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AMIGAS E AMIGOS, coloco aqui trechos pãozinho-quente-saído-do-forno de relatos e contos que estou escrevendo agora, neste momento. Como são recém-saídos, podem ser modificados depois... mas estão aqui para sua diversão-e-leitura. Beijos e beijos.


(15/08) Do relato JOGO DE CARTAS
Nem tudo flores eram. Vontade muita, brigas quase tanto-quanto. Ele pertencia por família a uma religião dura, o pastor arremessava ameaças todos os cultos para qualquer casalzinho que os-limites-arrebentasse. E ele voltava poluído pelo falatório. Apesar disso tentava tentava tentava, e ela derrubava com o cotovelo a mão dele que intentava lhe enrijecer os bicos. Ficavam de ponta, lado-a-lado, meia, mais horas. Ela esquecia, sorria, tecia indiretas que se a mão quisesse de novo, não garantia nada, mas quem sabe. E ele já de cara fechada intentava com mão pesada, sem gosto. Ela fechava a cara também e terminavam mais uma noite azeda.

(08/08) Do relato APLAUSOS EM PARATI

Denise revelou: aconteceu no banco traseiro de um Pointer azul-escurão.

- Que chique. Comigo foi num fusquinha verde-vômito.

Quase derrubamos as garrafinhas de tanta gargalhada. Os Alexanders já me pegavam e não ia ser um anjinho enquanto ela fazia confidências sozinha. Fez carinha de sabida:

- Que originais! Pesquisas provam que 68,37% de nós perdemos a virgindade em bancos traseiros de carros.

- E como vai o Mel-de-lua?

Redobrou o sorriso. Contou: loucura. Gabriel parece que nunca vira mulher antes, e não vira mesmo. Eram duas para fechar a noite, três antes do café como bom-dia, mais umas rapidinhas no intermezzo.

- Me enganei. Não devia ter casado, devia ter sido garota de programa dele com contrato de exclusividade. Ficaria rica - e sacudimos a mesa de riso de novo e três mesas cheias em volta torceram pescoços em nossa direção.



Vi Denise a se levantar, baixar-se devagarzinho sem deixar de olhar distraída as ondas lambendo a ilhinha, mas baixar-se com as mãos cada uma em forma de gancho nas laterais do biquíni, forçando-o para baixo. O pedaço de lycra azulzinho lhe roçou as coxas grossas, quase enganchou nos joelhos e em breve formava um delicado oito molhadinho num canto do convés.

O ambiente era decididamente inadequado para anjinhas ou virgens, mas mesmo assim as meninas deram meio-sorrisos e tossiram leve. E não creio que alguma tenha resistido a dar seu milimétrico golpe-de-olhos no corpo delgado da garota, nas coxas sonho-de-escultor, e mais ainda na delicadeza de entre-elas. Eu mesma curiosidade das curiosidades me lembro rápido mas com clareza de cartão-postal da faixa de pelos alouradinhos, úmidos cada um parecendo trazer preso a ele a sua gotícula de água do mar, parecendo ter exatos três dedos de largura ou três e meio, no máximo.


Huuuummm, eu acho que esse relato vai terminar assim......




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