudo aquilo.
- Existem outras maneiras de esquecer alguém .
- É? Como?
- Olha em volta. Olha quantos garotos ficam olhando pra você. Acho que a melhor maneira de se esquecer de alguém é começando a gostar de outra pessoa... Porque você não conversa com em desses amigos da ? Eles são tão bonitos!
- E tão cafajestes! Além de imprestáveis!
- ! Que absurdo! Lógico que eles prestam!
- Prestam! Para uma noite! Que provavelmente vai ser no carro de um deles, superequipados para impressionar as mulheres. Ou quem sabe num desses quartos da casa da com uma dor de cabeça horrível no dia seguinte! – E as duas começaram a rir.
- Do que as damas estão rindo? – Perguntou Dave que chegava perto delas – Sua bebida – ele disse entregando uma garrafa de cerveja a .
- Dave? – ela pergutou – pensei que você tivesse encontrado uma daquelas loiras peitudas com decotes e mini saias de vinil no caminho da geladeira e fosse ficar lá com ela, como você faz desde... sempre. Realmente não pensei em momento algum que você fosse trazer a minha bebida. – ela estava surpresa.
- Nop – ele disse – Se te ofereci bebida foi porque eu iria voltar pra te trazer. E essas garotas já não me importam mais...
- Droga – disse se importar tanto com o que ele tinha dito. – E olha que eu nem gosto de cerveja.
E ela e riram, vendo e entrarem na casa de .
- ... - começou a falar – no carro... quando.. um pouco antes de você frear... lá naquele primeiro sinal...
- Uhm... – Chis bebeu um gole se sua bebida
olhava para os lados para ver se não tinha ninguém por perto ouvindo
– Eu... – engoliu em seco – Eu tive a impressão de que ela ia me beijar.
Ele só teve tempo de sair da frente de , porque ele cuspiu toda a bebida que tinha na boca ao ouvir aquilo.
- Sério?!!? – ele disse de olhos arregalados – Isso é um ótimo sinal!
- Não se você levar em conta que nada aconteceu e que agora ela parece estar evitando tocar em mim! Acho que ela se tocou de que a gente sempre andou junto demais e que isso poderia ser prejudicial a ela... deve estar achando que eu sou um maníaco que vou tentar agarrar ela a qualquer momento. – ele disse com a cabeça baixa, visivelmente abalado.
- , você conhece a à anos! Ela sabe que você não é nenhum maníaco! E nem tem motivos para pensar isso, já que foi ela que te provocou... no carro quero dizer.. sentou no seu colo e tudo mais.
- Você acha?
- Que isso , pára! Você nunca foi tão inseguro... Olha, eu to a fim de sair procurando a , mas só saio de perto de você, se estiver bem e sem frescuras em relação a .
- Ah, relaxa, vai lá. Eu vo procurar alguma coisa pra comer. – e dando um tapinha no ombro de
saiu em direção a cozinha, mas no caminho tropeçou em Dave.
- Outch! Cara, levanta do chão! – disse esticando a mão para o amigo, que ao invés de levantar puxou para o chão também, que caiu batendo a cabeça na perna de uma garota que estava sentada no sofá. Ela olhou de cara feia pra ele, mas ao ver quem era, um integrante do Son of Dork, arregalou os olhos e começou a cochichar com a amiga do lado.
- Desculpa... – ele disse meio baixo e olhou pra Dave que ria – Mias uma dessa e você vai ter que manter de mim a mesma distância que você mantém do .
- Calma, eu só queria conversar com você... – ele ainda ria
- Não era mais fácil me chamar não?
- Não! – ele respondeu como se tivesse falado algo realmente idiota e difícil de se fazer.
- Bom, nesse caso...
- Hey, como acha que estou me saindo? – Dave perguntou.
- Ahn? – não entendeu.
- Quero dizer, não estou dando em cima de mulher nenhuma... não to tentando dormir com nenhuma delas...
- Aaaahn... compreendeu. – Bom Dave, realmente é um bom passo pra você conquistar uma garota, não seria legal que ela soubesse que você ficou com um monte em uma festa...
- Eu vi você fazendo isso – Dave explicou – Você não dá uma de sexy beast pra cima de ninguém...
- Eu sei Dave, mas você não deveria deixar de sair com essas garotas – apontou pra uma que passava por eles enquanto subia um pouco a saia enquanto o próprio Dave babava – porque quer impressionar alguém. Deveria deixar de sair com elas porque realmente não tem vontade de sair com mais ninguém.
- Mas eu não tenho vontade de sair com mais ninguém! – Dave falou finalmente parando de olhar para a saia da garota.
apenas riu.
- Não sei porque você pergunta essas coisas pra mim... Eu nem ao menos tenho namorada – ele disse pensando em e que nunca conseguiu conquista-la... mas também nunca havia dito pra ela como se sentia.
– Você podia perguntar ao e ao ... eles tem namorada....
- Nãããããão...- Dave falou com uma voz fina balançando a mão – eles não são românticos o suficiente.
- Nem você Dave!
- Não, mas você é. E vai me ensinar a ser também.
- Já que é assim. – se levantou – Vou pegar alguma coisa pra comer, que ir junto?
- Não. Vou ficar aqui sentado, pensando nela. Em como ela fica bonita quando sorri! – Dave disse rindo e piscando para , que saiu andando para a cozinha.
Estava preparando um sanduíche com algumas coisas que encontrou na geladeira de quando sentiu que alguém Colocava a mão no seu rosto tampando seus olhos.
- Adivinha quem é? – ele ouviu um sussurro no seu ouvido. Sorriu ao sentir o perfume dela.
- Uhm... A mulher maravilha?
- Passou longe – ela sussurrou de novo – ele ouvia acima de tudo a respiração dela.
- Cinderela?
- Não.
- A madrasta da branca de neve?
- Quase.
- Gato de botas?
- Não vale! Como você adivinhou? – disse rindo dando impulso e se sentando na frente dele em cima da pia da cozinha. tinha razão. Ela não conseguia se afastar dele. Tinha que esquece-lo de outra forma.
- Então? Se divertindo? - ela falou. sorriu pensando que afinal ela não estava evitando ele.
- Depende do que você chama de diversão.
Ela riu alto colocando os braços em volta do pescoço dele.
- Você não quer realmente que eu te mostre não é?
- Na minha casa ou na sua? – ele entrou na brincadeira. Ela apenas riu. – Então o que veio fazer aqui? Resolveu ficar me seguindo é?
- Bom, eu tava conversando com a , mas o apareceu lá e eu não achei legal ficar segurando vela dos dois. Aí resolvi praticar meu passa tempo favorito. Te encher o saco.
- É, ta conseguindo – ele disse ficando de costas entre as pernas dela dando uma mordida no sanduíche.
Ela sentiu o corpo dele perto, ficou vermelha. “Que reação infantil!” pensou.
- Por favor – , que estava deitada com a cabeça no colo de , falou – diz que o nunca mais vai beber e a gente não vai ser mais obrigado a ouvir ele cantando todo desafinado a letra de I want you back!
- “I want you back.. Ooh ooh baby… I want you back… Yeah yeah yeah yeah… I want you back… na na na na”
- Infelizmente a venda de bebida alcoólica para pessoas com idade mental de dez anos não é proibida... – respondeu passando a mão pelos cabelos dela.
- “Baby, baby, baby, baby, baby yeaaaaaaah”
- Eu acho que nunca mais vou querer ouvir essa música.
- “A buh buh buh buh, all I need….”
- E ele nem lembra da ordem da letra... – entrou na conversa. Também estava olhando para que tinha uma garrafa de bebida na mão enquanto dançava no que ele pensava ser o ritmo da música.
Dave vinha em direção aos três.
- Ninguém vai fazer ele parar não? – disse quando Dave se sentou ao lado dele.
- Eu ia sugerir pra gente afogar ele na privada – ele respondeu - mas acho q a vai acabar dando falta dele depois de uma semana.
Os três riram, vendo descer as escadas da sua casa correndo e indo em direção a eles.
- Meninos, preciso de ajuda! Dois garotos arranjaram briga lá em cima! Vão quebrar a minha casa toda se alguém não for lá separar eles!
tirou a cabeça do colo de , que levantou junto com .
- Aonde?
- No meu quarto! – Ela falou e os dois subiram correndo para o andar de cima.
- , quer que eu avise ao pessoal?... – começou a dizer mas a amiga interrompeu.
- Não, pode deixar. Com eles lá em cima acho que vai ficar tudo sob controle. É até bom que ninguém saiba de nada... Ou alguns nem vão querer voltar para as minhas festas aqui...
- Bom, se você diz...
- Sim, sim, é melhor... Eu vou subir pra ver se posso ser útil em alguma coisa. – e dizendo isso desapareceu subindo as esacadas.
se virou para Dave que estava calmo ao seu lado, vendo tentar fazer parar de cantar.
- Você não vai subir para ajudar?
Ele olhou para ela.
- Sinceramente? Se eu subisse lá seria para olhar a briga e não para separar ela.
riu e ambos ficaram em silêncio, vendo cantar um pouco mais alto.
- “Murdered in the mosh… mosh, mosh, mosh...”
- Pelo menos ele mudou o repertório – Dave comentou.
- Ah, vamos lá pra fora! O vai acabar matando alguém cantando assim!
- Ótimo... Sou muito novo para morrer!
Ambos saíram da casa de ficando na varanda que tinha na entrada.
Dave bebeu um gole da sua cerveja.
- Gostou da Festa Williams? – perguntou apoiando os braços na cerca da varanda ao lado de Dave.
- A festa não acabou ainda – ele respondeu olhando para ela.
- Ahh.. Mas duvido que continue depois da confusão que está dando lá em cima. Assim que tudo se resolver aposto que a vai chegar aqui dando uma desculpa e dispensando todo mundo... Não a culpo sabe?
Ele olhou para ela e deu de ombros.
- A confusão lá em cima ainda não se resolveu, então, como eu disse, a festa ainda não acabou.
- Uuuh... Ainda espera que alguma daquelas coelhinhas da playboy apareça aqui pra você fisgar?
- Não... como eu já te disse, essas meninas não me interessam mais.
- Ah, então você resolveu se assumir? Que bom! Tenho certeza que o Elton John vai ficar feliz! – Brincou.
- Nop - ele respondeu como se não tivesse percebido a brincadeira. Ela ergueu as sobrancelhas.
- O que então? Você bateu o recorde do e agora não tem mais graça?
- Não . Você não vai querer saber...
- Ah, vou sim! Não me deixa curiosa, fala logo!
- Essas meninas não tem mais graça pra mim porque... porque eu estou gostando realmente de alguém. E essa garota vale muito mais a pena do que qualquer outra dessas que eu encontro nos bares.
olhou pra ele e achou aquilo tudo lindo. Dave sempre fora O Galinha da galera e ela nunca pensou que ele fosse deixar passar uma garota se ela estivesse de mini saia. Quanto mais realmente gostar de alguém. Pensou então que essa garota tinha sorte.
Um garoto como Dave nunca deixaria de sair com outras garotas por causa dela. Pensou no que dissera mais cedo na mesma festa. Era de um garoto assim que ela precisava para tentar esquecer .
- Poxa Dave... Isso é tão... bonito. Essa garota tem muita sorte, pode apostar.
- Mesmo? – ele disse – acho que ela não gosta de mim.
- Como não Dave? Olha pra você! É um cara lindo, com uma banda que faz sucesso, tem garotas aos montes correndo atrás do Dave Williams e você deixa todas elas de lado por causa de uma garota! Como ela pode não gostar de você?
- Eu me sinto muito feliz só de vê-la sabe?
sorriu. Desejou muito que alguém dissesse isso pra ela, tiraria os seus pensamentos de com certeza. Acabou deixando escapar o que pensava...
- Nossa Dave! Você falando assim... Eu daria tudo para ser essa garota!
Ele olhou para ela e não perdeu mais um segundo. Com a mão livre puxou ela pela cintura e encostou sua boca na dela...
, pega de surpresa empurrou ele e deu um passo pra trás. Mas antes que ela dissesse qualquer coisa ele começou a falar.
- a única coisa que eu tenho pensado nessas últimas semanas é você! Em como você fica linda quando sorri... – ela abriu um sorriso ao ouvir isso – Viu? Era desse mesmo que eu estava falando! – ele botou a mão no rosto dela mas ela virou o pescoço para o lado.
não podia acreditar que aquilo tudo era verdade. Nunca ia imaginar que a garota de quem ele falava era ela. Apesar de que saber disso fazia com que se sentisse muito bem. Estava precisando de alguém assim. Queria esquecer ... Olhou para o rosto de Dave. Ele era tão bonito e estava ali, provando que gostava dela, como ela sempre esperou que fizesse. Mas não adiantava, isso nunca iria acontecer. Já Dave, estava ali... Por que não?
- Você não tem idéia de como eu fico quando eu penso na possibilidade de ter alguém te fazendo mal – ele continuou a falar - meu coração parece que vai parar.
- Dave, eu... – ela tentou dizer mas ele colocou o dedo nos lábios dela.
- Por que você não dá uma chance pra nós dois hein? – ele falou puxando ela pra perto. E dessa vez ela não recuou.
- Graças a Deus o parou de cantar – comentou quando ele e chegaram na sala de novo.
- Ah, muito obrigada pela ajuda que vocês me deram viu? – disse para os dois. – Aposto que eles nunca mais vão querer brigar com ninguém, não aqui dentro pelo menos.
- Que isso , não precisa agradecer.
- Como não? Vocês separaram a briga e ainda fizeram eles irem embora pelos fundos para ninguém perceber que tinha acontecido uma briga...
- Não foi nada.. sério...
- Bom, de qualquer jeito, eu agradeço mais uma vez a vocês! Agora eu preciso voltar lá pra cima pra arrumar a bagunça... fiquem a vontade ta?
E com isso saiu de perto dos dois.
- Então , vamos embora? – disse
- Sim, sim, vamos achar a e a e a gente se manda.
- Pela não vai dar muito trabalho procurar não, olha ela vindo aí – disse indo até a namorada, dando um beijo dela.
- Vamos embora? – ele perguntou e ela concordou balançando a cabeça.
- , você sabe onde está a ? – perguntou a ela.
- Foi lá pra fora com o Dave... pela cara deles não conseguiram suportar o cantando.
foi andando em direção a porta da casa, mas parou assim que colocou os pés lá fora. Engoliu em seco ao ver aquela cena. Dave abraçava enquanto eles... se beijavam. Sentiu o coração parar de bater e as lágrimas encherem seus olhos.
que viu a cena junto com arregalou os olhos de nervoso. Já ela abriu um sorriso largo ao ver os dois. Afinal estava esquecendo , ia parar de sofrer. Ela ficou feliz com isso, tanto que não viu que dava palmadinhas de consolo do ombro de , que mais do que nunca segurava as lagrimas para que elas não caíssem rolando pelo seu rosto.
[Capítulo 3]
ouviu o telefone tocar. Abriu os olhos com dificuldade por causa do sono. Quem ligaria essa hora da madrugada pra ela? Ainda mais em um domingo. Olhou no relógio, marcava uma da tarde. É, qualquer um ligaria pra ela essa hora. Foi até o telefone.
- Alô?? – Falou com a voz rouca.
- Espero que Mr. Williams não tenha dormido aí!
- Ahhhhn? – não entendera o que dissera e franzia a sobrancelha ainda sonolenta. – Por que o Dave dormi.... – ela parou de falar e arregalou os olhos, se lembrando do dia anterior. – Eu...
- Pensei que você tivesse dito que esse tipo de garoto não presta... - provocou.
- Não! Eu disse que aqueles amigos da não prestam! – ela tentou mudar de assunto.
- Já o Dave...
- O Dave foi muito.... fofo!
- Repete?
- Sim, o Dave foi fofo! , ele disse que realmente gosta de mim! É algo que estava precisando ouvir de alguém faz muito tempo. Pode não ter sido exatamente da pessoa que eu esperava... mas ainda assim! Ele... foi lindo . E bom, como você me disse há mais de uma maneira de esquecer o ... Por que não tentar?
- Hummm... Vo acabar te chamando de Mrs. Williams tb!
- HáHá! Não vai não! Eu não tenho nada sério com ele ainda...
- Yei! Você usou a palavra ainda! Huhuhu... Quer dizer que ele não dormiu aí então?
- Ok , vamos mudar de assunto.. Por que vocês foram embora sem avisar nada e me deixaram sozinha?
- Uuuhhh... então ele dormiu?!
- Não ! Você sabe muito bem disso!
- Ah, nós não te deixamos sozinha... a última vez que eu te vi você estava muito bem acompanhada... Em todo caso, vem aqui pra casa! Eu to sozinha, não tenho muito o que fazer... Quero ouvir tudo sobre ontem!
- Me dá uma hora ok? Vo tomar um banho e passo aí.
desligou o telefone e pensou um pouco. não ficaria com Dave à toa. Ele deveria ter dito alguma coisa pra ela que a convencesse. Só esperava que ele estivesse falando a verdade sobre gostar realmente dela. Isso poderia fazer ela esquecer aquela pessoa que ela tinha na cabeça por tanto tempo.
- Se você quer mesmo falar com ela liga! – já estava perdendo a paciência com , já era a quinta vez que ele pedia seu celular para ligar para mas devolvia sem ao menos discar o número dela.
- Ligar e falar o quê? ‘Posso ser o padrinho do casamento?’
- deixa de ser infantil. Eu sei o que você ta sentindo, mas não pode deixar de agir com ela normalmente. Por mais que ela não goste de você do jeito que você gostaria ta na cara a sua amizade pra ela é importante! E vai ver esse lance com o Dave não tem nada a ver... Você já viu ele ficar com alguém por mais de... hum.... três horas? – não respondeu. – O que me assusta é a ter ficado com ele...
- ... – começou a dizer – ontem o Dave veio conversar comigo.
E contou para a história toda. Do Dave pedir ajuda para conquistar uma garota e tudo mais.
- E quando eu chego lá vejo aquela cena que você viu. Ele com a ! Com a cara!
- Uh... Deve ser difícil você ver que ela ficou com um cara que disse pra ela tudo o que você diria... Ainda mais se ele foi um amigo seu... Mas hey, vamos esquecer isso ok? A não ser que você queira ligar pra ela e contar a verdade...
- Não! – gritou! - Não vou fazer isso! Ela, afinal, deve gostar dele! Você já viu ela com muitos garotos antes disso? Não, aposto que não. Ela deve ter ficado um bom tempo esperando por ele... Vai ver que ela gosta dele há muito tempo e ninguém nunca soube...
apenas balançou a cabeça pensando que o amigo estava mais do que exagerando ao bolar aquilo tudo, mas preferiu não falar nada.
Mal sabiam os dois o que realmente acontecia.
- Então... vamos sair pra fazer alguma coisa certo? Você precisa parar de pensar nisso.
- pára! Você vai fazer com que eu passe mal de tanto rir! – disse quase sem conseguir respirar. O celular de tocou.
- Alô? – a garota disse. – Ah, oi Dave tudo bom? Sabe quem está aqui? – e arregalou os olhos tentando fazer sinal para a outra parar com aquilo.
- ...
- Você ta onde? Hum... lógico que pode vir pra cá! A gente não ta fazendo nada demais. Só se enchendo de besteira e rindo como sempre. Ok. Tchauzinho.
- Não acredito! você é tão má! – disse
A amiga não parava de rir.
- O Dave ta aqui pertinho ... não ia fazer ele perder a viajem. Aposto que ele ligou pra cá querendo saber onde você tava....
Menos de dez minutos depois a campainha de tocou. ficou vermelha quando imitou dois casais apaixonados, e depois começou a cantar, antes de abrir a porta.
- Dave e , debaixo de uma arvore, se beijandoooooo... lalalala... Se bei-jan-do.... Oi Dave – ela disse quando viu o garoto parado em frente sua casa.
Ele entrou balançando o cabelo de .
- Ai, crianças! – a garota disse e riu.
Dave viu sentada na mesa da sala bebendo refrigerante. Foi até ela.
- Oi – a garota disse. Ele sorriu de um jeito meio sapeca, que a fez rir. Viu ele se abaixando em frente a cadeira que ela estava sentada, ficando mais baixo que ela.
- Er... – disse sem jeito - vou pegar alguma coisa pra você beber Dave... o de sempre né? - e foi até a cozinha, sem esperar resposta do rapaz.
- Sabe... – Dave disse para – ontem... eu não respondi à uma pergunta que você me fez... e eu tava pensando se você ainda queria saber a resposta...
- Ah é? – ela disse fazendo charminho, gostava de Dave – Depende.. qual era a pergunta?
- Se eu tinha gostado da festa.
- Ah, sim, essa pergunta... bom, não precisa responder, eu sei que você adorou a festa. Aposto que o final dela foi o melhor...
- Uhm... Bom, se você tem tanta certeza...
- Tenho sim.
- Ok, senhora “eu não sou convencida”, o nosso papo ta muito bom e eu adoro, adoro mesmo te ver desse ângulo, aqui de baixo, mas minhas pernas não podem dizer o mesmo, então trate de chegar pra lá e me dá um espaço nessa cadeira. – ele falou se levantando e sentando do lado dela. Ela sorriu dando um beijo nele.
- Não acredito que meu pneu furou – disse parando o carro desajeitado. – , vai indo na frente enquanto eu tento arrumar isso aqui. A gente ta bem perto mesmo.
- Tem certeza? Não quer ajuda – o outro respondeu.
- Não, não, vai indo antes que ela resolva sair de casa... eu nem avisei que tava vindo...
- Ok então, não demora.
estava demorando um pouco mais na cozinha do que deveria, mas não poderia ficar lá a vida toda. Voltou pra sala levando as bebidas, mas foi direto ao banheiro, querendo deixar os dois mais tempo sozinhos.
- ! – gritou que estava agora sentada no sofá com Dave – a campainha ta tocando! – mas a amiga não respondia. – ok Dave, eu vou ter que atender, você pode me soltar agora.
- Nop, não solto – ele disse firmando os braços em volta da cintura dela.
- Então vai ter que andar assim comigo até a porta... – ela disse se levantando, com ele atrás, ainda agarrado nela.
Ambos começaram a rir, pela maneira desengonçada que estavam andando e quando abriram a porta ainda riam.
- Oi lover boy! – disse ao ver , do lado de fora, parado, olhando meio sem jeito para os dois.
[Capítulo 4]
não disse nada por um momento. Estava meio chocado por ver os dois... quando aceitou ir com até a casa de não esperava que eles estivessem ali.
- Loooooover boy! – Dave também falou acenando para que ele voltasse à realidade.
riu e isso fez com que acordasse.
- A ta aí? – foi tudo que ele conseguiu dizer.
franziu a testa.
- Está sim. Mas acho que ela foi ao banheiro. Entra aí!
- Não – ele disse – estou esperando o .
- E o quando chegar não vai entrar? – disse.
- Bom... – fez uma pausa – vai...
- Então o que você está esperando? Anda, entra logo! – falou pegando no pulso de e puxando ele para dentro. Deu um beijo estalado na bochecha do amigo. Ele não retribuiu.
- Bom... – ela se apressou em dizer enquanto Dave chegava pra trás e entrava na casa – Porque o não ta com você?...
- O pneu do carro dele furou, acho... Mas foi aqui bem perto ele já deve estar chegando.
- Hum... – ela respondeu. Sentia um clima estranho, não sabia o por quê. Resolveu ignorar essa sensação e agir normalmente – Então o que vocês vieram aprontar aqui?
- O é namorado da ... – ele respondeu.
- Sim, mas você não é!... Eu acho!... – ela brincou – Então veio aqui segurar vela e nem me chamou? Logo pro nosso programa favorito... que traição ! Ia ficar com a diversão toda pra você? – ela ria.
Ele deu de ombros. ia falar alguma coisa, mas desistiu.
- Bom, eu vou atrás da , ela está demorando muito... – e subiu as escadas.
Dave, que não tinha falado nada até agora, resolveu dizer alguma coisa.
- Hey ...
- Hum...
- Muito obrigada cara. Você não sabe como me ajudou...- ele estava falando de , e não estava gostando muito de ouvir – E não teria conseguido se não fosse pelo que você disse que ela gostaria de ouvir e tudo mais. E bom, eu falei que você saberia quem era a garota quando eu conquistasse ela... E vai... diz que eu tenho um bom gosto hein! – ele ria.
- Ela é minha amiga há séculos Dave... eu não olho pra ela dessa maneira - mentiu.
- Bom, de qualquer forma obrigada – ele abriu aquele sorriso feliz, e ia abraçar o amigo quando a campainha tocou.
- ! – Dave disse pulando no amigo, quando abriu a porta.
- Ai! Dave solta – ouviu dizer. – O chegou aqui?
- Chegou sim, entra! Sua namorada ficou presa no banheiro, acho que você vai ter que esperar um pouquinho enquanto a gente arromba a porta...
entrou na sala e viu sentado, com a cabeça apoiada na mesa, brincando com um copo que estava embaçado.
- Hey o que houve com você? – ele perguntou.
Não que fosse responder, mas antes que ele pudesse viu descendo as esacadas com atrás. Compreendeu porque o amigo parecia triste... e Dave também estavam ali.
- Eu achei a lá no quarto dela ouvindo música – a garota disse.
- O que você está fazendo aqui ? A gente não combinou nada hoje... – falou.
- Eu também te amo! – ele respondeu, fazendo ela rir e ir até ele.
não foi até Dave... viu sentado e foi para onde ele estava. Abraçou o garoto por trás encaixando o rosto no ombro dele.
fechou os olhos ao sentir ela respirando. Não conseguia se sentir chateado ou triste quando ela ficava assim, tão perto dele. Nesse momento ele esqueceu que Dave existia.
- Brincando de desenhar no copo embaçado ? Tem coisa melhor pra gente fazer! – falou
- Nahh... – ele disse negativamente – nem vai dar... tenho certeza que a e o já vão ocupar o quarto.
riu alto e ele sorriu, com isso.
- Ei! Assim eu vou ficar com ciúmes, pára! – eles ouviram a voz de Dave. lembrou-se de que Dave estava ali... tinha esquecido de tudo quando chegou perto dele. Pensou no que tinha dito... nossa, que coisa idiota... tinha fugido da realidade por uns segundos e agora que tinha voltado percebeu que não tinha mais humor para fazer essas brincadeiras.
- Dave, desculpa – disse soltando – mas eu não acho realmente que tenha motivos para você sentir ciúmes de mim e...
- Não, não!!! Eu não tava falando com vocês! Tava falando com a ! – e ele apontou rindo para ela e que estavam abraçados no sofá.
- Arhh.. – ela disse e sorriu – que bom... sinceramente não teria motivos pra você ter ciúmes do e de mim..
- Eu sei! Vocês são assim desde que eu te conheço! Por acaso eu tenho ciúmes da quando ela anda com você?
riu e por mais que ninguém tivesse percebido essas palavras atingiram de uma maneira terrível. Ele pensou que mais do que nunca era apenas amigo de .
- Não Dave, eu acho que não...
- Então por que eu teria ciúmes do ?
