J.K. é a dona, só estou me divertindo. E não estou ganhando dinheiro com isso.

Por favor, não me processe, eu não tenho nada.

Agradeço a todos os bons autores que li. Com certeza muito influenciaram.

E como disse um deles, se você reconhecer algo, não é meu.

  

Capítulo 11A        Crucio.

                               E você é a resposta das minhas preces aos céus                             

 

Chegou   à casa. Estava escuro.

Se Lucius estivesse se escondendo, seria ali. Era o lugar mais próximo a Hogsmaede.

‘Merlin, que não seja tarde.’

 Devia ser quase oito horas.

Olhou-a. Parecia abandonada. Mas ele podia ver as proteções. Muitas.

Não se deixou enganar. Uma boa fachada para um esconderijo. E bem protegida.

Deu a volta. Tentou entrar com cuidado. Esperando que alguém viesse. Ouviu sons.

De repente havia uma vara à sua frente.

        Ah! Severus.

MacNair sorriu ao reconhecê-lo. Mas não guardou a vara.

Apesar de não deixá-la mais em atitude ameaçadora.

         Venha. Lucius vai gostar de revê-lo.

Seguiu MacNair. Até a parte de trás da casa.  

O som de algo caindo. Uma imprecação.

Abaixou a cabeça para entrar.

Era um cômodo coberto. Com aspecto de não ser usado há muito. Pouca luz.

Crabbe e Goyle também estavam lá.

As coisas não estavam indo bem. Cumprimentou-os com um aceno.

No canto, ele a reconheceu. O roupão rasgado na frente. As mãos pareciam presas atrás.

Parte dos seios aparecendo. Parecia meio tonta. Como se tivesse sido empurrada.   

Desviou os olhos. A   expressão mais dura.

Se ia tentar algo. Devia mostrar o devido desprezo. Por qualquer trouxa.

Ele viu Lucius. Limpando a boca com a mão. De onde saía um fio de sangue. Dizendo um palavrão.

Ele havia pego a vara. Parou ao vê-los entrar. Guardou-a de novo no cabo falso da bengala.

O mesmo jeito Malfoy.

Ela o viu.

Seu coração deu um pequeno salto. Ajeitou-se no chão.

Fora “despertada” há pouco.

Os três à sua volta. E o medo. Foi quando alguma coisa tinha feito um barulho.Como um assovio.

Um deles saiu. Lucios tinha sorrido. E atacado. A boca na sua. Ela o mordeu com aversão.

-          Severus. – ajeitou o cabelo – O que você... – moveu-se – veio fazer aqui? – foi o cumprimento.

A fala calma. Perigosa.

-          Dois alunos os viram. Em Hogsmaede. – desviou os olhos – Com “ela”. – apontou Nina com a cabeça – Eles não o conhecem. – olhou-o – Mas a descrição não deixou dúvidas. Vim assim que pude. Para avisá-lo.

 

Ela prestou atenção. Tentando entender. O que estava acontecendo. O que ele estava planejando.

O coração disparado.

Quando aqueles... estavam à sua volta. Falando coisas terríveis. Ela tinha tentado. Segurar o pânico.

E então. Tinha havido o temor. De que ele não viesse. E de que ele viesse.

E agora. Quando o viu. Não soube se ficava contente. Ou não. Com a presença dele.  

Respirou. Ele estava tentando ajudá-la.

Era melhor assumirem seus papéis. Na pequena comédia. Trágica.

E ajudá-lo como pudesse.

Fingiu estar tonta ainda.

-          Me... – levantou uma sobrancelha – Avisar? – Lucius parecia ligeiramente divertido.

Askaban parecia não tê-lo afetado.

Exceto por um pouco de palidez. E roupas um pouco diferentes. Nada havia mudado.

-          Se ela sumir. O Ministério pode ligar você a esta casa. E eu presumo – levantou a sobrancelha – que nem todas as suas propriedades estejam tão... mal vigiadas. – encarou-o – Ou tão bem protegidas.

Lucius estreitou um pouco os olhos. Severus deixou-o digerir a informação.

Nina tentou imaginar. Como se sentiria se ele estivesse fazendo tudo aquilo realmente?

-          Bastardo! – ela cuspiu em direção a Severus.

-          Cale-se. – Crabbe chegou perto.  

Ela disfarçou. Olhando Crabbe. Continuando a prestar atenção à conversa.

Voltou os olhos com fúria fingida para Severus.

Por dentro em polvorosa. Inquieta.

-          Pensa que tenho medo – Lucius pausou – do Ministério? – arrogante.

Severus não perdeu o acento. Em “medo”.

Ela se mexeu um pouco. Incomodada pelas mãos presas trás. E pela conversa.

Ele estava se expondo demais. Percebeu ansiosa. Era melhor se preparar. Para qualquer coisa.

