Célia é uma jovem mulher de quarenta, com aquela confiança típica de mulher que lida com organogramas e dinheiro. São um casal ligado aos negócios. Charles é brasileiro apesar do nome. É uns dez anos mais velho que ela, com aquele veneno especial de um ou outro cabelo grisalho. São conhecidos de meu marido há tempos.
Vi Célia pela primeira vez, charmosísima no seu tailleur de executiva verde-claro e branco. O problema é que no dia seguinte ela estava com o mesmo tailleur verde-claro e branco. E na terceira vez também. Confessou-me: comprava sempre uma batelada de roupas iguais para dar menos trabalho, e aquela roupa daquela cor era seu uniforme. Estou sendo injusta: nos fins de semana ela usava blusas de gola rolê branca, também compradas no atacado. Um dia a visitei de surpresa e a vi em sua indumentária caseira, uma calcinha bege do tipo vovó que cobria até o umbigo, mas não conseguia eliminar as formas de violão de seu corpo nem os amplos seios.
Tornamo-nos amigas. Célia comigo aprendeu a escolher suas primeiras bermudas leves, sua primeira blusa transparente, sua primeira tanga de praia. Cobria metade do rosto com as mãos e sorriso amarelo, verde e escarlate, dizendo que aquilo era para meninas, seu tempo havia passado. E eu contestava decidida dizendo que ela era uma bela mulher, capaz de despertar o desejo em qualquer homem e qualquer mulher. Os dedos quase deixaram cair o cabide com a bermuda jeans. “Mulher?” – disse ela.
- Porque não? – disse eu.
Num provador de roupas trocamos o primeiro selinho. Fiquei esperando como seria a reação dela depois quando ela me agarrou e deu um beijo desentupidor-de-pia. Afastei-lhe o tailleur verde-claro e o sutiã branco e levantei minha blusa (eu não usava sutiã), tudo para ter um perfeito colamento de mamilos, e voltamos a nos beijar.
Como dizem em velhas canções, depois daquele beijo tudo foi diferente. As coxas, seios e bumbum de minha amiga antes um segredo a nove chaves passaram a ser visíveis em saias dois palmos acima do joelho e calças jeans apertadas. Os olhares de tesão e inveja de rapazes e moças em calçadões e sorveterias convenceram minha amiga do que ela era: uma bela mulher. Célia usava uma blusa de botões semi-aberta que deixava ver o fecho central do seu sutiã. Disse: “Vamos transar a quatro?” Estávamos num barzinho estilo cowboy na entrada do Bandeirantes, eu, ela e nossos respectivos que a lei e os homens nos entregaram para maridos.
Nem dez minutos depois estávamos no apartamento dos nossos amigos. Ludwig lindo na sua calça azul-marinho e camisa de manga comprida tom-sobre-tom, mas tive pouco tempo de apreciar sua elegância, pois a pedido de Célia tudo aquilo foi caindo e ficou o corpo protegido apenas pela aliança de casamento, em pé, o falo duro e recurvo tão conhecido. Já que o clima era aquele eu e Charles fizemos cair nossas roupas também.
Mas a rainha era Célia. Voltou do bar da copa com dois uísques nas mãos e sem mais nada, os pelos claros formando um triângulo perfeito entre as coxas roliças, os bicos rosados um tanto pequenos nos seios grandes. O falo pareceu aumentar mais um pouco e ele avançou para ela, mas a rainha da festa o jogou na cama. Célia apoiou um joelho ao lado da cabeça dele, apoiou o outro do lado da outra orelha e sentou-se com tudo no rosto do meu marido. O pobre Ludwig quase deu um pulo, e não pôde fazer mais nada a não ser chupar e lamber o vão entre as pernas de minha amiga como se quisesse voltar a respirar, o que era talvez isso, pois Célia puxava sua cabeça contra si e apertava sua cabeça com as coxas. Meu pobre maridinho quase sufocava e os bicos dos seios de Célia pulavam doidamente a cada sugada dele.
Mãos tocaram em forma de copo os meus seios e meus bicos se cobriram de ranhuras e bolhinhas, e uma coisa cilíndrica quis se imiscuir entre minhas coxas: era Charles que inspirado pela sua mulher sufocando meu marido usar o meu corpo para descarregar o desejo. Como tenho por princípio de vida que de um swing ninguém deve sair virgem, deixei rolar e o homem me levou para um enorme baú que eles têm, eu me apoiei, um tanto afastei as pernas para ajudar o cara e senti a tora entrando, até fácil, enquanto o cara uivava um ooooouuuu na minha orelha, deixando-me orgulhosa pois se outra mulher e meu marido faziam aquela performance medalha-de-ouro eu também me garantia.
Célia deitou de costas e me fez um gesto para mim e Ludwig que entendi. Saí da posição, deixando o pobre Charles bem horizontal em relação ao chão e sem se aliviar de seu excesso de leite, e minha língua procurou a língua de minha amiga e lutaram por algum tempo, depois desci pela curva dos seios, suguei um bico, o mesmo no outro, demorei no umbigo para fazê-la rir, e dei selinhos no triângulo alourado de Célia, que se retorcia a cada toque de meus lábios, lembrando eu que meu maridão já tinha trabalhado forte e a mim restava a delicadeza.
Levantei-me e os olhos de Célia brilhavam como a lua, um sorriso lhe suavizava o rosto. O mundo do prazer a quatro se abria para ela. Senti suas mãos aveludadas no meu rosto e nos beijamos de língua, um magnífico beijo de mulher em mulher, eu sentindo o odor suave do seu Paris n. 5 misturando-se com o mais forte do meu Gabriela Sabatini. Que no entanto durou pouco, pois a mulher-de-negócios estava facinada com Ludwig, que de joelhos na cama observava nossa cena.
O falo de meu marido já estava inteiramente destacado da caixa alourada de cabelos louros em que se alojava. A cabeça rosada com suas curvas suaves ameaçava a cona de Célia. Esta se encontrava desprotegida e entreaberta a poucos dedos de distância. A executiva se baixou, de súbito menina de treze anos, e com olhos revirando nas poucas vezes me que os vi abertos percorreu todo o conjunto que fazia proeminência entre as coxas do macho, sem tocá-lo, apenas roçando-o com os jatos mornos de sua respiração. Ludwig olhava-me olhos derretidos e quase se queixava dizendo não posso mais e não agüento. Célia sem dúvida achou que já o tinha torturado demais e num pulo se deitou de costas e tive a visão lindíssima de sua gruta já entreaberta, inteiramente mulher, que no entanto durou pouco pois aquela abertura foi preenchida pelo instrumento ávido de meu marido, eu sentindo aquela pontinha de alfinete de ciúme que sempre me espicaça numa transa a quatro e dá o tempero agridoce de tudo. Não pude ver o orgasmo dos dois pois Charles fizera quase seu membro desaparecer em sua mão e o lubridiava percorrendo com sua mão apertada, até que a cabeça começou a pulsar. Como recompensa pelo seu bom comportamento coloquei-me em frente a ele e logo os meus seios se cobriram de faixas brancas e adocicadas, enquanto seu dono uivava para o teto. Como recompensa extra espalhei o esperma em meus seios olhando-lhe bem nos olhos, não deixando que nenhum dos bicos ficasse sem sua cota.
Meia hora depois e Célia já era a charmosíssima executiva, embora eu a achasse bem mais fascinante sem tailleurs e sem nada. Continuamos amigas. E que amigas: na saída perguntou-me quando seria a próxima.