- É - entrou na conversa. - Por que? Até eu e o Michael Jackson fazemos um casal mais bonito... – disse simplesmente.
- Acho que não foi isso que eles quiseram dizer ... – que ouvia a conversa, comentou. O garoto apenas deu os ombros.
- Sabe ... – disse indo para onde estava Dave – eu concordo com o . E ele tem que ficar feliz. Ele não faz um casal bonito com muita gente... – Ela e riram. Bom, se estava sendo rude, como ela achava que ele estava sendo desde que chegou ali, ela iria ser também.
Já tinham passado uns vinte minutos que os cinco estavam ali. Conversavam sobre coisas inúteis, riam uma vez ou outra. Somente ficava muito quieto e não participava tanto da conversa.
- Sinto muito garotas, e bom, Dave, mas acho melhor eu e o irmos embora... – começou a falar.
- Mas já? Vocês mal chegaram... por que já estão indo?... – disse ao namorado.
- Ah, a gente não ia demorar de qualquer jeito... e acho que o não deve ficar a vontade com dois casais aqui... quer dizer, ninguém se sentiria...
- Ah, ! Não esquenta com isso não! Segurar vela é o passatempo favorito do ! Por isso senta aí e esquece essa história de ir embora!
- Passatempo favorito? Desde quando?.... – falou meio desorientando com a situação.
- Aparentemente desde hoje. – disse normalmente.
- É - concordou. – Não tem motivos pra gente ir.
Definitivamente estava um clima pesado ali. e não sabiam o por quê, mas estava seco desde que tinha chegado naquela casa. olhava intrigado para que não tirava os olhos os pés. Dave era o único que parecia se divertir mexendo nos cabelos de .
Já tinha uns bons minutos que ninguém falava, e o que quebrou o silêncio foi o celular do Dave tocando.
- Mamãe? – ele atendeu – ah, oi ... aham... agora? ´ta bom, ta bom... calma.. ok... ah, em alguns minutos... é, meia hora talvez.. ok... tchau mãe! – e todos ouviram resmungar alguma coisa do outro lado da linha.
Dave desligou o telefone rindo.
- Mãe? – perguntou.
- É, , mamãe, é a mesma coisa... – Dave riu novamente. – de qualquer forma ele disse que tem alguma coisa com a minha guitarra, não sei o que é. Pediu pra eu passar na casa dele...
- Trocada pela guitarra... – comentou rindo.
- Ei! Eu nunca disse que ser namorada de Rock Star era fácil! Não me culpe! – Dave disse dando um beijo nela e se dirigindo à porta. – Tchau! – ele gritou lá de fora.
- Então vocês já estão namorando? – falou quando ficaram só os três na sala. – Não sei pra que a pressa. – ele nem deu chance para responder. – Não sei por que as pessoas hoje em dia acham que o mundo vai acabar e já saem namorando assim... – ele falou naturalmente.
franziu a sobrancelha, estava absurdo esse comportamento de .
- Qual é o seu problema? – ela perguntou franamente.
- Como? – ele disse como se não tivesse acontecido nada demais. e prendiam a respiração. estava achando um absurdo ele se fazer de desentendido, mas quando ia dizer alguma coisa falou por cima.
- , vamos pegar algo para beber hã? Anda vamos.
olhou meio furiosa para a amiga, mas compreendeu que era melhor assim mesmo, e seguiu para a cozinha com ela, deixando os dois sozinhos.
se levantou e chegou perto de .
- O que deu em você? – ele perguntou ao amigo.
- O que deu em mim? Você viu que nojo esses dois? – respondeu.
- , você está com o maior ciúmes! E o pior, você está magoando a sua melhor amiga, que é por acaso a pessoa que você gosta, com essas atitudes infantis! Você está sendo ridículo !
O garoto fechou os olhos por um segundo, num sinal de impaciência.
- Eu sei – disse por fim – mas quando eu vejo os dois juntos eu não consigo me controlar! , você não sabe o que eu sinto quando vejo o Dave com ela e penso que eu deviria estar no lugar dele!
- Não, mas eu imagino! E imagino também que você deveria parar com essas atitudes egoístas derivadas do seu ciúme!
- Ciúmes ? Por que diabos o teria ciúmes de mim? – perguntou confusa quando disse pra ela que achava que a reação do indicava ciúmes.
- , ta na cara! Pode não ser esse ciúmes que você até gostaria que ele tivesse de você... – olhou pro chão quando ouviu dizer isso – mas é no mínimo um ciúmes de amigo... se põe no lugar dele... imagina que agora que você ta com o Dave ele está perdendo a melhor amiga dele...
- Mas ele não está me perdendo!
- Mas ele pode achar isso. Esse é o motivo do escândalo por achar que você e o Dave estão namorando...
- Ah... Ainda assim.. ele não pode ser rude assim comigo... se ele tivesse idéia de como isso me magoa...
- Eu sei amiga, mas ele não tem... então vamos lá pra sala e tentar colocar tudo em ordem de uma vez?
- Não dá... já está ficando tarde pra mim... eu tenho que ir embora... fica para um outro dia..
- Ok então... mas não se esquece do que eu te falei ok?
E sorriu.
- Hey, estamos de volta – chegou entregando uma bebida para o e para o .
- Você está de volta ... – disse entrando na sala também... – pra mim está tarde e eu realmente preciso ir... – ela disse indo em direção a porta, fazendo olhar pra ela com cara de desespero, desejando que ela ficasse mais. Porém não percebeu. – Vejo vocês outro dia ta bem? – ela disse mandando um beijo de longe para eles e abrindo a porta para a rua, ouvindo eles falarem alguma coisa como “tchau”.
Seguiu andando pela calçada, ia a pé mesmo, sua casa nem era tão longe. Começou a se perder em pensamentos, como sempre ficou desligada pensando na vida. Até que sentiu alguém segurando em seu braço. Ela virou bruscamente para ver quem era e se deparou com , para sua surpresa.
- Er... – ele começou a dizer – eu... fui meio diferente com você hoje não é? – ele olhava para os próprio pés, envergonhado.
- Um pouco mal educado e rude também – acrescentou, sem muita certeza de que gostaria de ter falado aquilo.
- Pois é... me... me desculpa... eu... realmente não foi minha intenção fazer isso. São coisas com a banda que eu acabei descontando em quem não tinha nada a ver... – ele mentiu.
- , você nunca teve problemas com a banda..
- Não são problemas... – ele disse – mas as vezes a gente se estressa.. você não viu? Já está dando problema com a guitarra do Dave também... – ele estava mentindo de novo. Mas não podia falar a verdade para ela.
- , eu sou sua amiga.. qualquer problema desse você pode conversar comigo... e não descontar em mim! São coisas diferentes...
- Eu sei! – ele se apressou em dizer – Desculpa?
Ele olhou para ela. Aquele olhar. Aquele. Exatamente aquele que ela tanto amava.
sorriu.
- Claro seu bobo! – e pulou dando um abraço forte nele, que segurou ela pela cintura puxando pra mais perto. Não, ele não podia fazer isso... sabia quais eram as conseqüências para ele mesmo. Fechou os olhos e sentiu as mãos delas em seu pescoço. Sentiu vontade de beija-la, mas sabia que se fizesse isso seria desastroso. Porém não poderia continuar naquele abraço por muito mais tempo sem fazer alguma coisa... ela deu um beijo na bochecha dele.
- Te adoro viu? – ela disse em seu ouvido, se soltando do abraço e correndo na direção da casa dela.
- Eu te amo. – ele disse baixinho quando ela já estava longe.
chegou em casa totalmente confusa. O fim de semana tinha sido um pouco turbulento. Primeiro as coisas acontecendo com o Dave... Ela sempre tinha gostado dele, mas nunca dessa maneira. Parou para pensar e viu que poderia gostar dele sim, se quisesse. E bom, era alguém que valeria a pena gostar. Pela maneira que ele vinha tratando ela... nunca tinha visto Dave tratar uma garota assim... mas principalmente valeria a pena porque era sua única chance de esquecer sem perder a amizade, essa amizade que eles tinham e que muitos invejavam.
sacudiu a cabeça para afastar os pensamentos, resolveu tomar um banho para ver se parava de martelar o assunto... Mas por mais que tentasse não conseguia parar de pensar por que tinha agido com ela de uma maneira rude aquela tarde.
Saiu do banho e foi comer alguma coisa para depois dormir, os últimos dias tinham sido muito cheios e ela precisava descansar um pouco.
- Obrigado pela carona – disse.
- Vejo você amanhã certo? – perguntou antes que o outro saísse do carro.
- Sim, que horas é o ensaio?
– Não sei ao certo... vai ser mais tarde, tipo depois das quatro...
- Uh... – apenas resmungou abrindo a porta do carro.
- Hey! – falou fazendo com que ele se virasse para encarar o amigo – quer um conselho? Liga pra amanhã, sai com ela.. e bom, conta a verdade... porque se você não fizer isso e a situação continuar como estava hoje... você vai perder ela pra sempre cara... ninguém agüentaria, mesmo que um amigo, falando da maneira que você falou com ela hoje... ou conta a verdade sobre o os seus sentimentos, até mesmo sobre o Dave... ou passa por cima do seu ciúmes – não dizia nada, olhava atentamente para – e te conhecendo como eu conheço, acho que a primeira opção é mais viável...
não respondeu. Fechou a porta do carro de foi em direção a porta de casa, estava com a cabeça muito cheia, precisava descansar... Ouviu de longe o amigo ligar o carro e partir.
Um pouco antes de uma hora da tarde o telefone tocou.
- Alô? – ela disse fechando a porta do armário.
- Tem tempo pra ir almoçar comigo no McDonalds antes de ir pro ensaio ficar babando enquanto vê a gente tocar?
- ? – ela perguntou.
- Não, o coelhinho da páscoa. – ele disse sem ironia – topa?
- E por que o coelhinho da páscoa quer sair com a pra almoçar? – ela brincou.
- ? Nossa, deve ter caído errado, eu pensei que estivesse ligando pro gato de botas... – ele disse e se lembrou que brincara assim com ele no dia da festa da . Sentiu um arrepio na espinha.
- Ah, bom... – ela respondeu – nesse caso tudo bem. O gato de botas mandou dizer que ele vai sim.
- Ok, então anda logo que o coelhinho da páscoa ta com pressa – e ele desligou.
ficou meio sem entender a situação, olhando confusa para o telefone. Colocou ele na base e foi até a janela. Viu lá em baixo apoiado na moto com o celular em uma mão e o capacete em outra. Ela sorriu.
- Espera aí! Eu só vou trocar de roupa! – ela gritou para ele, que apenas acenou.
esperou por ela durante alguns minutos. Ficou pensando no que tinha dito para ele no dia anterior, se diria a verdade para ela ou não. Pensou que deveria sim dizer, mas tinha medo... Bom, tudo ia depender da coragem dele para arriscar.
desceu pouco mais de cinco minutos depois. Sorriu para ele.
Quando se aproximou colocou a mão em seu ombro e ele puxou ela pela cintura dando um beijo na bochecha dela.
- Então vamos direto para o ensaio de vocês depois do almoço? – ela perguntou colocando a mão em torno da cintura dele.
- Aham – ele disse afirmativamente – trouxe a câmera e tudo mais? – colocou o cabelo dela para trás da orelha.
- Trouxe sim. – ela respondeu arrumando o cabelo dele. – Vamos? – ela afastou seu corpo do dele.
Ele apenas sorriu entregando o capacete para ela e já sentando na moto.
- Você não vai usar? – perguntou com o capacete na mão.
- Nops, não preciso – ele disse ligando a moto.
- Ah... – ela respondeu subindo na moto também e colocando o capacete.
- Segura firme – ele virou pra trás falando com ela.
encaixou as pernas atrás das de e chegou mais perto do corpo dele e segurou segurando firme, com os braços em torno de sua cintura. Ela sentiu a moto acelerar e fechou os olhos apoiando a cabeça no ombro de , mesmo com o capacete o que era um pouco mais difícil.
parou a moto no estacionamento do Mcdonalds e ambos foram para dentro pedir alguma coisa no caixa.
- Droga, tem fila - disse puxando pra perto dele em uma das filas do caixa.
Eles se distraíram conversando até que o caixa gritou “Próximo!”.
apoiou o cotovelo no mármore que era a bancada do caixa.
- Eu quero um Big Mc, uma batata gigante, uma coca-cola grande com muito gelo e um McNuggets de doze. – ouviu aquilo de olhos arregalados - Ah, e de sobremesa uma torta de maçã! – a garota disse sorrindo.
abraçou ela por trás, colocando as duas mãos no balcão de mármore.
- Você nem ta com fome né? – ele disse no ouvido dela de uma maneira que dava arrepios.
se virou pra ele.
- Tenho que aproveitar que você ta pagando. – ela riu baixinho, e parou analisando o rosto do rapaz. Ficou hipnotizada com o jeito dele, com o olhar, com o sorriso... queria poder fazer alguma coisa...
ficou olhando para os olhos dela. Sentiu como nunca antes uma vontade de beija-la. Ela estava linda e olhava de uma maneira pra ele que fazia o garoto sentir um frio na barriga. Sem perceber o que estava fazendo ele aproximou de leve seu rosto do dela e prendeu a respiração. Encostou o corpo dele no corpo dela... tudo sem pensar no que estava fazendo...
- E você vai querer alguma coisa? – o caixa disse para .
pareceu sair de um transe e virou o rosto com rapidez para o caixa, se sentindo nervosa.
também despertou da situação e seus joelhos tremeram quando ele pensou no que quase tinha feito.
- Er...- ele respondeu - Um número oito por favor...
O garoto saiu de trás de , que ainda não tinha dito nada, apenas olhava abobalhada para . Ele pegou a carteira e pagou o que havia pedido.
Um pouco depois a comida havia chegado e a situação já havia voltado ao normal.
- Então, onde que a gente senta? – perguntou segurando a bandeja.
- Lá em cima – ela disse já subindo as escadas – assim ninguém atrapalha e a gente conversa em paz. – E foi atrás dela.
Se sentaram em uma mesa no canto, um de frente pro outro. O andar estava vazio.
- E então – começou a falar – Por que o coelhinho da Páscoa resolveu chamar o gato de botas pra almoçar?
- Por falta de companhia melhor – brincou passando Ketchup na sua batata.
A garota arregalou os olhos.
- Pois saiba que eu só aceitei porque bem ou mal era um almoço de graça.
O garoto deu de ombros, rindo.
- ! – falou com uma voz indignada.
Ele olhou para ela que tinha um hambúrguer em uma mão e a outra estava na cintura. Ele riu mais ainda fazendo ela jogar uma bolinha de papel nele.
- Não tem graça! – disse, mas a própria ria.
passou um pouco de ketchup no dedo e se debruçou sobre a mesa, passando rapidamente o dedo na ponta do nariz da garota.
- Mas isso tem – ele disse rindo mais.
- Ew! ! – ela passou a mão no próprio nariz – Eca! É ketchup! – e ela se levantou para pegar um guardanapo para limpar o rosto mas o garoto se levantou também, indo atrás dela.
- sai! – falou entre risos, mas o garoto puxou ela pelo braço, segurando em sua cintura e já havia colocado mais ketchup na bochecha dela. – Você ta me sujando toda! – ela repetiu mas o garoto não parou.
Ambos estavam rindo demais da situação, pareciam duas crianças.
- , pára com isso ou você vai ter que limpar com a língua! – ela imitou uma criancinha.
- Ohh.. tadinha – ele provocou. – ela está agindo como um bebê... – ele falou como se tivesse mais alguém ali.
- A situação mereceu! – ela disse rindo da cara que ele tinha feito.
- Não seja por isso! – respondeu segurando o rosto dela e dando uma lambida na bochecha limpando o ketchup dali.
Isso provocou um acesso de riso na garota.
- Seu doido – falou – eu vou no banheiro limpar tudo esse estrago que você fez! – e ela sumiu no corredor que dava para o banheiro. – Ei! – ouviu ela falar novamente – vê se tira o olho do meu almoço! Quero tudo no lugar quando eu voltar!
rindo sentou no seu lugar de volta na mesa.
‘É isso’ pensou ele. Não tinha mais como... ele tinha que dizer a verdade para ela... tinha que tomar coragem e contar o que estava acontecendo com ele... falar sobre os sentimentos que ele tinha.
- Hey – ele despertou dos pensamentos ao ouvir a voz de . – Não acredito que você me fez ficar toda suja sabia? Olha a minha blusa... – ela mostrou uma manchinha de ketchup.
riu.
- Para de frescura e come logo!
- Frescura? Há! Queria ver se eu te enchesse de mostarda quem ia ser o fresco aqui!
- Você não teria coragem... – ele arregalou os olhos.
- Nops – ela disse – sou muito jovem para morrer – riu – além disso eu te amo demais pra fazer uma coisa dessas.
- eu.. – respirou fundo – eu queria falar uma coisa com você... é importante...
olhou em volta. Viu que aquele andar continuava vazio.
- Fala... Não tem ninguém aqui mesmo...
- Bom... – as mãos deles suavam frio, e por mais que não fosse visível ele tremia dos dedos do pé até os fios de cabelo. Sim, os fios de cabelo tremiam também. – Eu...
Mas o que disse depois foi completamente abafado por uns gritos que vinham da escada.
e olharam na direção da escada, vendo , e Dave sorrindo para eles.
- O que minhas pequenas crianças estão fazendo aqui?! – Dave foi até eles dando saltinhos.
fechou os olhos e respirou fundo.
- Hey Dave.. – ele falou com o amigo – , – acenou para os dois que agora também vinham em direção a mesa deles. – olha, eu preciso ir ao banheiro. Já volto ok?
- Ei ! Espera! – disse – O que você ia falar comigo?
- Ah... - ele disfarçou colocando a mão no bolso – não era nada demais...
- Como não? Você disse que era importante! – falou mais uma vez e Dave agora sentava do lado dela, abraçando a garota por trás.
- Ah, não nem é nada demais... com licença – e se saiu andando apressado para o banheiro.
- Bom, já que é assim... – ela disse meio sem graça.
- Hey baby! – Dave disse para dando um beijo nela. e se sentavam nas cadeiras na frente dos dois.
- O que você veio fazer aqui? – perguntou para ele.
- O mesmo que você – Dave respondeu. – Comer! – e com isso abriu sua caixinha com o sanduíche.
- Dave... – disse quando o garoto deu uma mordida do hambúrguer.
- Hum... – ele olhou para ela limpando a boca no guardanapo. e apenas observavam os dois.
- Você sempre que vem ao McDonalds pede um McLanche feliz? – a garota perguntou.
- Claro! Você acha que eu ia perder a chance de ganhar o brinquedinho? – Dave respondeu naturalmente.
- Tem louco pra tudo! – disse baixinho para o casal que estava na sua frente.
e riram começando a comer também.
falava com no telefone enquanto falava com sobre música, mas o garoto parecia não prestar muita atenção no que acontecia a sua volta.
- E então? – , ainda rindo, perguntou a quando esta desligou o telefone – onde que o está?
- Perto da casa do , ele e o . É melhor a gente ir pra lá de uma vez ou eles chegam antes da gente – respondeu pegando a bolsa. – E Dave, tenho certeza que quando a disse pra você tirar o canudo do nariz não era pra colocar outro no ouvido...
olhou para o lado, vendo Dave tirar o canudo da orelha, e riu mais intensamente.
Os cinco saíram do McDonalds e andavam na calçada em direção ao estacionamento. Dave estava abraçado com e ambos conversavam com enquanto e ainda falavam sobre música.
- Ei! Olha ali! São os integrantes daquela banda.... – os cinco ouviram uma garota mais atrás dizer.
- Caramba, é verdade! Como é mesmo? Son of Dork né? – uma outra disse.
- Isso! Ai, vamos lá falar com eles! – a primeira respondeu.
- Não sei... – uma terceira falou. – Ih.... olha, o loirinho da abraçado com aquela garota ali.
- Ah, qual o problema? Por acaso ela morde? – e eles ouviram as três garotas rirem.
- Ei! – uma delas gritou e eles pararam de andar, se virando pra trás, para encarar as garotas.
- Vocês podem tirar uma foto com a gente? – a que parecia ser a mais educada falou. As outras duas ficavam cochichando e rindo quando olhavam para . A garota fechou a cara.
- Er... claro... - Dave disse olhando meio sem graça para e soltando a garota para se juntar as outras que queriam tirar a foto.
e também chegaram perto para tirar fotografias e deram autógrafos também.
ficou conversando com enquanto os garotos atendiam as fãs.
- E Então? – uma das fãs chegou perto de onde as duas amigas conversavam. – você ta saindo com o Dave é? – olhou para a garota, assustada pela maneira direta que a ela falou.
- Como? – falou educadamente.
- É, vocês dois estavam abraçados... – a garota respondeu rindo ironicamente.
- Olha, sinceramente eu não acho que isso realmente importe a você – falou no tom mais controlado que tinha. Como assim essas fãzinhas iam ficar se metendo na vida dela? Olhou para o lado e viu que Dave vinha para perto dela com e , mais as outras duas garotas. observava a cena achando aquilo um absurdo.
- Bom, como fã tenho o direito de saber sim... é sempre bom saber se eles estão disponíveis... – mais uma vez a garota foi irônica.
- Quem está disponível? – Perguntou , que chegava perto delas junto com os outros.
ignorou a pergunta dele e se dirigiu a menina.
- Não, já que você quer tanto saber, ele não está disponível não. – disse abraçando Dave.
A outra arregalou os olhos.
- Então vocês estão namorando?
- É estamos sim! E estamos muito bem juntos sabe? – não pensou duas vezes antes de dizer aquilo. Aquela garota a irritava, o que fazia com que ela respondesse dessa maneira, desafiando a menina.
Bom, mas nem todos perceberam que estava apenas provocando a garota. Dave olhou para ela e abriu um enorme sorriso. franziu a testa enquanto imediatamente passava a observar os sapatos.
A garota se sentindo meio derrotada virou de costas com as amigas para ir embora, mas antes que ficasse distante ela se virou de novo.
- Poxa Dave, você poderia conseguir coisa melhor... – disse entre risos.
Dave ficou meio abobalhado olhando a garota ir embora sem entender. fechou a cara e já ia responder quando viu que tinha reagido.
- Espero que não esteja falando de você! – o garoto berrou. – Porque sinceramente você nem sonha em ser melhor que ninguém aqui... principalmente melhor que a ! – mas a garota ignorou e continuou andando.
engoliu em seco depois que se tocou do que tinha dito. Se sentiu sem graça ao ver que todos os seus amigos olhavam para ele. Mas ele não conseguiu evitar, ouvindo aquela garota falar assim de ...
- ... bom.. é... obrigada. – disse a garota, visivelmente sem jeito.
- Ela não podia falar assim de você e sair andando podia? – foi o que respondeu.
- Que isso... e o nosso amigo Dave aqui fica quieto sem falar nada... – balançou a cabeça negativamente.
- E você queria que eu dissesse o que? – Dave disse com uma voz fina – essas fãs são loucas!
- Bom, já que você é o namorado dela poderia ter dito o que o disse, ao invés de ficar parado olhando... – falou – olha Dave, eu acho que ficar colocando canudos no ouvido não faz muito bem para você não...
Todos deram risadinhas.
- Que isso gente, eu não preciso do Dave me defendendo dessas garotinhas aí.
- Bom, eu só tava impedindo aquela garota de se achar melhor que a minha amiga... - olhou para ela rapidamente e saiu andando em direção ao estacionamento, seguido dos outros quatro.
- Então é isso? A gente ta namorando? – Dave perguntou no ouvido de enquanto iam para o carro.
A garota olhou mais a frente e viu manobrando com a moto. Eram só amigos, tinha que se conformar.
- Bom, se você qui...
- Como assim se eu quiser? tudo que eu te disse no dia da festa da era verdade ta bem?
A garota sorriu. Era bom saber que tinha alguém que gostava dela assim.
- Então ta! Estamos namorando então... – e ela viu o largo sorriso que Dave abriu.
acelerou e parou do lado de Dave e . Sabia que seu sentimento era egoísta mas não queria ver os dois juntos. Ainda mais depois de ouvir que eles estavam namorando.
- Então - ele disse para – volta comigo ou vai no carro do ? – que pergunta idiota que ele estava fazendo. Lógico que ela ia voltar com o namorado.
- E você ainda pergunta ? Eu vim com você vou voltar contigo oras!
Ele abriu um sorriso. ia estar com ele, não com Dave. Mais uma vez se sentiu culpado com esse pensamento egoísta.
- Dave, você não se importa né? Afinal, eu nem sabia que ia encontrar com você aqui...
- Nah, claro que não. A gente se vê daqui a pouco na casa do .
sorriu
- Viu que namorado compreensivo eu tenho? – ela disse e engoliu em seco.
montou na moto, colocando o capacete. Segurou firme da cintura de . Os outros entram no carro de e pararam ao lado de e na moto.
abaixou o vidro.
- Vamos ver quem chega primeiro? – ele disse desafiando os dois.
- Ah, você não quer perder não é ? – respondeu.
- Perder? Eu? – riu – minha co-piloto é muito boa , não duvide disso.
- Não duvido – ele disse – mas a minha é melhor – ele olhou para , que sorriu.
- O ponto de chegada vai ser a esquina da minha casa então?
apenas balançou a cabeça afirmativamente e os dois aceleraram ao mesmo tempo. Era óbvio que a moto era mais rápida, mas ainda conseguiu ouvir Dave falando de dentro do carro “A gente já tem fãs parando a gente na rua cara, mas me diz, por que ainda estamos ensaiando na sua casa, como uma banda de garagem?”
- Fomos nós que chegamos primeiro ! Aceita isso! – disse andando em direção a casa de . estava parando a moto na calçada.
- Nada disso! Se não fosse aquele caminhão a gente tinha ganhado!
- a gente ficou mais de cinco minutos esperando vocês chegarem. Sem chances! – respondeu. – Nós ganhamos!
- Nenhum dos dois ganhou – eles viram chegar perto deles. - Eu e o já estamos aqui a dez minutos, nós ganhamos não é?
- Ok – falou – vocês venceram.
- Hey! Sabem da novidade? – Dave chegou perto de onde eles conversavam.
- O que? Você descobriu que não tem vocação pra guitarrista e sim para ser a nova Priscila, a rainha do deserto? Eu sempre soube... – disse.
- Não – Dave respondeu sem se ofender – eu e estamos namorando.
arregalou os olhos, vendo que chegava perto deles junto com .
- Uoooou! Nosso pequeno Dave com a sua primeira namoradaaaa – gritou pulando no amigo fazendo as pessoas em volta rirem.
- Para ! Ela não é minha primeira namorada! – Dave, agora, parecia ofendido.
- Não? – outro disse – então me diz o nome de uma outra namorada sua. Uma namorada séria.
Dave ficou vermelho.
- Viiiiiu? – continuou – Oh! Meu bebê já ta namorando!! – ele fazia voz de mulher enquanto apertava as bochechas do amigo.
- Aaaaai pára! Assim você vai arrancar minha cabeça!!