‘Por favor. Cuidado. Dumbledore e a Luz não podem te perder.’

Angústia se insinuando.

‘Eu não posso te perder.’

-          Não. – falou devagar – Mas o Senhor Escuro não ficaria contente. – levantou a cabeça – Se você se arriscasse. Tão pouco tempo depois da fuga. – o canto da boca para cima.

Um risco calculado. MacNair e Goyle se entreolharam. Discretamente.

Lucius olhou-o. Não tinha gostado.

-          Então veio me oferecer sua...ajuda? – falou devagar, perigoso – Você não tem nenhum interesse... – deu um passo, a bengala na mão – nessa... trouxa. – moveu a cabeça, atento – Tem   Severus? – insinuou.

Nina sentiu o sangue fugir.

Severus estreitou os olhos. Altivo.

-          O que você quer dizer com isso? – aço duro e frio.

-          Há algum... rumor. – a voz macia, vagarosa – sobre você... e essa... trouxa. – quase cuspiu a palavra.

Lucius lembrou-se. Draco tinha lhe contado coisas... interessantes... no Natal.

MacNair se mexeu. Goyle olhou interrogativo para Crabbe que desviou os olhos.

‘Vou matar aquele moleque...’

Deu um passo à frente. Fúria contida.

-          Se você quer dizer alguma coisa... Diga! – falou ameaçador – Não vou responder a ... rumores! – rosnou entre dentes, voz perigosa, olhos brilhantes.

Lucius estreitou os seus.

Resolveu reconsiderar. Por enquanto. Sorriu devagar.

-          Acalme-se, Severus. – Virou-se. –   Diga-me. Como   pensou em resolvermos nosso “pequeno” problema?

Não se enganou com Lucius.

Um pequeno deslize. E seria o bastante.

Olhou-o. Como se considerasse a pergunta.

-          Obliviate. – falava devagar – Fazê-la esquecer. Um par de horas. Posso... inventar qualquer coisa. – balançou a mão como se não fosse importante – Ninguém se preocuparia mais com o que os alunos viram. Mas se você tiver uma idéia melhor... – um pequeno desdém não ofensivo.

Silêncio.

Lucius não tinha gostado. Apertou os lábios. Pressionado pelas circunstâncias.

-          Bem. – ele a olhou, raiva se insinuando - É uma pena acabar com nossa diversão.

MacNair riu. Nina se mexeu de novo. Tentando se ajoelhar. Controlando o medo.

-          Concordo. – disse Goyle, voz morna .

Olhava-a com lascívia. Ela respirou. Em temor.

Lucius se virou.

-          Eu já ia aplicar-lhe um... corretivo. – Esfregou a boca de novo. – E é claro que não haverá problemas.   Já que não haverá nada para lembrar. – Um sorriso mau.

‘Oh, meu Deus.’

Severus gelou.  

-          Dumbledore estava para acionar o Ministério. – falou devagar – Seria melhor que ela – indicou-a com a cabeça, tentando mostrar desprezo – não demorasse a aparecer.

Lucius se mexeu. Nada satisfeito.

-          Dumbledore. – falou com desdém – Não vai ser por Dumbledore que me privarei de um pouco de... diversão.

Crabbe riu. Estendeu a vara.

-          E eu serei o primeiro. – Crabbe apontou a vara.

-          Rotarium!

Nina caiu para trás. E começou a girar de acordo com o movimento da vara de Crabbe.

Ora devagar, ora rápido. A roupa de qualquer jeito. Risos.

Um grito pequeno. Quando o movimento a fez bater em uma cadeira que caiu.

Severus apertou as mãos.

Não a estava protegendo. De novo. Como no ataque em Hogwarts. Impotente.

Qualquer tempo ali. Seria um longo tempo. Dominou-se.

Finalmente parou.

Ela respirava pesado. O corpo doendo.

‘Agüente.’

Crabbe parecia ter ficado tonto com a visão dela girando. O grande tolo.

MacNair deu um sorriso mau.

Um passo. Levantou a vara.

-          Corpore ascenderai!

Dessa vez ela se viu suspensa pelo meio do corpo. Seu coração disparou em medo.

O rosto voltado para baixo.

Não conseguiu segurar o pequeno grito quando viu o chão se aproximar. Parou a centímetros dele.

Ainda estava zonza. Sentiu ânsias de vômito. Dolorida. Quase apavorada.

MacNair riu. Parecia se divertir.

Aconteceu de novo. Fez com que ela não chegasse tão perto do chão.

Mas batesse com a coxa no teto.

Ela mordeu os lábios tentando não gritar. Apesar de sentir que havia se machucado.

E então... Tinha acabado.

Tentou fazer com que seu coração não batesse tão rápido.

Respirar.