- Ah, bom, nesse caso – ele soltou Dave – Não queremos deixar a com um namorado sem cabeça não é? Isso não seria agradável.
- Bom, acho que a gente tem muita coisa para ensaiar ainda não é? – interrompeu o momento. – Vamos entrando – ele disse enquanto pegava a chave.
e se acomodaram no pequeno estúdio que tinha montado na casa de e os garotos tomaram suas posições e começaram a ensaiar.
As meninas dançavam e zoavam a cada musica, e vez ou outra parava para tirar fotos deles tocando. No intervalo do ensaio ela parou para ver as fotos que havia tirado e se sentiu mal ao ver que a maioria das fotos era apenas de .
- E então? Como você reagiu? – , que conversava com , perguntou.
- Como eu reagi? Bom, eu não fiz nada né? O que eu iria fazer? Eles agora estão namorando cara, é oficial. – respondeu ao amigo.
- Bom, então você ta legal com isso?
- Legal? Claro que não! Mas eu to aceitando não é? Se é isso que ela quer, se é assim que ela fica feliz... Ah , você não sabe como é olhar ela daqui e sentir que eu não posso fazer nada.. que eu não posso chegar lá e abraçar ela, e dar um beijo de verdade. Dizer tudo que eu sinto... você não sabe o que é querer tocar nela, levar pra minha casa e nunca mais sair do meu quarto, e bom, não poder fazer isso porque ela está namorando um dos meus amigos.
- Uh.. deve ser muito duro cara. Eu não consigo nem me imaginar passando por essa situação com a .
- Ah eu tenho tanto medo que o Dave magoe a . Sabe, esse meu medo de que isso aconteça é maior que qualquer outra coisa, maior do que qualquer outro sentimento egoísta meu.
- Por que o Dave magoaria a ?
- Por que? Oras porque todos nós conhecemos o Dave... sabemos que o histórico dele com garotas não é muito favorável, e bom, ele nem sabia o que dizer pra ela. Ele conquistou a minha garota, com as minhas palavras ! Era eu que deveria estar no lugar dele agora. – ele olhava para e Dave que se divertiam tirando fotos. – e se um dia ele fizer algum mal pra ela... eu juro que...
- Por que você não fala isso com ela ?
- Ahn?
- É.. fala isso pra ela ao invés de falar pra mim. Fala com ela que ela pode sempre contar com você... que se um dia acontecer algo de ruim entre ela e o Dave você vai estar lá pra ajudar. Tenho certeza de que se você fizer isso vai se sentir aliviado... já que tem tanto medo de que ela machuque a ...
olhou para o amigo e nem pensou duas vezes, saiu andando na direção que estava.
- Heeeeey! – Dave falou olhando para , mas ele apenas sorriu.
- , posso falar com você por um minuto?
- Claro, pode. Ai, me solta Dave deixa eu ir lá...
E ela se soltou do rapaz, sendo puxada por para um quarto da casa de .
- Nossa, o que é tão secreto assim? – ela brincou. Estava nervosa. estava lindo e ela queria abraçar ele ali mesmo, naquele quarto, queria segurar o garoto, puxar ele para perto e sentir os dois corpos juntos. Queria muito fazer o que nunca tinha tido coragem de fazer antes. Mas sabia que seria impossível.
olhou para ela. Sentia-se terrível por não poder beija-la, por não poder....
Ele se adiantou e segurou ela em um abraço apertado. A garota fechou os olhos, quase chorando de nervosismo. Como ele poderia provocar ela assim? Ele não tinha o direito de fazer ela se sentir dessa maneira. Ela também o abraçou com toda força.
se sentiu um pouco estúpido. Como ele tivera a coragem de fazer aquilo consigo mesmo? Sabia que se abraçasse ela assim ele não conseguiria se controlar. Mas era tão bom sentir o calor dela assim. Fazia tão bem a ele...
Os dois se separaram do abraço lentamente. Ele ainda segurava na cintura dela, fazendo com que suas pernas ficassem bambas.
Ela também mantinha a mão no pescoço de , fazendo com que o garoto se arrepiasse.
- O que você queria me dizer ? – disse, sentindo que sua voz havia falhado.
Ele pareceu acordar de um transe.
- Bom, eu... Eu só queria dizer que.. já que você e o Dave estão namorando, sério agora, eu só queria dizer que você pode contar comigo sempre. Que eu vou estar sempre do seu lado e...
- , o que você quer dizer com isso?
- Olha, eu vou direto ao assunto.... , se um dia... se qualquer coisa acontecer com você e o Dave eu quero que você saiba que eu vou estar do seu lado. Que se um dia aquele palhaço te deixar pra baixo eu acabo com...
- Ei, ei... calma , também não é assim. Olha, obrigado por se preocupar comigo. Eu sempre soube que você estaria perto de mim se eu precisasse, não havia necessidade de você me dizer isso. Mas obrigada , é sempre bom saber que a gente pode contar com os amigos – ela disse a palavra ‘amigos’ com um nó na garganta.
sorriu sem jeito.
- Que bom que você sabe. – ele respondeu soltando a mão dele da cintura dela e pegando em suas mãos.
Ela também sorriu.
- De novo eu agradeço a sua preocupação. Mas sinceramente acho que você não tem que se preocupar com o Dave. Sei que ele nunca foi de namorar nem nada. Mas você não tem idéia das coisas que ele me disse. Dá pra ver que os sentimentos dele são verdadeiros pelas palavras entende? Ah ele me disse coisas lindas e eu vi, que alguém tem que realmente gostar de mim pra falar tudo aquilo.
sentiu raiva no momento. Queria segurar no pescoço de Dave e mandar ele dizer pra ela que fora ele quem tinha dito aquelas palavras. Palavras que conquistaram ela. Mas não adiantaria nada. Então, com o coração na boca, ele sorriu levando de volta para o pequeno estúdio da casa de .
O ensaio acabou poucas horas depois. Dave se ofereceu para levar em casa, e nem reparou como o encarava quando ele fez isso.
A banda tinha alguns compromissos durante a semana, iria aparecer em um programa de televisão, e visitaria algumas rádios. , como webmaster da banda, estava presente em todos esses pequenos eventos, para manter o site sempre atualizado.
Ela e Dave só ficavam juntos no intervalo das entrevistas devido à agenda dos garotos que estava cheia, mas na sexta todos combinaram de se reunir na casa de para discutir assuntos da banda e falar sobre o clipe que iriam gravar.
Pela casa de ser um lugar mais descontraído do que os estúdios nos quais eles passaram a semana, a notícia da pequena reunião que iam fazer havia se espalhado e já tinha quase virado uma festa.
, e apareceram na casa de na sexta-feira à tarde, levando algumas bebidas, o que assustou o garoto, que não havia notado as proporções que tinha tomado a pequena reunião na sua casa.
- Onde que é a festa? – Ele perguntou vendo e entrarem na sua casa com sacolas cheias e indo em direção a cozinha.
- Na casa do ! – riu.
- Quem resolveu dar uma festa aqui em casa? – o garoto disse fechando a porta.
- Ah , você não achava mesmo que ia conseguir reunir só a banda aqui numa sexta à noite? – disse voltando da cozinha.
- Bom, sendo você um integrante da banda, pelo menos é o que você diz, eu acho que você deveria se preocupar um pouco mais com os nossos compromissos... afinal de contas é o nosso emprego e... – parou de falar ou ver que , atrás dele, ria.
- Ah, qual é , você não acha mesmo que a gente ia deixar passar uma oportunidade de fazer uma festinha na sua casa? – a garota disse - Sinto muito mas até a ta vindo pra cá e vai trazer alguns amigos. Mesmo achando que essa é uma concorrência para as festas na casa dela...
- Mas eu só queria resolver coisas da banda e....
- Relaxa cara... – disse – a gente vai conversar sobre a banda.... Agora, deixa a gente voltar pro carro que ainda tem algumas bolsas com mais bebida....
E foi ajuda-los a pegar as sacolas, já que viu que não poderia argumentar mais.
- Você vai? – perguntava pra que ia andando com ela até sua casa.
- Como se o fosse me deixar ficar em casa.... mesmo sabendo que não estou com clima pra festas... – a menina respondeu. – e Mr. Williams aposto que também insistiu pra você ir...
- Até que não. Achei estranho, mas ele disse que queria fazer outra coisa comigo... porém como ele disse que essa festa era inicialmente uma reunião pra falar da banda a gente tinha que ir.
- Hum... entendo... – disse maldosamente – mas é realmente importante pro Dave ir nessas reuniões... afinal, eles têm que decidir qual vai ser a coreografia dele pro próximo clipe – e ela riu, vendo gargalhar também.
Pararam de andar ao chegar em frente a casa de .
- Vejo você hoje à noite – a garota disse se despedindo da amiga.
- Você ta linda! – Ele disse sorrindo de um jeito sapeca que fez a garota rir. Sim, ela ficava linda quando sorria. Começou a entender o que falava sobre quando se gosta realmente de alguém.
- Mas eu to de calça jeans e tênis! – ela argumentou.
- Casual, mas linda! – o garoto respondeu.
- Deve ser a maquiagem... – ela falou ficando vermelha – eeeei.... você também ta de maquiagem? – ela disse chegando perto do rosto do garoto para ver melhor.
- Vai dizer que nunca me viu de lápis de olho?
- Já, mas só em ocasiões especiais, tipo shows ou entrevistas! – disse rindo - Barbies! – ela brincou.
- Ah? Barbie? – o Dave disse franzindo a sobrancelha – porque você me chamou de Barbie?
arregalou os olhos.
- Não é óbvio? – ela disse, e julgando pela cara que ele tinha feito viu que não era óbvio pra ele – Se olha no espelho Dave.... olha o seu cabeloooo – ela continuou pegando em alguns fios brancos do cabelo do garoto.
- Eu me olhei no espelho hoje de manhã e não me parecia nada com aquela bonecas... – ele respondeu franzindo a testa – e eu não tenho peitos!
Ela riu com o comentário e deu um beijo nele, fazendo a expressão do garoto se abrir em um sorriso.
- Vamos... – ela disse puxando pela mão o garoto, que ainda mantinha um sorriso largo.
estava rodeados de pessoas na sua casa. Seus amigos tinham ligado o som em um volume considerável e estavam dançando na sala, de onde haviam tirado a mesa de centro. A geladeira estava cheia de bebida e ele não podia acreditar que a idéia tinha sido fazer uma reunião apenas para sua banda. Ficou tentando imaginar qual dos garotos tinha espalhado a notícia e transformado tudo numa festa.
balançou a cabeça para afastar esse pensamento e se levantou para ir até a cozinha, mas a campainha tocou e ele parou no meio do caminho para atender.
- Hey Baby! – Ele ouviu dizer assim que abriu a porta.
- Baby? – ele respondeu dando um beijo na testa da garota, que entrou na casa dele.
- Bom, se te consola, ela me chamou de Barbie hoje... – ouviu Dave dizer. O garoto o cumprimentou e entrou na casa também.
- O que ela bebeu? – comentou.
- Hey, eu ouvi isso! – disse se virando para encarar o garoto.
- Desculpa honney! Mas ficar chamando a gente de baby, de Barbie...
levantou as sobrancelhas como se chamar as pessoas de nomes de ursinho de pelúcia fosse a coisa mais normal do mundo.
- Ok – continuou – só não chame o de Susie... não acho que ele vá gostar muito...
A garota olhou com uma cara irônica para ele foi até onde as pessoas estavam dançando.
- Pelo menos você não é a Barbie aqui! – Dave disse dando tapinhas no ombro de e seguindo para onde tinha ido.
Antes que pudesse retomar seu caminho de volta para a cozinha a campainha voltou a tocar. Ele resmungou algo como “Já não tem gente o suficiente aqui?” antes de abrir a porta e dar de cara com e mais duas amigas.
- Oi! Trouxe duas amigas comigo tem problema? – Ela disse diretamente.
olhou para a sua sala que já tava cheia de gente.
- Não, nenhum. – ele respondeu vendo a amiga sorrir.
- Conhece a Jéssica e a Anne? – falou apontando para as amigas que entravam na casa de .
- Er, bom... – ele disse trancando a porta – na verdade eu já conheço a Anne... da última festa na sua casa...
- Nesse caso, essa aqui é a Jéssica – apresentou a ele a mais bonita das duas garotas.
- Bom, divirtam-se – ele disse após cumprimenta-la – e não quebrem nada... – completou dando uma risada, mas no fundo falava sério.
As garotas foram direto para a cozinha pegar alguma bebida. desistiu de ir pra lá ao ver no sofá sozinho.
- Se divertindo? – o amigo perguntou.
- , eu não marquei isso aqui em casa para me divertir... e sim pra falarmos sobre o clipe e...
- Ah , corta essa. – interrompeu e o garoto olhou espantado para ele. – Só porque você gostaria de estar se divertindo tanto quanto Dave – e ele apontou para o garoto que dançava junto de - e visivelmente não está, não quer dizer que você não possa tentar. Pára de ficar falando da banda... já deu pra perceber que não vai dar pra resolver nada não é?
parou olhando por um tempo e Dave dançando. Pensou nas palavras de .
- Você tem razão. Eu posso me divertir tanto quanto ele certo?
O ourto apenas balançou a cabeça afirmativamente.
- Ok. - disse se levantando.
- Hei! onde você vai?
- Chamar a pra dançar! - e andou em direção ao grupo de pessoas que dançavam na sua sala.
- Ah ! Não foi isso que eu quis dizer... - falou, olhando para uma das amigas da que se aproximava, mas o amigo já estava longe e não conseguia escutá-lo.
- Hey Dave! – cutucou o garoto que olhou para trás. – Posso? – ele fez um gesto que indicava que ele queria dançar com .
- Ah! Claro... – ele respondeu – eu já tava me cansando mesmo... vou beber alguma coisa, algum de vocês quer que eu traga algo da cozinha?
- Não precisa – os dois responderam ao mesmo tempo vendo Dave se afastar.
- Não imaginei que você quisesse dançar... – disse para .
- E por que?
- Bom, na verdade eu nem sabia que você gostava de dançar e...
- Parece que apesar de tudo tem algumas coisas sobre mim que você não sabe. – ele respondeu deixando a garota vermelha.
- Não, é que... – ela tentou dizer, visivelmente sem graça mas a interrompeu.
- Vai dançar comigo ou não?
Ela olhou em volta e percebeu que estavam todos dançando a sua volta e eles estavam parados.
- Já que você insiste... – ela falou dando uma risadinha.
colcou os braços em volta da cintura dela puxando seu corpo pra perto do dele. Começou a se mexer no ritmo da música fazendo a garota acompanhar o movimento do seu corpo. Estava ficando muito quente ali dentro. Ela colocou os braços em volta do pescoço dele. A música começou a ficar mais agitada fazendo com as pessoas se movimentassem mais e se apertassem naquele espaço pequeno. e foram imprensados um contra o outro. A garota tinha a respiração presa e sentia arrepios pela maneira que eles estavam se encostando. Uma das pernas do garoto estava entre as pernas dela, o que dava mais equilíbrio aos dois no movimento. colocou uma das mãos na nuca dela, segurando com uma certa força o cabelo da garota e puxando o rosto dela para trás como se fosse beija-la. A outra mão foi involuntariamente para suas costas, por debaixo da blusa. , ao sentir aquilo, fechou os olhos devagar. Estava se sentindo bem. Queria ficar presa
naquela situação para sempre. Ambos estavam transpirando e suas blusas colavam nos corpos. pensou que agora sim, estava se divertindo mais do que Dave.
- É o nome dele não é? – ele ouviu uma das garotas falar.
- Uhum – a outra respondeu afirmativamente – Ah! Quando eu olhei pra ele hoje...
- Vai fundo. – Dave riu ao ouvir a menina dizer isso. Afinal, ela era muito bonita... ia se dar bem essa noite...
- Não sei... Ele ta dançando com aquela garota ali. Devem estar juntos ou algo assim.. – a garota que parecia interessada em disse e Dave sentiu seu estômago despencar.
Como assim estavam falando de e ? Sentiu vontade de gritar, dizendo que os dois não estavam juntos.
Mas ao invés disso parou e observou os dois dançando. Pareciam realmente um casal. Ele sabia que os dois eram apenas amigos, sempre foram, mas agora que ele e estavam juntos não seria legal que os dois...
- Terra chamando Dave. – disse interrompendo os pensamentos do garoto.
- Ahn? – ele respondeu.
- Esquece – ela disse – quer um pouco? – ela mostrou o copo que estava em sua mão.
Dave apenas negou mostrando também a garrafa de cerveja que segurava.
- É... – ele começou a dizer – Eu... vou... dançar um pouco ok? – falou meio pausadamente.
franziu as sobrancelhas.
- Ta bem...
- Er... Ok... – ele disse indo em direção a pista de dança improvisada na sala de .
- O que é tão engraçado? – Dave disse chegando perto dos dois.
- Haha, olha pro ! – respondeu ainda rindo.
Dave não pode deixar de rir também.
- se você está tentando arrancar sua própria perna deveria tentar de outra maneira... – Dave disse fazendo o amigo parar de ‘dançar’ e olhar pra ele.
- Sei que está com inveja porque sei imitar o Michael Jackson melhor que você. – ele respondeu ouvindo mais uma vez cair na gargalhada.
Dave arregalou os olhos.
- Isso que você estava tentando fazer era imitar o Michael Jackson?
- Era – respondeu por .
- E bom, eu estava me saindo muito bem – o garoto disse.
- , quem te iludiu? – Dave disse fazendo rir novamente.
Dave e olharam para a garota ao mesmo tempo, pensando em como ela ficava perfeita quando sorria...
- É , honestamente, você tem que parar com isso ante que as pessoas comecem a reparar...
- Ah, então seu problema é o medo que as pessoas comecem a olhar pra cá e achem que você está junto de um maluco.... – ele disse.
- Hum... talvez.. – a garota respondeu.
- Ah sim, sim, entendo... nesse caso.. – falou, e num movimento rápido ele segurou nas costas e nas pernas da garota, pegando ela no colo.
- ! – ela exclamou – me coloca no chão!
- Nah... Pára de gritar, ta todo mundo olhando...
- Não acredito que você fez isso , me coloca no chão! , ta todo mundo olhando! – ela disse apreensiva.
Dave olhava sério para os dois.
- Só se você disser que eu imito muito bem o Michael Jackson – falou.
- Você imita muito bem o Michael Jackson! – ela disse rapidamente.
- E que eu fico muito sexy imitando ele.
- Você fica hiper sexy imitando ele! Agora me colocar no chão !
- Hum... – ele fingiu estar pensando – agora diz que me ama e que eu...
- Coloca ela no chão ! – Dave disse alto, talvez parecendo um pouco mais grosseiro do que pretendia.
Ambos, e , olharam para ele meio constrangidos. colocou a garota no chão.
- Desculpa Dave, eu... – ela disse indo até o garoto.
- Tudo bem, esquece.... – ele respondeu.
- Não – ela continuou – a gente só tava brincando... você sabe que a gente é amigo – ela disse engolindo em seco - e que...
- Eu sei dear! – Dave falou olhando nos olhos dela – mas os outros não!
olhava pra ele se sentindo mal... Ele estava sendo um ótimo namorado até agora e ela ainda abusava, dizendo que era sexy e tudo mais, sendo que qualquer um poderia ouvir.
sentia o estômago embrulhado. Ainda estava digerindo a palavra ‘amigo’. Como um dia ele pode pensar que essa situação seria diferente? Ela estava com Dave e ele tinha que aceitar isso de alguma maneira.
- Uma daquelas amigas da há estava interessada no , mas viu vocês dois dançando e pensou que estavam juntos... – Dave completou.
- Desculpa Dave.. mesmo...
- Tudo bem – ele disse abandando a mão... – esquece isso... eu confio em vocês dois e sei que vocês são amigos há tanto tempo.. estou cansado de ver vocês brincado assim e... bom, esquce ok?!
- Se te consola, você é mais sexy que ! – ela riu – e nem precisa imitar o Michael Jackson pra isso!
- Então.. – eles ouviram falar pela primeira vez – qual das amigas da estava interessada em mim hein? – e foi a vez do estômago de embrulhar.
Dave sorriu.
- A que ta com a blusa vermelha... a mais bonita das duas... – ele respondeu com um meio sorriso.
- Hum... Jéssica.. – respondeu – com licença – e se virou ido, ao que parecia, procurar a garota.
- Ele já sabe até o nome dela! – Dave disse dando um pequeno beijo em , que sorria amarelo.
- Oi! – ele ouviu alguém a suas costas dizer. Se virou dando de cara com Jéssica.
Sorriu. Talvez fosse um sinal. Tinha que esquecer ...
- Hey! – disse sorrindo sem graça enquanto e riam. – Dave não ta na hora de levar ela pra casa não?
- Hum... eu já tentei.. mas quem disse que ela quer ir?
- Eu não preciso ir pra casa! Não esta vendo que eu to bem? Oras... – ela disse um pouco mais alto do que deveria.
- Logo se vê quem é o homem da relação de vocês dois – comentou.
- ! – ela disse meio arrastado, quando olhou para o garoto a primeira vez.
Ele riu.
- Ok, eu tenho que agir normal certo? – ela disse sensatamente – vocês estão começando a rir de mim e isso não é bom... sinal de que bebi demais e...
- Finalmente! – Dave falou e ela olhou pra ele de cara feia – sorry... – se apressou em dizer.
e riam também.
- Nha, vem cá Dave! – puxou o namorado fazendo com que ele caísse em cima dela no chão, provocando uma crise de riso na garota.
- Se deu bem hein Dave! – gritou ao ver ele em cima dela, pronto para beija-la.
deu uma cotovelada em na hora, o que fez a garota reclamar. Ela nunca entenderia que não torcia para Dave e ficarem juntos... Nem poderia fazer isso com .
- Get a room! – disse para Dave e que estavam no chão se beijando.
- Ahn? – a garota perguntou, afastando Dave.
- Arrumem um quarto! Foi o que eu disse!
- Aahhh – ela olhou sem graça em volta.
Dave ria.
- É, vamos embora hun? – ele perguntou.
- Não, não quero ir embora... só preciso de um pouco d’água. – respondeu.
- O que isso tem a ver? – falou baixinho com .
- Pra ela que já bebeu de mais deve fazer algum sentido.... – ele respondeu.
- Dave, vem na cozinha comigo? Preciso de água. – , que já tinha se levantado, disse.
- Yep – ele respondeu se levantando também.
Segurou ela pela cintura guiando até a cozinha, já que ela tinha decidido andar de costas. “As pessoas quando bebem...” Dave pensou e riu consigo.
- Humm! Sabia que o ia ser dar bem hoje! – Dave disse ao chegarem na porta da cozinha.
- Ahhhn? – disse prolongadamente se virando de frente.
Antes não tivesse virado, por se deparou com uma das piores cenas que poderia ver.
estava quase ‘engolindo’ a tal da Jéssica, que estava sentada na pia, com uma micro saia, e as pernas abertas. Uma mão de estava na coxa dela, e a outra sabe-se lá aonde.
A única coisa que ela tinha em mente era que os dois tinham que parar de se beijar. Então, sem que percebesse começou a rir muito alto, o que fez o casal, assustado, olhar para ela e Dave, que entravam na cozinha. Era efeito do álcool, só poderia ser. Como alguém pode rir tanto, quando tudo que quer fazer é chorar?
- Ah, são só vocês.. – falou parecendo aliviado.
“Como assim ‘só vocês?’ hein?” pensou. Esperava o que? “Quem você pensa que...”
- A gente só veio pegar água, fiquem a vontade. – Dave falou.
- Dave... – disse meio dengosa – acho que eu....
E antes que terminasse a frase ela partiu com tudo pra cima dele, dando um beijo forte e pegando em seus cabelos.
O garoto ficou sem reação, assim como e Jéssica que olhavam pasmos para os dois.
A reação de àquilo não foi diferente. Sentiu-se ferido quando beijou Dave... acabou fazendo a mesma coisa com Jéssica.
sentia Dave beijar seu pescoço. Abriu os olhos. O que estava fazendo? Porque diabos ainda se sentia assim por causa de ? Ela tinha feito uma escolha, tomado uma decesão, não poderia ficar se iludindo, ou se decepcionando assim. Estava com Dave, e estava determinada a ser feliz com ele. Não era fazendo ceninhas como essa por ciúmes que ia esquecer . Ela sentia que só Dave era capaz de fazer isso acontecer.
Ela se afastou do garoto. Viu que Jéssica e ainda se amassavam perto da pia.
- Vamos embora? – ela disse olhando nos olhos de Dave.
- Ahhhn? – o garoto disse com a voz falhando – agora? – parecia que ele ia chorar.
- Fala sério Dave... não é possível que você tenha ficando tão alegre só com isso!
- Mas você disse que não queria ir pra casa! – ele falou ignorando o que tinha dito. – Agora que estava tudo tão bom.... – Dave choramingou.
- Vamos... – ela insistiu – vamos dar um pouco de privacidade aos dois. – continuou, com um nó na garganta.
- Arf! – Dave emitiu um som, respirando fundo.
- Me deixa em casa? – ela perguntou.
Dave sorriu.
- Agora eu já tenho um truque pra te deixar sóbria haha!
Ela franziu a testa.
- É, foi só a gente, bom, você sabe, que, você que estava ruim, ficou sóbria rapidinho....
- Dave! – exclamou. – me leva em casa ou não? – ela disse andando para a sala.
O garoto a seguiu balançando positivamente a cabeça.
- Onde paramos? – Dave perguntou à
Ela deu um sorriso malicioso. Ia ser assim, ela gostava de Dave.
- Quer entrar Barbie? – a garota disse.
Dave parou e olhou nos olhos de . Gostava muito daquela garota e não queria apressar ela a fazer nada. Se surpreendeu com esse pensamento. Se fosse qualquer outra garota, ele teria achado que estava demorando demais para que dormissem juntos, mas com era diferente. Ele queria que ela tivesse seu tempo...
- Você tem certeza? – ele disse baixo, olhando fixo nos olhos dela.
sorriu, balançando afirmativamente a cabeça. Não esperava essa reação de Dave. Ele estava a respeitando muito, e isso era bom.
- Tenho sim dorkie. – ela disse voltando ao sorriso malicioso, abrindo a porta de casa.
Se virou e puxou o garoto pela gola da blusa pra dentro de casa.
Voltou a olhar para a garota. Ela era realmente bonita e parecia ter gostado de ficar com ele. Pensar nisso fazia ele gostar da idéia de ter passado aquela noite com ela.
interrompeu seu pensamento para procurar seu celular que tinha começado a tocar em algum lugar daquele quarto. Achou o aparelho dentro do seu tênis.
- Ah, é você – falou olhando para sua cama, onde Jessica permanecia imóvel.
- Decepcionado com o meu telefonema ? – brincou – pensou que fosse a amiga da ?
- Er... isso seria meio impossível visto que ela está na minha cama e...
- O QUÊ??? – berrou fazendo com que que descia as escadas para a cozinha tirasse o telefone do ouvido.
- É , ela dormiu aqui em casa e..
- AH! Que ótimo! – o amigo respondeu. Queria que ele arranjasse logo alguém, tiraria da cabeça de uma vez, assim até ele poderia ter paz de novo. – Então conta, como foi? – ele voltou a falar.
- Ah... Foi bom – respondeu lembrando da noite anterior – Mas não era a – ele completou baixinho.
- Não acredito. Sério. , te dando um conselho de amigo, esquece a . A Jéssica é linda cara e... – fez uma pausa ao ouvir um resmungo do outro lado da linha – , ninguém ta dizendo que ela é mais bonita que a ... Na verdade eu só conheço uma mulher que é capaz de competir com a na beleza, que é a minha namorada.
- Mas... – ia dizer mas interrompeu.
- E sei também que a garota que você ama não é a Jéssica, mas ela é uma garota e tanto e está a fim de você. A tem namorado entendeu? Acho realmente que você deveria seguir em frente com a Jéssica e quem sabe começar a gosta dela...
- Olha, , chega. Não dá, entendeu? Ninguém nunca vai substituir a !
- Ah , ta impossível falar com você hoje. De qualquer forma, liguei pra avisar que eu a e o vamos pra pista de skate perto da lanchonete do Adam, se você quiser ir... Ainda vou ligar pro , pra e...
- Eu ligo pra ela – disse.
- Bom – falou um pouco sem graça – na verdade eu ia sugerir que você levasse a Jés...
- Eu ligo pra . – ele repetiu firme.
- Ah, bom, ok então. Duas horas lá. – e desligou o telefone.
- Ei! Por que você não pára de rir e vem me ajudar aqui? – o garoto falou, mas só conseguiu rir mais – Não to vendo nenhuma graça aqui e...
- Ah Dave, você que insistiu em fazer o café da manhã, eu não pedi nada! Agora se vira...
- Se vira é? – ele respondeu – ah, pois bem, você fica com a parte queimada que eu fico com a outra.
- Dave, só tem parte queimada aí.
- Não, não tem não, quer ver? Olha – ele disse tentando virar os ovos, mas derrubou uma parte do bacon no chão o que fez disparar a rir de novo.
- Aiii Dave eu preciso ir ao banheiro, não agüento de tanto rir... – e começou a subir as escadas.
- Ei, o telefone ta tocando! – o garoto falou.
- Atende pra mim! – ela gritou já do andar de cima.
- Tudo isso por causa de um bacon? – Dave falou consigo, indo em direção ao telefone. – Alô?
do outro lado da linha congelou. Ele conhecia aquela voz, e não era de .
- Alô? Tem alguém na linha? – Dave repetiu.
- Er... – parecia acordar do estado de choque – er.. eu.. a... é.. Dave? – finalmente conseguiu falar.
- ? – o garoto respondeu.
- É.. sou eu... Hum.. O quê você ta fazendo aí?
- Er... – Dave ficou sem garça, e se tivesse falando ao vivo com o amigo teria visto que ele tinha ficado vermelho – Ah .. eu, bom, eu dormi aqui...
O coração de deu um salto, e ele sentiu como se tudo estivesse desmoronando. Como assim Dave tinha dormido com ? Como?
- ? – Dave continuou ainda sem graça. – Ainda ta na linha?
- To sim – ele disse engolindo em seco – er.. a , quer dizer, vocês dois não estão a fim de ir na pista de skate do Adam? O resto do pessoal vai estar lá duas horas... Se vocês quiserem ir e...
- Hum, é uma boa idéia... a gente não tem o que fazer hoje... falo com ela e de repente a gente aparece lá.. AIIII caramba!!! preciso desligar, esqueci o fogo ligado e os ovos tão com cheiro de queimado, tchau! – Dave disse desligando o telefone e em seguida correndo para o fogão para tirar os ovos e bacon negros que tinha agarrado na frigideira.
desceu menos de um minuto depois.
- Ain! Eu sabia que você ia transformar isso em um carvão Dave! – ela disse quando olhou o estado dos ovos mexidos.
- Bom, você não pode dizer que eu não tentei... – ele respondeu.
- Antes não tivesse tentado... – ela disse de brincadeira – Mas, enfim, quem era no telefone?
- O – arregalou o olho quando ouviu Dave dizer aquilo, mas o garoto não percebeu – Chamou a gente pra ir no Adam.. parece que o pessoal vai pra pista de skate às duas hoje...
- E... an... porque o não falou comigo, quer dizer – ela se apressou em corrigir – porque ele não quis esperar eu sair do banheiro e tudo mais....
- É, estranho... Pensando bem ele nem pediu pra falar com você.... Acho que queria apenas dar o recado mesmo... Falei com ele que a gente devia ir ok?
- Ahr... er.. Ok! – respondeu.
- Hey .. – ele ouviu a voz de uma garota alguns minutos depois.
Levantou a cabeça, se deparando com Jéssica.
- Ta tudo bem? – ela disse sentando-se ao lado do garoto.
balançou afirmativamente a cabeça.
- Que bom – ela sorriu – quer que eu prepare alguma coisa, ou você já tomou café?
não respondeu.
- Ah, bom – ela se levantou - então eu vou pegar o meu sapato que ficou na cozinha e vou pra casa...
- Jéssica? – falou se levantando e indo, decidido, atrás dela.
- Hum? – a garota respondeu.
- Ta a fim de ir comigo pra pista de skate hoje? Duas horas.
A garota sorriu.
- Sério? – perguntou.
balançou a cabeça, confirmando, e chegou mais pra perto dela, segurando em sua cintura.
- Bom... tudo bem que não vamos ter tanta privacidade lá, até porque o resto da banda também vai, mas como combinei com eles, queria sua companhia. – ele disse olhando nos olhos dela com um sorriso maudoso.
Jéssica apenas sorriu novamente dando um beijo nele.
- Mas eu... – ela ouviu ele gritar do andar de cima – Espera!
- Aiiin... – ela resmungou impaciente, vendo instantes depois Dave descer as escadas segurando seu único ursinho de pelúcia. – Eeeeeei.... o que você está fazendo carregando o Ted?
- Ahn? Ah, é Ted o nome dele é? – Dave disse apertando as orelhas do urso como se quisesse arranca-las. – que original hein... – ele comentou rindo.
- Ei! Não vem reclamar do nome que dei a ele! Pelo menos é mais original do que Dave... – disse rolando os olhos de uma maneira engraçada.
- É, eu já disse isso pra minha mãe... Dave é muito sem sal. Mas ela insiste em dizer que ela não me chamaria de Rex de qualquer forma...
riu.
- Vamos embora? – a garota insistiu.
Dave balançou a cabeça concordando. Pegou seu celular que estava em cima da mesa, colocou no bolso e ajeitou ‘Ted’ de baixo do braço.
- Ei, ei ,ei! Onde você pensa que vai? – censurou.
- Er... pra pista de skate? Não é pra lá que você ta querendo ir a horas? Não é pra ir pra lá que você me chamou, quer dizer me gritou durante meia hora?
- Sim, mas onde você pensa que vai com o meu Ted?
- Pro mesmo lugar.
- Er Dave... o que exatamente você vai fazer com o Ted numa pista de Skate? – perguntou.
- Surfar. – ele respondeu.
levantou as sobrancelhas, contorcendo um pouco a boca, típica expressão de quem não está entendendo nada.
Dave olhou para ela.
- Ah, vai dizer que você nunca colocou um nesses bichinhos aqui no skate e assistiu ele descer ladeira a baixo? – o garoto falou como se fazer aquilo fosse a coisa mais comum do mundo e como se fosse uma aberração por nunca ter feito.
- Dave, eu tenho cara de quem costuma a se divertir vendo um ursinho de pelúcia rolar ladeira a baixo?
- Não – ele respondeu. – É, eu sempre soube que você era meio esquisita... Vamos? – completou já do lado de fora da casa.
- Dave você não vai me enganar, deixa o Ted em cima da mesa?
Ele voltou meio contrariado e deixou o ursinho dentro de casa.
- Depois eu que sou a esquisita... – falou rindo baixinho.
- Pensei que você tivesse dito que não ia seguir meu conselho – falou baixo com . Apesar de não ter muita gente dentro da lanchonete.
- Ahn?
- É ... pensei que você tivesse dito que ia ligar pra , e não chamar a Jéssica...
olhou para a Jéssica, que estava longe. Ela parecia estar se dando bem com seus amigos. Estavam todos sentados em uns bancos de pedra do lado de fora da lanchonete do Adam, em frente à pista de Skate. Estava um dia com muito sol, mas não estava quente. Todos conversavam, felizes, como se estar todos juntos fosse a melhor coisa do mundo inteiro. Muitos riam, outros, como o , desfilavam com suas calças que deixavam mais da metade da cueca aparecendo, o que arrancava gargalhada de alguns. Só duas pessoas faltavam ali no meio deles e...
- ? – acordou o amigo de seu transe.
- Ahn? Ah sim, sim, eu ia ligar pra ...
- E?... ligou? Cadê ela?
- Não sei...
- , o que aconteceu? Pensei que você tinha trazido a Jéssica aqui porque tinha finalmente ouvido o seu amigo aqui, mas parece que não... me fala, o que aconteceu?
- Não aconteceu nada , eu hein...
- O que mais surpreendente é que você ainda tenta me enganar...
- Ta bom ... Eu liguei pra ..
- E?... – disse esperando que o amigo completasse a frase logo.
- E... bom.... aí quem atendeu o telefone foi o Dave. Ele passou a noite lá.
- Outch! – falou – deve ser duro isso cara... mas eles são namorados... isso ia acontecer cedo ou tarde e..
- E mais nada ! – interrompeu. – Eu trouxe a Jéssica pra cá, ela é uma garota ótima e a gente pode dar certo né? – ele falou com um tom mal humorado.
- É... as vezes é preciso que coisas fortes assim aconteçam para as pessoas caírem na real e tomarem uma atitude decente.... – comentou.
- Ei! – se virou para ele – Ah, nada, esquece... Vamos levar logo esses lanches lá pra fora antes que eles venham atrás da gente buscar.
- Ok – disse pegando uma bandeja cheia de sanduíches em cima do balcão da lanchonete e seguindo em direção à porta.
Parou e se virou para que vinha atrás.
- Ei... eles vem? Digo, o Dave e a ...
- Não sei – respondeu dando os ombros e seguindo para a mesa de pedra do lado de fora.
- Eu aposto no !
- Até você Jéssica? – reclamou.
- Desculpe , mas todo mundo aqui apostou no ... Acho que ele tem mais crédito... - ela respondeu fazendo uma cara de quem pedia desculpas.
- Desiste .... A única pessoa que apostava em você era a , mas parece que ela não...
- Falando de mim? – apareceu ao lado dos amigos interrompendo o que dizia.
- Eeeei! – falou – por que demorou tanto?
- Tive que esperar a criança ficar pronta não é? – disse apontando para Dave.
Todos na mesa trocaram olhares ao perceber que Dave havia dormido com .
- É... estávamos falando de você sim... – continuou o – e vão pra pista de skate, e bom o disse que consegue ir mais rápido que o , virar mais rápido ali – ele estava apontando – passar pra outra pista e... ah! Ele disse que ia no corrimão sem cair também. Enfim, o mesmo de sempre.
- Ok, eu aposto no . – falou tirando o dinheiro do bolso pra colocar em cima de um montinho das pessoas que também apostavam no garoto.
- ! – falou como ela, meio magoado – você sempre apostou em mim!
- E bom.., - ela respondeu, meio sem graça – eu sempre perdi .
O garoto ficou meio estático olhando para ela e disse:
- Justo.
E se virou de costas pegando seu skate e indo em direção à pista.
- Bom, - começou - já que ninguém apostou no , se ele ganhar – e ela soltou uma risadinha meio irônica – ele que vai levar todo o dinheiro ok?
- Justo. – disse , que repetia as palavras do .
- Ok então. - disse indo para o lado de na rampa.
sentou em cima da mesa, para observar os dois que iam começar a andar, e Dave se acomodou entre suas pernas. Os outros amigos ficaram de pé observando e que haviam acabado de começar a andar na rampa.
deu um forte impulso com o pé direito, o que o fez ganhar velocidade e manter o equilíbrio. Deu algumas voltas, se sustentou no ar, rodou, e bom, pela primeira vez estava na frente de .
observava o garoto fazer todas aquelas manobras. É ele estava indo realmente bem dessa vez...
- Pena que eu apostei no – ouviu uma pessoa comentar do seu lado, e se virou, dando de cara com Jéssica.
Ela não tinha reparado que a garota estava ali antes.
- Ele não é ótimo? – Jéssica voltou a comentar, e , perplexa, voltou a olhar para a rampa, bem em tempo de ver caindo perfeitamente no corrimão e descendo de lá, antes de .
se voltou para Jéssica.
- Ele sempre foi ótimo! Mas você não apostou nele não é?
- Ei, você também apostou no ! – Jéssica falou naturalmente. – Parece que ele surpreendeu a todos né?
engoliu em seco e olhou com desdém para aquela garota. Não gostava dela.
- Parece que eu ganhei toda a grana, certo? – falou, lançando rapidamente um olhar severo à .
vinha logo atrás do amigo, com o Skate na mão.
Os amigos todos estavam olhando meio que sem acreditar. nunca tinha ganhado de no skate. Bom, até hoje.
- Droga, eu poderia ter ganhado uma grana... logo hoje que eu decidi não apostar em você ... – comentou olhando para o garoto que pegava o dinheiro.
- Talvez por isso... – ele respondeu friamente sem olhar pra ela.
A mesa toda ficou em silêncio. Estavam todos estranhando a situação, os dois nunca haviam se tratado assim.
- É, vai, ver que eu te dou azar não é ? – respondeu se virando pra abraçar Dave, que mal reparava no que estava acontecendo, pois tentava roubar batatas fritas de .
- Ah vai , er.. você sabe que não foi isso que ele quis dizer.. não é? – começou a falar pra tentar amenizar a situação.
- Ah não? – ela respondeu – então o que o Mr. quis dizer?
sabia que tinha dito aquilo, porque justamente o fato da não ter apostado nele fez com que o garoto tomasse forças e encarasse aquilo como um desafio. Mas ele duvidava que o amigo fosse confessar algo do tipo.
- Er ... não foi exatamente isso que.. – tentou falar mas , que olhava para e Dave, interrompeu o amigo:
- É, talvez seja isso mesmo... Sorte você nunca me deu....
- ! – protestou, mas o garoto apenas guardou o dinheiro no bolso e se aproximou da Jéssica.
- Dave! – disse pra quebrar o gelo – você é sempre o encarregado pela nossa maior diversão, cadê o ursinho hein?
- Hunf – Dave resmungou – quem disse que a “madame” aqui me deixou trazer o ‘Teddyzinho’ dela? Hein?
- Ahhh não, não acredito que vocês também estão nessa de colocar o pobre do ursinho num skate pra ver ele rolando ladeira abaixo! – disse.
- Como assim a gente também ta nessa? É sempre a melhor parte! – protestou.
- Cara, eu me impressiono com o fato de que nunca vi vocês fazendo isso uma vez sequer! – exclamou olhando para os amigos.
- Que pena – disse – é sempre a parte mais divertida do dia!
Em seguida ao que havia falado os amigos ouviram o barulho do ‘leve’ tapa que havia dado no braço do namorado, arrancando risos de todos que estavam ali.
- Vai , mais rápido! – gritava incentivando a amiga, que estava andando de skate.
- Ei! Como você quer que eu vá mais rápido que isso? – gritou de volta enquanto fazia uma curva, por fim, levando um tombo.
- Gosh! – exclamou, olhando aquilo.
Dave se levantou correndo para ir ajuda-la mas logo fez um aceno com a mão indicando que estava tudo bem.
- Eu já disse que ela não pode colocar o pé muito pra frente na hora que for virar... – disse correndo para onde garota estava.
Ela já havia se levantando e estava de volta em cima do skate.
- eu já te falei que o seu pé tem que ficar aqui. - disse agachando.
Segurou a perna da garota e colocou o pé dela no lugar certo.
apenas ficou encarando ele. O garoto olhou pra cima encarando a amiga também, com uma cara de quem ia pedir desculpas.
- Olha, se você me desculpar eu divido com você a grana que eu ganhei com as apostas.
- Hum... – ela fingiu estar pensando – só se eu ficar com setenta por cento do dinheiro.
- Sententa? – exclamou – quer me extorquir?
- Quer que eu te desculpe?
- Arf, garotas são mercenárias mesmo! – ele riu.
sorriu também.
- Anda, levanta daí e me diz se eu to colocando o pé no lugar certo... depois que você ganhou do hoje eu tenho que te dar um certo crédito.
- Ok – ele respondeu se levantando – olha só você coloca esse pé aqui inclinado, enquanto coloca mais força naquele ali. – ele ia dizendo e apontando para os pés da garota, mas ela não estava prestando atenção.
Quem prestaria? Tudo que ela conseguia fazer ela fica olhando para e rapando no seu jeito carinhoso de falar.
- Anda, agora da o impulso. – ele completou.
- Ahn? – falou meio desnorteada.
- Você prestou atenção no que eu estava falando? – perguntou desconfiado.
- Claaaaaro... Olha, é só eu colocar o.... er... o que mesmo?
abriu um sorriso gostoso e não resistiu, dando um abraço forte no amigo. Ele riu mais ainda dando uma mordida na bochecha dela.
- Outch !
- Anda, presta atenção que eu vou começar a cobrar as aulas daqui a pouco...
- Ah, não tem problema... eu sei que você nunca vai me dar aqueles setenta por cento mesmo... então fica por conta... haha...
- Engraçadinha... sobre no skate... e faz o que eu te falar..
- Eles não conseguem ficar um minuto brigados né? – comentou olhando para onde e estavam. A garota se segurava no pescoço do amigo.
deu uma cotovelada no namorado.
- Ei! O que foi? – ele resmungou.
- Você não vê? – falou perplexa.
- Vê o que? – não entendia.
- Não percebe que... – abaixou a voz o máximo possível – Não vê que esses dois se amam?
- Ahn? – exclamou alto e alguns dos amigos olharam para ele.
O garoto apenas deu um sorrisinho e se voltou para a namorada.
- Do que você ta falando? – ele falou baixo também.
- Não é obvio? – começou – está na cara que os dois são apaixonados um pelo outro!
- Não – contrariou – eu mesmo já pensei diversas vezes que eles se gostavam, mais pelo jeito carinhoso que eles tem um com o outro, mas não acredito nisso de verdade... acho que se eles quisessem já estariam juntos faz tempo...
- Ah é? E como você explica essas ‘briguinhas’ bobas, por puro ciúmes, que eles têm tido hein?
balançou os ombros.
- Pois é... Justo quando a começa a namorar o Dave e o começa a sair com a Jéssica que eles começam com essas alfinetadas...
- Mas por que eles começaram a namorar outras pessoas então?
- Porque simplesmente não sabem que um gosta do outro... Acho que a sempre gostou do , mas sempre achou que ele não gostava dela. Bom, e vice e versa.
olhou com uma cara intrigada para a namorada.
- Como você deduz essas cosias?
- Hum... bom, em outros casos eu diria que é intuição feminina, mas como no caso desses dois é BEM óbvio, eu diria apenas que é um pouquinho de inteligência.
- Ei! Não esculacha... – reclamou.
- Mas é simples né? Ta mais do que na cara sabe? – continuou.
- Sim, mas e o Dave?
- O que tem o Dave? – a garota perguntou.
- Bom, ele é namorado da não é?...
- Sim, mas...
- E bom, ele RELAMENTE gosta dela...
- Sim...
- Você já viu o Dave namorando mais alguém?
- Não.. e...
- Então....
franziu a sobrancelha.
- Onde você quer chegar com essa história?
- Não sei – respondeu sinceramente – Mas eu só tava pensando.... os dois amigos vão acabar disputando a e tudo mais....
- Pode ser... – respondeu – mas acho que a gente tem que pensar nos sentimentos dela também....
- É....
- E, bom, está CLARO, que ela gosta mais do ...
Já estava começando a escurecer e Jéssica agora estava com na rampa de skate, e o garoto ensinava ela a andar. , e Dave estavam em uma conversa animada, enquanto os outros decidiam para onde iriam agora... afinal, era um sábado à noite.
- Ei ei ei... ... Dave.. e ? – chamou, e os três param de conversar e se viraram para o amigo.
- Hum... – disse.
- Alguma sugestão? – ele perguntou.
- Sugestão...... de que? – perguntou abraçando o namorado.
- Bom, hoje é sábado não é? – falou – o que vamos fazer?
- Ah.. bom... – começou – a gente pode fazer o pagar bebidas pra gente eu algum bar... ou Pub... afinal ele ganhou uma grana da gente...
- Hum... gostei da idéia. – Dave falou.
- Eu também... – disse – é sempre bom beber às custas dos outros...
- É, se você não parar pra pensar que o dinheiro que ele ganhou era nosso.... – comentou e alguns riram...
- Ei ! – gritou – Vem cá!
Ele e Jéssica começaram a andar para perto do grupo de amigos.
- Nove e meia no Pub irlandês hoje à noite, você paga. – disse quando ele chegou perto.
- Eu?
- Sim, geralmente quem pergunta... – a garota respondeu – fechado?
- Fechado – todos disseram.
se virou para Jéssica:
- Você vai?
- Vou sim... Só preciso passar antes em casa e tudo mais... encontro você lá certo?
- Certo.
[Capítulo 10]
- O que eu visto? – perguntava à pelo telefone.
- Qualquer coisa... ah, sei lá, você sempre se veste bem... – ela respondeu.
- Hum... Saia preta, com uma sandália e... ?
- Ta frio. – falou.
- É verdade... Hum saia jeans com bota e blusa branca de manga comprida?
- Ótimo! Então te vejo lá daqui a uma hora?
- Uhum - ela respondeu afirmativamente – mas.. ...
- Sim?
- Você... er, sei lá... Você ta ok?
estranhou a pergunta da amiga.
- Estou, por que?
- Ah, bom.... o ter aparecido com aquela garota lá e tal... ok pra você?
- , o tem direito de sair com quem ele quiser! E falando nisso, eu to com o Dave, e to muito feliz assim.
- Ah, então.. que bom!
- Pois é... Bom, eu preciso desligar, ainda tenho que me arrumar... encontro você no Pub, beijos.
desligou o telefone. Não sabia o motivo, mas não estava com nenhuma vontade de falar sobre e muito menos sobre a garota que ele estava saindo.
Sentou na cama e parou pra pensar. Como tinha chegado àquele o ponto? Não conseguia nem falar de sem sentir calafrios pelo corpo, além de uma tristeza por não estar com ele. Por outro lado ela sentia que gostava muito de Dave. Ele era a melhor pessoa na qual ela poderia estar agora. Se sentiu muito confusa com a situação. Resolveu levantar e entrar no banho de uma vez, tinha que encontrar os amigos mais tarde.
O Pub estava, como sempre, cheio. Quando chegou lá percebeu que somente havia chegado, e foi ao encontro dele.
- Hey boy! – Ela disse, puxando um banco e ficando ao lado dele no bar.
tomou um gole de sua guiness e se virou pra dando um beijo no rosto dela.
- Tudo bem? – ele disse.
A garota balançou a cabeça afirmativamente.
- Cadê o resto das pessoas? – perguntou.
- Hum, o me ligou e falou que ele, a , e vem juntos, e vão se atrasar um pouco... e seu namorado? Não vem?
- Bom.. vem.. – respondeu percebendo que , por mais incrível que parecesse, já tinha bebido bastante – mas eu só acho que ele está um pouco atrasado...
- Hum... – grunhiu bebendo mais um gole de cerveja.
chamou o barman e pediu uma dose de vodka.
- Acho que a gente vai ter trabalho essa semana – disse derepente.
- Como? – se voltou para ele, deixando que sua vodka fosse servida.
- É a gente vai começar a gravar o novo clipe... vai ser de Eddie’s song mesmo... E você vai ter que trabalhar muito pra deixar nosso site bem atualizado....
- Ahh claro... e como vai ser o clipe? Já tem uma idéia não é?
- Sim, parece que o Dave vai ser o principal da história toda... ele vai representar o Eddie sabe?
soltou uma risada.
- Ele já sabe disso?
deu de ombros.
- Bom, a gente tinah que chamar a atenção para ele de algum jeito não é? Não sei se as coreografias de Ticket outta loserville deram muito certo..
- Ah, nem me fale! – comentou bebendo a vodka – Eu impliquei com o Dave durante séculos por causa daquela dancinha! Mas... se bem que ficou bem legal...
- Ficou engraçado com certeza – concordou – e provavelmente vão pedir pra ele repetir nesse outro clipe...
- Pobre Dave... se bem que ele gosta de dançar assim... pelo menos eu acho... ele vive fazendo palhaçadas do tipo... – disse e apenas palançou a cabeça afirmativamente.
Surgiu entre os dois um silencio constrangedor que durou alguns minutos. havia terminado a sua garrafa de Guiness – sabe-se lá quantas outras ele já não tinha tomado! – e já estava bebendo mais uma.
agora comia uns amendoins e olhava pela televisão o jogo do Liverpool contra Manchester United.
- Hum! Pra fora! – disse quando um jogador do Manchester chutou a bola em direção ao gol, quebrando o silencio entre os dois.
sorriu e já ia fazer um comentário sobre o jogo quando a interrompeu.
- Então quer dizer que você e o Dave estão dormindo juntos já?
- Ahn? – disse meio assustada com a pergunta do garoto.
- É, eu liguei pra sua casa e o Dave atendeu, dizendo que tinha passado a noite lá... – se controlou pra não deixar transparecer o ciúmes que estava sentindo.
- Bom... – a garota ficou sem graça, ele não tinha o direito de perguntar isso pra ela... logo ! – A Jéssica também dormiu na sua casa, pelo que me pareceu...
Novamente deu de ombros e bebeu mais um gole de sua Guiness.
- , você ta bêbado! – comentou.
- Talvez... – ele disse.
Ela riu. Era isso. só tinha começado aquele assunto porque estava quase bêbado. Ela não sabia quantas garrafas de cerveja ele já tinha bebido antes dela chegar ali.
- Bom, se o pessoal chegar por aí você escolhe uma mesa e guarda um lugar pra mim... eu vou ao banheiro ok?
Ele apenas concordou com a cabeça e observou a garota se levantar e entrar na porta do banheiro feminino, que ficava no fim do pub.
se sentiu confuso. Ela tinha mandado uma indireta pra ele? Era isso? Quando ela disse que ele também tinha dormido com a Jéssica, ela estava querendo dizer alguma coisa? Bom, ele ia descobrir, e seria agora ou, bom, ou nunca.
Se levantou, deixando a garrafa de cerveja em cima da mesa, e indo até o final do pub. Estantes depois saiu do banheiro e ficou meio surpresa ao ver ali. Mas o garoto não deu nem chance pra ela pensar direito. Com um movimento rápido ele colocou uma mão na cintura da garota e a outra na sua nuca, e com uma certa força, colocou a menina contra a parede. mantinha os olhos arregalados e sentia que poderia ter o coração saindo pela boca a qualquer momento. apenas olhava fundo nos olhos dela, e diferentemente da garota, ele não estava nervoso. Estava decidido.