Precisava ajudá-lo a tirá-la dali. Se conter. Não deixar o medo dominá-la. Não se descuidar.

Era um bom plano. Era só agüentar mais um pouco.

-          Agora sou eu. – Goyle disse.

Lambeu os lábios. Olhando-a. Lascivo.

-          Imperius!

Sentiu-se tonta. Quase sonolenta.    Leve.   

Tão bom. Esquecer. Não pensar.

‘É tão... suave. Tão... fácil. Dançar. Sim. Segurar meus seios. Acariciá-los. Estão rindo? Devo ficar contente? Levantar o roupão mostrando as pernas. Ai. Está doendo muito. Tocar... Não! Está errado. Não. Não sou eu. Resistir. Tenho que resistir. Não. Não. Não... Não...’

-          Ah! – Goyle parecia desapontado.

Ela estava parando. E ele só tinha começado.

‘Droga de trouxa.’

 

‘Controle-se Severus. Ela conseguiu. Concentre-se. Já vai terminar.’

Lucius riu.

-          Muito bem! – irônico - Vamos ver como você pára isso.

Ele tirou a vara da bengala.    Devagar, estendeu-a. Saboreando.

‘Deus, vai começar de novo.’

Tentou se preparar.

-          Crucio!

Severus ficou pálido.

Apertou as mãos com força. Para não esmagar o pescoço de Lucius. Relanceou o olhar.

Quatro contra um.’ – lembrou-se.

 

Não importa. Ela não estava preparada. Sentiu mil facas pontiagudas em todo o seu corpo.

Gritou.

A dor quase a deixando sem sentidos.

Não soube quanto tempo se passou. Segundos, horas.

Não fazia diferença. Seu corpo estava se dissolvendo. Devia ser ácido.

Não conseguia sequer pensar. Dor além da conta. Queria morrer. Desistir.

‘Não!!      Oh, Deu, faça com que acabe logo. Por favor... Faça com que acabe logo.’

 

Não ia poder garantir que ela não recebesse nenhum feitiço se ele...

‘Respire Severus. Respire’.  

Nina gritou de novo. Goyle riu. Lucius parou a contragosto.

Ele abriu as mãos lentamente. Por pouco não colocara tudo a perder.

 

Ela estava sem forças até para gemer.

Rolou, buscando ar.

Chorou baixinho. Estava difícil respirar.

Todo o seu corpo doía. A mente se desanuviando devagar.

‘Quero ir embora. Me tire daqui. Por favor.’

Fechou os olhos. Algo lhe dizia que ainda não tinha acabado. Lutou. Abrindo-os.

Tinha que se recuperar. E rápido.

Ficar atenta. Aproveitar a primeira chance. Qualquer uma.

Para sair daquele inferno.

Antes que um dos dois perdesse o controle. E suas vidas não valessem nada.

 

Lucius a observava divertido.

Severus se mexeu.

O louro voltou-se. Ainda com um meio sorriso debochado. E algo mais. Olhos estreitos. Fixos nele.

-          Sua vez, Severus. – provocou.

Ele parou.     Lucius estava alerta. Atento.

-          Não vai se negar uma pequena distração, não é? – o sorriso ainda na boca, os olhos sérios.

‘Oh, Deus...’   

Ela tinha escutado Lucius. Tinha entendido. O coração apertado com o perigo. E o medo.

Severus hesitou. A compreensão veio. Rápida. Considerou suas opções.

Ainda eram quatro contra um. Ela podia ser ferida. E se ele perdesse... Eles...

Respirou.

‘Isso não pode estar acontecendo... Severus. Por favor...’

Mas não havia saída. Seu coração doeu.

E ele não podia hesitar. Olhou-o. Parado. A expressão dura. Suas vidas dependiam dele.

Se ela ia fazer qualquer coisa. Tinha que ser agora. Queria sair dali. Viva. Com ele.

Juntou forças. Levantou-se um pouco.

-          Seu... traidor covarde. – tentou mostrar desprezo.

‘Senhor, que eu seja convincente.’

Tremia, tentando manter a cabeça erguida. Ele olhou-a.

-          Você não vai fazer como esse... – indicou Lucius com a cabeça, cansada – Eu direi a Dumbledore. Eu contarei. Tudo! – deixou o medo aparecer, respirou – Ele o expulsará! – atirou, ameaçando – Você não está preparado para... – olhou-o nos olhos –   Fazer qualquer coisa. – falou devagar, num esforço – Eu direi...

Ele se lembrou.

“ ...farei o que for preciso. ...Qualquer coisa.”

-          Cale-se, sua trouxa prostituta! – Goyle levantou a mão pronto para bater em seu rosto.

Ele ia perguntar a Crabbe sobre toda essa coisa de trouxa e Severus depois.

‘Ah, vou.’

Ela tinha percebido. Tinha... entendido. Sentiu o desespero emergir devagar. E o conteve.

Não haveria vida para eles, se Lucius, que o vigiava, percebesse qualquer coisa.

Ele tinha que se lembrar de quem ele era. Moveu a cabeça.

Do quê ele estava fazendo. Não seria a primeira vez. Já tinha havido coisas piores.

E a vida dela ainda estava em perigo. Segurou a vara. Com força.

‘Não!’   

Só fracos agem com o coração. Lembrou a si mesmo. Não usam a cabeça. Não controlam a emoção.

Ele conhecera alguns. Estavam mortos. Era só esquecer. Evitou fechar os olhos.

Ele não a conhecia. Ela era só o inimigo trouxa.

O rosto talhado em pedra. O coração disparado.

‘Merlin, ajude-me.’

Sentiu como se seu braço fosse de chumbo.

-          Crucio!

Nina gritou.

Escutou a dor dela.  Ele estava provocando dor na mulher com quem tinha se deitado.

Há segundos que parecem horas.

Tinha que se concentrar. Estreitou os olhos. Ela gritou de novo.

Ele abaixou a vara.

Ela estava encolhida.

Um trapo castigado. Respirando devagar. Como se chorasse baixinho.

Ficou ali. Prostrada. Humilhação. Impotência.

Percebeu que ainda tinha forças para chorar. Por tudo. Por ele. Por ela.

Ele tinha envelhecido. Os outros pareciam não notar. Só a   máscara de sempre.

Lucius se virou sorrindo. Observando Nina, fraca. Pareceu satisfeito.

-          Bem, agora você pode levar esse... traste. – virou-se para Severus. – Não devo ficar muito tempo aqui. – moveu a cabeça num cumprimento cínico – Obrigações com nosso Lord. Mas espero vê-lo em breve.

Nenhum obrigado.

Saiu em direção à casa. Seguido pelos outros que lhe acenaram em despedida.

‘Eu os farei pagar.’

Ele tragou duro.

Num segundo estava com Nina. Inclinado.

-          Severus – sussurrou.

Estava tão cansada. Exausta. Dor por todo lado.

-          Shiiiii.   - ele não falou mais.

Não conseguiu. Concentrou-se.

Um rápido exame. Uma costela. Talvez mais. Escoriações. Um ferimento feio na perna. Hematomas.

Um fio de sangue da boca machucada.

‘Eu juro.’

Levantou a vara. Suas mãos tremiam.

Não podia fazer nada para ajudá-la ali. Tinha que ser rápido.

Ele murmurou um feitiço e ela dormiu.

Segurou-a em seus braços.

E desaparatou.

 

*****

 

Em relação a este capítulo, e a alguns posteriores, foram feitas consultas sobre o estado clínico e possíveis repercussões físicas à Drª. Juliana Fajoses.    Fica aqui o meu “Muito obrigada”.

 

*****

 

Babi Snape – Bom. Eu acredito que a sua “agonia” deve ter piorado um pouquinho neste capítulo.

                       Não fique brava! E também não precisa “morrer de curiosidade”. Risos.

     To tentando publicar bem rápido os capítulos. Mas bem que eu ia gostar de mais reviews.

     Hehehe. Assim as postagens ficavam mais rápidas ainda.

 

Tina – Espero que você aprecie esse também. Mas acredito que você vai realmente gostar mais do próximo.

 

Alessa Black – Obrigada! E sim. Eu vou continuar. Você vai ver. Tem muuuuita emoção ainda.

 

Franboesa-butterfly-funnysakura - Obrigada por achar que minha fic não é “absurda”. Risos.

                                                        Não se preocupe. Estou só brincando. Eu entendi. E agradeço.

Caileach – Então eu estou em primeiro lugar?!! Obrigada! E não precisa ficar “viciada” nela.

  Só gostar tá bom. Risos. Risos.

Centaura – Concordo. Todas já sonhamos em ser Nina. Até eu!! Risos.

  E obrigada MESMO pelo “carregada de emoções”. Tem bastante Klenex aí?

Mari –   “Finalmente nos finalmentes”. Segredo. Ainda tem muitos “finalmentes” por aí. Risos.

 GranjerWeasley - Já que você falou que tem problemas "coronários" na família...

     Eu vou ficar preocupada! Me escreve logo para avisar que não teve um ataque.

Avoada - Puxa! Ainda bem que você comentou. Revise de novo, tá? É bom para incentivar os outros leitores. (Se houver! Risos).

N/A:   Espero que ninguém vá me lançar um Avada por causa deste capítulo.

         Aí eu não vou poder terminar a fic!

        Ah! E preparem Klenex! Mas não para os próximos capítulos.

 

       Protetoras de plantão! Socorro!!