Lentamente ele aproximou seu rosto do dela e seus narizes se encostaram. sentia que ia gritar, mas nem que quisesse teria tido forças.
então fechou os olhos e encostou seus lábios nos de . Vagarosamente ele foi abrindo a boca e sentiu que ela fazia o mesmo. A essa altura, estava com as mãos no pescoço do garoto e ele segurava nos cabelos dela com força.
Ela sentiu a língua quente do garoto brincar devagar com a sua. Sentiu que ele pressionou ela ainda mais contra a parede, colocando uma perna dele entre as pernas da garota, e de alguma forma ele conseguia puxa-la pra mais perto, fazendo com eu mais do que nunca, os dois corpos grudassem.
sentia o coração disparar, e depois de alguns segundos seu cérebro começou a funcionar direito. “ está bêbado” ela pensou. “Ele não.... ele só ta bêbado”, mas antes que ela fizesse alguma coisa pra que suas boca se desgrudassem, colocou uma mão nas costas da garota, por debaixo da blusa, e intensificou o beijo dos dois.
sentiu as pernas tremerem, e achou que poderá cair, se não estivesse imprensando ela contra a parede.
Finalmente depois de alguns segundos o garoto lentamente afastou seu rosto do dela e abriu os olhos. ainda estava de olhos fechados, mas rapidamente voltou a si. Colocou a mão da boca e sentiu que estava quente. A de estava vermelha.
Ela viu que o garoto ia dizer alguma coisa, mas interrompeu. Ele não poderia brincar com os sentimentos dela daquela maneira.
- ... – ela disse meio baixo, com a voz fraca – eu.. o que você fez?
não conseguia parar de pensar que o garoto estava bêbado e que o beijo só tinha acontecido por esse motivo.
- ... – ela repetiu colocando a mão na cabeça – que... meus Deus, que erro ! Eu tenho um namorado! – foi tudo que ela conseguiu dizer. Estava nervosa demais para formular uma frase diferente.
apenas apertou os olhos para ela. Era isso, apenas um erro? Isso que ele significava pra ela?
- Você ta bêbado – ela completou.
aproveitado a desculpa. Se ela achava que aquele beijo tinha sido um erro, ele não iria simplesmente contrariar. Se sentiu mal. Tinha medo que ela se afastasse dele depois disso.
- É, eu.. eu acho que bebi demais mesmo... – sua voz estava falhada. Ele não estava bêbado, apesar de já ter bebido um pouco ale da conta – me desculpa – ele continuou – ninguém precisa saber disso... foi só... eu só bebi de mais, e não sei, me deu vontade... mas... já passou.
abaixou a cabeça. Esperava que ele falasse que não, que não era um erro, mas o garoto apenas disse que era uma vontade, que já tinha passado... Ele não podia fazer isso com ela.
- Ei! O que vocês estão fazendo aqui na porta do banheiro feminino? – e ouviram uma voz familiar.
Se viraram e se deparam com de mãos dadas com uma garota, olhando para os dois.
- A gente? É nada.... – começou a dizer, mas interrompeu.
- Oi ! – ele bateu nas costas do amigo e depois se virou para a garota que acompanhava ele – tudo bem? Meu nome é ...
- Ah, olá.. eu sou Mandy... O me falou de vocês....
- Que bom! – entrou na conversa – Eu sou , prazer...
A garota sorriu.
- Cadê o resto das pessoas? – perguntou – Bom, vamos arrumar uma mesa, antes que o lugar fique mais cheio do que está e não sobre lugar pra ninguém sentar... – e saiu, com Mandy atrás de uma mesa.
olhou para , mas ele evitava olhar para ela. Desapontada, a garota, simplesmente seguiu , e acabou indo para a mesa logo atrás deles.
[Capítulo 11]
- Burra, burra, burra! – dizia para si mesma em voz alta sentada na cama, mais tarde naquela mesma noite.
A saída com os amigos, que era para ter sido um programa agradável, não passou de um pesadelo para ela. A pessoa que ela imaginava a séculos ser ‘o amor da sua vida’ tinha beijado ela, naquela noite, justo quando ela tinha achado uma oportunidade de esquece-lo. Seria perfeito se não fosse pelo fato de que estava bêbado, ela estava namorando um dos melhores amigos dele, e que ela tinha acabado de se tocar que tinha traído seu namorado.
- Cara, como eu sou estúpida. – disse, fazendo sua voz ecoar no quarto vazio. Dave tinha sido o namorado perfeito pra ela até agora e ela tinha traído o garoto dessa maneira. – O que eu poderia fazer? – ela perguntou como se tivesse mais alguém no quarto – Ele me pegou de surpresa... eu não consegui fugir!.
Não que ela fosse fugir de verdade, nem que conseguisse, mas precisava justificar pra si mesma o que tinha feito.
Mas isso era no que menos pensava. A cena de jogando ela contra a parede não saía de sua cabeça.
- Ele tava bêbado – ela enxugou as lágrimas que começavam a cair – e carente, provavelmente... Aposto que aquela Jéssica não faz nada direito!
sentia uma aversão enorme à garota. Ou ciúmes mesmo.
Mas, o que predominava na garota naquele momento era confusão. Não conseguia parar de pensar, que por mais que estivesse bêbado ele talvez a tivesse beijado porque lá no fundo sentisse algo por ela.
“Não” pensou. “Se ele sentisse algo por mim já teria feito isso antes.”
- Mas caramba, ele já esteve bêbado antes e nunca tinha me beijado! Por que ele fez isso? Logo agora que eu tava conseguindo esquecer ele! – chorou fortemente dessa vez.
Depois de um tempo, ainda perdida em pensamentos, a garota resolveu levantar e lavar o rosto. Não sabia porque tinha beijado ela, mas isso não importava mais. Se ele realmente gostasse dela teria feito isso antes, ou no mínimo, pelo sentimento de amizade dos dois, ele teria conversado com ela primeiro.
Enquanto jogava a água no rosto pensava que dessa vez era pra valer. Não ia sofrer mais, ou se iludir de forma alguma. Estava mais do que decidida, nada de ficar pensando em . Ela tinha um namorado, que era a melhor pessoa com quem ela poderia estar agora.
Mas o toque do telefone a tirou de seus pensamentos.
olhou no visor do celular. Abriu um sorriso.
- Oi Dave! Estava pensando em você neste momento! – ela disse forçando uma voz alegre, pra disfarçar a voz esganiçada que tinha ficado, após tanto chorar.
- Tava é?
- Tava sim, por que?
- Não nada, nada... er... , está tudo bem com você?
A garota olhou para os próprios pés.
- Ta sim.
- É porque você estava tão esquisita hoje no pub... eu pensei que pudesse ter acontecido alguma coisa... – Dave falou com um tom de preocupação e o coração de deu uma pontada.
“Aconteceu sim Dave...” ela pensou.
- Não dear, ta tudo ok... eu acho que estava meio cansada e com sono, por isso fiquei um pouco quieta e não falei muito. – ela engoliu em seco.
- Bom, ok então.. te vejo amanhã certo?
- Ah, ok... você quer vir pra cá?
- Er.. na verdade eu estava falando da casa do ... mas se você quiser que...
- Casa do amanhã? Por que? – perguntou surpresa.
- Bom, porque ele convidou todo mundo hoje no pub pra ir lá amanhã...
- Convidou é?
- Yep.
- Outch... Acho que não prestei atenção...
- Acha é? – Dave disse irônico.
- Bom, eu vou sim! A gente se encontra lá?
- Por mim ok. Beijos hottie. – e desligou.
bateu a mão fechada com força na porta.
- , você arrebentar com a porta do meu quarto não vai adiantar muita coisa. – disse com uma voz calma.
- Ela falou que foi um erro ! Um erro!!! Você tem idéia do que isso significa? – ele berrou.
- eu...
- Não, você não tem idéia.
- Eu não disse que tinha – continuava aparentando calma.
- ... – se aproximou meio nervoso do amigo – eu beijei ela cara... e.. foi tão bom... melhor do que eu poderia imaginar cara.... aí quando eu acho que finalmente ela vai dizer alguma coisa boa, que sente algo por mim.... ela me fala que foi um erro! Cara, dói pensar que aquele beijo não significou nada pra ela, enquanto pra mim significou apenas tudo!
- ... eu sei que dói e que...
- Não, você não sabe.
- ...e que foi difícil pra você finalmente tomar essa iniciativa – continuou como se o amigo não tivesse falado – mas você tem que pensar que isso vai te libertar cara. Você não vai ficar preso mais a idéia de que a pode estar gostando de você. Coisa que você tinha que ter tirado da cabeça faz tempo, já que ela namora um dos seus melhores amigos.
fechou os olhos absorvendo as palavras do amigo. Sabia que ele estava certo.
- Mas e agora ... eu não posso deixar as coisas assim....
- Assim como?
- Ora ! Deixar a achando que eu a beijei porque gosto dela.
- E quem disse que ela está achando isso?
- !! – falou alto – porque outro motivo sua melhor amiga ia te beijar, sendo que você tem uma namorada que é amiga dela?
fechou os olhos, pensando do que o amigo dissera.
- E você pretende fazer o quê? – ele disse, abrindo os olhos.
- Não sei. Acho que vou dizer pra ela que foi uma aposta.
- Que isso ! Ficou maluco? – se exaltou pela primeira vez.
- Não! De que outra maneira ela vai tirar da cabeça que eu gosto dela?
- E o que ela vai pensar de um garoto que dá um beijo na namorada do amigo dele por uma aposta? Mesmo ela sendo sua melhor amiga...
- Não me importa. Sinceramente não me importa. Desde que ela não pense que eu gosto dela, porque isso ia estragar tudo!
- ...
- É sério ... além de acabar com a nossa amizade, ia acabar abalando a minha amizade com o Dave e...
- E você acha sinceramente isso vai dar certo?.... Quer dizer, que essa é a melhor opção e...
- Como eu já disse, não me importo. , o que eu não suportaria é que ela soubesse de tudo que eu sinto por ela, sem ela sentir o mesmo que eu. Se eu não me importasse com o fato dela saber que eu gosto dela, esse beijo que eu dei nela hoje já teria acontecido há muito tempo cara...
- Mas ...
- Diz que você vai me ajudar com esse lance da aposta... se ela perguntar alguma coisa você diz que apostou comigo...
- você enlouqueceu mesmo! Como que eu vou fazer isso cara? – aumentou a voz.
- Por favor .... – falou com uma voz fraca.
ficou olhando para a expressão infeliz do amigo.
- O que eu não faço por uma amizade. – ele enfim respondeu.
bateu na porta da casa de ao meio dia. O garoto atendeu ainda de pijama.
- ? – ele disse um pouco sonolento.
- Er.. oi... Não... não tem ninguém aqui?
- Não... por que? São que horas?
olhou o relógio.
- Meio dia... é acho que esqueci de perguntar que horas vocês tinham marcado aqui na sua casa.... – ela disse um pouco sem graça.
- Que isso querida, não tem problema. Entra... como alguma coisa se quiser.... o pessoal só vai chegar lá pras duas horas...
- Outch.. desculpa mesmo , eu me desliguei completamente, nem pensei em hora...
- Nah, já disse que tudo bem... Fica a vontade, eu vou trocar de roupa. – ele disse seguindo pro quarto.
deixou sua bolsa na sala e foi pra cozinha tomar um copo d’água.
A primeira visão que ela teve da porta da cozinha foi de um garoto, de costas, na porta da geladeira, usando apenas suas boxes.
- ? – a menina perguntou e se virou rapidamente para encara-la.
- Ah... oi.. – ele disse apreensivo.
- Pega a água pra mim?..
- Ahn?
- A água – ela apontou pra geladeira.
- Ah, sim, sim... aqui... – e entregou a garrafa pra ela.
- Obrigada - a menina sorriu. Como poderia não sorrir, vendo naquela roupa? Ou melhor, falta de roupa!
- O me disse que não tinha chegado ninguém ainda aqui... que as pessoas só vinha as duas horas... – ela tentava manter uma conversa decente, pra não deixar o clima estranho. Estava torcendo para que ele não se lembrasse do dia anterior. Ia se sentir mal.
- É, eu dormi aqui... – ele falou.
- Hum.. – foi o que ela conseguiu responder.
Ficaram alguns segundos em silêncio.
- ?
- Hum? – a garota olhou rapidamente pra ele.
- Sobre ontem... - ele respirou fundo.
- Hum... – ela bebia exageradamente rápido a água que tinha colocado no copo.
- Bom... eu só queria dizer – olhava pra baixo, apoiado na bancada da cozinha – que bom... eu não queria que você me levasse a mal nem nada, mas... sabe, o beijo que eu te dei ontem.. foi... foi por causa de uma aposta e...
precisou se conter pra não cuspir água pela cozinha inteira. Ele se lembrava do dia anterior. E pior, estava falando que a beijara por uma aposta.
Como assim aquele super beijo que tinha dado nela tinha sido por causa de uma aposta?!?! Isso era pior do que ele estar bêbado! Muito, muito pior! De repente uma onda de raiva surgiu na garota. Como ele poderia brincar assim com ela? Ficar fazendo apostas sobre coisas como essa... “ahh ” ela pensou “Você não deveria ter feito isso”...
- E bom.. – ele continuou – não teve nada a ver realmente.. você e o Dave são...
- Ah, que isso, tudo bem – ela interrompeu o garoto, sorrindo.
- Tudo bem? – ele olhou pra ela com o rosto contorcido.
- Aham – ela sorriu de novo – esquece isso, não significou nada mesmo... – ela falava com a maior naturalidade.
O garoto olhou pros pés. Era por isso que ele não queria que ela descobrisse porque ele a tinha beijado. Não tinha significado nada para a garota.
Ele forçou um sorriso.
- Que bom que está tudo certo então – disse, dando um beijo na testa de e indo em direção à sala.
apenas sorriu e ficou esperando o garoto sair da cozinha.
- Ah – ela falou baixinho – Apostar que ia me dar um beijo foi a coisa mais estúpida que você já fez.
A menina estava com tanta raiva que estava decidida a ‘torturar’ o garoto. Ia fazer ele querer muitos outros beijos como aquele.
[Capítulo 12]
Uma e meia da tarde. , e já haviam chegado na casa de e todos agora se encontravam na sala ouvindo música e bebendo. Um pouco cedo para começar a beber, mas horário com certeza não iria impedi-los disso.
estava sentado no chão com em seu colo e uma garrafa de cerveja na frente dos dois. ligava para e se levantava indo pra cozinha buscar mais vodka.
estava sentado, um pouco entediado no sofá. tinha sentado no mesmo lugar, de lado, virada pra ele, com os pés pra cima da perna do garoto.
- A gente começa a gravar o clipe essa semana... – comentou passando os dedos de leve nas pernas da garota. O que ele estava fazendo?
- Eu sei... – falou – eu trabalho pra vocês esqueceu?
- Ah... pois é.. – ficou vermelho.
- E como vai ser o clipe? Quer dizer, eu sei que o Dave vai fazer o papel do Eddie certo?
- Uhum...
- Droga, meu namorado vai aparecer pelado pra todas essas fãs escandalosas verem... – ela brincou.
- Ele não vai ser o único... a maioria de nós vai aparecer de cueca ou algo assim...
- Ah, mas vocês vão ficar todos sexys de cueca. Eu posso dizer porque eu vi você de boxes hoje mais cedo. – ela prendeu o riso quando viu a expressão de .
Ele ficou inquieto. Como assim ele ficava sexy de boxes?
- Eu sei que você gosta – o garoto disse naquele velho tom de brincadeira que os dois costumavam a se falar.
- É... não sei como não te peguei e levei pra casa na hora... – ela continuou com o tom de brincadeira. Mas no fundo estava provocando.
- Ainda tem tempo.... – ele sorriu. Porque estava dizendo isso logo depois de tudo que tinha acontecido entre os dois? Ah, ok, essa espontaneidade deles era mais forte.
- Os quartos da casa do estão mais perto... – ela disse fazendo uma cara sexy.
Ele riu.
- Me encontra lá em dez minutos. Vou estar usando minhas boxes...
- Melhor não estar usando nada.... – disse sorrindo e engoliu em seco. Bem que ele queira – Anda, vai ser rápido... prometo que minha blusa é fácil de desabotoar...
parou de mexer com os dedos que ele passava na perna da garota. Ficou estático por alguns segundos. Não que ele não tivesse acostumado com aquelas brincadeiras... mas... era diferente. Ela parecia estar falando sério. “Ok , lógico que ela não está falando sério. Como você é idiota” ele pensou.
riu dele.
- Limpa a baba ...
- Ahn? – ele parecia acordar de um transe.
Ela riu mais ainda.
- Como os homens são bobos... – comentou.
- A ta chegando daqui a pouco – interrompeu os dois.
- Legal... – comentou. Precisava conversar com mesmo.
- E então... vamos fazer o quê? – se sentou no chão empurrando e que se beijavam.
- Você que chamou a gente aqui , você deveria ter algo em mente. – riu, saindo do colo de .
- Banco imobiliário? – sugeriu.
- Ah sim, porque realmente o melhor programa de domingo é jogar banco imobiliário bebendo cerveja...
- E vodka – concluiu chagando na sala com a garrafa da bebida.
- E vodka! – repetiu se levantando e colocando um pouco da bebida num copo.
Nessa hora a campainha tocou e se levantou pra atender a porta. Deu de cara com uma e um Dave que conversavam animados.
- Você é rápida – ele comentou.
- Sou muito eficiente – a garota deu um beijo no namorado.
- Meu amores! – gritou vendo Dave e na porta. Foi falar com eles.
Deve sorriu ao ver a garota.
- Melhor? – ele perguntou no ouvido dela quando se abraçaram.
balançou a cabeça concordando. “Melhor que nunca” ela pensou. Um jeito tanto quanto vingativo esse, mas fazer o quê?
Meia hora depois estavam todos no chão da sala da casa de jogando banco imobiliário.
- Cara, vamos terminar o jogo logo? – dizia – isso é muito chato.
- Não é não! Só que você já faliu faz séculos... – parecia animado – eu to ganhando!
- Ah, pra mim também chega – jogou seu montinho de dinheiro em cima to tabuleiro. Se levantou e sentou no sofá bebendo alguma coisa.
- A gente pode jogar War... – sugeriu.
- , você não acha que já chega de jogos de tabuleiro? – Dave disse se levantando também e sentando no colo da namorada.
- Dave, eu sei que war é um jogo muito complexo pra você... mas com o tempo você aprende a jogar... – riu e Dave o ignorou.
- Sei lá, a gente pode jogar streap pôquer...
Todos olharam para quando ele disse isso.
- Que é?... Sei lá eu só...
- E eu pensei que já tivesse um pouco grandinha pra ficar jogando... – disse – em todo caso, eu topo – levantou a mão.
- Alguém mais? – riu.
, Dave, , e levantaram a mão também. Todos olharam para como se suplicassem que ela topasse jogar também. Principalmente os garotos.
- Eu não sei jogar pôquer... – ela se defendeu.
- Sem problemas... – disse empurrando Dave do seu colo e se levantando – a gente pode adaptar... – ela começou a tirar as coisas da mesa de centro da sala de - podemos jogar outro jogo de cartas qualquer e quem for perdendo as partidas vai tirando um pedaço da roupa...
- Okie então – concordou. – mas trás bastante cerveja, porque eu não vou ter coragem de tirar a roupa aqui sem ter bebido muito...
- Certo – riu indo para a cozinha enquanto ia procurar onde estava seu baralho.
- Ah não, uma meia de cada vez! – implorou olhando para os outros.
- Sem chance . Você perde uma vez e tira o PAR de meias. – disse.
Ele olhou para os outros pedindo ajuda.
- Ah qual é , não é como se você tivesse tirando a cueca... é só seu pé cara. – , que já estava sem os sapatos, disse.
- É, mas claramente eu sou o pior nesse jogo... e logo vou ficar sem a roupa toda... – ele respondeu tirando o par de meias e jogando em um bolo de roupas do seu lado, que já tinha os sapatos, o casaco e o boné.
- Vamos logo, outra rodada... – falou começando a distribuir as cartas.
- Ele ta louco pra tirar a roupa... – comentou.
- Se você não percebeu – ele riu – eu fui o único aqui que ainda não perdeu... portanto, o único que ainda está com todas as peças da roupa...
- Um absurdo... – se manifestou – você que escolheu esse jogo... já sabia que era bom e não ia perder.... Não vale! – a garota já estava sem os sapatos e meias.
- Ela ta certa – , que já tinha tirado o casaco, concordou – é injusto.
olhou para os amigos.
- Todo mundo aqui acha que ta sendo injusto? – perguntou.
Os amigos concordaram balançando a cabeça.
- Ok... eu tiro o meu casaco então... assim eu já fico sem uma peça de roupa...
Todos os outros concordaram com ele.
- Melhor assim - disse.
- Eu falei que ele tava louco pra tirar a roupa... – riu, fazendo todos rirem também.
Mais uma rodada. Eles já tinham jogado bastante, mas ninguém tinha tirado alguma peça de roupa que realmente fizesse alguma diferença. Ainda não.
- Não acredito – disse – vocês jogaram praga...
- Você tem que perder às vezes... – riu.
- Mas eu estou sem sapatos ou meias para tirar... – ele argumentou – eu dormi aqui na casa do então não precisei colocar nenhum sapato e...
- Sinto muito... – Dave disse arrumando as cartas do baralho novamente – você que quis tirar o casaco e tudo mais...
- Mas é porque vocês estavam dizendo que não tava justo e...
- Fazer o que? Ninguém pediu pra você tirar o casaco... você mesmo que sugeriu – deu de ombros.
- Ah que isso ... ta com vergonha? – Dave falou com uma voz fina – Sua barriguinha é muito sexy, pode tirar a camisa!
- Não é preciso.... eu ainda tenho o cinto...
- Por pouco tempo... – comentou.
- Engraçadinha... – falou irônico levantando a barra da blusa e puxando o cinto, que imitava as teclas de um piano.
- Hey! Esse cinto é meu! – Dave falou indignado – eu só não mando você tirar ele agora porque... bom... você já ta fazendo isso!
riu e jogou o cinto em cima do amigo.
- Todo seu...
- Ladrãozinho... – Dave disse baixinho enrolando o cinto nas mãos...
- Eu já to com ele há séculos Dave... você nem deu falta...
- Dei sim... eu só não.. comentei nada.... – ele amarrou a cara.
riu dando um beijo no namorado.
- Vamos logo – pegou as cartas que estavam em cima da mesa – algumas das garotas tem que tirar a roupa de uma vez...
concordou, mas , e Dave engoliram em seco, um pouco contrariados. Eram suas namoradas que teriam que tirar a roupa se perdessem a rodada.
- Ah não gente, eu não vou tirar a calça! – disse com um tom de pavor na voz. Ele já estava sem camisa, sem cinto...
- você tem que tirar.... – falou entediada.
- Não vou.
- Como se a gente nunca tivesse visto suas pernas brancas da piscina ... – riu.
Ele rolou os olhos.
- Mas ta frio...
- , todos nós aqui corremos o risco de ficar sem roupa e ninguém reclamou do frio... – falou já irritado com o amigo que estava a mais de quinze minutos enrolando para tirar a peça de roupa.
- Eu te esquento xuxu, mas tira logo.. – até estava ficando sem paciência.
- Uuuuuhh!!! – fez uma cara safada.
- Aqui na sala não! Por favor – gritou – usem um dos quartos...
deu a língua pra ela.
- Se for assim xuxu, eu tiro – lançou um olhar malicioso para .
- ... – Dave falou como quem diz “Tira isso logo”
- Ok, ok, eu me rendo! – ele disse puxando a calça, todo envergonhado.
- Todo esse escândalo por causa desses palitos que você chama de perna ? – riu, vendo ficar ainda mais vermelho.
- Ok, próxima – disse pegando as cartas e começando a distribuir.
Meia hora depois. só de sutiã, porque ela propôs que tirasse a blusa, no lugar de que não queria tirar a cueca. As meninas discordaram, mas como no local predominavam figuras masculinas, eles votaram para tirar a blusa. tinha sorte de usar muitos acessórios, então, no máximo estava sem as pulseiras ou relógio. não tinha perdido mais nenhuma vez o jogo, assim como . estava sem camisa e havia tirado o casaco.
- Dave meu querido, sua vez de tirar a blusinha! – disse bebendo um gole de cerveja.
- Aiaiaia.. – disse e todos olharam para ele – O que é? Meu celular ta vibrando oras... Ai, minha bunda... – e se levantou para atender na cozinha.
Dave e prenderam o riso.
- Anda Dave.. – começou a falar – tira logo a camisa.
- Calma ! Ou eu te processo por assédio sexual! – ele riu.
- Eu que tinha que processar alguém aqui! – disse tentando esconder o corpo de dos outros amigos.
- Você que não quis tirar a cueca ... Ela não tinha q ter tirado a blusa... – riu e fechou a cara.
- Ok, ok, voltemos ao assunto... – disse olhando para Dave – Vamos lá, força nesse seu cabelo branco Dave, tira a blusa.
- Yeep, anda logo... – riu.
- Calma garotas, tem Dave pra todo mundo.... – ele ia se levantando pra tirar a camisa, mas voltou à sala a interrompeu.
- Desculpa Dave, mas seu streap tease vai ter que ficar pra outra hora..
- Por que?? Agora, que eu estava me empolgando – ele tirou as mãos da barra da camisa.
- Chamaram você para ir lá no estúdio de gravação do clipe. Você vai ser o Eddie e tal, então vai ter que ver hoje o que vai usar.... Na verdade, hoje não, falaram pra você ir lá agora...
- Você ta brincando? – Dave disse com uma cara desanimada.
- Nop – balançou negativamente a cabeça.
- Mas eu to sem carro.... como que? Só eu que preciso ir? – ele falou tristemente.
- Dave, você que vai ser o Eddie cara.. eles querem conversar com você e tudo mais... – deu de ombros.
- você ta com sua moto aí? – ele perguntou, chateado, mas convencido de que tinha que ir embora.
- Nops cara, foi mal... eu voltei com o ontem...
- Alguém disposto a me emprestar o carro? – ele perguntou olhando para os amigos.
Ninguém disse nada.
- Bicicleta então? – Dave ironizou.
bufou.
- Eu te levo lá no meu carro Dave.
- Me leva?
- É! Você acha mesmo que eu ia deixar você dirigir meu bebê?
- Ei! Quem foi reprovado na hora de tirar a carteira de motorista foi o James! – Dave protestou.
riu e James olhou para ela.
- Desculpa cara, mas você foi reprovado mais de uma vez... é engraçado...
James deu de ombros.
- Então? Vamos? – pegou as chaves do carro.
- Ei perae! – protestou – ele ainda tem que tirar a blusa!
- A pode tirar no lugar dele... Quer dizer, eu tirei a minha pelo , a tira pelo namorado dela também... – concluiu.
- Ei! Não me metam nessa história! – ela disse levantando os braços.
- Eieieiei.. que absurdo, quem perdeu fui eu... – Dave defendeu a namorada
- Viu ? Meu namorado é melhor que você... – deu a língua pro garoto.
- Eu discordo! – riu.
- Aiai, vamos acabar com a confusão... – Dave interrompeu – Vamos lá meninas, pra felicidade de vocês.. – dave disse e num movimento rápido tirou a camisa.
As garotas soltaram gritinhos animados enquanto os garotos se restringiram a fazer uma cara feia.
- Vamos Dave, vamos embora – cortou a alegria do garoto que colocava a camisa.
- Tchau linda – ele disse dando um beijo em , logo depois saindo com pela porta da casa de Chirs.
- E agora, continuamos? – se virou para os outros.
- Nah, pra mim chega... – disse indo para perto de .
- É, chega, chega – falou pegando a blusa de e vestindo nela.
A garota deu beijinhos animados nele.
se virou pra .
- Sobramos, estamos com dois casais chatos aqui. Vamos fazer o que?
- Vamos lá pra dentro... sou muito novo para ficar vendo essas obscenidades aqui. – ele riu indicando os dois casais que estavam na sala.
- Que trabalho chato o seu! – riu.
- Ei! Eu gosto! – protestou – e não fica falando mal, que eu posso desistir e vocês vão ter que se virar pra arrumar outra webmaster pra ajeitar o site de vocês.
Os dois estavam no quarto de , postando no site do Son of Dork as notícias sobre o novo clipe.
- Shhh.. a gente te paga esqueceu? Não reclama você, ou fica sem emprego...
- Ameaça Mr ? – perguntou ela.
- De maneira nenhuma... se eu te despedir os outros vão me obrigar a trabalhar nisso e eu não vou gostar nem um pouco....
- Melhor assim – ela riu – anda, levanta dessa cadeira que eu tenho que atualizar o site de vocês.
- Nop.
- , levanta daí!
- Ah, da pra você atualizar em pé... – ele se recostou na cadeira.
olhou de cara feia para ele.
- Ta bem, você que pediu. – ela disse, empurrando um pouco a cadeira que ele estava sentado, pra trás, e se sentando no colo do garoto.
- Ei, você é pesada – ele brincou.
- Cala a boca e me deixa atualizar o site. – ela se virou para o teclado e começou a digitar.
, por puro tédio, ou não, resolveu implicar com a garota. Ele abraçou ela pela cintura e com os pés deu um impulso para trás, fazendo a cadeira de rodinhas deslizar no sentido contrário do computador.
rolou os olhos, mas se virou para que ainda segurava em sua cintura. Seus rostos ficaram próximos e , por instinto vingativo, ou não, gostou da cara que fez ao perceber isso.
- Vamos... – ela passou as mãos pelos cabelos do garoto – seus fãs vão ficar super decepcionados se eu não atualizar o site...
- O site pode esperar... a gente tinha um assunto pendente, lembra?
não esperava essa resposta, mas não demonstrou surpresa.
- É verdade... Como pude esquecer? – ela disse passando a mão por debaixo da blusa de – pensei que ia te ver só de boxes de novo durante o jogo, mas...
- Mas eu sou muito bom – ele disse com a voz falhada.
- Você acha? – ela perguntou descendo as mãos de leve pelas costas de .
- Muito bom – ele repetiu, falando mais firme dessa vez, pegando nos cabelos dela.
inclinou a cabeça mais pra frente. Encostou os lábios no ouvido dele.
- Muito bom é? – perguntou em um sussurro e sentiu que o garoto tremeu – Prova. – disse firme.
Mas se ele ia provar ou não nunca chegou a saber, porque no mesmo instante seu celular tocou, com uma musiquinha um tanto quanto chata.
Ela soltou uma risadinha baixa, ainda perto do ouvido de , antes de se levantar para atender. Ela abriu um sorriso maldoso ao ver, agora de longe, o estado, um tanto quanto desconcertado, que se encontrava. “Homens” pensou. As mulheres sempre tinham o poder de deixa-los... hum... “sem graça”.
- Alô – disse ela sem olhar no visor.
- Baby! – ela ouviu a voz de Dave, rindo, do outro lado da linha – Cara, eu vou usar uma cueca de oncinha no clipe, amanhã! – ouviu, ao longe, que também ria.
- Sexy – ela falou, e viu que imediatamente olhou pra ela. Sentiu vontade de rir.
- E – Dave continuou – o Steve e o Chris vão gravar uma cena juntos... cara, vai ser hilário! Eles vão dormir juntos parece....
riu também.
- Ainda acho que te ver de cueca de oncinha vai ser mais sexy.
- Eu sei – ele disse simplesmente – Linda, eu tenho que desligar, a figurinista ta pedindo pra eu escolher uma blusa aqui... Ei, por falar nisso, o que você acha? Uma blusa com listras horizontais pretas ou... uma camisa rosa?
- Hum.. – pensou – a de listas.
- Feito – Dave disse e pode sentir pelo jeito dele falar, que o garoto sorria do outro lado da linha – Beijos.
- Beijos Dave – ela disse e desligou. Olhou para . O garoto continuava sentado na cadeira do computador de , esperando por ela, talvez.
A garota virou as costas, sem dizer nada, e foi pegar uma bebida na cozinha.
[Capítulo 13]
acordou bem cedo com o barulho irritante do despertador.
Se levantou, tomou um banho e desceu para preparar o café da manhã. Estava com um pouco de dor de cabeça e achou que poderia ser algum efeito das bebidas do dia anterior. Sorriu ao se lembrar disso. Pensou em . Os homens eram mesmo muito fáceis de controlar.
Meia hora depois ela terminava de colocar sua bota, e pegar a bolsa pra ir pro estúdio e trabalhar um pouco na gravação do novo clipe deles.
Quando a garota chegou no estúdio ele já estava bem cheio, apesar de ser cedo ainda. Varias garotas com meia calça de oncinha passaram por ela, e a garota não pode deixar de rir. Esse seria um dos dias mais divertidos desde que havia começado a trabalhar para seus amigos.
- ! ! – ela ouviu alguém gritar e se virou, vendo ir ao seu encontro. – Corre, a gente ta fazendo a photoshoot do clipe, acho que você vai querer tirar umas fotos extras... – ele puxou a mão dela e seguiu em direção a uma grande sala, onde a banda faria pose para os fotógrafos.
Os cinco estavam hilários. O figurino estava perfeito, muitos lenços, cuecas de oncinha e meias arrastão, que fez lembrar das bandas de Hard Rock dos anos 80. Ela se aproximou, dando uma boa olhada no estúdio, e parando seu olhar onde estava. Sorriu ao ver ele, um pouco tímido em um canto, olhando sua roupa no espelho, provavelmente se perguntando se estava bom. Ela continuou olhando em volta e viu Dave, que claro, de todos era o que aparecia mais. Usava um lenço de oncinha amarrado no pescoço, e parecia estar amando. Fazia várias poses para a câmera, o que fez a garota rir de longe. adorava esse jeito de Dave.
Ela voltou a olhar , e novamente se virou para Dave. Gosh! Como ela era complicada! Estavam ali, naquela sala, dois homens tão diferentes, tão amigos e... talvez os dois homens que ela mais gostava na vida!
Era novidade para gostar de Dave. Mas ele não estava sendo o idiota que fora, e ele realmente se importava com ela.
- Vamos lá, agilizando, por favor! – um homem gritou enquanto batia palmas, para que todos andassem mais rápido – Aqui nessa marca! – ele voltou a gritar, apontando na direção de um pano pendurado, pintado como uma parede de tijolos. Seria o fundo para as fotos.
Dave, quando ia se posicionar para tirar as fotos, viu um pouco distante. Sem pensar duas vezes o garoto correu em direção a ela.
- Você demorou! – ele disse beijando a namorada. – Achei que fosse perder a photoshoot...
Ela sorriu.
- Eu não ia me dar ao luxo de perder o melhor do dia certo? Eu adoro fotografia, e se perdesse isso, não ia me perdoar!
- Aí é que você se engana! O melhor do dia vai ser a cena que eu vou ser carregado pela platéia e...
- Ei , ei, ei! – a garota interrompeu – Você vai ser carregado pela platéia? Assim, você vai se jogar e eles vão ficar passando você de um lado pro outro? – viu Dave balançar a cabeça afirmativamente – Ah mas não vai mesmo! – ela falou um pouco alto.
- Por que? – Dave perguntou com a voz falhando, e fazendo uma careta.
- Porque vão ficar passando a mão na sua bunda! – ela disse rindo.
- Ah! – Dave abriu um sorriso sapeca, e chegou perto da ouvido da garota – Só você pode passar a mão na minha bunda de verdade!
- Melhor assim! – ela fingiu estar brava.
- Dave, qual é! A gente tem hora sabia? – eles ouviram o homem que estava gritando antes voltar a gritar.
- Quem é esse? – perguntou baixinho a Dave enquanto andava com ele para perto dos outros.
- Justin Dickel. O diretor do nosso clipe.
- Esse que é o Justin? – ela arregalou os olhos, vendo Dave confirmar com a cabeça. – E por que ele ta gritando, e dando ordem para as fotos de vocês? Quer dizer, ele vai dirigir o clipe certo? Só o clipe...
- É mas a gente tem pouco tempo pra gravar e quanto mais demorarmos pra tirar as fotos, menos tempo temos pra gravar!
- Hum... certo... então corre – ela deu um beijo na bochecha do garoto – ou esse tal de Dickel vai te matar!
- Ta louca? E ficar sem um Eddie? Duvido que ele se arrisque tanto! – Dave piscou para ela e correu para sua marca, em frente à câmera.
se sentou em uma cadeira vazia mais ao lado, tirou uma câmera da bolsa, e começou a fotografar um Dave muito empolgado, e um , que de vez em quando mandava uns olhares constrangedores para onde a garota estava sentada.
- O Chris ta com uma camisa do Guns ... ah, e o Dave ta com um cinto do Rolling Stones.... Não, não, só aquela boca, com aquela... isso!..... Ah, , me desculpe mas eu não vou ficar descrevendo todo mundo só porque você ta atrasada! Sim, eles estão hilários e – abaixou a voz no telefone – e muito sexys também, mas você já vai ver todo mundo!.. Não amiga, eles vão continuar usando essas roupas, acabaram a photoshoot agora... Na verdade, o Steve vai até tirar a roupa... sim, eu conversei com o tal Justin Dickel e ele disse que queria convencer o Steve a aparecer sem roupa e.... ahn? Sim, sim, o mesmo Justin que dirigiu aquele clipe do Blue... é... aham... agora eu preciso desligar.. ok, te vejo em meia hora... ta, um beijo na também! Tchau!
desligou o telefone, já cansada de ter que descrever tudo que estava acontecendo para a amiga que estava atrasada, quando sentiu alguém puxando ela de costas pela cintura.
- Hey Dav... – a garota se virou - ! – ela disse surpresa por não ver Dave ali, e sim – O... o figurino de vocês ta muito legal! – ela disfarçou, enquanto passava as mãos no peito dele, por cima da camisa.
- Eu sei – ele deu um beijo na bochecha dela – a figurinista é muito boa...
Os dois se olharam... estava ficando um silêncio constrangedor. ‘Por que?’ pensava ‘eu nunca imaginei que fosse ficar sem assunto, ou até mesmo sem graça em frente ao ...’
Foi o garoto que quebrou o gelo da situação.
- Vem cá... – ele disse segurando a mão da garota e puxando ela mais pra perto.
Ele envolveu a garota em seus braços, passando os dedos nos cabelos dela. repousou a cabeça no peito dele e fechou os olhos. A sensação de estar envolvida por era a melhor do mundo.
Não. Não podia ser assim. ELE tinha que sentir que a sensação de estar com ela era a melhor do mundo, e não ao contrario. Ele tinha que sofrer. Ela estava com raiva dele, tinha que se lembrar disso. Raiva.
- Vem cá – os pensamentos dela foram interrompidos pelas palavras de .
O rapaz segurou a mão da garota e a conduziu para o que parecia ser um outro estúdio.
- Uau! – ela disse ao ver aquilo.
Os dois haviam entrado em um lugar lotado, onde no fundo tinha um palco.
- Aqui que a gente vai tocar...
- Quanto vocês pagaram para todos esse figurantes? – prendeu o riso.
- Ei! – fingiu estar ofendido – todas essas pessoas vieram aqui porque queriam ver a gravação do clipe, e aceitaram fazer figuração... E ficaram muito felizes se você quer saber!
A garota fez uma careta.
- Quer dizer que todas essas garotas são fãs de vocês? – ela disse com desdém ao ver uma garota acenando para .
- Sim... ficou com ciúmes?
- Claro! – ela respondeu.
- Pois é, eu não sabia como ia ser sua reação ao ver que nós... quer dizer, eu – ele piscou para uma outra garota da multidão – tinha tantas fãs hum.. gostosas...
- Ai , não é nada disso! – ela fez uma cara de nojo ao ver uma loira tirando a blusa – Essas loucas vão passar a mão da bunda do meu namorado!
- Ahn? – não compreendeu.
- É! O Dave disse que ia se jogar na platéia e... ew, ele vai me pagar caro por se aproveitar da situação e ter todas essas... hum... fãs passando a mão nele!
- Ah... – emitiu um sou baixo – é por causa disso o ciúmes...
- Claro... pelo que mais seria? – perguntou andando na frente dele, sem esperar uma resposta.
O garoto apenas a seguiu.
- ! – parou quando eles já estavam chegando em um terceiro espaço.
- Hum? – ele alcançou ela.
- Olha ali – apontou – o carinha do Popworld! Como é mesmo o nome dele?...
- Simon? – disse para ela.
- Isso! Simon Amstell, esse mesmo! Ei.. o que ele ta fazendo aqui?
- Não parece óbvio? – disse, mas logo se corrigiu ao ver a expressão de – é.. ele veio entrevistar a gente e tudo mais... gravar tipo um ‘Making the Video’...
- , ‘Making the video’ é da Mtv…
- Whatever – o garoto deu de ombros.
- !! – eles ouviram Simon gritar, e seguir com o câmera para onde os dois estavam.
- Er... tchauzinho xuxu – deu um beijo no bochecha dele, mas antes que conseguisse sair correndo segurou seu braço.
- Onde você vai? Fica aqui...
- Eu vou ver se as meninas já chegaram.. elas não vão saber chegar até aqui e...
- Qual é, não quer aparecer na tv comigo? – ele levantou as sobrancelhas de um jeito engraçado.
- Eu trabalho nos bastidores meu bem, cuidando de sites não é? Eu sempre pego os trabalhos difíceis e deixo os fáceis pra vocês, como entreter os fãs falando baboseiras na tv. – e piscando para ele saiu antes que Simon começasse a gravar.
- Simon! – ela ainda ouviu falar – olha o seu cabelo...
, e se encontravam sentadas naquelas cadeirinhas de diretores de cinema. Ambas ficavam só observando as gravações e os micos que seus amigos estavam pagando. O show foi a primeira coisa a ser gravada, o que deixou de cara emburrada por um tempo, pois além daquelas garotas da platéia terem ficado passando a mão no seu namorado, o próprio havia se empolgado e tirado a calça no final, o que o diretor achou ótimo e disse que ia usar no clipe. Mas agora as três estavam assistindo a gravação de umas cenas aleatórias que iam ser usadas.
- Cara, como o James é loser! – falou.
riu.
- Olha a cara que ele faz.. só porque tem duas mulheres de langerie se beijando na frente dele... – continuou.
- Quem você acha que escreveu ‘Ticket Outta Loserville’? – informou e as outras duas caíram na gargalhada.
- Esse cd é uma autobiografia do James... – disse fazendo as outras rirem novamente.
- Welcome to loserville... – falou e as outras deram risadinhas.
- O que é tão engraçado garotas? – elas viram Dave chegar e se sentar ao lado de .
- Ah, qual é! Olha a cara do James!
Dave soltou uma risadinha ao olhar a expressão do amigo.
- Loser.. – ele comentou baixinho...
- Exatamente! – excalmou.
- Hey babe... – ele disse.
- Hum? – a garota se virou para o namorado.
- Er... – Dave coçou a cabeça – eu voufazerumacenadandoumautógrafonopeitodeumagarota – ele disse muito rápido.
- HUM? – não entendeu.
- Eu vou gravar uma cena dando um autógrafo no peito de uma garota.... – ele falou mais pausadamente, e antes que a namorada pudesse reclamar ele recomeçou a falar – Pensa pelo lado positivo... todo mundo vai gravar uma cena assim... inclusive o namorado delas – e apontou para e .
- Dave.., - falou irritada.
- Olha o James... com aquelas duas garotas ali – Dave continuou como se a namorada não tivesse falado nada – O Steve.. o Steve vai aparecer pelado, andando de skate... e ele ainda vai aparecer dormindo com o Chris em outra cena... e o Danny... bom, o máximo que vai acontecer com o Danny vai ser acordar com uma comida na cara, mas mesmo assim... vê? Todos vamos gravar essas cenas... é profissionalismo você sabe...
- Ok, Dave.. eu sei... não precisa se justificar... – ela viu o garoto sorrir – mas mesmo assim! Não abusa viu?
- Pode deixar – ele piscou pra ela e deu um leve beijo nos seus lábios, saindo saltitante em seguida.
- O que houve Dave? Você parece muito feliz... o que é? Descobriu que o Natal vem mais cedo esse ano? – , que abria uma latinha de refrigerante, perguntou a Dave quando ele se aproximou.
- Nops. – ele disse jogando um lenço em cima do amigo.
- O que foi então?
- A .
- O qqque?.. – se engasgou com sua bebida - o que tem ela?
Dave respirou fundo.
- Ela está com ciúmes de mim cara! Quer dizer, ela não parecia se importar muito com outras garotas ou sei la... mas agora ela se importa, não é ótimo?
- Ótimo... ótimo... – Denny respondeu, bebendo muito rápido o conteúdo da latinha em suas mãos.
- , pára de rir! – segurava a amiga.
- Não... dá.. – ela dizia entre risos. – fala sério, vai dizer que você não achou engraçado quando o Chris caiu de cima do carrinho?
Os garotos estavam tentando gravar uma cena na qual Danny empurra um carrinho daqueles de hotel, no qual Chris está em cima, mas o garoto havia caído na primeira tentativa.
- Ta, foi engraçado, mas eu já consegui parar de rir... vem, eu vou te tirar daqui.. olha, ali ta o Dave, perto daquele ônibus, vamos...
- Não ele ta conversando com o Simon...
- E? – perguntou.
- E bom.. eles estão gravando uma entrevista, a gente vai atrapalhar...
- Ok, vamos conhecer o quarto do Dave então...
- Onde ele vai gravar e tals?
- Yep.
- Oh Deus... não tenho muita certeza se quero conhecer esse quarto... – riu.
- Hum.. pra onde será que é? – ignorou o comentário da amiga e saiu a procura do tal quarto – Olha – ela disse baixinho para – ali ta o diretor do clipe, ele sabe onde fica o estúdio que ta o quarto do Dave e...
- O Justin ? Você ta querendo perguntar pro Justin?– interrompeu.
- É, ou qualquer que seja o nome dele.
- , ele ta trabalhando....
- É? E eu estou procurando o quarto do Eddie... Er.. com licença... – falou alto para que o diretor se virasse para ela – Senhor Justin, só um minuto... – ela falou mais alto – o senhor poderia me dizer pra onde fica o quarto do Eddie... é que a minha amiga aqui queria conhecer.. – e apontou para , que a essa altura estava roxa de vergonha.
Justin fez uma cara feia e apontou para a direita, virando as costas logo em seguida voltando a trabalhar.
- Er... OBRIGADA! – gritou, puxando para a direção que Justin havia indicado.
- Eu te mato ... – disse entre os dentes, segundo a amiga.
- Ah não... Olha a quantidade de garotas que tem aqui! Elas todas vão ficar na cama com o Dave? – perguntava a uma mulher que estava arrumando o cenário.
apenas ria.
- Bom, se te consola, não é só o Dave que vai deitar com elas aí... o meu namorado também vai...
- Olha aquela oxigenada ali! – abaixou a voz, ignorando o que a amiga havia dito – o cabelo dela parece o do Dave! Gosh!
riu.
- Não exagera amiga... o loiro dela não é tão forte e... – parou de falar quando viu que se dirigira ao encontro de Dave que tinha acabado de chegar no local.
- Dave... DAVE! – ela gritou.
- Oi! – ele abriu um sorriso sapeca.
- Me promete que assim que a gente sair daqui você vai pintar o cabelo de preto?
- O que? Mas você adora meu cabelo assim... – ele colocou as mãos nas madeixas loiras.
- Mas Dave, essas garotas tem o cabelo igual o seu! Dave, você ta parecendo uma mulher! – ela arregalou os olhos.
- O que?!? – Dave exclamou – você já tomou seus remédios hoje? – ele brincou.
- Fala boneca! – passou, batendo a mão na cabeça de Dave.
A filmagem havia terminado. Ele conseguiram gravar todo o clipe em apenas um dia, por isso quando as gravações foram encerradas já era muito tarde.
estava no carro com , pegando uma carona. Ambos estavam em silêncio por uns vinte minutos, e toda vez que tentava puxar um assunto cortava o amigo.
Mas essa foi a vez de falar.
- Como eu sou idiota – e bateu com a cabeça na parte de trás banco.
respirou fundo.
- Idiota? Por que?
- Porque eu achei que a tava com ciúmes de mim e.. adivinha de quem era a pessoa que ela tava com ciúmes hein? Do Dave! – disse antes que o outro respondesse.
- Sim... – tentou falar com a voz mais calma que tinha – nada mais natural, se levar em conta que o Dave é o namorado dela...
- Mas eu estava tão próximo! Ontem lá na tua casa a gente tava... Ah! – ele parou de falar, soltando mais uma vez a cabeça na parte de trás do banco.
- ... olha... - tentava falar com cuidado – você tem que colocar duas coisas na sua cabeça... uma é que a namora um dos seus melhores amigos e...
- O Dave? Meu melhor amigo? HÁ! NUNCA! – respondeu nervoso.
- , o Dave sempre foi um dos seus melhores amigos, pára com essa besteira... você só ta falando assim porque ele está com a ... e não adianta fingir que não é por isso – completou antes que falasse alguma coisa – e bom... a segunda coisa que você tem que colocar na cabeça – ele continuou – é que você escolheu essa situação e...
- EU ESCOLHI? VOCÊ TÁ DIZENDO QUE EU PREFERI FICAR ASSIM?
- , por favor, não grita, não fica nervoso... eu imagino que você deve estar mal, mas não se altera...
- Você não faz idéia ... Não faz.... – ele disse um pouco mais calmo.
- Eu sei mas... mas pensa comigo ... Foi você quem decidiu nunca contar nada sobre os seus sentimentos pra ela... foi você que beijou a garota do nada e depois disse na cara mais lavada que tudo não passava de uma aposta... você que com essas atitudes decidiu se afastar dela, deixar.. sei lá, ela ser feliz com outra pessoa, que a propósito além de seu companheiro de banda é também um grande amigo seu... , eu só queria dizer... pra.. pra você deixar essa confusão de lado... ou toma uma atitude contando tudo pra ela... ou esquece de vez!
fez um gesto mostrando uma grande irritação.
- Quer saber? – falou mais firme agora – eu já cansei de te dizer isso... e toda vez a atitude que você toma é qual hein? Toda vez você me diz o que? Que vai tirar a da tua cabeça, não é? E toda vez que você toma uma atitude que faça você se afastar dela o que acontece hein? Você vem reclamar comigo que se decepcionou, porque colocou falsas expectativas na cabeça! , você realmente esperava que ela fosse sentir ciúmes de você, tendo ouvido um dia antes que você a beijou por causa de uma aposta? , por favor, pára de se iludir! Ou você fala com ela, ou esquece de vez! E não diz que vai tomar uma atitude e toma outra não, porque é isso que você tem feito! – falou um pouco mais alto essas últimas palavras.
Ambos ficaram em silêncio por quase um minuto.
- Pára o carro – disse com a mão na maçaneta.
- O quê?
- Não ouviu? Pára o carro! Eu vou descer.
- , você ta louco? Já ta tarde, vai descer aqui por que?
- , por favor, pára o carro! – o garoto tentava se controlar.
- ... eu não vou...
- PÁRA ! Por favor, pára o carro!
fixou o olhar no amigo e viu que ele estava decidido. Com isso diminuiu a velocidade e parou o carro no meio fio. , sem dizer uma palavra, abriu a porta e saiu do carro, começando a andar pela calçada.
abriu o vidro para falar com o amigo.
- Você vai pra lá não é?
não respondeu.
- Cara, eu só vou de deixar aqui porque eu sei pra onde você ta indo... vê se faz alguma coisa direito dessa vez... – e com isso ele arrancou o carro, acelerando até que não pudesse mais ver pra onde ele ia.
Pronto. Agora ele estava ali, sozinho, na rua, no frio. Mas estava decidido, ele ia até lá.
Fazer o que exatamente ele não sabia... Mas ia até lá. Precisava estar com ela. Talvez seguisse o conselho de . Talvez não. Mas também, o que importava? Ele só queria fazer o que estava lhe dando vontade, mesmo que pra isso ele talvez tivesse que jogar tudo para o alto.
E, perdido em pensamentos, ele chegou à porta da casa de alguns minutos depois. Respirou fundo duas vezes antes tocar a campainha.
Passou-se um minuto. Dois. já estava prestes a tocar a campainha novamente quando abriu a porta.
- ? – ela disse surpresa.
- Oi... – ele abriu um sorriso amarelo.
- O.. o que você ta fazendo aqui? Já.. já ta tarde... e.. bom é perigoso...
- É que eu... eu acabei brigando com o .. ele tava me dando uma carona... aí eu pedi pra ele parar o carro, a gente sei lá, discutiu – embaralhava as coisas – e bom... eu precisava te ver.
Foi a vez de abrir um sorriso amarelo. subiu os dois degraus que o separavam da casa, e já empurrando a porta perguntou:
- Posso entrar?
- , eu acho melh....
Tarde demais. já havia entrado e dado de cara com um Dave só de cuecas deitado no sofá.
[Capítulo 14]
engoliu em seco e nem reparou que fez o mesmo. Ela olhava de um garoto para o outro contorcendo as mãos, e qualquer um poderia ver que ela estava nervosa, menos os únicos dois garotos que estavam com ela ali. Um estava constrangido demais para olhar muito além dos próprios pés; o outro, distraído por natureza, não enxergava muito além da tela da televisão.
- É... – tentou dizer alguma coisa, e foi quando Dave conseguiu desgrudar os olhos da tv.
- ! Entra cara! Senta aí – Dave apontou para o lugar ao seu lado no sofá – ta passando aquele clipe que a gente gosta... – ele continuou falando como se seu melhor amigo entrar na casa da sua namorada e te ver de cueca fosse a coisa mais normal do mundo.
- Não eu... já to indo – com uma certa dificuldade cuspiu essas palavras e se virou saindo da casa que ainda estava com a porta aberta.
ficou parada olhando para Dave. Parecia que tinha passado cola na sola do sapato.
- Babe, melhor você ir atrás dele... – Dave disse – já ta tarde e não é muito bom ele ficar andando sozinho... Mas... afinal, o que o veio fazer aqui? – Dave parecia ter se tocado do quão estranho havia sido aquela cena – Por que ele foi embora? Será que... será que ele foi assaltado?
- A.... ahn? – parecia ter acordado de um transe.
-Linda, vai atrás do ver o que aconteceu... – Dave se levantou e foi até ela – afinal ta tarde pra ele andar sozinho por aí... Eu... eu até iria, mas... – e ele olhou para o próprio corpo indicando que não estava em trajes apropriados.
- Ah.. sim.. claro, eu.. eu já volto – a garota respondeu, pulando em seguida os degraus da porta de entrada e correndo na direção que saíra.
- Não vai muito longe!! Ta tarde! – Dave gritou para a namorada.
apertou o casaco contra o corpo ao sair naquela noite fria. Seguiu correndo até uma rua estreita onde estava andando calmamente. Ela diminuiu a velocidade até alcança-lo.
- Sweety? – indagou a menina, fazendo se virar rapidamente ao ouvir a voz dela.
- Ah... – ele sorriu sem graça – oi...
Os dois ficaram em silêncio.
- Por que você......? – começou mas interrompeu.
- Olha.... é que eu meio que discuti com o e... sei lá, queria conversar com alguém, eu acho... eu tava meio mal e... bom, deixa pra lá...
- Você pode conversar comigo ! Sempre! Você já ta cansado de saber disso.
- É... acho que o que eu não sabia era que o Dave estaria lá... acho que não me acostumei com a idéia ainda... não me acostumei com o fato de que sempre que eu for até a sua casa eu posso encontrar ele lá... e bom – ele deu uma risadinha – e ver uma cena dessas...
Ambos riram de leve.
- Sei... – ela respondeu simplesmente.
- Mas fica tranqüila, eu vou me acostumar – mentiu.
- Você não precisa se acostumar se não quiser... – quase se arrependeu de deixar escapar essa.
- Ahn? – o garoto parecia confuso.
- Quer dizer... – ela tentou se explicar – ah , o Dave pode ser meu namorado, e eu realmente aprendi a gostar dele, e sabe, hoje eu o adoro – fez esforço pra não contorcer o rosto ao ouvir isso – mas é inegável que você é meu amigo, , ha muito mais tempo que o Dave é... e o Dave se tornou meu namorado a menos tempo ainda... você pode aparecer lá em casa sempre, sem se preocupar, porque afinal, você está na minha vida antes do Dave... você veio primeiro!
- Antes do ovo e da galinha também? – ele perguntou prendendo o riso.
bufou.
- Loser! – a garota riu.
- Obrigado – disse fazendo uma pausa – você é... muito especial sabia?
- Claro que sabia! Você acha mesmo que eu não sei que sou especial? Depois de dizer pro meu melhor amigo que ele pode aparecer lá em casa sempre, e que mesmo que meu namorado esteja só de cueca na sala eu vou atender a ele! Eu sou muito especial baby!
- E convencida.
- Também! – ela confirmou – então, ainda quer conversar?
- Não, eu... prefiro fazer outra coisa...
- Ahn?
Antes que pudesse perguntar alguma coisa deu um passo pra frente e colocou as mãos na nuca da garota, e num gesto rápido ele encostou seus lábios no dela, dando um selinho leve.
- , o que é isso? – perguntou se separando dele, impedindo que talvez ele a beijasse de outra forma – outro tipo de aposta? – ironizou.
- Não.. eu.. é.. amigos não fazem isso? – foi a única coisa que ele conseguiu dizer – vários amigos trocam beijos assim e...
- Claro... mas quando nenhum deles tem namorado...
- Desculpe – disse vermelho – mas foi você quem falou que eu não precisava me acostumar com o seu namorado, se eu não quisesse. – dessa vez ele sentiu que poderia ter se saído bem.
só conseguiu rir.
- Então vamos deixar claro... não nessas circunstâncias ok?
teria dado uma outra resposta engraçadinha se não fosse por Dave (agora propriamente vestido), que virou a esquina naquela rua, encontrando os dois.
- Dave? – perguntou.
- Qual é, não me olha assim! – ele disse – achei tarde pra você ficar andando na rua sozinha... quer dizer, eu não se você tinha encontrado o ou não...
- Bom ... já que o super homem resolveu salvar a nossa pele dos tarados que ficam na rua até essa hora, vamos lá pra casa... você pode dormir lá, afinal ta tarde e o expediente do super herói aqui já acabou – sabia que se aceitasse ficar por lá ia ser uma noite de tortura... mas ela não queria que ele fosse embora – Vamos, assim a gente pode conversar...
- Ok... – ele disse simplesmente – vamos, tem alguma roupa do Dave por aí que você possa me emprestar? – e começou a andar na direção oposta.
Dave puxou ela cintura e colocou o outro braço livre envolta dos ombros do amigo.
- Me conta , como você veio parar aqui, tão tarde...
[Capítulo 15]
acordou com o sol forte entrando pela janela do seu quarto. Olhou para o lado e viu Dave esparramado na sua cama. havia dormido no sofá no andar de baixo. Ela levantou cuidadosamente para não acordar Dave. Besteira. Ela sabia que poderia pular em cima da cama, dificilmente acordaria Dave. Foi até o banheiro, trocou de roupa, lavou o rosto e fechou a cortina do quarto. Ela ia para o andar de baixo e deixaria Dave dormindo, o que provavelmente ele ia fazer durante horas.
se perguntava se já tinha acordado. Não precisou esperar muito pela resposta, quando chegou no andar de baixo ela ouviu a voz do garoto. Ele falava com alguém no telefone.
- Sim, eu tomei minha decisão. – uma pausa – Não, depois a gente...... uhum... isso... – viu que estava chegando da sala e acenou pra ela. A menina sorriu e foi para a cozinha. Não ia ficar escutando a conversa dele.
acordou com o celular tocando. Ele esticou o braço e pegou o aparelho. Abriu os olhos e esperou a visão entrar em foco para ver quem estava ligando. “” foi o que apareceu no visor dele.
- Oi? – ele atendeu o telefone com uma voz rouca, de que tinha acabado de acordar.
- ? – , do outro lado sa linha, perguntou – Tu.. tudo bem com você?
- Ta.... tudo ok....
- Hum..... er... onde você está? Liguei pra sua casa e ninguém atendeu o telefone...
- Eu to na casa da , dormi por aqui...
- VOCÊ O QUE? – gritou empolgado.
- Eu... dormi na casa da e...
- NÃO ACREDITO!!! O que aconteceu? Me conta!
- Calma , não aconteceu nada! Eu dormi no sofá e ela dormiu no quarto dela, com o Dave.
- Ai não! Er... , sinto muito.... Mas como foi? Você chegou aí e falou alguma coisa pra ela? O que aconteceu?
- Bom – começou – eu cheguei aqui e o Dave tava na casa dela...eu até conversei um pouco com a , mas agora eu sei o que fazer.
- Então você já tomou sua decisão definitiva? Digo, ou esquece a ou conta tudo pra ela de uma vez...
- Sim, eu tomei minha decisão.
- Ótimo! E qual foi? Vai me falar ou quer conversar mais tarde pessoalmente?
- Não, depois a gente...
- Mais tarde a gente conversa? – interrompeu
- Uhum... isso... – viu entrando na sala e acenou pra ela. A garota seguiu para a cozinha.
- Então, o que você vai fazer hoje? Porque eu devo encontrar com a , quem sabe depois que eu sair com ela a gente possa conversar... se você quiser...
- É, eu acho que vou ligar pra Jéssica, ver se a gente faz alguma coisa hoje... sabe, ela é uma garota muito legal... – disse isso para que entendesse a mensagem.
- Owwww entendi. Muito bem garoto, assim que eu gosto de ver – falou.
- Ei! Pára com isso, parece meu Pai falando!
- Er.. hum, ok, a gente se fala mais tarde. – se despediu.
desligou o telefone e foi para a cozinha atrás de .
- Bom dia, linda – ele disse mordendo o pescoço dela. A garota se arrepiou.
- Bom dia baby, vai querer o que? – Ela respondeu se referendo ao café da manhã.
- Hum... o Dave não vai gostar de ouvir isso... – riu implicando com a garota – mas de você quiser a gente pode expulsar ele do seu quarto e aí sim ver o que comer.
riu alto. Sentiu, com o comentário que o garoto fez, que tinha seu velho de volta. Ele tinha andado estranho, mas agora voltara a ser o mesmo que ela conhecia.
- Ou eu posso trancar você com o Dave lá dentro e vocês decidem o que comer juntos! – respondeu.
- Outch, não gostei muito desse cardápio não... – fez um careta, fazendo a garota rir novamente.
- ... – ela disse.
- Hum? – ele respondeu mordendo um pedaço de pão.
- É... é bom tem você de volta. – a garota abriu um sorriso.
- Hã? – ele não entendeu – do que você ta falando?
- É, quer dizer, você estava diferente... eu sei lá... é bom ter o de volta.
- Bom, nesse caso... é bom estar de volta – ele piscou pra ela.
- E então – se voltou para o fogão – ovos, bacon ou Dave?
fingiu estar pensativo.
- Bacon? Não, vermelho e gorduroso demais. – ele contava nos dedos – Ovo? Não, clara demais.... Dave? Nops, homem demais...
- Nesse caso eu fico com os três – disse quebrando um ovo na frigideira – e você morre de fome.
- Ok, ok, eu fico com os ovos e Dave. – riu.
- Feito.
- E quando que a edição do clipe vai ficar pronta? – perguntou a enquanto eles tomavam café.
- Não deve demorar muito – ele respondeu de boca cheia – eles querem que o clipe saia logo...
- Hum...
- Por que? Ta louca pra me ver só de cueca né? – provocou.
- Nah... cansei de te ver só de cueca ao vivo e já sei que não é grandes coisas – ela devolveu.
arregalou os olhos.
- Eu vi seu namorado de cueca ontem. Nada bonito de se ver também – o garoto prendeu o riso.
- Você que pensa – disse meio que sem pensar.
- Não... não é grandes coisas – insistiu, provocando . Ele gostava de fazer isso com ela.
- Bom, bonito pode não ser – ela admitiu – mas é eficiente – a garota deu de ombros. Por que estava falando sobre essas coisas com mesmo?
- Bonito nunca é... – o garoto falou – se eu não sou grandes coisas seu namorado também não é! E se você diz que ele é eficiente – se apressou em dizer, antes que falasse alguma coisa – é porque você nunca testou a minha eficiência.
abriu a boca par falar alguma coisa, mas a interrompeu novamente:
- E oportunidades não faltaram – ele tentou ao máximo manter o tom de brincadeira.
- Não seja por isso ‘big boy’ – falou de um jeito sexy, piscando para e encostando sua perna na dele por debaixo da mesa.
O garoto ficou com a boca aberta, meio abobalhado, em transe.
riu e só então despertou. Homens eram tão fáceis de controlar.
Pouco mais de uma hora depois assistia televisão sentado no sofá de , com a garota deitada com a cabeça do seu colo. Ele passava as mãos pelos cabelos dela. Estavam entretidos assistindo um filme qualquer quando Dave desceu as escadas com o rosto inchado.
- Que horas são? – ele disse bocejando – e o que vocês estão fazendo acordados de madrugada?
- Dave, já passa das duas da tarde. – respondeu olhando seu relógio de pulso.
- Então... praticamente amanhecendo – ele respondeu bocejando – Bom, o que tem pra comer?
- Folgado... – riu.
- O que você quiser baby, desde que você faça o seu café da manhã. Ou almoço, como preferir. – respondeu.
- Hum.. droga... eu estava pensando em algo mais divertido... – Dave abriu um sorriso sapeca.
- O quê?
- Er... hum... você preparar o café pra mim... – Dave fez a melhor carinha de cachorro pidão que ele sabia para a namorada.
- Não. – ela disse, sem remorso.
Dave ficou desanimado e se aproximou dos dois que estavam no sofá.
- Então... vocês estão sem comer nada? – ele perguntou.
- Não, a gente já tomou café – disse.
- Quer dizer então que você cozinha pro e não cozinha pra mim? – Dave fingiu indignação.
- Quem disse que eu cozinhei pro ? – arregalou os olhos.
- A não ser que o tenha pedido pizza, você cozinhou pra ele. Fala sério, ele é incapaz de ferver uma água!
abriu a boca para protestar mas desistiu.
- Ok, eu fiz o café da manhã dele. Mas só porque eu estava fazendo o meu café também.
- Bom... então você não quer tomar café de novo? Aí você aproveita e faz alguma coisa pra mim e também...
- Dave?
- Hum?
- Eu fritei um bacon e deixei um pão pra você, em cima mesa da cozinha. – disse vendo o namorado abrir um sorriso.
- De noite eu cozinho pra você pra compensar! – Ele disse dando um beijo leve nela e correndo pra cozinha.
Quando ficou sozinha com na sala, de novo, disse:
- Por favor, arranja alguma coisa pra gente fazer de noite!
- Hum? – o garoto não entendeu.
- , o Dave pode saber ferver uma água, mas daí chegar a cozinhar... – ela fez uma careta – por favor, não me deixa aqui pra comer a comida que o Dave quer fazer. – ela riu.
- Ok... – ele disse rindo – a gente pode fazer algum programa de casais, quero dizer, eu ia ligar pra Jessie e chamar ela pra sair, acho que o e a iam com a gente também... podemos transformar em uma saída de casais, assim o e a podem ir também... – deu de ombros.
tremeu. Saída de casais? Como assim?
- Jessie? Que Jessie? – ela disse meio incerta.
- A Jéssica... você conheceu ela naquele dia na pista de skate do Adam...
- Ah... – foi tudo que conseguiu dizer. Ela não gostava dessa tal de ‘Jessie’ – Ok, ela forçou um sorriso – parece ótimo! Quer dizer, com certeza é melhor do que ter que esperimentar qualquer comida do Dave...
- Falando de mim? – o garoto disse voltando pra sala, comendo seu pão com bacon.
- Sim – disse se levantando e abraçando o namorado – só estava dizendo pro o quão desapontado você ia ficar em saber que já temos um plano pra hoje à noite... Uma saída com casais... acho que não vai dar pra você cozinhar pra mim... – ela fingiu desapontamento.
- Ok – Dave deu de ombros – melhor pra mim.
ouviu isso e sorriu amarelo. Ia ser uma noite longa.
[Capítulo 16]
Eram oito horas da noite e estava sentada no banco de trás do carro de , junto com Dave, e . ia com na frente.
- O que a gente está esperando? – perguntou quando parou de beijar ela.
estava parado com o carro já tinha uns quinze minutos.
- O – respondeu.
- O vai com a gente? – perguntou.
- Esse carro é guerreiro – se referiu ao número incrível de pessoas que podiam caber nele.
- Não, ele vai de moto com a Jessie, mas foi o que escolheu o lugar que a gente vai e só ele sabe chegar lá. Vamos ter que ir seguindo... – falou, sabendo que os outros iam começar a reclamar.
- Ele não pode desenhar um mapa? – disse.
- E por causa disso a gente tem que ficar esperando a vida toda por ele? – ficou irritada.
- Pra onde ele quer levar a gente afinal? – falou.
bufou e riu.
- A gente pode desistir de ir se você quiser – ela disse pro namorado.
- No Way! – falou do banco de trás – se vocês desistem de ir, a gente – ela apontou pros três que estavam do lado dela – perde a carona.
- Eu não me importo de vocês perderem a carona – deu de ombros.
- Tenho certeza que vai se importar depois que seu olho ficar roxo por causa do soco que eu... – começou a falar.
- Nossa , que violência... você precisa gastar suas energias com outra coisa. – provocou.
- Ei não olha pra mim! – se defendeu – eu faço o que posso!
Os outros dentro do carro riram e olhou de um jeito safado para a namorada. Eles começaram a se beijar novamente, mas foram interrompidos por uma buzina de um carro do lado deles.
- O que o está fazendo aqui? – perguntou ao olhar para a janela e reconhecer o carro – achei que ele não fosse com a gente...
Mas quando a janela do carro se abriu ele puderam ver um sorridente.
- Achei que você viesse de moto – falou para ele.
- Achei que o nunca fosse ter coragem de te emprestar o carro dele. Peraí, você não roubou o carro do não é? – fingiu preocupação.
-Ei! Não pensem que foi fácil conseguir esse carro emprestado! Bom, pelo menos assim a gente pode dividir a carona ... Alguém quer passar pra cá?
não se candidatou. Não queria ir no carro com e a tal da Jessie. Mas o que ela estava pensando? Ela tinha que parar de pensar no . Tinha que pensar no Dave.
- Dave – repetiu para si mesma.
Como nem nem Dave se manifestaram, e saíram do carro para entrar no outro.
- A gente se vê lá. – fechou a porta, e e Dave tiveram mais espaço para eles no banco de trás.
- Até que enfim consigo respirar! – Dave se pronunciou pela primeira vez.
Os outros três olharam para ele.
- Qual é? O ocupava mais da metade do banco! – o garoto disse e os outros riram.
ligou o carro e deu a partida, seguindo .
- Eu acho que o ta seqüestrando a gente – Dave falou.
- Que isso, só por que a gente já ta a mais de meia hora atrás do carro dele, em uma estradinha de chão deserta, no meio do nada, de noite, onde geralmente estupros e assassinatos acontecem? Imagina Dave... como você pode pensar uma coisa dessas? – disse de um jeito sarcástico que fez os outros rirem.
- , a única coisa que a gente tem de valor é o seu carro, entrega logo pro , quem sabe a gente não consegue sair vivo se não mostrar resistência? – Dave continuou.
- Meu Deus! O que será que o fez com o pra conseguir o carro dele? – se divertia junto com o namorado.
- Aposto que o está amarrado e amordaçado na mala do carro. Provavelmente vai ser nosso destino. – o loiro continuava.
- Ei! Vocês dois aí atrás podem ficar quietos? – olhou para eles pelo retrovisor.
baixou a voz para que só Dave ouvisse.
- Eu acho que o também ta seqüestrando a gente! O que será que eles querem?
- Aí vocês dois! – virou para trás parando o carro.
- AHHHH!- gritou fingindo desespero – Leva o Dave primeiro!! – ela se escondeu atrás do namorado, que ria da cara do amigo.
- Parem com isso. – ele ignorou o grito da menina – acho que nós chegamos.
e Dave olharam para fora do carro pela janela fechada. Mal dava pra enxergar o lugar devido à escuridão. A garota levou um susto quando viu bater no vidro do carro que eles estavam.
- Olha, melhor deixar o farol ligado e estacionar ali mais pra frente – ele disse quando abaixou o vidro do lado dela – A gente ta bem longe da cidade, então só os faróis dos carros vão fazer iluminação. – completou.
puxou o carro um pouco mais pra frente e desligou o motor, ligando o farol. Os dois casais saíram do carro em seguida.
- Cara, com essa lua acho que a gente não precisava nem deixar as luzes do carro ligadas – Jessie disse abraçando por trás.
‘Que idiota, ela quer que a gente não enxergue nada?’ pensou. A verdade é que ela estava prestes a dizer a mesma coisa, afinal, a lua estava cheia e o céu estava relativamente claro e estrelado.
- Venham aqui – chamou os outros, puxando Jessie junto com ele.
Eles deram alguns passos e olharam para frente. Estavam em um penhasco e dava pra ver o mar batendo nas pedras lá em baixo. Lá longe viam-se pontinhos luminosos da cidade.
- E então? – pergutou.
- Adorei o lugar! – sorriu contente – como você descobriu isso aqui?
deu de ombros.
- Eu gosto de vir aqui de dia... pra ficar longe do caos da cidade, escrever músicas, não sei...
sorriu.
- É um ótimo lugar pra ir de noite com os amigos, sei lá, quando saem só os casais...
- Pervertida! – disse.
- Olha quem fala! – respondeu – até parece que você não ta adorando vir pra cá pra ficar agarrada com o o tempo todo dentro do carro!
deu a língua para a amiga. , então, puxou ela para atrás de um dos carros.
- Viram? – a garota riu - Mas não foi por isso que eu falei... – ela continuou – é pra variar um pouco dos pubs que a gente vai... quer dizer, lá sempre tem alguma siliconada dando em cima do Dave!
O garoto sorriu e abraçou ela por trás.
Todos fizeram sonoros ‘oooow’ provocando os dois.
- E então? – cortou o clima – vamos sentar?
- Onde? Nesse chão de terra aqui mesmo?
- Ah deixa de ser fresca e senta! – falou puxando a namorada para baixo, depois que ele mesmo já havia sentado.
- Vamos fazer o que? Ficar conversando? – Jessie perguntou, se sentando no colo de .
- E ficar se pegando. – Dave disse puxando a namorada pra perto e mordendo a boca dela.
- Sai pra lá Dave! – disse empurrando o namorado pra trás – se fosse pra fazer isso a gente ficava em casa, não saia com os outros. – todos olharam para eles e começaram a rir.
- Se fosse pra gente NÃO se pegar a gente não precisaria vir pra esse lugar! Certo? – O garoto perguntou, mas ela apenas balançou negativamente a cabeça.
- Então a gente pode conversar e beber! – Eles ouviram a voz de e o viram surgir de trás dos carros, com dois engradados de cerveja na mão.
vinha logo atrás carregando mais um.
- Hum, alguém aqui pensa! – Dave falou indo ajudar o amigo a colocar as cervejas no chão.
se sentou e distribuiu as cervejas, esperando que os outros se sentassem, formando um circulo.
- Jessie – disse pulando para o colo de Dave, que beijava de leve seu pescoço – conta pra gente... como você conheceu o ? – ela perguntou e sentiu que a olhava. Não ligou e tomou um gole da sua cerveja.
- Ah... – a garota ficou vermelha – foi num show do Son of Dork... – disse e os garotos olharam para ela – eu sou muito fã da banda... – Jessie ficou ainda mais vermelha.
Dessa vez até Dave parou de beijar o pescoço de para olhar para a garota.
- Jura? – ele perguntou abrindo um sorriso – E qual seu “dork” favortido?
- Dave! – ralhou com ele – como se ela fosse dizer né?
- Bom, de verdade, o sempre foi meu favorito! Acho que dei uma sorte muito grande dele se interessar por mim né?
- Ô! – falou irônica, mas ninguém percebeu.
- Eu pensei que vocês tinham se conhecido na festa que teve na casa do aquela vez... a levou você e mais uma amiga pra lá, não foi isso? – franziu a sobrancelha.
Jessie ficou extremamente sem graça.
- Bom... – ela gaguejou – na verdade eu fiquei amiga da nesse show que eu conheci o ... e ela me levou pra casa dele porque sabia do interesse que eu tinha por ele e tudo mais... Na verdade não lembrava muito bem de mim não é? – ela se dirigiu ao garoto, vermelha. Ele não respondeu – mas eu não me importo – ela continuou – quer dizer, a gente só tinha se visto uma vez antes... eu acompanho a carreira dele, mas ele não tinha mesmo o que acompanhar...
- Mas isso tem muito tempo? O show no qual vocês se coneceram... – perguntou.
- Na verdade tem... – a garota respondeu de um jeito tímido – Foi bem no começo da carreira de vocês... nem tinham assinado contrato com a gravadora ainda...
- Outch... – Dave falou – faz séculos.
- É, mas parece que só agora que o resolveu me dar bola né? – ela respondeu e o garoto olhou para o chão - Mas eu não me importo... quer dizer, ta valendo muito a pena estar aqui com o e com vocês... e finalmente eu conheci o resto da banda né?
- Que sorte! – ironizou novamente. Só pensava o quanto a situação da garota era patética e que ela parecia nunca se importar de ser deixada de lado.
- É... e finalmente eu estou conhecendo você também, ! – Jéssie sorriu.
- Ahn? – a garota arregalou os olhos, quase cuspindo sua cerveja – como?
- É.. bom, a gente já tinha se conhecido naquele dia lá na pista de skate e tudo mais, mas eu acho que não cheguei a conversar com você nem nada...
- E por que diabos você ia querer me conhecer? – estranhou.
- Primeiro porque, como fã da banda, eu tenho milhares de fotos do nas quais você está junto... segundo porque o fala muito de você...
- Hum... – concordou com a cabeça – Somos grandes amigos – ela forçou um sorriso - mas não precisa se preocupar, não. Somos somente amigos mesmo – e piscou para o casal – meu negócio é a Barbie aqui – a garota indicou Dave com a cabeça.
- Sim, agora eu sei – Jessie sorriu – quer dizer, todas as fãs do Son Of Dork acham que vocês já foram namorados e...
- As fãs de Son of Dork e o resto do mundo né? – cortou a garota, mas se arrependeu ao ver que os outros, inclusive Dave olhavam pra ela de um jeito estranho.
É, não era uma boa idéia ficar falando na frente do seu namorado que você tem um amigo tão intimo que todos sempre pensam que vocês já se pegaram.
- Bom... – ela quis concertar – hoje em dia os outros não podem ver duas pessoas do sexo oposto conversando que já acham que eles são namorados, não é mesmo?
deu de ombros.
- De acordo com os sites de fãs eu já namorava a antes mesmo disso acontecer...
- Viu? – agradeceu mentalmente a .
Jessie riu e continuou falando algumas baboseiras que fez questão de não escutar. Se virou então para Dave, mas o garoto prestava bastante atenção ao que a outra garota dizia.
franziu a sobrancelha e deu um tapa no braço do namorado.
- Outch! O que foi? – ele passou a mão onde ela tinha batido.
- Pára de ficar dando mole pra essa groupie! – A garota falou baixinho, de cara fechada.
- Oh.... parece que alguém aqui está com ciúmes... – Dave provocou.
- Nada disso! Só não gosto de groupies e você sabe bem disso!
- Coitada da garota, não implica com ela... vai ver ela nem é groupie...
- Não?! – arregalou os olhos – cara,você é cego ou o que? Essa maquiagem ta te atrapalhando a ver direito Dave?
- Ei! Não desconta o seu ciúme no meu lápis de olho!
- Eu não to com ciúmes!
- Ta sim! – Dave bebeu um gole de cerveja enquanto acariciava as costas dela – só porque você conhece a gente da banda bem antes de começarmos a fazer shows... e agora é uma fã nossa que está tendo a atenção de todo mundo, não você...
rolou os olhos.
- Será que você não vê que ela dormiria com qualquer um aqui? Os homens, quero dizer... – ela se apressou em corrigir – Duvido que o seja mesmo o favorito dela... apenas foi o primeiro que caiu em cima... Oh Deus, vocês são todos cegos...
- não viaja vai... Vem cá, me da um beijo hum? – ele mordeu os lábios dela de leve, provocando.
Droga. Dave nunca entenderia.
Uma hora depois. Todos já estavam meio bêbados e descontraídos, conversando. Menos e que tinham ido pra parte de trás do carro de .
- Ainda bem que ele colocou vidro fumê no carro. – comentou rindo.
concordou.
- Já pensou ter que ver aquelas canelas brancas e finas do pro alto dentro do carro? Nossa, pesadelo na certa!
Os outros riram.
- Então – disse meio torto – que tal ir pra trás do meu carro hun? – ele fez uma cara sexy.
- Ta louco? – arregalou os olhos – você não tem vidro fumê!!
- Mas eu tenho outra coisa e...
- Shhhh – calou o namorado, envergonhada – hoje eu volto dirigindo ok?
Ele deu de ombros e puxou a garota para um beijo.
riu vendo os dois. Ela estava deitada com a cabeça no colo de Dave e começava a observar os amigos, apesar de que a bebida estava distorcendo um pouco sua visão. e estavam começando a entrar em um clima mais quente, apesar da garota estar sóbria o suficiente pra tentar evitar isso. e estavam no carro e não podiam ser vistos por ninguém, apesar de que de as vezes eles ouviam o barulho de alguma coisa batendo no vidro, e ninguém se preocupava em saber o que era.
então desviou seu olhar para . Se sentiu triste e vulnerável ao ver a cena. Ele estava sentado no chão e Jessie estava em seu colo, com as pernas encaixadas em volta da cintura dele. Os dois se beijavam e visivelmente estavam sem fôlego. passava a mão na perna da garota, apertando sua coxa. A garota, por sua vez, passava a mão nas costas dele, por debaixo da camisa.
fechou os olhos e balançou a cabeça levemente pra tentar afastar aquela imagem dos seus pensamentos.
Foi quando Dave passou as mãos pelos cabelos dela, e a garota se virou para encará-lo.
Ele bebeu mais um gole de cerveja, direto da garrafa, e olhou para os casais a sua volta.
- Tem certeza que não quer mesmo começar a parte da pegação e dos amassos? – ele riu.
sorriu junto com ele. Sem responder nada ela se levantou e esticou a mão para que Dave fizesse o mesmo.
Ainda calada ela guiou Dave pala o lado do carro de , encostando o garoto na porta. Ele sorriu, de um jeito safado, e ela também. Se aproximou devagar do garoto, beijando os lábios deles de leve. Ele segurou a nunca dela com força pra intensificar o beijo. segurou no cós da calça dele e juntou os dois corpos. Dave parou o beijo e sorriu. Segurou na cintura da garota e girou, colocando ela contra a porta do carro, e voltando a beijá-la. Em pouco tempo os dois já estavam ofegantes. Dave conseguia deixar ela assim facilmente. Quem era mesmo? Ela fazia esforço pra esquecer.
Mais tarde, boa parte dos amigos já estava sem o efeito do álcool. e tinham saído do carro de e estavam sentados perto de Jessie. falava em seu celular havia alguns minutos. , Dave, e faziam barulhinhos nas garrafas vazias de cerveja. soprava a boca de uma delas, produzindo um som engraçado.
- Dudes! – chegou perto do grupo de amigos, com o celular na mão, visivelmente chateado – O acabou de me ligar e disse que ta vindo pra cá pegar o carro dele.
levantou as sobrancelhas demonstrando surpresa.
- Como? – ela perguntou.
- Ele vem com um outro amigo no carro, sei lá... acho que é amigo da também...
- Que idiota. Por que ele quer fazer isso? – Dave parou de bater com um graveto na garrafa e olhou pra .
O garoto deu de ombro.
- Eu falei que ia levar o carro em segurança pra ele, que a gente já ia sair, mas ele disse que não, pra eu esperar.
- Ele come merda? – perguntou.
- Come. – os outros responderam em uníssono.
sacudiu a cabeça.
- Eu sei que já está tarde... então vocês podem ir embora que eu espero o aqui, junto com a Jessie, não tem problema... Vocês sabem o caminho de volta né? – ele olhou para e que balançaram a cabeça afirmativamente – Ótimo.
- , tem certeza? – perguntou – vocês dois sozinhos aqui... não é o lugar mais seguro do mudo...
- Nah, não tem problema... eu não vou ficar sozinho e isso que importa... eu costumo vir aqui muitas vezes, não tem perigo...
- Se você diz... – a garota disse, mas coçou a testa, ainda preocupada.
- Vamos lá falar com os outros três.
Os amigos se levantaram e seguiram pra perto de , e Jessie.
A última logo se enroscou no pescoço dele.
- Vamos embora ? – ela jogou os cabelos compridos pra trás.
e resmungaram alguma coisa sobre estarem cansados daquele lugar também.
coçou a cabeça fazendo uma careta.
- Sabe o que é... – ele parou de falar.
- O disse pro ficar aqui com o carro dele porque ele está vindo buscar – falou pelo garoto.
Os outros três arregalaram os olhos.
- Jura? – perguntou e confirmou com a cabeça - O come merda. – ela riu ironicamente.
- Pois é, comendo merda, ou não, o carro é dele e eu tenho que esperar. – lamentou – Fica aqui comigo, linda? – ele passou a mão pelo rosto de Jessie, que não tinha uma expressão muito boa.
- , eu tenho que ir... –ela falou numa voz fraca.
- Mas...
- Mas nada... eu fugi do meu campus pra estar aqui... tenho que voltar o mais rápido possível pra lá e...
- Qual é? – interrompeu – você fugiu do alojamento pra vir pra cá?
- Uhum – a garota confirmou.
- E você já está aqui há horas... e agora se preocupa em voltar cedo? – não entendeu.
- É que – Jessie começou a explicar - já são quatro da manhã e eu preciso estar lá antes das cinco e meia, que é o horário que a garota que divide o quarto comigo acorda... Ela é meio dedo duro e se contar que eu não estava lá, eu estou ferrada.
- Você fugiu mesmo sabendo que a pessoa que você divide o quarto pode falar alguma coisa? – perguntou incrédula.
Jessie encolheu os ombros, se graça.
- Deus! Que estúpida! – não se conteve.
- ! – ralhou com ela.
fez uma cara de “O que?” pra amiga, que olhou feio pra garota.
- Mas afinal, porque você teve que fugir? – cortou o clima.
- Eles são bem rígidos lá no campus... a gente tem horário pra sair e tudo mais.
rolou os olhos.
- Então? O que a gente faz? Eu preciso ir embora também... por mais estranho que pareça, eu trabalho amanha cedo – disse levantando a mão.
- Bom, eu ia dizer pra vocês irem no carro do que eu ficava com a Jessie aqui, mas agora...
- Eu vou ter que ir com eles... – a garota falou manhosa.
- O não pode ficar sozinho. – se pronunciou pela primeira vez – Falando sério, o não tava bêbado não? Meio pancada essa idéia dele de vir aqui buscar o carro...
- Que diferença isso faz? Ele vem e mandou eu esperar. – deu de ombros.
- Eu fico aqui com ele. – disse e todos olharam pra ela – Pode deixar que se o estiver bêbado eu não deixo ele dirigir o carro. Eu consigo convencer ele de ir na parte de trás, o não...
- Por mim tudo ok... – falou, se dirigindo pro carro de , puxando .
- Quer que eu fique com vocês? – Dave falou baixinho no ouvido de .
- Não, honney, pode deixar. Eu sei que você ta com sono, vai pra casa e descansa, afinal, o não deve demorar muito.
- Tem certeza? – ele insistiu.
- Tenho - Ela piscou pra ele.
Dave então deu um beijo de despedida nela e foi para o carro.
- Então... – começou – Você consegue se espremer ali atrás no carro? – ela perguntou para Jessie
- Uhum – ela afirmou – eu sou bem magrinha.
deu um sorriso debochado enquanto a garota dava seu beijo ‘desentupidor de pia’ em .
chamou a amiga.
- O Que? – perguntou.
- Tudo ok? Quer dizer, você e o aqui...
- Ele não vai me atacar, ! – disfarçou.
- Você sabe do que eu to falando... – ela disse séria.
A verdade é que a não sabia quase nada. Não sabia do beijo que havia dado em , ou as conversas que os dois tiveram.
- Relaxa , como eu disse mais cedo pra magrinha ali – ela ironizou ao falar de Jessie – meu negócio agora é a Barbie!
sorriu.
- Vamos ? – ela gritou – estou cansada e ainda tenho que dirigir!
- Quem disse que você vai dirigindo? – ele se assustou.
- Você – ela respondeu, pegando as chaves do carro do bolso dele – vou passar a gravar as coisas que você fala quando bebe querido – e se dirigiu pro lado do motorista no carro.
coçou a nuca, vendo que não poderia fazer mais nada e foi para o banco do carona.
Dois minutos depois e estavam sozinhos.
- Enfim sós! – ele brincou, se virando para a garota.
- Enfim? Não em leve a mal xuxu, mas eu preferia estar em casa... ta o maior frio aqui...
Ele apertou os olhos.
- Você podia ter ido embora sabia?
- E te deixar morrer de frio sozinho? Não, brigada.
O garoto riu e se encostou ao lado dela no carro.
- Então? O que a gente faz? Eu estou mesmo com frio. – quebrou o silêncio.
- Quer entrar no carro? Deve estar mais quentinho lá dentro.
- Nem pensar! A e o se reproduziram aí dentro!
soltou uma risada.
- E como você pretende voltar pra casa?
- No carro do amigo do , enquanto você e ele voltam nessa coisa aí. – ela apontou o carro com a cabeça enquanto cruzava os braços por causa do vento frio.
- Hum... vem cá – falou puxando pela mão até a parte de trás do carro, e em seguida abriu a mala.
observou o que deveriam ser pelo menos dez garrafas de vodca.
- Ótimo, dá pra gente entrar em coma alcoólico esperando o .
- Ah, não reclama! Ta frio e vodca esquenta. – o garoto disse pegando duas garrafas.
- E eu que pensei que fosse encontrar um corpo enrolado num cobertor quando você abriu a mala. – ela disse pegando também uma garrafa de vodca – Pelo menos assim a gente podia pegar o cobertor que enrolava o morto e se esquentar.
- Convenhamos que a minha idéia de acabar com o frio é melhor que a sua!
deu de ombros e seguiu para a parte da frente do carro.
- Anda, vem! – A garota chamou , que bateu a porta da mala e foi para onde ela estava, carregando as duas garrafas no braço.
- Vem cá, segura aqui – ela disse quando ele chegou perto, e entregou a vodca que segurava para o garoto.
Ela colocou as mãos no capô do carro e deu um impulso com o pé, se sentando ali em cima.
- Agora me da aqui que eu seguro enquanto você senta... – ela pegou as coisas da mão de e chegou pra trás, sentando com as pernas cruzadas, e as garrafas em seu colo – o motor não tava ligando, então o capô não ta quente – ela continuou depois que sentou - mas é aí que a vodca entra! – e com isso ela pegou uma garrafa e abriu.
Passou para primeiro. Ele bebeu um gole, direto da garrafa.
- Já me sinto mais aquecido – falou entregando a bebida para .
Ela bebeu um gole também. O líquido desceu quente pela sua garganta.
- Perfeito! – ela sorriu – mas por que você não pegou a vodca antes? Quando estava todo mundo aqui?
- Porque eu sabia que ia terminar a noite aqui do teu lado e queria dividir ela só com você!
- Justo! – sorriu, escorregando mais pra frente e se deitando para olhar o céu.
fez o mesmo, após colocar duas garrafas no chão e permanecer com uma nas mãos.
- Esse céu ta lindo. – ele ouviu a garota comentar – esse lugar é perfeito ... sério, como você descobriu isso aqui? – ela desviou os olhos do céu e se virou para ele.
O garoto olhava para cima, deitado ao lado dela.
- Eu já disse... eu queria achar um lugar afastado e reservado para escrever minhas músicas... e vim parar aqui um dia. Foi o lugar perfeito que eu encontrei. Pronto, agora você já sabe o esconderijo do Batman.
riu.
- E o Batman era pra ser?.... – ela se fingiu de desentendida e o garoto olhou para ela.
- Nem respondo... – ele sorriu com a risada dela.
Os dois se olharam por alguns instantes e então voltou a fitar o céu.
- Eu ficaria aqui pra sempre.
- E ainda tem um jeito de ficar melhor – disse se levantando.
- Ei, onde você vai? – ela se apoiou em um braço, vendo entrar no carro de e desligar os faróis.
O lugar ficou ainda mais lindo. A única iluminação vinha da Lua. O céu ficou ainda mais estrelado.
voltou a se deitar no capô do carro, ao lado de .
- Se um dia você quiser levar uma garota para um encontro muito romântico... é só trazer ela aqui num dia de lua cheia. – comentou bebendo um gole de vodca.
- Por que? Se eu trouxer ela aqui vou conseguir conquistar a garota?
balançou a cabeça afirmativamente.
- Mas se ela for muito gostosa você tem que torcer pra uma estrela cadente passar e você fazer um pedido, porque não é qualquer uma que cai nessa. – ela riu.
- E se ela for igual a você? – fitou o rosto da garota, mas ela não tirou os olhos da lua.
- Aí nem com estrela cadente você consegue!
- Anotado mentalmente – o garoto respondeu.
Os dois ficaram mais um tempinho em silêncio.
- Passou o frio? – perguntou um pouco depois.
- Ta melhorando... nada que mais alguns goles de bebida não façam.
- Não seja por isso, aqui – ele entregou a garrafa, já quase pela metade para .
- Você entorna cara! – ela disse olhando para o nível de líquido ali dentro.
O garoto deu de ombros.
- Não to afim de ficar sóbrio.
-Então ta! – riu, bebendo um gole extremamente exagerado da bebida.
- Eieiei! Devolve isso aqui! – disse puxando a garrafa da mão dela, molhando um pouco os dois.
riu bastante.
Ele ficou olhando pra ela, segurando a garrafa como se fosse um filho.
- Desastrado! – ela parou de rir – me devolve essa garrafa aqui!
- De jeito nenhum! Pra que?
- Também não to a fim de ficar sóbria. – deu um sorriso de lado.
- Tsk tsk, não, você vai acabar com a minha preciosidade!
- , devem ter umas dez garrafas na mala do carro! – ela argumentou.
O garoto apenas balançou negativamente a cabeça.
- Ta bem – ela deu de ombros, se abaixando pra pegar uma garrafa fechada no chão.
- Droga... – riu.
- Eu to bêbada. – disse depois de meia hora e metade de uma garrafa de vodca.
- Ué, não era o que você queria? Você não queria ficar sóbria....
- Você também não.
- Quem disse que eu estou sóbrio? – franziu a sobrancelha.
- Eu não disse nada.
- Hum... O está demorando.
- Será que ele desistiu? – perguntou. Deveria estar preocupada, mas o álcool deixou um efeito contrário nela. Estava pouco se lixando se ia chegar ou não.
- Só tem um jeito de descobrir. – falou pegando seu celular no bolso. – Droga, eu não estou enxergando nada. Está tudo embaralhado... cadê o número nove aqui?
começou a rir da dificuldade de enxergar os números.
- É você está bêbado mesmo.
- Não ri, duvido que você consiga enxergar melhor que eu... teu nível de álcool no sangue deve estar pior que o meu.
Ela riu.
- Passa pra cá – estendeu a mão e entregou o celular para ela.
A garota fitou o visor do aparelho por alguns segundos.
- Ok, vamos desistir de ligar para ele, plano B. – ela falou, jogando o celular de de volta em cima dele.
- Ei não faz isso! – ele disse sem conseguir pegar o celular, que caiu no chão – droga... deixa ele ali mesmo... se eu descer daqui, não vou conseguir subir de volta... Então, qual nosso plano B? – se virou para .
- Fazer alguma coisa enquanto esperamos o chegar. – ela respondeu.
- Tipo o que?
A garota deu de ombros.
- Sei lá, encher a cara?
- Mas a gente já ta fazendo isso tem um tempão... – disse.
- E tem alguma idéia melhor Batman?
- Hum... tenho.
- Diz então. Desde que eu poça encher a cara enquanto isso. – a garota bebeu mais um gole de vodca.
- Assim você vai realmente entrar em coma alcoólico. – ele advertiu.
- Tudo bem você está aqui pra cuidar de mim – ela piscou – então, o que vamos fazer? Dá pra beber?
- Da. Na verdade envolve exatamente isso.
- Fala logo. – disse impaciente.
- Brincar de ‘Eu nunca’ – o garoto disse.
- Hum?
- É, eu falo alguma coisa que eu nunca fiz e se você já tiver feito isso você bebe um gole da garrafa aí na sua mão.
- E por que você quer brincar disso?
- Porque envolve bebida e porque já estamos o suficientemente bêbados para não pensar em mentir. – sorriu.
- Mas você já sabe tudo sobre a minha vida. É meu melhor amigo, sou um livro aberto com você...
- Isso nós vamos ver...
- Hum.. droga. – ela torceu a boca.
- Mas tem uma coisa... – o garoto começou a falar – eu posso falar alguma coisa que eu nunca fiz, mas posso estar mentindo... nesse caso, se eu estiver, eu tenho que beber depois que você der sua resposta ok?
- Certo. – a garota fez cara de quem tentava memorizar o que tinha acabado de ouvir – você começa.
- Hum.. ok – ele deitou mais perto de e olhou pro céu, junto com ela – eu nunca dormi com um homem.
- Ah , assim não vale!
- Para de reclamar e bebe logo.
- Droga – ela bebeu um gole da garrafa.
- Sua vez - ele falou.
- Poxa, eu estava aqui esperando que você fosse beber um gole depois de mim, pra dizer que estava mentindo... me decepcionou agora hein Batman.
riu.
- Ainda não encontrei meu Robin, princesa. Agora vai, você.
- Ta, vou jogar sujo também. Eu nunca dormi com uma mulher.
tomou logo dois goles de uma vez.
- Eu nunca... eu nunca fiz sexo dentro de um elevador. – ele disse.
ficou vermelha, mas pegou a vodca e bebeu.
- Não acredito! – ele exclamou.
- Shhh! Sem mais perguntas – ela falou – Eu nunca matei um cara.
- Nem eu – deu de ombros.
- Menos mal. – riu.
- Eu nunca quis ser uma princesa.
- Eu também não.
- Como não? Toda garota já quis ser uma princesa quando pequena! – o garoto falou com uma voz esganiçada.
- Eu preferia brincar com carrinhos... – ela deu de ombros – Eu nunca dormi com alguém que eu tivesse conhecido no mesmo dia.
rolou os olhos e bebeu um pouco.
- Não vale isso, eu sou de uma banda, é muito mais fácil isso acontecer comigo!
deu de ombros, pegou a garrafa e colocou na boca, virando.
- Ei! Você JÁ dormiu com um desconhecido!! – gritou.
ficou vermelha e começou a rir, quase cuspindo o líquido da boca.
- Eu nem sei se quero saber de mais alguma coisa... sua imagem de santa está se desfazendo aqui na minha cabeça.
- Ei! Você criou essa imagem sozinho, porque eu nunca fui santa! – ela balançou negativamente a cabeça.
- Ok.. ok... Eu nunca fiz sexo mais de três vezes em um dia.
- Nem eu – fez cara de “que pena”.
- Acho que seu namorado precisa aprender como se faz hein – disse e quando a garota olhou para ele, viu que o garoto tinha um sorriso torto e bebia um gole da sua garrafa.
Ela arregalou os olhos.
- Já?! Quantas....? – começou a dizer, mas interrompeu:
- Shhh! Sem mais perguntas.
- Hunf! Não vale você só ta fazendo isso pra aparecer.
- Fazer o que? – ele deu de ombros, indiferente.
- Eu nunca quis ser famosa – disse.
- Droga vou ter que beber de novo. – o garoto pegou a garrafa.
- Isso, bebe direitinho. Eca! Babão! – ela disse quando viu que ele ria e deixava escorrer vodca pelo canto da boca.
Ela riu também e virou de barriga pra baixo e chegou mais perto, e com a mão livre passou o dedo pela boca dele pra limpar o que ele tinha deixado escorrer.
- Eu nunca comecei a namorar uma pessoa pra tentar esquecer outra – disse sério enquanto ainda estava passando a mão pelo canto da boca dele. Ela parou de fazer isso na hora e olhou nos olhos do garoto.
Sem desviar o olhar dos olhos de , e com uma expressão séria no rosto, ela levou a garrafa à boca com a mão esquerda e tomou um longo gole.
Ele também, ainda fixando nos olhos dela, virou o resto do líquido todo que tinha na garrafa dele.
Ficaram ali, os dois se encarando por alguns segundos. Eles não ousavam piscar, apenas sustentavam o olhar.
- Quem é o cara? – o garoto quebrou o silêncio.
- Isso não faz parte da brincadeira, – se virou e olhou para o céu estrelado.
- Hum – resmungou – mas eu estou curioso.
- Satisfazer a sua curiosidade também não faz parte da regra do jogo – ela continuou olhando para cima.
virou de lado e se aproximou ainda mais ficou olhando para ela. Seus corpos estavam bem juntos. A garota ainda observava o céu.
- Pára de ficar olhando pra mim. – ela disse.
- Não paro. – ele falou com tamanha simplicidade que se virou para encará-lo.
- ... – ela começou a dizer, mas ele colocou o dedo indicador na boca dela.
- Shhhhh faz silêncio. Eu quero ouvir.
- Ouvir o que? – ela sussurrou.
- O seu coração. Ele ta batendo rápido.
Ela balançou lentamente a cabeça.
- Não – respondeu – esse é o seu coração.
O garoto sorriu de leve e fez o mesmo.
Vagarosamente ele aproximou seu rosto do dela, e a garota fechou os olhos. Sentiu ele dar um beijo suave na ponta do seu nariz e apenas esse gesto fez o corpo dela tremer todo. sentiu isso e a envolveu com seus braços. Ela soltou a garrafa que segurava, e ela rolou para baixo do carro. Agora com a mão livre, ela passou as costas dos dedos bela bochecha de . O rosto dele continuava grudado ao seu.
sentia a respiração do garoto no seu rosto. Ele se mexeu um pouco e encostou a boca na dela. Carinhosamente ela passou a língua pelos lábios do garoto, até sentir a língua dele encostar na dela, então abriu a boca e se deixou levar pelo beijo.
a beijava docemente enquanto passava os dedos de leve pelas costas dela, que se arrepiou toda. Ele parou de beijá-la e sorriu. Devagar ele tirou as mãos das costas dela e colocou no capô do carro, ao lado da garota. Se apoiou naquele braço e se virou, ficando por cima dela. sorriu também e abriu as pernas para que pudesse se encaixar ali no meio.
Eles ficaram ali se olhando por um tempo. A garota passava as unhas levemente na nuca de , o que estava deixando ele louco.
- Linda. – Ele falou passando a mão livre pelo rosto dela.
- Shhh! Cala a boca .
- O que? Quer ficar ouvindo as batidas do meu coração? – ele sorriu. Sim, aquele sorriso.
- Não, quero que você cale a boca e volte logo a fazer o que estava fazendo.
O garoto mordeu o lábio inferior e aproximou sua boca do ouvido dela.
- Não vai ser assim tão fácil – ele sussurrou e deu uma mordida na orelha da garota, que gemeu.
Ele começou a dar beijinhos leves no pescoço dela. Aquilo estava levando à loucura. Ele subiu a boca lentamente e mordeu os lábios dela, provocando. colocou a mão no pescoço dela e passou o polegar de leve na boca dela. A garota tinha os olhos fechados e concentrados no toque dele. Ele, então, voltou a beijar de leve o rosto dela e parou quando chegou perto da boca. Fitou-a por alguns segundos. Ele estava com ela em seus braços, o que ele mais queria, desde sempre.
- Vai ficar só olhando? Seu frouxo. – A voz de tirou de seus pensamentos.
Ele balançou negativamente a cabeça, dando um sorriso meio de lado e beijando ela com toda a vontade que tinha.
gemeu alto, puxando o corpo do garoto para mais perto de si. Levantou a blusa dele com cuidado, passando as mãos pelas costas dele. O garoto levantou a blusa dela, segurando com força na cintura da garota.
Eles separaram o beijo e ela tirou rapidamente a blusa de . passou a mão pelo peito dele, descendo até a barriga e parando no cós da calça do garoto. Ele colocou a mão na coxa dela e puxou, fazendo ela laçar a perna em volta da cintura dele. Ele voltou a beijá-la com intensidade enquanto descia a mão pela perna da garota, até chegar ao cós da calça dela também.
subiu um pouco as suas mãos, passando ela para as costas do garoto, e desceu novamente, apertando a bunda dele com força.
separou o beijo para respirar um pouco e mordeu os lábios dele, chamando o garoto para mais. Ele sorriu e se afastou. Colocou as mãos na barriga da garota e começou a levantar a blusa dela com calma. Ela fechou os olhos e jogou a cabeça para trás enquanto passava as mãos por cima do seu sutiã e finalmente tirava a blusa. Ela sorriu para ele e chamou o garoto com o dedo indicador. Quando ele se aproximou para beijá-la novamente a menina colocou o dedo na boca dele. Colocou as mãos no ombro dele e o empurrou para o lado, girando e ficando por cima do garoto.
sorriu e segurou com força nos cabelos dela. A garota começou a beijar o pescoço dele e foi descendo pelo peito do garoto, até chegar a sua barriga, enquanto ele gemia.
- Vem cá – foi tudo o que conseguiu dizer puxando o rosto da garota para beijá-lo novamente.
desceu as mãos até o zíper da calça dele e começou a abrir...
- Ops! – Ela ouviu dizer quando separou o beijo.
- O que?- ela perguntou nervosa.
- Eu preciso ir ao banheiro.
- Ah não ! Não faz isso...
- Desculpa, mas eu bebi quase uma garrafa inteira de vodca sozinho! Eu preciso ir ao banheiro.
Ela se levantou e se jogou no capô do carro, de barriga pra cima, fechando os olhos.
- Eu só posso estar muito bêbada pra deixar você escapar assim – ela disse ainda de olhos fechados.
- Se te consola – ele respondeu – eu só posso estar muito bêbado pra te deixar aqui assim. Me espera, eu já volto. – ele saiu correndo, mas a menina não respondeu.
estava tão nervoso que não conseguia abrir o resto do zíper da sua calça.
- Anda! – ele falava sozinho, sacudindo o zíper para ele abrir.
Algum tempo depois ele voltou para perto do carro e subiu no capô, por cima de , que ainda estava na mesma posição.
- Voltei – ele disse baixo no ouvido dela, mas a garota nem se mexeu – Eu não acredito que ela dormiu. – ele passou a mão pelos cabelos. - , acorda, não me deixa aqui assim vai... – ele falou passando a mão na barriga dela.
Idiotice. Ele sabia que ela não ia acordar. O efeito da bebida era forte e podia cair o mundo ali que a garota não ia se mexer.
Derrotado, se deitou ao lado dela, puxando a garota pra perto e a envolvendo em seus braços. Colocou o rosto dela no peito dele e beijou o topo da sua cabeça.
Olhou para o céu estrelado. Desejou que não estivesse tão bêbado naquele momento. E em um piscar de olhos a bebida fez nele o mesmo efeito que fizera em e ele adormeceu.
(continua)